Urgentemente.......na Politica
A luta por condições dignas e remunerações justas no trabalho levou a que se consagre um dia no Calendário global para comemorar esta efeméride em todo o Mundo.
Celebra-se acima de tudo a coragem e a determinação de alguns homens e mulheres que sem medo das consequências, sentindo que as suas revindicações eram justas, lutaram contra uma situação laboral indigna e sem qualquer respeito por direitos básicos de sobrevivência de grandes massas populacionais que vinham sendo exploradas por uma pequena elite de gente sem escrupulos, sem ideologia e sem principos.
Curiosamente, hoje estamos a viver uma situação identica.
É urgente um 1º de Maio na politica Portuguesa.
As mesmas razões de luta começam hoje a ser sentidas por parte considerável de pessoas que não se reveem no actual estado da Nação.
A exploração e a falta de ética e dignidade que tem configurado a acção de grande parte dos actores politicos e privados que lançaram o País na maior crise da nossa história, tem de merecer uma resposta adequada por parte do Povo Português.
Não podemos ser um País de cobardes. Temos de demonstrar o mais breve possível que estamos á altura daqueles que há mais de 100 anos não recearam expor publicamente o seu descontentamento.
A continuação desta politica irá levar-nos a niveis de sobrevivência identicos aos daqueles que há tanto tempo pugnaram por melhores condições de vida.
É lamentável que um País a quem foram dadas todas as condições para se poder ter desenvolvido, esteja a sofrer as consequências de politicas erradas e sem sentido, que apenas serviram para fazer aflorar o mesmo sentimento de repulsa que impulsionou os trabalhadores há um século atrás.
Não temos dúvidas que irá haver UM DIA e que irá ficar no nosso calendário.
É urgente acordar o País.
Mais dia menos dia teremos de sair outra vez á Rua.
Os sinos do toque a rebate já se fazem ouvir lá ao longe, mas não muito distante.
Quem sabe se não se irá cumprir aquele Abril de que todos andam á procura. Nós estamos a preparar-nos para poder responder ao País. Sabemos que não estamos sózinhos.
Hoje, aqui em Olhão, foi-nos transmitido que das 27 embarcações de pesca, restam 6. O peixe começa a vir de Espanha. Os armadores foram indemnizados e muito bem. Mas...o País ficou mais dependente do exterior. Se calhar já estamos abaixo das condições minimas de sobrevivência.
Parece é que ainda não temos consciência disso. Nós, que ficámos na história como um País de pescadores e marinheiros.