terça-feira, 30 de março de 2010

A Solução

As sucessivas vagas de políticos assim como a política em geral, conduziram o País a um exasperante dilema.

Estabilidade ou Desenvolvimento...........e uma coisa não é compatível com a outra.
Raramente o foi no processo histórico e muito menos o será nas condições actuais.
Os mais conscientes sabem que o apelo á Estabilidade parte daqueles que estão comodamente instalados e sabem que no dia em que a perderem, isso significará o fim dos privilégios que de forma ardilosa foram obtendo ao longo do tempo.
Convenhamos que para eles é vital.
No entanto para o País é um verdadeiro cancro a corroer o tecido económico e social e uma caminhada sem fim à vista onde a única coisa garantida é o empobrecimento geral que já se faz sentir.

Estabilidade significa Estagnação, Atraso, Subdesenvolvimento.
Estabilidade é sinónimo de auto de fé nesta política de gente corrupta e incapaz de gerar soluções governativas adequadas á realidade nacional.
È tempo de assumirmos um movimento de revolta contra esta gente e esta política.
E esta decisão terá de ser patriótica e responsável, pois terá de ser tomada contra todos os que nos vêm comprometendo o futuro.
Não estamos a falar de alguma coisa que ainda não seja sentida.
Todos sabemos que o nosso País se vai endividando no estrangeiro e cavando cada vez mais o fosso onde se irão atolar as novas gerações.
Isto só por si já é REVOLTANTE.

NÃO DEVEMOS PERMITIR A CONTINUAÇÃO DESTA IRRESPONSABILIDADE.
Temos um dever perante esta sociedade adormecida e manipulada que nos impele a dizer que é necessário REAGIR.
Só teremos de assumir o gesto e dar a cara.

Há SOLUÇÕES.

Esta classe política está esgotada e tornou-se num grave empecilho para o Desenvolvimento.
Apenas estão interessados em ir prolongando a agonia do doente, uma vez que ESTÁ ESGOTADA A CAPACIDADE de poderem garantir a solvabilidade do País.
Para estes parasitas incrustados na máquina trituradora que ao longo do tempo foram oleando, só lhes resta uma solução. Assumirem o falhanço do Sistema e entrarem na discussão publica de um novo Modelo Institucional em que se garanta a equidade e o equilíbrio necessário entre Governantes e a Sociedade. Ao Povo tem que ser reconhecido o direito de eleger e poder demitir quem não cumpre as promessas ou os programas com que se apresenta. Com este simples estatuto, daremos o passo decisivo em direcção ao Desenvolvimento e será um golpe profundo na corrupção em que assenta muita da politica actual.

No entanto, como não é previsível que o vão fazer, compete-nos a nós REAGIRMOS.
Se o fizermos, poderemos dar um passo para o futuro e ser um exemplo para o resto da Europa.
Há gente séria e disponível para se fazer um País melhor.
Já pensou que é tão simples demonstrarmos o nosso descontentamento e assumirmos que não aceitamos este estado de coisas?
Bom..... e depois ? O que é que iremos ter?
Com toda a confiança, podemos assegurar-lhe!
Seja qual for a solução, desde que séria, responsável e ponderada, será sempre melhor que permitir a continuidade no poder desta gente desqualificada, que só sobrevive graças ao dinheiro que vai vindo do estrangeiro e que acabará por ser a nossa desgraça futura.
É contra esta certeza de vermos o nosso País a ser vendido a retalho, que teremos de nos revoltar.

Esta é a solução que se exige.

Posto por Carlos Luís

segunda-feira, 29 de março de 2010

"Limpar Portugal", toneladas de lixo político por remover

A recente campanha "Limpar Portugal", mobilizou cerca de 100.000 voluntários. Até Cavaco Silva andou a limpar e plantou uma árvore no seu jardim em Belém, de fato e gravata. Todos os portugueses muito unidos para um bem comum de etiqueta verde. A ecologia, o positivismo de esperar um mundo melhor, menos poluído.

Tudo mentira !!!

Estes 100.000 portugueses não são capazes de se manifestarem contra os milhares de injustiças sociais que acontecem diariamente em Portugal, mas são capazes de se unirem para gritarem durante um jogo de futebol e para andarem a limpar a porcaria que os outros fazem. Podemos chamar isto de civismo? Há aqui algum sentido lógico de cidadania?

Tudo falsidade !!!

As empresas deitam resíduos perigosos e entulhos de construção nas nossas matas e florestas até durante o dia. Não há fiscalização, não há controlo, não há multas. O crime compensa. As instituições públicas - Ministério do Ambiente, Instituto da Conservação da Natureza, Parques Naturais, Zonas de Protecção, Ren - recebem orçamentos de milhões. Uma gigantesca máquina burocrática de funcionários "do ambiente" que raramente saem da sua sala de trabalho. Não fiscalizam a natureza e quem tem que limpar Portugal são 100.000 voluntários, dos quais o "único" que é pago é o Presidente da República.

Todo um logro nacional muito bem montado !!!

O que é preciso é juntar metade das pessoas - 50.000 - para, em vez de andarem a fazer o trabalho daqueles que são pagos para isso, limparem Portugal desta bandalheira política, desta falsidade republicana, desta corrupção prepotente. Mas é também preciso "Limpar Portugal" destes anjinhos, destes santos estigmatizados por anos de salazarismo que, tal como as donas de casa dos anos 50 formatadas pelos regimes nacionalistas de direita da época, quando ouvem a palavra "LIMPAR" vão logo a correr, porque gostam de ver tudo brilhar, sem sequer pensarem o que está por detrás desta gigantesca manobra de marketing ecológico.

