E é mesmo aquela que está mais à mão.
Se continuar Cavaco Silva, tudo continuará na mesma.
Se entrasse o poeta Alegre, da prosa não iria sair poesia.
A cartilha é a mesma e nem as virgulas se alteravam. Ou seja, o Sistema continuaria a fluir tal como até aqui. Nada de novo iria surgir.
Nem rasgos de imaginação ou novas descobertas, ou novas gentes.
Continuaríamos a ouvir os mesmos discursos........ apenas com entoação diferente.
As frases já as conhecemos.
Lá voltaremos a ouvir dizer que o País precisa de Estabilidade.
De respeito pelas Instituições.
Do esforço de todos os Portugueses. Dos sacrifícios de agora para um futuro melhor depois.
Com mais segurança. Com mais oportunidades para os jovens. Etc, etc.
E acima de tudo lembrarem-nos que é preciso ter confiança nas Instituições Democráticas !
Toda esta conversa desde 75...79...80....85....90....95....2000.....2005......2010....,
São 35 anos de falsas promessas a par do enriquecimento ilícito de toda uma classe politica que se apropriou do País.
Qualquer dos candidatos garantem este discurso e a consequente decadência a curto prazo.
Nenhum destes candidatos nos interessa.
Nenhum nos merece confiança.
Nenhum conseguirá contribuir para a solução que se exige para o País.
Essa seria uma mudança de Regime e a responsabilização da Classe politica que conduziu o País ao estado em que se encontra.
Sabemos que isto não irá acontecer. Mas pode ser o primeiro passo.
E se Fernando Nobre conseguisse ir a uma 2ª volta e ser alternativa viável ?
Só traria vantagens, mesmo que traga ás costas alguns penduras de ocasião.
Penso contudo, que a dimensão humana e social deste homem nunca se vergará a jogos de interesses, mesmo que eventualmente surgissem dos tais apoios socialistas.
Se se apresenta como um homem fora do Sistema, não nos parece que pudesse vir a integrá-lo agora.
Nem nos parece que possa vir a pactuar com as mentiras de qualquer 1º ministro em exercício.
Nem que deixasse passar em claro os gastos e roubos que sistematicamente se fazem no erário publico.
Nem que ficasse insensível aos desiquilibrios sociais existentes.
Basta isto, para fazermos um esforço de mobilização em favor de Fernando Nobre.
NOBRE, A REVOLTA POSSÍVEL.
Quando há 4 anos, numa cerimónia então realizada, estive ao seu lado, senti vontade de o abraçar ( pois não o conheço pessoalmente ) e agradecer por todo um trajecto de vida que só os Homens com H grande conseguem e merecem.
Agora, podem-se fazer todas as conjecturas sobre a sua candidatura.
Podem-se traçar alguns cenários. Até nem se gostar de saber que por perto já farejam os abutres.
Mas uma coisa é certa.
Neste momento Fernando Nobre é a centelha de revolta a que podemos deitar mão.
Não a desperdicemos. Façam esse favor ao País e a cada um em particular.
Amanhã, o Sol talvez brilhe um pouco mais.
Se não brilhar, também não se perdeu nada.
posto por Carlos Luis
Cai a Carmo e a Trindade
-
Confesso que tenho uma certa atração pelo abismo e por situações dignas de
novela, mesmo quando acontecem comigo. Isso faz com que me divirta com
coisas in...
Há 2 dias
5 comentários:
Porque é necessário mudar alguma coisa, mesmo que muito pouco, irei dar o meu voto ao candidato Fernando Nobre.
Acredito que também seria possível a mudança com o candidato José Coelho (as minhas desculpas por lhe ter chamado Manuel), mas parece-me com menores possibilidades de passar à segunda volta.
É importantíssimo haver segunda volta e apostar no candidato Fernando Nobre. Não acredito que seja a solução para todos os males deste país, mas, como médico, esforçar-se-á por encontrar o remédio certo, fazendo a prescrição adequada.
Não deixava de ser um castigo merecido para Cavaco Silva ir a uma segunda volta... e um castigo para o Socrates se o outro candidato for o Dr. Nobre.
Era bem feito!
Post Scriptum. (se escrever só PS ninguém lê) Se quiser juntar o meu blog à sua lista:
http://aquihatertulia.blogspot.com/
Artigo publicado no semanário Jornal de Leiria:
I m p r e s s õ e s
Dinheiros públicos (e miséria privada)
A grande massa dos portugueses, que vota nos governantes esbanjadores
e apoia obras públicas caras e ostentatórias, não tem, no quotidiano,
a noção reflectida donde procedem os «dinheiros públicos». Essa massa
de ignorantes não pensa nisso; fica-se com a ideia de um cofre inesgotável,
dum banco anónimo, dum tesouro mágico. É como se fossem
dinheiros alheios ou de «ninguém» que se podem esbanjar e que não carecem
de controle popular (nem de prestação de contas).
