quinta-feira, 7 de julho de 2011

Em pleno caixote do lixo

Esta é a realidade que socrates e toda a camarilha PS nos deixaram e que tentaram esconder até ao limite do possível.
Isto é um crime de lesa Pátria.
Temos que encontrar estes vândalos e levá-los á justiça. Nem que seja com as próprias mãos.
Este País não foi derrotado pelas agências financeiras. Foi derrotado por aqueles a quem foi confiada a tarefa de governar e que mais não fizeram que alhear-se do verdadeiro interesse público e preocuparem-se essencialmente com a gestão de interesses próprios e dos grupos a que estão ligados.
Agora aos novos detentores do poder pouco mais resta que ir inventando novas restrições e impostos que mais não irão produzir que a morte lenta que já se vislumbra no horizonte. A culpa não é da agências financeiras. A descida de "rating" parece que não oferece muitas duvidas, só que de facto não deu jeito nenhum nesta fase. Só por isso.

Leia-se este artigo;
Tremenda desilusão com este governo. Então face a uma situação calamitosa das finanças públicas deixadas pelos socialistas, a primeira e única medida de impacto que conseguem arranjar é aumentar os impostos?
Essa receita já conhecíamos dos anos socráticos. Essa violação do programa eleitoral já era mais do que conhecida no tempo dos Sócrates, Teixeira dos Santos e quejandos. Mas este governo resolve partir logo derrotado.
Então um Estado que torra quase 80 mil milhões por ano, em situação de falência e a nova equipa gestora a única coisa que se lembra é de arranjar receita extraordinária e compulsiva no valor de 1%?

Imagine-se numa qualquer outra organização em situação de bancarrota: A assembleia geral pergunta à nova direcção,«então, agora que corremos com os incompetentes que nos trouxeram a esta situação o que vão fazer?» – Ah…assim cortar, cortar não estamos de repente a ver onde. Mas decidimos que vossas excelências vão pagar mais». Seria certamente um motim na sala.

Dizer que «em outubro vamos anunciar cortes» é o mesmo que os não fazer. E este choradinho sobre os ratings, é tão ridículo, tão socrático. Um país anda 3 décadas a gastar mais do que tem. Para pagar dívidas, contrai novas dívidas. E o primeiro sinal que o governo dá, não é o de cortar despesa, mas sacar mais dinheiro para manter a coisa assim. Queriam que a reacção fosse o quê?
A dívida pública directa do Estado português era, em Dezembro de 2010 de € 151.775.342.778,9 (151 mil milhões de euros).
A 31 de Maio de 2011 era de € 164.347.649.580,02 (164 mil milhões de euros).
Em apenas 5 meses aumentou 13 mil milhões de euros
Este é o legado de Teixeira dos Santos, José Sócrates e dos socialistas.
Por Gabriel Silva

Os mais esclarecidos sabem e têm consciência que o actual enquadramento em que se encontra o País, quase ou totalmente dependente dos mercados, leia-se suporte financeiro externo, irá evoluir para uma continuada degradação das condições de vida das populações mais carenciadas, assim como das classes médias.
Não irão ser apenas mais 2 ou 3 anos. Com este ritmo e estas políticas vão ser duas ou três gerações que irão ter o futuro comprometido.

Este REGIME está esgotado.
O acervo de leis em que assentam o funcionamento da ECONOMIA e dos TRIBUNAIS, está formulado para sustentar o ciclo de corrupção e proteger os grupos com interesses instalados.

Temos consideração e conhecemos as qualidades de algumas pessoas que integram o novo governo. De facto são melhores que a canalhada socialista que nos arrastou para esta situação. Mas.......sem uma revisão profunda da ORGÂNICA POLÍTICA E ADMINISTRATIVA do País, tudo irá apenas arrastar-se no tempo até á revolta final.
De momento não vale a pena "apelar" ás ideologias ou aos Sistemas Políticos. Bastaria apenas algum bom senso e capacidade para se evoluir de imediato para a remoção dos escolhos BUROCRÁTICO / ADMINISTRATIVOS que tolhem o investimento e o funcionamento da ECONOMIA, rever radicalmente o funcionamento do SISTEMA JUDICIAL e apresentar ao País o retrato exacto da situação em que estamos e para onde seguimos, se apenas nos mantivermos com as medidas e politicas anunciadas e previstas.
A QUESTÃO SOCIAL é demasiado importante para se deixar o funcionamento do sistema entregue aos chamados mercados. Que significam apenas GRUPOS DE INTERESSES. Que poderão continuar a existir mas não poderão ser eles a usurpar a finalidade última da governação e que é o chamado interesse publico. A politica tem que evoluir para um novo patamar de responsabilidade. Não é admissível que quase 70% da população usufrua rendimentos inferiores a 400 Euros e vejamos quase diariamente novos reformados com alguns milhares.
Este é o País que nos foi deixado pela canalhada socialista.