É preciso LIMPAR PORTUGAL de vez !!!

Veja-se este exemplo: há uns tempos atrás, apareceu nos serviços da CML uma nova Jurista. A "senhora" era apontada de não fazer quase nada! Não fazia, não aparecia, enfim...uma vergonha! Mas recebia... Perante a situação, um arquitecto da CML decidiu, confrontar o Director com a situação, tendo este concordado que a situação não era lá muito "regulamentar". Mas apenas passadas umas semanas, quando abordado pelo mesmo arquitecto lhe confessou: "arquitecto, esqueça a jurista, ela é intocável !"... Uns dias mais tarde, ao ler a revista Visão, o arquitecto percebeu porque era a dita senhora "intocável": chama-se Diana Barroso Soares e é "só" a mulher de Rui Pedro Soares (sobrinho de Mário Soares e protegido de António Costa). A senhora foi para a Gestão Urbanística em Outubro de 2007 e o Arquitecto da CML, que já lá estava há mais de 20 anos, poderá esperar outros 20, sentado... Mais um caso parecido com o da psicóloga da Lourinhã que foi "afastada", para a filha da Ministra da Saúde entrar...

Vamos LIMPAR PORTUGAL !!!...

posto por Pedro Duarte

quarta-feira, 24 de março de 2010

Pacto de Estabilidade e Conformismo

Ano após ano as mesmas promessas, da mesma gente.
Ano após ano as mesmas ilusões, da mesma politica.
Ano após ano o mesmo PEC. Sem que o País se desenvolva. Sem que o País recupere.
Aquilo que somos há 35 anos é um Projecto Encabeçado por Corruptos. O PEC solidificado.
Sempre o mesmo PEC. Sempre o mesmo Pedido. Sempre o mesmo Encobrimento. Sempre os mesmos Culpados.
As promessas de crescimento nunca foram conseguidas.
As justificações para as politicas postas em vigor, nunca atingiram nenhum dos objectivos apresentados .
No entanto o PEC funcionou.
Hoje temos os Políticos Estratégicamente Colocados e um Povo Estupidamente Cobarde e Previsivelmente Estável e Colaborante.
Ano após ano o País Estagnou e Caiu para o último lugar dos 27.
O PEC demonstrou para aquilo que servia.
O objectivo sempre foi claro e visível para quem conhece os Políticos Envolvidos e Capazes de garantirem para os grupos de interesses a que se foram ligando, aquilo que era a essência dissimulada de um Plano Estratégico de Crescimento para o País.
Foram no entanto 35 anos de verdadeiro Processo de Encobrimento da Corrupção.
Para isso usaram sempre a palavra Mágica . Estabilidade.
E este Povo Embrutecido e Cego nunca conseguiu perceber o embuste sistemático da palavra e da sigla e assim foi ficando cada vez mais Pobre. Cada vez mais Estúpido. Cada vez mais Cobarde.
A Estabilidade é o garante do PEC, que nada mais é que um Processo de Encobrimento de Corruptos da Politica Ensaiada e Conseguida para enriquecer alguns e deixar a quase totalidade do País na miséria.
Nada mais poderemos esperar que o continuo agravar da situação já hoje vivida.
Enquanto se mantiver esta gente Podemos Estar Conscientes que este PEC nada mais será que o fermento para o Processo de Exclusão Continuada de um Povo, que acaba por merecer esta Punição.
Não gostamos desta gente, mas merecemos enquanto Povo Embrutecido e Cobarde, este PEC dimensionado para quem não justifica a nacionalidade e que a curto prazo irá perceber o verdadeiro significado e as consequências destas três letras que agora nos perseguem.
E você já Pensou E Concorda ?

Posto por Carlos Luís

terça-feira, 23 de março de 2010

Burgueses do Mundo, Uní-vos !

«A expansão das classes médias nos países emergentes avança a um ritmo vertiginoso. O crescimento económico suportado por muitos países populosos está a impulsionar a ascensão social de grandes massas. Mais de 1.840 milhões de pessoas vivem já em lugares cujo rendimento per capita é de 10 a 100 dólares por dia, segundo um estudo publicado recentemente pela OCDE. Em 2000, eram 1.360, apenas 140 milhões mais relativamente a 1992, esclarece Homi Kharas, economista autor do estudo. Utilizando outros parâmetros, alguns analistas calculam que metade da população mundial pertence à classe média.

Muitos analistas e políticos relacionam a esta histórica e assombrosa ascensão social, a esperança de uma expansão e consolidação da democracia e das liberdades civis. No Ocidente, em séculos passados, foram precisamente as classes burguesas o corpo e a alma do desenvolvimento liberal. No entanto, após uma etapa de crescimento notável no princípio dos anos 90, o número de democracias de todo o mundo é hoje o mesmo que em 1995: 116 (segundo a prestigiada Freedom House, instituição fundada em 1941 com sede em Washington).

Depois de uma década de desenvolvimento, as classes sociais médias de países tão importantes como a China ou a Rússia continuam a parecer mais consentâneas com regimes autoritários que garantam estabilidade, que ansiosas por conquistar novas áreas da liberdade. Por que não seguem os passos dos seus antecessores ocidentais?