Será necessário dizer, incessantemente, que os «dinheiros públicos»
provêm - exclusivamente - dos impostos, das licenças, matrículas, multas
e outras cobranças, ou extorsões, aos cidadãos. Não são um tesouro
mágico. São como a tesouraria duma colectividade. Se os dinheiros partem
em auto-estradas, TGVs, aeroportos, submarinos, automóveis de serviço,
jantaradas oficiais, compra de bancos falidos, estádios, piscinas, polidesportivos,
rotundas e arranjos urbanos para-saloio-ver (isto é, para o
currículo dos políticos), e em pensões milionárias (duplicadas e triplicadas)
dos gestores públicos e dos políticos, vai faltar dinheiro para os salários,
os incentivos ao trabalho e à produção, para os subsídios de desemprego,
a saúde, a educação, as pensões, a assistência aos pobres e os abonos
de família. Tão verdade como eu estar aqui.
Esta ignorância, irreflexão ou distracção alimenta a corrupção e a fraude.
«Dinheiros públicos» são como dinheiros de «ninguém», como os caminhos
de que cada um se pode servir desde que tenha acesso a eles. Podem
ser vistos como «dinheiros do Estado». Ora, como a grande massa
de gente confunde o Estado com o Governo, e como o Governo
se pode assemelhar a uma camarilha de malfeitores, «ladrão
que rouba a ladrão tem cem anos de perdão». Fraudar até pode
ser uma garantia de reeleição democrática («Ele rouba mas faz»,
«É esperto...»). Esta tolerância popular com a corrupção e a fraude
aumentou com a democracia. Constituiu um traço do parasitismo,
uma forte componente da mentalidade portuguesa O
Correio da Manhã lançou uma petição para a discussão
no Parlamento duma proposta de lei nesta matéria.
Louvável. O problema é que as leis, para serem praticadas,
necessitam dos governos enquanto os governos democráticos,
como os que conhecemos desde há trinta anos, são cúmplices dos corruptos.
A democracia chega a confundir-se com uma fraude.
(continua...)
Um autarca que esbanja milhões em luxos públicos - para o seu próprio
currículo político - que instaura uma piscina ou um polidesdeportivo
em cada freguesia de mil habitantes, que abre rotundas, estradas,
infraestruturas pelos campos fora para servir uma vivenda isolada, diz
que essas obras foram pagas «com dinheiros públicos». Nunca diz: «fruto
dos sacrifícios dos contribuintes». Se os cidadãos reflectissem que esses
empreendimentos (construídos para o currículo pessoal dos políticos) estão
aí em prejuízo dos gozos da saúde e da educação gratuitas, do subsídio
de desemprego, dos abonos de família, das reformas, da assistência aos
mais pobres e da alimentação doméstica, isto é, o que se gastou aí vai
faltar para a equidade social... eu podia jurar-vos que, aquando das respectivas
inaugurações, esses governantes gastadores dos dinheiros colectivos
(se não apropriadores dos mesmos), seriam recebidos não com aplausos
mas com vaias, palavrões e, até, com gestos menos próprios como,
por exemplo, à tomatada e à pedrada [«Esta sua obra contribuiu para a
nossa pobreza! O seu projecto de currículo pessoal produz miséria geral!»].
O problema é que são as culturas quem engendra as respectivas elites, daí
que os povos têm as economias que merecem.
Já a maior parte dos «dinheiros de Bruxelas» (a nova visão dum D.
Sebastião) se foi em carros topo-de-gama, casas luxuosas e paraísos
fiscais. Os ministros de há 20 anos vangloriavam-se de que
entravam em Portugal, de Bruxelas, «tantos milhões de contos
por dia». Inúmeras siglas públicas e privadas chuparam esses
milhões, sem controle. A decadência em que entramos também
é o resultado desses parasitários «dinheiros de Bruxelas». Eles
criaram a subsídio-dependência, afastaram os jovens do gosto
do trabalho e deram cabo da agricultura e da pesca, passando
nós a importar o que comemos. Quer dizer, acentuaram
o tradicional parasitismo da mentalidade portuguesa.
Moisés Espírito Santo
sociólogo, docente do Ensino Superior
Fernando Nobre fez um caminho brilhante na sua área.
E devia continuar onde estava porque para além de ser um trabalho bem mais dificil e nobre é onde faz falta.
Sinceramente, custa-me que esteja a ser aproveitado por algumas pessoas da esquerda que se servem dele.
Acho uma pena Fernando Nobre ter-se metido por estes caminhos.
Para que não tenham duvidas este é um comentário sincero e desinteressado de um cidadão que não é nem nunca foi cavaquista e muito menos alegrista
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