terça-feira, 30 de novembro de 2010

A Defesa da Democracia só pode ser feita através da prisão dos corruptos e incompetentes

Para além de todo o carnaval de declarações sobre o défice há uma realidade que se tem de mudar: A corrupção e a incompetência.
Os documentos revelados das pressões dos EUA sobre os juizes espanhóis é apenas a ponta do iceberg de uma realidade: A Justiça é permeável; os juizes são sujeitos a pressões do Poder Político.
Os juizes - e os agentes do Mº Pº - são sujeitos a pressões do poder político em Espanha, pela CIA, pelos Governo dos EUA, como são sujeitos em Portugal.
Em Portugal são sujeitos a pressões dos governos do Reino Unido - caso Maccain - como são sujeitos a pressões do Poder Político/Económico Poretuguês , como nos casos Freeport, Casa Pia, Face Oculta, Prof. Morais, Fátima Felgueiras, e toda uma sorte de processos em que os que mandam no País usam as Lojas maçónicas e outros poderes para baixarem a crista aos magistrados e manterem o Poder.
A situação calamitosa a que chegamos em Portugal tem um nome: Falta de Justiça eficiente.
Enquanto em Espanha os casos chegam ao fim rapidamente, em Portugal a corrupção e o tráfico de influências destruíram a Justiça.
Os magistrados têm tido benesses do Poder - o escândaloso caso do subsidio de renda de casa de mais de 750 euros mensais até para os aposentados - que "compram" os magistrados.
Os magistrados têm medo e estão condicionados.
O Governo - todos os governos - têm controlado os magistrados através do poder disciplinar e das benesses.
Sem Justiça a criminalidade de colarinho branco prospera.
Os magistrados são geralmente oriundos de familias da classe baixa/média baixa e isso tem sido um trunfo do Poder Político.
Os magistrados têm medo de perderem o lugar, de perderem benesses.
Hoje o País está pior que no tempo da obra de Aquilino Ribeiro "Quando os Lobos Uivam".
Só com um Poder Judicial independente e forte se consegue meter na prisão os corruptos e traficantes de influências que sequestraram Portugal.
Para isso cada vez é mais necessária uma revolução a sério.
Uma mudança na Justiça, com juizes eleitos, com responsabilização criminal dos políticos, com as forças armadas fortes .

4 comentários:

atascadotijoao disse...

Claramente se percebe que estamos num país em que a justiça está inquinada. O poder politico tem que varrido da justiça.

JotaB disse...

Qualquer cidadão decente sente a necessidade em correr, urgentemente, com estes políticos corruptos. Mas como consegui-lo, a bem, se isso implica a colaboração daqueles que têm que ser varridos? Como retirar aos partidos a exclusividade de concorrerem à Assembleia da República? Como criar círculos uninominais, a que possam concorrer os cidadãos, tornando-os responsáveis perante os seus eleitores e não perante as chefias partidárias? Como criar mecanismos de destituição desses mesmos eleitos, sempre que justificável? Como acabar com a ocupação, indevida, dos lugares da administração pública, a todos os níveis, por incompetentes e corruptos, que se governam e levam ao desgoverno deste país?
Não acredito que isso seja possível sem uma atitude de força, de revolta, de todos aqueles que entendem que chegou a hora de acabar com este estado de coisas.

http://www.youtube.com/watch?v=gIXeEGg9ioA

JotaB disse...

