terça-feira, 31 de agosto de 2010

O deboche empresarial e laboral de Portugal

O que se vive actualmente no nosso território em matéria laboral e empresarial é uma autêntica vergonha...!!!

Hoje no noticiário assistíamos a trabalhadores de uma fábrica a serem despedidos por sms à porta das instalações fabris, depois de lhes barrarem a entrada na empresa. Faz-se o que se quer. As leis são instrumentalizadas em favor dos poderosos. Os cidadãos em geral são literalmente ignorados nos seus direitos fundamentais previstos na Constituição. Só a Constituição Maçónica prevalece sobre tudo e sobre todos.

Da mesma maneira a forma pouco digna com que Carlos Queiroz tomou conhecimento da decisão da Autoridade Antidopagem de Portugal o suspender por seis meses, por perturbação de um controlo antidoping - através dos jornais - revela o maquiavelismo dos poderosos que manipulam a sociedade portuguesa.

Que não existam dúvidas: estas técnicas já foram utilizadas no passado, no governo de Salazar...

P o r t u g u e s e s , A C O R D E M . . . ! ! !

posto por Pedro Duarte

domingo, 29 de agosto de 2010

Portugal dos Pequenitos Mal-Entendidos

O PSD diz que só vota a favor do Orçamento se for feita uma Revisão Constitucional. Sócrates sentindo-se ameaçado pela proposta do PSD acusa-o de chantagem política e de demagogia. Passos Coelho depois corrige e diz que não foi nada disso que disse e que as políticas de Sócrates são irresponsáveis e irrealistas. o PS entra em defesa do seu Altíssimo, e vem a público dizer que o PSD não está a fazer uma oposição responsável.

Depois vem Portas e diz que PSD e PS andam a fingir que andam "à bulha". Que são uns fiteiros e que no final aprovarão o Orçamento juntos, como aliás já estará combinado "secretamente". Mas para o povinho continuar a ter telejornais onde não falem só dos fogos, há que criar intriga política, para encher pelo menos metade da programação "informativa".

Para rematar, porque Portugal, apesar de ser pequenito, tem um Presidente da República, também este Altíssimo representante do Estado Português vem esclarecer que PS e PSD não deviam "andar à bulha" e que deviam mas era aprovar o Orçamento de Estado, talvez até para demonstrarem que na Assembleia da República se trabalha muito. E achou muito estranho ter ouvido algo sobre Revisão Constitucional, porque as suas fontes, até talvez altamente secretas, lhe disseram que não havia nenhuma Revisão Constitucional em curso.

Enquanto o mundo se prepara para uma eventual III Guerra Mundial, Portugal, uma jangada de pedra à deriva, continua a "boiar" sem se afundar num Atlântico de águas calmas... No país onde Presidentes e Prémios Nóbeis não se cruzam, nem mesmo em funerais solenes, o povo mais parece ser um epitáfio vivo, uma homenagem viva à antevisão profética de Saramago: o "Elogio da Cegueira". Uma dica: se tiver de fazer cirurgias aos olhos, não as faça em Portugal... Num país de cegos, que cirurgião é que pode ser capaz de trabalhar em boas condições?

