A sociedade portuguesa "desmorona-se"...
Não há outra palavra que resuma melhor o estado de sítio em que se está a tornar o nosso país. Um Primeiro-ministro e um Ministro das Finanças indiferentes à situação de descalabro económico portuguesa. Pode-se aliás afirmar que as medidas implementadas por estes dois políticos do Governo estão a acelerar e a empurrar para a pobreza cada vez mais pessoas.
Aqueles que já se encontravam desempregados a recibos verdes continuam sem receber apoio social e, quando conseguem finalmente receber o Rendimento Social de Inserção, apercebem-se que também aqui o Governo engana: a maioria das pessoas recebe um valor aproximado de 100 €, que mal cobre despesas de alimentação para uma pessoa, quanto mais para as despesas essenciais com a casa, luz, água, gás e renda.
Se os parlamentares europeus soubessem como tentam sobreviver portugueses com 100€ não iriam acreditar. O Rendimento Social de Inserção é atribuído pela Segurança Social e varia imenso de valores não se conseguindo sequer perceber quem recebe mais e porquê ou quais os critérios de apoio ou tabelas de valores. Também aqui andam as máfias dos compadrios e das politiquices lobistas que metem à frente amigalhaços que nada fazem senão coleccionar subsídios, deixando para trás pessoas que se encontram realmente desesperadas e cheias de dívidas. Vasculham a vida das pessoas ao ínfimo pormenor: finanças, bens imóveis, bens móveis, curriculum, despesas, créditos, dados pessoais, família, amigos, ... Tiram dezenas de fotocópias, montam processos, obrigam a assinar contratos de obrigação e comprometimento com a verdade e no fim, toma lá 100€ (entregues geralmente com atraso de meses) e já gozas...
Incentivados desde os anos 90 ao consumismo por milhares de "opinion makers" formados no seio dos partidos políticos, das máfias e das sociedades secretas, os portugueses foram sendo conduzidos docemente para o consumismo e para o milagre económico europeu. Comprem casas em vez de alugar; comprem automóveis novos porque as inspecções chumbam os velhos; comprem roupa cara para terem emprego; comprem mobiliário moderno e casem com festas caras... CONSUMAM PORTUGUESES...
Agora conhecemos a verdade crua: cada europeu não representa mais do que uma célula de uma gigantesca máquina económica centralizada em Bruxelas e Estrasburgo e cujo objectivo é espremer cada indivíduo ao máximo real e potencial da sua economia familiar. Agora, os banqueiros europeus (maioritariamente centralizados na Alemanha, Suiça, Áustria e Holanda), sentados, limitam-se a lucrar da DÍVIDA anteriormente contraída, pois quando não recebe de uma "célula" ou "indivíduo" logo tem de ser compensado pelo Estado, que é o mesmo que dizer, dividir a dívida de um, por todos os contribuintes... Veja-se o escandaloso caso da Grécia em que vários parlamentares alemães propuseram que a Grécia vendesse as suas ilhas e o seu património edificado para lhes pagar, a "eles", alemães... O baixo nível a que chegou a política europeia...!!!
Este maquiavélico PLANO, criado pelos mesmos senhores do aço que fabricaram as armas para ambos os lados durante a 2.ª guerra mundial, que depois se propuseram a reconstruir as cidades e sociedades totalmente destruídas pelas "suas" armas, culmina agora com este "milagre económico europeu" do consumismo fácil, da falsa "reconstrução" económica do pós-guerra, sendo esta, não mais do que uma nova guerra à estabilidade, à família, à democracia, à decência... Os políticos já não escondem que não lhes interessa as pessoas, pois sentem que o sistema se desmorona. Mas mesmo assim, em plena crise e ruína económica, todo o dinheiro é centralizado primeiro pelo Estado e depois subtilmente conduzido por múltiplos processos para a banca europeia, "gerida" pelos políticos da União Europeia e do Parlamento Europeu. Genial este golpe de "pescadinha de rabo na boca" no qual cada cidadão europeu apenas vai fazer "engordar" a gorda máquina financeira de alguns privilegiados e de algumas famílias de novos ricos, burgueses e máfias instaladas no seio da "MÁQUINA".
Em Portugal, 10% dos endividados têm mais de dez créditos pendentes, perante os quais vêem a sua vida hipotecada até à geração dos seus netos. No escalão seguinte, 38,5% das famílias endividadas, tem entre 4 e 7 créditos por pagar, e 36,6% entre 1 e 3. O número de famílias sobre-endividadas registadas só na Deco atingiu meio milhar, valor superior a igual período relativamente a 2009. Esta é a nova "chaga social" dos portugueses. A nova doença da república de Sócrates, a mesma "República", nascida há 100 anos e que "um" dia foi Democracia...
posto por Pedro Duarte
1 comentário:
Manter-se fora de cartões de crédito... é uma regra! Os bancos cobram juros de 30% (e pensar que os MAFIOSOS nos EUA cobravam taxas de 15% e já eram considerados CRIMINOSOS...)
A minha visão do futuro próximo tem a ver com este Default das pessoas atoladas em créditos bancários... simplesmente não vão poder pagar! E os bancos vão sofrer com isso? Não... o Governo para este "bailout" vai arranjar uns fundos quaisquer para os banqueiros serem salvos... apertar o cinto é só pró POVO!
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