"Estas novas classes médias dos países emergentes são, no entanto, frágeis e temem a instabilidade. Estão dispostas a aceitar regimes autoritários que ofereçam ordem, em troca de que isto não seja prejudicial, por excesso de corrupção e clientelismo, à sua ambição de progresso social, à sua aspiração de competir em igualdade de condições e ao seu desejo de transmitir aos seus filhos um futuro melhor", segundo a opinião do historiador britânico Lawrence James, autor de "The middle class: a history". Segundo ele, empregados de escritório e profissionais chineses, russos ou vietnamitas devem sentir agora algo muito parecido ao que muitos espanhóis sentiram nos anos sessenta.

Os neoburgueses, contudo, têm um potencial obstáculo à posteriori no percurso da plenitude democrática e relativamente ao Estado de Direito. As burguesías ocidentais que acumularam regime atrás de regime são agora corpos sociais dotados de uma profunda espinha dorsal , que tiveram a sua raíz no pensamento grego e no direito romano, seguindo depois a Carta Magna înglesa, o Renascimento e a Idade das Luzes, culminando nas revoluções francesa e americana. A falta deste percurso poderia complicar a "viagem" destes novos burgueses.

Uma sondagem do Pew Global Attitudes Project publicada no ano passado oferece dados interessantes sobre este tema. O estudo, centrado em 13 países emergentes, sugere que as suas classes médias desejam com mais vontade do que os seus cidadãos mais pobres, o estabelecimento da democracia e o respeito pela liberdade. Na Rússia, por exemplo, 51% da classe média acredita que é "muito importante" que as eleições sejam transparentes. Apenas 37% da classe pobre pensa assim.

"O desenvolvimento económico é naturalmente um aspecto de importância fundamental, mas não é tudo. A carga cultural é igualmente importante", considera Richard Wike, director adjunto do Pew Global Attitudes Project, em Washington. "O desenvolvimento facilita e suporta a democracia, mas não a garante".

"A herança cultural tem a sua importância", argumenta James, "e alguns países emergentes contam com a semente dos valores do Estado de Direito sedimentados desde a época colonial. No entanto, para que se produzam impulsos contra os diversos regimes dispostos a utilizar a força são necessários pontos de ruptura. Um caso típico é a excessiva corrupção de um regime, que afecta a vida quotidiana, impede os negócios e despoleta revoltas", refere James. É significativo recordar nesta perspectiva o actual esforço do Kremlin e do Partido Comunista chinês para reduzir a corrupção local.

Com inteligência, muitos regimes reduziram os seus pontos de conflito com essas classes, que podem arrasá-los com a força de uma onda. O êxito da fase de expansão da democracia na Europa de Leste depois da queda do muro de Berlím - na qual o número de países democráticos passou de 76 a 118 entre 1990 e 1996 - foi um abraço desejado durante décadas de opressão e miséria. Agora, uma mistura de crescente bem-estar e formas de controlo menos opressivas podem garantir aos regimes autoritários que as classes médias fiquem mais calmas no plano político.» (in, Jornal El País, 18.03.2010)

sexta-feira, 19 de março de 2010

De milhão em milhão, um país sem solução

Armando Vara como vogal do Conselho de Administração da CGD, teve direito a uma remuneração base de 23.736,95 € por apenas 9 dias de trabalho naquele cargo. A 16 de Janeiro de 2008, seguia para a Administração do BCP, acompanhando Santos Ferreira e Vítor Lopes Fernandes, também administradores cessantes da CGD. Já outros administradores também da CGD, bem conhecidos da sociedade portuguesa, e que cessaram o mandato igualmente na mesma data, receberam, da mesma forma, interessantes remunerações (pelos mesmos 9 dias de trabalho): Carlos Jorge Ramalho Santos Ferreira - 33.648,42 €, António Manuel Maldonado Gonelha - 28.601,14 €, José Joaquim Berberan Santos Ramalho - 22.691,31 €, Vitor Manuel Lopes Fernandes - 23.553,17 € e Maria Celeste Cardona 23.553,17 €.

Não podemos contudo dizer que não há transparência. Tudo está escrito nos relatórios da CGD. Tudo pode ser consultado pelas polícias de investigação, que quando se decidem actuar têm todos os meios ao seu dispor.

Ontem, por exemplo, encontraram numa gaveta da secretária, na casa de Armando Vara, documentos do processo que deveria estar nas instalações da PJ (DCIAP), relacionado com o caso Banif-Angola. A PJ abriu imediatamente inquérito para saber qual dos seus agentes forneceu "gratuitamente" documentos confidenciais da PJ a um indivíduo já conotado e indiciado de vários crimes, burlas e de relacionamento com várias máfias...

Até onde vai o poder de políticos corruptos que ganham milhões sem se saber bem porquê ou como, enquanto praticam políticas desastrosas que estão a levar o nosso país a ser desmantelado das suas estruturas socioeconómicas fundamentais?

Quanto mais tempo vamos tolerar isto? Quando uma nova PIDE nos entrar pela porta dentro e nos matar à pancada por sermos opositores a este estado de coisas?