Adenda - complementando a nossa análise leia-se o artigo anexo:
Em 2012 vamos precisar de 185.000 M€ para nos refinanciarmos.Preparem-se! O "murro no estômago" Independentemente das obscuras agendas das empresas de rating, o certo é que, com as medidas impostas pela Troika a Portugal, o país se vê impossibilitado de cumprir a curto e a médio prazo com o pagamento dos encargos da Dívida Pública. Aquelas medidas são de cariz recessivo e irão provocar seguramente mais recessão e desemprego. Não haverá assim crescimento económico nos próximos anos e, não havendo crescimento, não haverá condições aos pagamentos da Dívida. Quando, os economistas do sistema contestam a decisão da Moody’s do corte de rating a Portugal, não será tanto pela lógica da decisão mas pela sua oportunidade. Argumenta-se que os técnicos da FMI, do BCE e da UE avaliaram o país e impuseram um “memorando” que está a ser cumprido pelo novo governo pelo que não faz sentido, neste preciso momento, avaliar tão negativamente as condições económicas e financeiras do país. Contudo, não existe contradição alguma entre a descida do rating e o previsível resultado da aplicação das medidas da Troika. A descida de rating traduz as consequências da aplicação futura do “memorando”, enquanto as avaliações dos técnicos do FMI, BCE e UE e as medidas por eles impostas, tiveram como única preocupação proteger os credores de Portugal. Na verdade, o que preocupa a UE, FMI e BCE não será a correcção ou incorrecção da classificação da Moody’s mas o entrave que tal classificação causa na aplicação do governo das medidas impostas pela Troika. Isto é, a perturbação que poderá causar na aplicação do seu plano de salvaguardar os interesses financeiros das instituições financeiras credoras. O que a Moody’s fez foi desmascarar, por a nu, esta estratégia da EU, FMI e do BCE - salvar as oligarquias financeiras e desprezar o desenvolvimento económico e financeiro dos países em dificuldades. Quando o governo, o presidente da república, os economistas do sistema e os demais comunicadores nos pretendem fazer crer que Portugal “está no bom caminho”, eis que a Moody’s nos vem alertar de que o nosso futuro é mais recessão, mais desemprego e mais drama social. E àqueles que questionam qual a alternativa, será necessário contrapor que o caminho seguido até aqui é que não constitui qualquer alternativa. Insistir num caminho que nos conduz a um maior desastre é um absurdo. Um outro caminho é possível. Desde logo renegociar com a UE com uma nova postura, não a do “bom aluno” submisso, mas a de um parceiro com condições a impor – admitindo tudo na mesa das renegociações - a hipótese do default, da auditoria da dívida e da saída do euro. posted by CS

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Estado de ponderação

Acidentalmente ouvimos algumas passagens do discurso de Paulo Portas no encerramento da apresentação do programa do governo.
Não vamos focar-nos na essência do mesmo.
Apenas uma passagem foi suficiente para nos deixar mal dispostos.
Não concebemos a acção politica e governativa tal como continuam a querer fazer-nos aceitar.
Disse Paulo Portas. Não precisámos de falar no governo anterior, pois os portugueses já se pronunciaram sobre isso ao eleger uma nova maioria.
Ou seja, o que roubaram já está, o que irresponsavelmente fizeram já passou e venha quem vier e faça o que fizer a nós só nos competirá de novo votar quando a classe politica o entender. A isto poderemos chamar o culto da irresponsabilidade, a que puseram o rótulo de democracia.
Vamos continuar a lutar para que se reveja este sistema politico.

Para aqueles que pretenderem ponderar até que ponto é que algumas medidas anunciadas poderão ou não resultar para o controlo do défice externo, anexamos uma parte do estudo feito por Eugénio Rosa:
Numa altura em que o défice e a divida externa são os problemas mais graves que Portugal enfrenta, privatizar todas empresas publicas, com excepção dos Hospitais EPE, mas mesmo estes pretende-se entregar à gestão privada, como consta do Programa do governo é criar as condições para que aquele défice e aquela divida continuem a aumentar. E para concluir basta ter presente os últimos dados do INE e do Banco de Portugal sobre transferência de riqueza e de rendimentos para o exterior.