posto por Pedro Duarte

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Bom dia, Vietname

Há tanto tempo que não ouvíamos falar de ti e de repente vens-nos tirar esse prazer mai0r que era o de sermos campeões do Mundo.
Sinceramente gostávamos mais de ser "batidos" por qualquer um dos países europeus, pois sempre eram do nosso campeonato.
Mas pronto, temos que aceitar que continuamos a ter concorrentes de peso no 3º mundo, onde agora nos estamos de novo a integrar.
E nem seria uma vitória inesperada.
Há muito que a actual classe politica, superiormente inspirada por essa figura inquestionável em argúcia e artimanhas, normalmente identificada por engº sócrates, vinha fazendo o necessário e suficiente para termos já conseguido alcançar o primeiro lugar em termos de agravamento do risco de pagamento da dívida pública.
Mas não foi ainda possível.
Para já, conseguimos um lugar "honroso", pois Portugal é o 2º País em que o risco da divida mais sobe em todo o Mundo. Estamos apenas a ser ultrapassados pelo Vietname.
E perante este mau resultado o que é que vemos?
Nada.
Ou antes, vemos uma classe politica opositora, inerte, cúmplice e completamente alheada dos verdadeiros interesses do País.
É natural que o desmoronamento previsível seguirá a sua trajectória imutável e rapidamente chegaremos ao primeiro lugar.
O que não pára, é a verborreia já inaudível da figura acima identificada, que continua a ficcionar a situação do País exactamente ao contrário daquilo que dizem e demonstram a generalidade dos analistas e instituições internacionais.
Isto, para não falar das nossas convicções e certezas sobre a realidade que estamos a viver e o futuro já garantido ás próximas gerações.

posto por Carlos Luís

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Portugal Condenado

No panorama da crise mundial - que cada vez se comprova mais que foi provocada artificialmente pelos defensores da Nova Ordem Mundial, para acelerarem a implementação do Governo Mundial, já em exercício apesar de violar a maioria das Constituições dos países democráticos e republicanos livres - Portugal é um barco à deriva.

Talvez sempre tenha sido, desde que os descobridores portugueses, estafados, acostaram em terra segura e correram esgotados para as suas famílias. Nos bolsos quase nada tinham, mas na memória, muitas estórias. Mas esses barcos apodreceram e com eles a vontade de percorrer longas distâncias. Com o tempo, o conforto da terra firme foi substituíndo o desejo de aventura por um "solzinho" à beira-mar.

Veio o século XX e com ele a classe política banqueira que viu neste povo adormecido um excelente interposto comercial para lavagem do seu ouro nazi. Por aqui passaram muitos alemães da Gestapo, os "ratos nazis", que aqui estabeleceram uma centena de empresas que se viriam a tornar importantes fachadas para transladar o ouro morto dos saques europeus e dos objectos dos defuntos judeus dos campos de concentração. Mas nada disso reza a história, pois Salazar encarregou-se de fazer o seu "papelzinho" falsamente neutro.

Afinal de contas, transformar volfrâmio em ouro é um trabalho digno de mestre-feiticeiro alquimista do mais alto grau. E nisso temos de tirar o chapéu a Salazar, porque nunca terá exixtido figura política mais assexuada em toda a história nacional e mundial. Assim se engana o "povinho", com benevolência discursiva religioso-moralista. Mas por detrás, a elite é e será sempre a mesma: são eles que manipulam o dinheiro e sempre serão.

As revoluções e revoltas não passam de momentos fugazes, válvulas de escape, quando a pressão popular já é demasiado grande.

Portugal incha a cada dia que passa, mas da mesma forma que as famílias tradicionais sobreviveram à sua obesidade patrocinada pela bandeira de uma vida melhor pós-revolução, também deixaram os políticos insuflarem as suas vidas de estupidez televisiva e informativa até que mais um "estúpido" se ponha em pé sobre um pedestal em qualquer praça desta república das bananas e grite: "É preciso acabar com esta corja de ladrões e bandidos...!!!"

Até lá, vamos todos continuar a comer tranquilamente. Talvez chegue primeiro a 3.ª Guerra Mundial e só aí, quando as famílias se lembrarem que as guerras não trazem comida até ao prato, suspirem e digam: "Afinal era verdade..."

posto por Pedro Duarte

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

À espera que algo aconteça.