Vejamos este exemplo, pela positiva, da Suécia, onde os políticos são obrigados à transparência total das suas contas diárias, disponíveis para serem consultadas por qualquer cidadão: http://www.youtube.com/watch?v=ZxruR3Q-c7E .

posto por Pedro Duarte

quarta-feira, 17 de março de 2010

Entrevista a Carlos Luís (presidente em 2009) e José Maria Martins, novo Presidente da Força Emergente para 2010

Depois de um ano de trabalho pela cidadania activa, Carlos Luís (gestor), passou a pasta da presidência desta associação a José Maria Martins, (advogado) tão bem conhecido publicamente pela sua luta pessoal e associativa contra a corrupção que se tem vindo a instalar no nosso país. Poderá ver os videos em:


posto por Pedro Duarte

terça-feira, 16 de março de 2010

Combater a corrupção, mudar o sistema político,intervir para a mudança

Caros amigos,

A Força Emergente tem tido uma intervenção cívico-politica de grande importância, desde a sua fundação, há pouco mais de um ano, até agora. Desde logo a Força Emergente iniciou o combate nos maiores desafios que podem ser tomados: a luta contra poderes iníquos ou mesmo corruptos. Isto porque a Força Emergente é assistente no caso Freeport e no caso das pressões contra magistrados do Mº Pº, tendo requerido a sua constituição como assistente no processo contra o Primeiro Ministro.

Para além disto, a Força Emergente envolveu-se em todos os combates cívico-políticos que são determinantes para a mudança em Portugal. Desde logo a intervenção através do blogue, com artigos políticos sobre as mais variadas questões cívico-políticas.

A Força Emergente, através do seu Presidente Dr. Carlos Luis e restante Direcção, Engº Filipe Vieira da Rocha, Dr.José Simões Coelho, Pedro Duarte e Pedro d'Orey, tem realizado um trabalho muito relevante de contactos políticos e de propostas concretas em diversas áreas: sistema político, sistema judicial, emprego, investimento, modernização do sistema eleitoral, combate à corrupção, desafio à intervenção cívica dos cidadãos. Com a certeza que nenhum dos seus membros precisa da política para viver. São homens e mulheres que trabalham para a mudança consistente, para a reforma concreta da nossa sociedade e firmes no combate à corrupção, ao compadrio e ao tráfico de influências, verdadeiros cancros que minam e definham Portugal.

Na Força Emergente pratica-se a Democracia efectiva.

Tive a honra de ser convidado a assumir as funções de Presidente da Força Emergente neste ano de 2010. Presidência de um ano - como na Suíça - na qual terei de dar o meu melhor em prol dos nossos objectivos nucleares. Assim, neste ano de 2010 iremos realizar várias acções , tais como a continuação do firme combate à corrupção; propostas legislativas na Assembleia da República para mudar o sistema eleitoral; alteração das leis penais e processuais penais; alteração do sistema de justiça cível, de forma a agilizar a resolução dos processos; políticas de emprego; políticas agrícolas; políticas de educação e de saúde.

Até 31 de Dezembro iremos apresentar na Assembleia da República propostas concretas de alteração legislativa nestas áreas, e eventualmente uma proposta de revisão constitucional.

Nós não dizemos apenas que as coisas estão mal, nós apresentaremos propostas concretas para mudar as coisas. Os cidadãos devem intervir na resolução dos grandes problemas nacionais. Para isso é importante que se juntem a nós, numa lógica de cidadania activa, responsável e consequente, fora dos partidos tradicionais, que em boa verdade têm desgovernado Portugal.

Junte-se a nós nesta luta, porque é o nosso futuro e o dos nossos filhos que está em causa.

Posto por José Maria Martins, actual Presidente da Força Emergente

A nova "chaga social": o endividamento múltiplo

A sociedade portuguesa "desmorona-se"...

Não há outra palavra que resuma melhor o estado de sítio em que se está a tornar o nosso país. Um Primeiro-ministro e um Ministro das Finanças indiferentes à situação de descalabro económico portuguesa. Pode-se aliás afirmar que as medidas implementadas por estes dois políticos do Governo estão a acelerar e a empurrar para a pobreza cada vez mais pessoas.

Aqueles que já se encontravam desempregados a recibos verdes continuam sem receber apoio social e, quando conseguem finalmente receber o Rendimento Social de Inserção, apercebem-se que também aqui o Governo engana: a maioria das pessoas recebe um valor aproximado de 100 €, que mal cobre despesas de alimentação para uma pessoa, quanto mais para as despesas essenciais com a casa, luz, água, gás e renda.

Se os parlamentares europeus soubessem como tentam sobreviver portugueses com 100€ não iriam acreditar. O Rendimento Social de Inserção é atribuído pela Segurança Social e varia imenso de valores não se conseguindo sequer perceber quem recebe mais e porquê ou quais os critérios de apoio ou tabelas de valores. Também aqui andam as máfias dos compadrios e das politiquices lobistas que metem à frente amigalhaços que nada fazem senão coleccionar subsídios, deixando para trás pessoas que se encontram realmente desesperadas e cheias de dívidas. Vasculham a vida das pessoas ao ínfimo pormenor: finanças, bens imóveis, bens móveis, curriculum, despesas, créditos, dados pessoais, família, amigos, ... Tiram dezenas de fotocópias, montam processos, obrigam a assinar contratos de obrigação e comprometimento com a verdade e no fim, toma lá 100€ (entregues geralmente com atraso de meses) e já gozas...

Incentivados desde os anos 90 ao consumismo por milhares de "opinion makers" formados no seio dos partidos políticos, das máfias e das sociedades secretas, os portugueses foram sendo conduzidos docemente para o consumismo e para o milagre económico europeu. Comprem casas em vez de alugar; comprem automóveis novos porque as inspecções chumbam os velhos; comprem roupa cara para terem emprego; comprem mobiliário moderno e casem com festas caras... CONSUMAM PORTUGUESES...

