sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Porque não demitem Pinto Monteiro ?

De facto este homem é um dos principais rostos da ineficácia do sistema judicial e o responsável maior pela cobertura que deu aos desmandos do sr. josé socrates e respetiva camarilha.
A sua inação permitiu que o país se afundasse e estejamos hoje a contas com uma das mais graves crises da nossa história.
O cargo que ocupa é o de suprema magistratura, ou seja, garantir á sociedade a proteção necessária e exigida para que possa funcionar de acordo com a lei e na prossecução da chamada justiça social.
Nada disso se passou e fomos assistindo aos mais diversos atentados ao património e ao sentimento geral da Nação, sem que o senhor procurador tivesse cumprido com aquilo que era sua obrigação.
Atingiu-se o cumulo da irresponsabilidade, quando a meias com outro personagem do sistema mandou destruir as escutas que envolviam josé socrates e os seus comparsas.
A justiça não funciona com este cavalheiro.
Ou antes, este cavalheiro é um entrave ao funcionamento da justiça.

Comprovando a irresponsabilidade demonstrada no cargo que ocupa, eis que agora acordou.
De repente entendeu que é necessário e urgente levantar um inquérito à ação do governo da Madeira.
Aqueles irresponsáveis agravaram o deficit em mais 0,3% !!!!! Senhor Pinto Monteiro. O senhor ridiculariza as funções que desempenha!
Então não sabia disto há já vários anos ?
Então não sabe que os "homens" foram enviando para diversas entidades as informações relativas aos avales que deram aos vários projetos que estavam em execução ?
Será que ninguém sabia fazer contas ?
Bem, como é evidente o senhor sabe de leis e não é obrigado a ter grandes conhecimentos de números.
Mas era uma regra de 3 simples. Qualquer dos seus assessores podia ter dado um jeito nisso.
Mas.....certamente que devia andar distraído com as "coisas" do senhor socrates.
Sabemos que não foi fácil ir aguentando o homem. Mas com franqueza, nada disto era aquilo que se esperava do desempenho de um cargo de tanta responsabilidade !

Então quando "o seu amigo" socrates passou o deficit de 6 para 9% isso não o incomodou ?
Então quando o BPN foi nacionalizado para proteger os créditos de gente do sistema, isso não o incomodou ?
Então quando investidores privados pediram créditos para comprar ações e deram como garantia de pagamento essas mesmas ações, isso não o incomodou ?
Então enquanto escutava as gravações dessa escumalha politica liderada por socrates, isso não o incomodou ?
Bom, se calhar incomodou de tal maneira que a única forma que tinha de os proteger era mandar destruir essas gravações.
O senhor vai me desculpar, mas tenho que ser sincero. A sua figura e a sua ação já nos causa asco.
Esta sua decisão apenas vai servir para "limpar" a irresponsabilidade cometida na Madeira.
O senhor quis apresentar serviço mas apenas revelou incompetência.
E essa irresponsabilidade não é maior nem menor do que aquilo que se passa no restante País.
E é verdade. Basta ver o agravamento dos deficits do governo e das empresas publicas, nestes últimos anos.
Aproveitando mais esta desastrada iniciativa do procurador geral, argumenta já Alberto João Jardim que o deficit da Madeira é igual ao da empresa do metro do Porto. Por exemplo.
E assim, nós ficamos uma vez mais a saber que afinal de contas isto é tudo uma canalhada que tem de forma irresponsável tirado partido da ineficácia do sistema judicial e dos seus principais agentes.
O Sistema de Encobrimento de Políticos Corruptos continua a funcionar na perfeição.
Já agora. O senhor não acha boa ideia mandar fazer um inquérito ás contas da Camara Municipal de Lisboa ? Nós sabemos que está lá um homem do partido socialista e amigo de socrates. Mas... parece que o deficit já atinge numeros preocupantes.
Com os diabos ! Demonstre lá que esta coisa da Madeira não foi apenas para lançar poeira para os olhos.
Não é capaz ?
Está bem. Já sabíamos.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

