domingo, 17 de abril de 2011

O país artificial

A DIVIDA.
Somos bombardeados diariamente com explicações sobre tudo o que gira á volta dos diversos intervenientes e possível resgate, a par da intervenção dos agentes políticos nacionais, sugerindo soluções para resolver o problema.
Por vezes interrogamo-nos se estamos a ver bem ou se alguma coisa se nos está a escapar.
É que nunca vimos um debate sério sobre como é que foi possível chegar-se a esta situação.
Mês a mês, ao longo de vários anos, fomos vivendo artificialmente de empréstimos que foram permitindo que se ocultasse a situação de falência que se anunciava. Ninguém com responsabilidades se levantou. O presidente da Republica deste País artificial, falhou rotundamente na sua obrigação de tomar uma posição firme e definitiva.
Há cerca de 2 anos, para lá de termos solicitado ao primeiro ministro que se demitisse, também fomos a Belém entregar um pedido para que o presidente demitisse o governo.
Ninguém se incomodou connosco. O certo é que o País se afundou.

Hoje fazem-se reuniões de emergência no BCE, no FMI, na UE, com diversos Países e vários banqueiros. Tudo para se tentar camuflar as responsabilidades desta classe politica, ao mesmo tempo que assistimos a essa descarada tentativa do ps, em sacudir culpas, para esconder as responsabilidades que em grande parte lhe cabem.
A conversa do pec 4 é um verdadeiro atentado á nossa capacidade de resistência.

Vivemos num país orquestrado para ocultar a essência do problema.
E essa é a responsabilidade de quem nos conduziu até se contrair uma divida desta dimensão.
Está se a ocultar a verdadeira causa e conduzir toda a discussão para as possíveis soluções, pretendendo-se com isso fazer esquecer que existem culpados por esta autêntica tragédia.
Tudo se está a passar como se aos políticos fosse permitida a isenção de qualquer responsabilidade que sobre eles possa recair, quando os actos praticados na gestão da coisa publica conduzem a resultados que manifestamente demonstram, incúria, incompetência, corrupção, desvio de dinheiros, compadrios, esbulho nacional.
Os milhares de famílias que vão a caminho da miséria não nos irão desculpar se nada fizermos para levar esta escumalha até á justiça.
Temos que exigir responsabilidades pelos actos de lesa pátria cometidos.
Não podemos continuar a permitir que a única punição possível, tenha que ser a de não lhes darmos tantos votos na próxima eleição.
Se é esta a essência deste regime, temos que derrubá-lo já.

Este País não pode ter apenas algumas vozes dissonantes que aos poucos vão sendo ostracizadas. Veja-se que nos últimos anos, apenas um canal televisivo às sextas feiras, tinha a coragem e a capacidade de expor aquilo que eram as evidências do estado de corrupção que grassava neste País.
Hoje, alguns jornalistas e comentadores como José Gomes Ferreira e Mário Crespo, têm apenas espaços limitados de tempo e ainda assim sujeitos a uma lei de imprensa feita á medida da defesa do Sistema.

A verdade oculta, é que por incompetência, desleixo, incapacidade e gestão de interesses diversos, fomos conduzidos de empréstimo em empréstimo até á Bancarrota final.
Há responsáveis. Chamam-se socrates e o seu governo, parte considerável do partido socialista, parte considerável do psd e do cds e aceitação demasiado passiva por parte dos outros partidos.
Nenhum deles quer por em causa o sistema em vigor.
É isto que temos que combater e exigir um novo REGIME, em que o voto sirva para ELEGER ou DEMITIR. O poder tem que ser do povo, não de uma classe pouco ou nada representativa dos interesses globais.
Esta Democracia não serve o interesse do País. Apenas alimenta aqueles que sem qualquer valor se vão acoitando nos diversos partidos e numa estrutura organizativa que lhes vai permitindo repartir os recursos disponíveis.

É necessário encontrarmos forma de irmos em frente e acabar com a estabilidade que só serve a quem nos colocou nesta desgraça.
Vamos "perder a cabeça" e sujar mesmo a camisa num confronto ao murro e ao pontapé contra esta escumalha politica. Isto, enquanto a outra justiça não se puder aplicar.
Afinal quantos somos nós ?
Sim, refiro-me a todos os que temos estado a ser enganados. Talvez 95% ?
Vamos a eles e rápido.

2 comentários:

Diogo disse...

Caro amigo,

Considero o seu blogue um dos mais próximos politicamente do meu - Ex -«Um Homem das Cidades" e agora "Osíris, Ísis e Hórus" - o link é o mesmo.

Amanhã vou fazer-lhe uma proposta para a criação de um novo blogue para responder a duas atitudes:

1 – Certos blogues (tipo Blasfémias) expõem determinadas ideias e posições (de gente cheia de curricula) que seriam facilmente contrariadas, mas cuja caixa de comentários, com várias dezenas de opiniões imbecis, não permite que haja qualquer discussão válida.

2 – Outros blogues (tipo Ladrões de Bicicletas), compostos por tipos formados em economia e convencidos que são uns iluminados (e os outros todos uns analfabetos), recusam-se, na sua «superioridade intelectual», a responder a qualquer comentário que os contradiga.


Posto isto, vou-lhe propor a criação de um blogue onde sejam colocados alguns posts destes blogues por nós escolhidos e forçar uma discussão séria sobre o que foi dito – eliminando comentários palermas (tipo Blasfémias), e obrigando os «experts» dos Ladrões das Bicicletas a responder às questões por nós colocadas.

O meu email:
diogoarsousa@gmail.com

Abraço

JotaB disse...

Sondagem da Marktest, para o Diário Económico e TSF, dá o PS (36%) à frente do PSD (35%) nas intenções de voto!?...
Onde está a sanidade mental dos portugueses?!...