Agora conhecemos a verdade crua: cada europeu não representa mais do que uma célula de uma gigantesca máquina económica centralizada em Bruxelas e Estrasburgo e cujo objectivo é espremer cada indivíduo ao máximo real e potencial da sua economia familiar. Agora, os banqueiros europeus (maioritariamente centralizados na Alemanha, Suiça, Áustria e Holanda), sentados, limitam-se a lucrar da DÍVIDA anteriormente contraída, pois quando não recebe de uma "célula" ou "indivíduo" logo tem de ser compensado pelo Estado, que é o mesmo que dizer, dividir a dívida de um, por todos os contribuintes... Veja-se o escandaloso caso da Grécia em que vários parlamentares alemães propuseram que a Grécia vendesse as suas ilhas e o seu património edificado para lhes pagar, a "eles", alemães... O baixo nível a que chegou a política europeia...!!!

Este maquiavélico PLANO, criado pelos mesmos senhores do aço que fabricaram as armas para ambos os lados durante a 2.ª guerra mundial, que depois se propuseram a reconstruir as cidades e sociedades totalmente destruídas pelas "suas" armas, culmina agora com este "milagre económico europeu" do consumismo fácil, da falsa "reconstrução" económica do pós-guerra, sendo esta, não mais do que uma nova guerra à estabilidade, à família, à democracia, à decência... Os políticos já não escondem que não lhes interessa as pessoas, pois sentem que o sistema se desmorona. Mas mesmo assim, em plena crise e ruína económica, todo o dinheiro é centralizado primeiro pelo Estado e depois subtilmente conduzido por múltiplos processos para a banca europeia, "gerida" pelos políticos da União Europeia e do Parlamento Europeu. Genial este golpe de "pescadinha de rabo na boca" no qual cada cidadão europeu apenas vai fazer "engordar" a gorda máquina financeira de alguns privilegiados e de algumas famílias de novos ricos, burgueses e máfias instaladas no seio da "MÁQUINA".

Em Portugal, 10% dos endividados têm mais de dez créditos pendentes, perante os quais vêem a sua vida hipotecada até à geração dos seus netos. No escalão seguinte, 38,5% das famílias endividadas, tem entre 4 e 7 créditos por pagar, e 36,6% entre 1 e 3. O número de famílias sobre-endividadas registadas só na Deco atingiu meio milhar, valor superior a igual período relativamente a 2009. Esta é a nova "chaga social" dos portugueses. A nova doença da república de Sócrates, a mesma "República", nascida há 100 anos e que "um" dia foi Democracia...

posto por Pedro Duarte

sábado, 13 de março de 2010

O renascimento da recessão

Um País que deixou de confiar no primeiro ministro, que não tem estratégias de desenvolvimento, que tem uma divida colossal ao estrangeiro, que vê aumentar diariamente o numero de desempregados, que não vê nem vai ter investimentos significativos, que não tem um Sistema Judicial adequado e isento, ficou uma vez mais a saber que não pode confiar nesta gente que há pelo menos 5 anos anda a enganar os Portugueses.
A informação divulgada pelo governo sobre o evoluir da situação económica tem sido sistematicamente manipulada.
Os dados não são verdadeiros e a recessão agora pré-anunciada era uma certeza há muito assumida por quem sente na pele o pulsar do País.
Nem eram necessários dados estatísticos.
Nem será necessário esperar muito tempo para vermos desmoronar este Sistema Politico Económico, completamente desfasado das realidades geo-estratégicas globais, dos acordos gerais de Comércio, das novas politicas de Desenvolvimento Sustentável e acima de tudo pela emergência de novas economias assentes num rápido desenvolvimento de Pólos Tecnológicos de excelência e bases sociais elásticas e sem capacidade reivindicativa.
Assim sendo, iremos continuar a divergir da União Europeia, seremos mais um País sem chama e sem alma e cada vez mais atrasado.
A falta de ideias e a total incapacidade destes políticos, vão conduzir-nos a uma Nação de futuro incerto e duvidoso.
A recessão uma vez mais anunciada, nada mais representa que um facto escondido pela mistificação ignóbil que vem sendo prepertada, mas há muito sentida pelo País.
Que não hajam ilusões.
Uma coisa é a necessidade urgente de nos libertarmos desta gente sem honra nem princípios, que sob a batuta de socrates tomou conta do País.
Outra é pensarmos que a solução se encontra na restante classe política.
De facto o clima geral irá melhorar assim que josé socrates puder ser julgado pelos crimes de lesa Pátria que até agora já cometeu.
Mas....será necessário rever o Sistema Político e as Leis Eleitorais se quisermos recuperar o futuro.
Sem isso não há solução para o País.
Posto por Carlos Luis

quinta-feira, 11 de março de 2010

Um PEC nada "IMPEC"

Quando a Islândia decretou a falência técnica oficial, no final de 2008, o mundo ficou surpreendido. Apesar do choque, imediatamente se sucederam outros exemplos até ser institucionalizada a crise económica internacional que chegou mesmo a ganhar títulos como "recessão mundial" e "depressão". Simultaneamente, Madoff burlava em mais de 50.000 milhões de dólares muitos investidores que viram as poupanças das suas vidas desaparecerem de um dia para o outro sem que o Estado norte-americano se preocupasse com isso. Estava então "decretado" o tema para 2009: a crise mundial.

Por cá tivémos o equivalente de Madoff, mas a duplicar: o caso BPP e BPN. Para a dimensão do nosso país, era de esperar que o Governo tivesse tomado medidas de excepção. Em vez disso, passámos 2009 em preparativos para as eleições legislativas realizadas estrategicamente no final do ano por sugestão de outra grande figura da política nacional: o Presidente da República. Entre combate político e muitos casos de corrupção que envolviam o Primeiro-ministro, os portugueses observaram o pingue-pongue televisivo e mediático que manteve o povo distraído do essencial: o desemprego galopante, o desmantelar da indústria de ponta portuguesa e a destruição de uma parte importante do tecido empresarial e comercial nacional.