O que terá de ser feito

Temos consciência que os problemas do País não se resolvem enquanto não se responsabilizar a classe política pela situação a que se chegou.
Não nos preocupa que ainda não esteja previsto no nosso ordenamento jurídico essa possibilidade de responsabilização criminal. No entanto tudo se pode alterar se houver determinação para se caminhar nesse sentido.
Não podemos é continuar impávidos e serenos perante o conhecimento que existe das enormidades que foram cometidas e continuarmos a ver os responsáveis por isso passarem ao lado das exigências que estão a ser postas á generalidade da população.
A austeridade irá sufocar a capacidade empreendedora que é vital para se tentar recuperar o sistema económico. Tudo o que se está a fazer será pura perda de tempo e de oportunidades, pois o sistema está corrompido e não tem possibilidades de ser recuperado. Com o consumo a diminuir e o desemprego a aumentar, as exportações por muito que possam crescer nunca farão face ao endividamento crescente.
O País está armadilhado pois as suas estruturas funcionais foram concebidas para favorecer a corrupção e o alinhamento da classe politica com os grupos de interesses que se foram instalando.
O País não "mexe" porque tem estado a ser gerido tanto a nível central como nos órgãos intermédios por gente sem experiência de vida e que apenas conhece as estruturas politico partidárias que lhe permitiram chegar até aos cargos que ocupam. O bloqueio mental que muitas vezes verificámos é assustador.
As leis que enquadram as suas funções sempre foram desenhadas para que o País fosse totalmente controlado por políticos irresponsáveis e corruptos.
O acordo com a troica, as exigências do FMI, os planos de austeridade, as previsões macro económicas, etc, tudo nos encaminha para uma única saída. Garantir o actual "status-quo", ou seja exigir que os estados se mantenham interligados ao sistema bancário e financeiro global. Acena-se com a bancarrota, como se ela não existisse já. Dizem-nos que caso não se sigam os planos de recuperação que nos são sugeridos, o cenário traçado para lá da saída do Euro, é a desgraça generalizada. Tudo nos é transmitido como se não haja mais saídas possiveis..
Mas não é verdade.
O país pode recuperar da situação em que se encontra se o actual governo quiser tomar as medidas que se exigem, ou seja cortar naquilo que é inadmíssivel e vergonhoso que se mantenha tal como está montado. Falamos das PPP, o maior embuste financeiro alguma vez posto em prática e que causa uma autêntica sangria nas finanças públicas em favor de muitas das famílias politicas que se foram instalando.
Sobre isto leia-se o texto que nos foi enviado.
Bodo aos ricos
O Estado português chegou à bancarrota porque sucessivos governos andaram a beneficiar amigos, esbanjaram o dinheiro dos nossos impostos e transformaram a política numa megacentral de negócios. O exemplo mais vergonhoso da promiscuidade entre os grupos económicos e o poder político é constituído pelas tristemente célebres parcerias público-privadas (PPP). São disso exemplos alguns hospitais, redes de águas e saneamento, auto-estradas sem custo para o utilizador (Scut), a renovação de escolas através da empresa Parque Escolar ou até o Campus de Justiça, em Lisboa. Neste modelo de negócio (ou melhor, negociata), os riscos correm sempre por conta do Estado, mas os lucros são garantidos aos privados através de rendas pagas ao longo de décadas. As PPP constituíram um verdadeiro ‘bodo aos... ricos’ e hipotecaram de forma criminosa os impostos de várias gerações.
Não por acaso, muitos dos políticos dos diversos partidos, que promoveram as negociações em nome do Estado, integram agora os órgãos sociais dos concessionários reiteradamente beneficiados. Urge pois promover uma renegociação global destas parcerias. Até porque este é um compromisso previsto no memorando de entendimento assinado com a troika que alguns tentam agora fazer esquecer ou até boicotam. Para cada caso, deve comparar-se o valor consolidado de todas as rendas vencidas e vincendas com essoutro que resulte duma avaliação independente do real valor das infra-estruturas. A conclusão desta confrontação obrigará a que as rendas pagas aos concessionários sejam reduzidas para menos de metade. Não é admissível que se mantenham as garantias de rentabilidade dos valores escandalosos actualmente praticados, em regra superiores a 14%. Com uma atitude determinada, o governo poderá mesmo obter uma poupança estimada em mais de dois mil milhões de euros por ano. É este o tipo de cortes na despesa do Estado que se impõe, que afectem, de forma drástica, os beneficiários dessa verdadeira extorsão ao povo que são as PPP. Não é admissível que, na hora de poupar, sejam sacrificados os mais humildes, enquanto os grupos económicos que mais têm vivido da manjedoura do Estado parecem ficar impunes.
Paulo Morais
É exactamente isto.
Afinal até pode ser simples darmos inicio á recuperação das finanças públicas. Só é necessária a nossa determinação para obrigar a classe politica a assumir as suas responsabilidades.
E se não for a bem, terá que ser a mal.
Onde é que estão os homens deste País ?