Crónica semanal de Henrique Neto, publicada no semanário Jornal de Leiria:

Crónicas sobre o futuro
Dirigir é prever, mas não para este Governo

Uma das maiores
fragilidades do
Governo de José
Sócrates reside na
sua total incapacidade
para pensar
e agir com base na análise do
futuro. Desde a tomada de posse
há cinco anos que a governação
é feita em reacção aos acontecimentos
que as circunstâncias vão
criando sem qualquer estratégia
ou previsão sobre o futuro. Por
isso o Governo criou ao longo dos
anos novas responsabilidades financeiras,
umas a seguir a outras, sem
nunca fazer uma avaliação séria
dos limites do endividamento. Fez
investimentos e mais investimentos
sem nunca calcular a sua rentabilidade,
ou o tempo necessário
para o retorno do capital investido.
Na presente crise financeira o
Governo nunca tomou qualquer
decisão antes das decisões se tornarem
inevitáveis por força dos
acontecimentos e sempre de forma
insuficiente. Por exemplo, José
Sócrates decidiu aumentar os funcionários
públicos em 2009 porque
não previu que poucos meses
depois teria de enveredar pelo mais
violento conjunto de cortes nos
direitos dos mesmos funcionários.
Reduziu o valor do IVA em um
ponto percentual para a seguir ter
de fazer um aumento de dois por
cento. Durante 2009 o primeiro
ministro fez dezenas de intervenções
congratulando-se com a evolução
da economia e da despesa
pública, para chegar ao fim do ano
com o maior défice da nossa história
moderna. De facto José Sócrates,
no que ao futuro diz respeito,
não acerta uma.
Aconteceu o mesmo com os
dois Planos de Estabilidade e Crescimento
(PEC), que não provocaram
nem estabilidade nem crescimento,
mas que consumiram
todas as energias políticas do PS
e do PSD para quase nada. O Primeiro
Ministro prometeu aos portugueses
que o Orçamento de 2010
resolveria os problemas financeiros
e acalmaria os mercados, depois
que isso seria feito pelos PEC, depois
pela aprovação do OE para 2011,
mas o facto é que os juros da dívida
ultrapassaram uns inacreditáveis
7% e nada indica que a situação
se inverta. Agora volta a usar
a sua famosa incapacidade de previsão
para garantir que Portugal
não necessita de ajuda externa,
quando verdadeiramente já não
está nas suas mãos fazer seja o
que for nesse domínio.

(continua...)

JotaB disse...

Um primeiro ministro com um
pouco mais de capacidade para
interpretar o presente e prever o
futuro, teria tomado medidas de
contenção da despesa pública há
dois anos e teria evitado a maioria
dos sacrifícios que entretanto
se tornaram inevitáveis. Um
politico com um pouco mais de
inteligência prospectiva, há muitos
anos que teria compreendido
que seriam as exportações e
não as obras públicas que poderiam
combater a estagnação económica
e promover o crescimento.
Aparentemente, só esta semana
José Sócrates parece ter compreendido
finalmente isso mesmo
e vai encontrar-se com os
dirigentes das dez maiores empresas
exportadoras, mas sem entender
ainda que o problema maior
está nas empresas e grupos económicos
dos sectores de bens não
transaccionáveis, que não contribuem
minimamente para as
exportações e para o desejado
equilíbrio da balança comercial,
condição necessária para que Portugal
resolva as suas dificuldades
económicas e financeiras.
Como não previu e se previu não
se importou, com o descalabro
das finanças públicas provocado
pelas parcerias público privadas
(PPP). Como ainda não
avaliou os custos para o Estado
e para a economia resultantes do
aumento da energia eólica no
cabaz energético, energia produzida
com custos que enriquecem
os produtores mas que são
desastrosos para os consumidores.
Como sempre aconteceu, o
Governo navega à vista e sem
rumo certo.
Agora, José Sócrates nega a
necessidade de pedir a ajuda da
União Europeia e do FMI, para,
quase de certeza, vir a pedir essa
ajuda quando o dinheiro disponível
estiver esgotado com os
apoios à Grécia, à Irlanda e à
Espanha. Com o resultado previsível
de deixar arrastar a situação,
como de costume, até à vigésima
quinta hora, quando os custos
envolvidos serão maiores e
mais gravosos para os portugueses.
Daí que quanto mais rapidamente
os portugueses se virem
livres deste Governo melhor.


HENRIQUE NETO
empresário
netohenrique8@gmail.com