Nada foi feito de realmente importante em 2009 do ponto de vista de medidas para a crise. Sócrates manteve-se indiferente às desgraças, elogiando apenas os grandes empresários, que numa atitude pró-socialista, se mostram subservientes e obedientes, para receberem os seus subsídios de milhões com os quais se vêem "pagos" por este marketing e propaganda.

Todo o país que discorda de Sócrates, vai caindo, desmoronando-se pois, por não o reconhecer como o grande representante nacional desta NWO, é desprezado, abandonado e espezinhado. Os casos de corrupção envolvendo ligações ao Governo adensam-se nas mesas da Procuradoria-Geral da República, mas logo um obediente e "honorável mestre" aí se encarrega de os arrumar num armário com o rótulo: "arquivado por falta de provas". Gravações, escutas, relatórios dão trabalho administrativo a muitos funcionários judiciais, mas apenas isso. Não é suposto servirem para rigorosamente mais nada.

E assim é reeleito Sócrates, já sem maioria, mas quase tão arrogante como no primeiro mandato, durante o qual atacou inúmeras classes profissionais sem lógica política ou estratégia social. Os desempregados continuaram desempregados. Alguns não-desempregados foram promovidos a desempregados, enquanto inúmeros administradores de empresas e da banca recebiam prémios escandalosos de milhões. Aliás a palavra milhões passou a figurar em todos os Media diariamente. São milhões para o TGV, que apenas servirá grandes cidades e um punhado de privilegiados que não gostam de viajar de avião. São milhões para o Governador de Portugal, um militante do PS que nunca conseguiu antever nada relacionado com os desastres financeiros de 2009. Apesar dessa miopia, foi promovido e convidado para vice-presidente do BCE.

Agora o Governo lança a sua última piada sobre economia e finanças em plena situação de crise financeira e de desemprego: o PEC - Programa de Estabilidade e Crescimento. Este plano, pressionado pela UE agrava os impostos pela redução das deduções e benefícios fiscais, e leva à alienação do património empresarial que ainda estava na posse do Estado: EDP, TAP, CTT, REN. Seguir-se-ão a CP, REFER e METRO. Depois vender-se-ão os restantes edifícios do Estado que ainda não foram alienados e...

...e não se sabe o desfecho destes 100 anos de República, ciclo que é encerrado pelo pior Ministro das Finanças e pelo pior Primeiro-ministro da história socio-política portuguesa. Todo o investimento financiado pela UE desde a nossa adesão desmoronou-se nestes últimos cinco anos. O que ficou? A dívida para pagar à banca europeia, com a qual se ocuparão para as próximas décadas os políticos, pois esse será o único tema a debater no hemiciclo. Uma coisa ficou clara nas palavras de ontem de Cavaco Silva (que já por inúmeras vezes repetiu que tudo tem feito para reduzir o desemprego em Portugal): "devemos evitar usar a bomba atómica"...
Posto por Pedro Duarte

terça-feira, 9 de março de 2010

Balanço

Um ano de actividade exige um olhar sobre o trabalho realizado. O projecto inicial era simples, ambicioso e muito nobre. Simplesmente contribuir para um País melhor, sem pedir nada em troca. Uma questão de princípios e consciência. Para isso, travámos um combate determinado à gente corrupta que ocupa os Órgãos de Soberania.

Esse espólio está bem documentado no Site Oficial desta Associação ( http://www.forcemergente.pt/ ).

Tudo começou quando em finais de 2008, nos vimos obrigados a reflectir sobre o País que íamos vendo emergir, a par da falta de reacção que se sentia na generalidade do espectro político. As constantes denúncias que alguma comunicação social ia fazendo, não tinham reflexo contestatário vísivel. O que víamos então, tal como agora, é um partido como o PS apoiar e dar cobertura a uma estratégia ignóbil dos seus principais responsáveis na tentativa de controlo da comunicação social e do País.

Decidimos avançar. Sabíamos que não tínhamos expressão pública. Tínhamos no entanto os conhecimentos e a experiência de uma vida através do Mundo, ligados como alguns de nós estivemos a projectos de dimensão internacional. Sabíamos que alguma coisa conseguiríamos fazer em prol da dignidade perdida. Essa era a situação que já se vivia e a partir da qual fomos tentando uma aproximação a alguns movimentos e partidos para se congregar uma frente de combate alargada. Não queríamos ter protagonismo, mas fomos por vezes obrigados a isso.

Depressa chegámos à conclusão que para lá de sermos um Povo de gente inerte, também as elites contestatárias sofrem do mesmo mal. O seu verdadeiro campo de batalha é uma cadeira virada para a NET, onde por vezes expressam excelentes análises críticas que nos satisfazem o ego mas que não têm consequências práticas. O País vai-se lentamente afundando, o leque de gente corrupta vai-se alargando e não vemos quaisquer sinais de reacção efectiva a este Sistema Político, nem aos agentes da indignidade judicial que ocupam as posições mais destacadas da hierarquia.

O despudor dos defensores oficiosos deste Regime, como Marinho Pinto ou Pinto Monteiro, é verdadeiramente revoltante. No entanto os contestatários continuam sentados. A fazer excelentes críticas e assim irão "morrer". Só que desta vez não será de pé. O País precisa de homens de acção. Um ano depois, sentimos que será necessário dinamizar as formas de luta.