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

loureiros, limas, socrates ou a putrefação politíca

Nada é novo neste País.
Acontece apenas que só somos surpreendidos quando os agentes do sistema já não conseguem deter a informação sobre as enormidades que alguns foram praticando e pelas quais continuam impunes.
Um está de ferias em Cabo Verde. Outro está retido em Portugal pois não pode ir para o Brasil e o outro está refugiado em Paris.
Estes são apenas 3 exemplos de alguns dos grandes responsáveis pelo esbulho de parte considerável do património da Nação.

Estranho, verdadeiramente estranho é vermos a cortina de silêncio a que se assiste por parte dos diferentes órgãos políticos.
Passos Coelho informou mesmo que não iria invocar o passado para justificar as suas decisões!!
Estranho, verdadeiramente estranho.
Um País é colocado na bancarrota e nós deveremos simplesmente esquecer que houve gente que roubou, corrompeu, mentiu, defraudou. Muitos lá estão sentados no parlamento ou nos mais elevados e bem pagos cargos que muitas vezes criaram para eles próprios, ou seja, continuam despudoradamente a sugar o País que é o mesmo que dizer, nós.

Estranho, verdadeiramente estranho é ainda pensarmos que somos uma Nação.
Mas se somos, só se for de "badamerdas" e frouxos.
Pela nossa parte, já dissemos que alguns dos actuais membros deste governo merecem a nossa consideração. Isto significa que no plano da ética, nada nos move ou leva a contestar esta gente. No entanto as politicas exigidas para um caso como o nosso talvez não estejam a ser as mais adequadas e a médio prazo haverá certamente grande contestação. O problema é muito grave e fundo e só uma mudança de regime poderá ser solução para o País. No actual quadro politico não existe solução.
O ordenamento jurídico em vigor tem que ser totalmente reformulado, pois a justiça não funciona e esta escumalha continua a ficar impune.

É revoltante ler que a família socrates movimenta quase 400 milhões de Euros em offshores, como se fosse possível alguém ganhar de forma honesta essa quantia em tão curto espaço de tempo. Isto, depois de tudo o que se passou no Freeport ou na Cova da Beira onde os factos eram tão evidentes e as provas mais que suficientes.
É inadmissível que um Lima continue impávido e sereno a voltar as costas a um caso que evidencia uma possível ligação a um homicídio seguido de roubo. Perdão, antecedido de roubo.
Como é que se justifica que um governo da escumalha socratina nacionalize um Banco para tapar as dividas de alguns amigos, entre os quais um Loureiro, e mais uma vez ficarem cerca de 2.500 milhões de Euros para serem pagos por nós !
Estranho, verdadeiramente estranho é quererem que a gente se esqueça de tudo isto.

Desta vez não apelamos á revolta contra este governo.
Apelamos ao derrube do Regime e à responsabilização desta classe política.
Esquecer é que não.