O Produto Interno Bruto (PIB) dá-nos o valor de riqueza (novo) criado anualmente no país. O Rendimento Nacional Bruto (RNB) corresponde à riqueza que fica no país, e que todos os anos é distribuída, embora de uma forma muito desigual, pelos portugueses. E segundo o INE, em 1995, o RNB era superior ao valor do PIB em 176 milhões €. A partir desse ano, que corresponde à entrada para U.E., essa situação inverteu-se passando o RNB a ser inferior ao PIB, e com a entrada para a zona Euro em 2000 esta relação agravou-se ainda mais e de tal forma que, em 2010, o Rendimento Nacional Bruto foi inferior ao Produto Interno Bruto em 5.872 milhões €. Produzimos pouco, mas uma parcela desse pouco é ainda transferida para o estrangeiro ficando menos para ser distribuída de uma forma ainda por cima muito desigual em Portugal. Isto determinou que, em 2010 por ex., o PIB por habitante em Portugal (cerca de 67% da média da U.E), era apenas de 16.236 €, mas o RNB era somente de 15.684 € por português.

Uma das causas deste desnatação da reduzida riqueza criada são os gigantes volumes de rendimentos transferidos todos os anos para o estrangeiro. Segundo o Banco de Portugal, só em 3 anos, e em plena crise (2008-2010), a soma dos débitos da Balança de Rendimentos Portuguesa, ou seja, dos rendimentos transferidos para o estrangeiro atingiu 54.987 milhões €, o que determinou que a Balança de Rendimentos de Portugal tenha apresentado, nesse período, um saldo negativo acumulado de 24.562 milhões €. Este saldo negativo representou (contribuiu) em média, neste período, para 42,9% do Saldo negativo da Balança Corrente e de Capital, que é o saldo das relações do nosso País com o exterior, o qual alimenta o endividamento crescente do País, pois Portugal, devido a este saldo negativo, é obrigado todos os anos a pagar ao estrangeiro mais do que recebe. E aquela contribuição negativa da Balança de Rendimentos tem aumentado, pois, entre 2008 e 2010, passou de 36% para 46,9% do saldo da Balança de Transacções.

Uma das causas dos elevados rendimentos transferidos para o estrangeiro são precisamente os lucros e dividendos recebidos por estrangeiros que se apoderaram de empresas ou de partes de capital de empresas portuguesas, nomeadamente de empresas públicas estratégicas que foram privatizadas. Um exemplo concreto conhecido para tornar esta relação mais clara. Uma parcela significativa do lucro extraordinário de mais de 5.000 milhões € que a Portugal Telecom obteve com a venda da empresa brasileira VIVO à espanhola Telefónica, que ainda por cima não pagou impostos ao Estado português, foi distribuído aos accionistas. A prová-lo está o facto de que o dividendo distribuído por acção desta empresa tenha aumentado, entre 2009 e 2010, em 173,9%. E isto apesar da grave crise que o País e a generalidade dos portugueses enfrentam. E como informa ufano o Conselho de Administração da PT no Relatório e Contas de 2010, pág. 92, “A PT tem uma estrutura accionista diversificada, com cerca de dois terços do seu capital social detido por accionistas estrangeiros, essencialmente repartidos entre a Europa, os Estados Unidos e o Reino Unido, que representam aproximadamente 29%, 21% e 13%, respectivamente da base accionista. O mercado Português representa cerca de 36% da base accionista”.
É evidente que uma fatia substancial daqueles lucros distribuídos pela PT, que não pagaram impostos em Portugal, foram transferidos para o estrangeiro agravando ainda mais o défice externo do País.

Apesar desta evidência, Passos Coelho pretende privatizar de tudo que resta do SEE (CTT, ANA, TAP, GALP, EDP, REN, CGD com excepção da parte bancária, CP carga, carreiras com maior procura dos transportes colectivos de Lisboa e do Porto, e as participações que o Estado ainda tem em muitas empresas). A privatização das empresas públicas que restam, para além do Estado perder alavancas importantes de desenvolvimento e lucros, irá contribuir para agravar ainda mais o problema do défice e da divida externa portuguesa, até porque a maioria destas empresas cairão imediatamente em mãos de estrangeiros pois os grupos económicos “nacionais”
estão profundamente endividados.

Tudo isto é motivo para reflexão.