À Força inicial em que se destacaram alguns nomes, veio agora juntar-se José Maria Martins.

Este reforço é importante, pois não vemos ninguém que de forma mais desprendida venha mantendo um combate e uma denúncia tão veemente sobre este clã de gente corrupta que se instalou na sociedade Portuguesa.

Continuaremos assim a ser uma Associação de pessoas em que as ideias ou ideologias pessoais não colidem com o objectivo essencial: tentar contribuir para um País mais justo em que gente séria ocupe os lugares da governação.

sábado, 6 de março de 2010

Inteligência, Discernimento, capacidade de Decisão

É tudo isto que falta a este povo.
O fosso que se foi criando ao longo dos anos que leva este chamado estado de direito democrático, acabou por gerar um amalgamado de gente inculta e incapaz de discernir entre o Mundo que existe lá fora e a cinzenta existência que têm cá dentro.
As novas classes dirigentes sabem isso e fazem disso o seu modo de vida.
Somos um Estado putrefacto assente na mentira e construído sobre a desgraça alheia.
30 anos de dádivas e apoios externos apenas geraram uma pequena elite de oportunistas agrupados num clã de gente sem palavra, sem respeito pela essência dos princípios programáticos em que dizem legitimar o poder e sem vergonha nem pudor perante a indignidade das acções que vão cometendo.
Este Regime nada de bom tem que justifique a sua continuação.
A palavra Democracia gastou-se nas mãos desta gente sem princípios nem respeito pelo miserável povo que ainda os tolera.
E isso acontece porque somos gente de pouca inteligência e sem qualquer capacidade para discernir os pontos de engano em que sistematicamente vamos vivendo sem sermos capazes de minimamente ponderar as realidades mais simples e visíveis que demonstram e denotam a extrema desplicência como somos tratados, no convencimento adquirido de que assim podem proceder.
Não se incomodam em dizer as maiores falsidades e assumir o direito á presunção do bom nome.
Não têm problemas em justificar o injustificável e exigirem a presunção de inocência.
Perante tais evidências e o despudor desta gente, não vemos nem ouvimos ninguém a levantar a voz ou outra coisa qualquer
Chegámos assim a um ponto em que assumimos a nossa incapacidade perante a dimensão do problema. Este povo não tem inteligência, nem descernimento, nem capacidade de reacção.
Sabemos contudo sem duvidas nem ilusões, que este País tem que mudar e isso só irá acontecer quando formos capazes de descer à rua e fazermos valer a nossa força e os nossos direitos.
Mário Soares deveria assumir a vergonha de ser considerado o "pai" deste Sistema politico. A cobertura que tem dado a socrates e companhia, acaba no entanto por se entender, ao sermos informados que o tal rui soares, administrador da PT, parece que é seu sobrinho. A cabeça do polvo começa agora a ser visível.
Estamos assim perante um País inquinado por quem atraiçoou os ideais e não tem vergonha de defender e sustentar uma linha politica de gente desonesta e sem princípios.

quinta-feira, 4 de março de 2010

A Fuga e o Folclore

Audições na Assembleia, greve geral da função publica, noticias nos jornais, nas televisões, nas rádios e sempre o mesmo enfoque - são MENTIROSOS, estão ENVOLVIDOS, são CORRUPTOS, a soar-lhes aos ouvidos.
Havia que encontrar qualquer coisa que lhes pudesse sacudir a pressão do momento.
Daí a súbita fuga para Moçambique.
E foram uma boa quantidade deles, embora por cá ainda continuem demasiados.
Que bem que agora se sentem longe de tudo o que os incomoda, mas que pelos vistos ainda não os envergonha.
Lá, o som dos batuques e a indiferença das gentes, fazem-os sentir outra vez importantes e credíveis, pois basta uma caneta para assinar mais uns acordos e com os abundantes fundos que este País lhes permite usufruírem, poderem pagar mais umas "pequenas" coisas para não fazerem má figura.
E que bom é despertar pela manhã e ouvir boas vindas e ver sorrisos rasgados.
Ninguém lhes fala no Freeport ou na face oculta e tudo se passa em ambiente festivo. De seguida mais uma recepção e a sempre oportuna lembrança que aqueles homens são os representantes de um velho império e agora Nação irmã.
Todos estão felizes. Todos ficam felizes.
Até a língua ajuda, pois nem sequer é necessário o estuporado Inglês técnico.
E até é bom, porque assim ninguém se poderá rir do nosso primeiro ministro. Já nos bastou a triste figura na Cimeira de Lisboa. Convenhamos no entanto que poucos membros doutros governos terão sido obrigados a estudar Inglês técnico.
O azar do nosso foi não lhe terem ensinado apenas o Inglês corrente. Chegava perfeitamente para se desenrascar lá fora.
Ali nem é preciso mais animação e tudo se passa em ambiente descontraído, pois foram daqui diversos palhaços.
É salutar sentirmos o País a ser tão bem representado.
E depois vão todos até Cahora Bassa e almoçam pelo caminho e é tudo tão diferente que nem lhes apetece vir para este inferno de invejosos que lhes fazem a vida negra com as cabalas e os aviltamentos que lhes vão preparando.
E até para nós é bom podermos sentir este ar desempoeirado que por aqui vai correndo. A poluição durante estes dias vai ser muito menor.
A propósito. O outro também foi para o Estrangeiro?
Não seria boa altura para fecharmos as fronteiras?

terça-feira, 2 de março de 2010

A face escondida

Na luta que vamos travando contra este estado de degradação instalado na sociedade Portuguesa, há quem se continue a destacar pelo esforço e clarividência com que vai denunciando muitas das indignidades que vão sendo cometidas. Leia-se a excelente síntese analítica feita por José Muacho;

Quem é Cavaco Silva?
Em Julho de 2004 Santana Lopes toma posse como Primeiro-ministro.
Em Setembro de 2004 o alegado engenheiro Sócrates é eleito presidente do PS.
Em Outubro de 2004 na sequência das chamadas “trapalhadas” do governo presidido por Santana Lopes, Cavaco publica no Expresso o famoso artigo “A Má Moeda Expulsa a Boa Moeda” e com ele “autoriza”, incentiva, Sampaio a dissolver a Assembleia da República, o que vem a acontecer em 22 de Dezembro.
Como consequência, em Março de 2005, o ainda não admirável líder, torna-se Primeiro-ministro de Portugal.
Em finais de 2005 Cavaco Silva candidata-se a Presidente da República.
Contra ele, o PS candidata Mário Soares e, aparentemente à revelia do partido, Manuel Alegre candidata-se também.
Dada a divisão dos votos à esquerda, Cavaco ganha facilmente; em Janeiro de 2006 é eleito PR.
Durante quatro anos Cavaco, o tal que por causa de “trapalhadas” sancionou a demissão de Santana Lopes, assobia para o lado perante suspeitas de corrupção, compadrios, negociatas, perseguições a jornalistas, afundamento da educação e saúde, desbaratar de dinheiros públicos, etc., etc.
Só reagiu quando afrontado com o Estatuto dos Açores mas acaba por meter o rabo entre as pernas e não levar o braço-de-ferro até às últimas consequências; terá tido medo de quê?
Na véspera do início da última campanha eleitoral o Público, citando fontes próximas do PR, denuncia alegadas escutas à Presidência da República. Na altura Cavaco diz não ter comentários a fazer porque não quer interferir.
Manuela Ferreira Leite aproveita a deixa e reforça o slogan da “asfixia democrática”.
Em plena campanha, o Diário de Notícias dá à estampa o famoso e-mail interno do Público e, baseado no mesmo, sugere que as escutas eram afinal uma encomenda da PR para lançar suspeições sobre o amado líder.
Mais uma vez Cavaco reitera a sua intenção de não comentar escudando-se na sua obrigação de não interferência e promete investigações rigorosas para depois do dia 27; no entanto, quatro dias depois, demite das funções de assessor de imprensa Fernando Lima, o alegado autor da encomenda do” Caso das Escutas”, seu colaborador fiel há mais de 25 anos.
Este seu acto parece corroborar a denúncia do DN e permite que Augusto Santos Silva apareça, em directo, nos telejornais da noite afirmando:
“Mais uma vez se demonstrou serem falsas as alegações feitas pela actual liderança do PSD de que existiria hoje em Portugal qualquer clima de condicionamento dos órgãos de Comunicação Social da responsabilidade do Governo do PS ou do PS e lamento que esta campanha eleitoral esteja a ser feita de casos de incidentes de tentativa de aproveitamento político.”
Esta lavagem de mãos que atira com a água suja para cima de um amigo e colaborador de longa data é então o quê?
É de admitir que Fernando Lima tivesse agido sem o conhecimento dele? E, a tê-lo feito, porque não foi demitido logo que a notícia apareceu no Público?
Mas admitindo que hesitou, então qual a razão porque não adiou a demissão do seu assessor para depois do dia 27 evitando o quase esvaziamento da campanha de MFL?
Como explicar o comportamento de Cavaco?
E agora, com as revelações das ingerências e tentativas de ingerência nos média vindas a lume com a publicação das escutas do processo Face Oculta, onde está Cavaco Silva?
É que este caso é mais um em cima de muitos outros (As casinhas da Guarda, Falsificação das fichas da AR, Licenciatura na Independente, Compras de andares, Escrituras desaparecidas, Reforma da mãe, Cova da Beira, Freeport, Sobreiros de Setúbal, Assalto ao BCP, TVI, Mário Crespo, Público, Saída de Marcelo da RTP) que têm, directa ou indirectamente, sempre um nome associado; qualquer pedra, mais ou menos suja que se levante, esse nome aparece quase sempre.
Agora já não é só um Primeiro-ministro que está em causa; PGR e STJ também estão; comunicados e contra comunicados, declarações avulsas, o atirar da bola entre PGR e STJ, violações do segredo justiça boas e más, mãos pelos pés e pés pelas mãos, insinuações de encobrimento... e se a palavra mentiroso já era usual quando o PM era referido, agora, a ela também não ficam imunes os nomes do Procurador Geral da República ou o Presidente do Supremo Tribunal de Justiça.
E neste caos, onde está Cavaco Silva?
É esta a boa moeda dele? Ou será que o Polvo, com tantos braços laçados e entrelaçados, lá, bem no meio, tem algum de que nem sequer suspeitamos?
Segundo Almeida Santos, “todos os casos de justiça em que o nome do PM esteve envolvido deram em nada e este em nada vai dar”. A sua convicção pareceu-me demasiado profunda para que tenha por base somente a fé.

Complementando a síntese do Zé Muacho, poderemos perguntar se foi para isto que elegemos este Presidente da Republica.
Onde é que estão os Portugueses inconformados com a situação que se está a viver?