E vai certamente acontecer.
Por muito que as coisas se dilatem e as consequências não surjam de rompante, terá de existir um ponto de viragem e de imputação de responsabilidades por tudo aquilo que de forma leviana e irresponsável tem sido feito neste país.
Há quem tenha assumido de forma arrogante e imperativa, que tudo se faria como "eles" entendessem.
Burilaram o Direito, controlaram a Justiça, assumiram a gestão do País como se fosse uma coutada privada de alguns políticos, e convenceram-se que iriam sair impunes fossem quais fossem as decisões tomadas ou a gravidade das acções em que se envolvessem.
Contavam e sabiam que tinham um povo manso e embrutecido à conta das religiões e dos políticos.
E que isso lhes iria facilitar a vida.
Como tem acontecido e que ainda lhes vai garantir mais algum tempo de sobrevivência.

De facto, como Nação, nós não temos um Povo no verdadeiro significado que por vezes atribuímos.
Somos no entanto verdadeiros "patriotas" quando nos exacerbam os sentimentos, como acontece com o futebol.
Se considerarmos que um Povo deve ser a soma de conjuntos de pessoas harmoniosamente agregadas num espaço delimitado e bem definido onde se inserem num projecto global que se apresenta unido e caracterizado culturalmente perante outros povos e Nações que de alguma forma se diferenciam de nós e com quem se desenvolvem muitas vezes sentimentos contraditórios, a que a história não é alheia.
Tal como as coisas estão, poderemos dizer que somos uma Nação estratificada pelo saber a economia, o bem estar e a alienação sistemática.
Talvez possamos dizer que ainda temos o "povo original", inculto, brutificado, crente e inapto politica e socialmente, a que acresce um "novo povo" que emergiu a partir dos anos 60 e que incorpora em grande parte a classe politica reinante e que interage directamente com um "povo indiscriminado" que vive nas orlas deste novo povo a quem alimentam e lhes prestam serviços e de quem recebem expectativas de empregos e qualidade de vida por contrapartida de um "modus vivendis" muito partilhado e inter-dependente.
Não temos o equilíbrio e a estruturação social que vemos na quase totalidade dos outros povos Europeus.
Hoje somos um País em que grupos diversos comprometeram o desenvolvimento dos conjuntos e desiquilíbraram a matriz enformante que nos deveria qualificar enquanto POVO que pretende integrar um Espaço alargado onde temos cada vez menos enquadramento politico e social, tal é o desiquilibrio existente e resultante da inépcia ou irresponsabilidade das politicas implementadas por uma geração de incompetentes e corruptos, que trocaram o interesse nacional pela ganancia própria de quem vinha do nada.
Será sempre responsabilidade de cada um de nós, tentarmos construir um País melhor onde o Povo seja gente e os políticos sejam povo.
Até lá não poderemos ficar parados ou expectantes.
Façam ferver o sangue que deveria existir em cada um de nós.
Esta gente inqualificável só subsiste porque nós permitimos.

posto por Carlos Luis

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Imaginemos

Que os procuradores do caso Freeport fazem um comunicado conjunto com a procuradora Cândida Almeida.
Achávamos estranho ?
Parecia-nos surrealista ?
Bem, depois de tudo o que já se passou ficaríamos siderados perante a noticia.
Que aconteceu mesmo e que nos espanta.
É que o grupo Pinto Monteiro / Lopes da Mota / Cândida Almeida, evidenciava sinais que andava a trabalhar noutra direcção.
Tanto assim nos parecia, que pedimos o afastamento de dois.

Este comunicado é incompreensível e inaceitável.
Já sabemos que somos inconscientes e pouco credíveis. Mas andávamos convencidos que o processo não estava a ser bem conduzido. E sobre isso, se na altura não tínhamos duvidas, perante o despacho de arquivamento mais certezas adquirimos.
O poder politico tentou e por enquanto conseguiu eximir-se à justiça. Esperemos que os assistentes neste processo possam recuperar a viabilização da mesma.
De momento não queremos imaginar mais nada, a não ser dar um voto de confiança ao nosso advogado neste caso, o Dr.José Maria Martins.
Bom, mas só para animar.
Imaginem que conseguimos reabrir o processo ?
Ia ser bonito, não ia ?

Ansiedade

Ou a Barca à espera de atracar.
Este poderia ser o titulo escolhido para retratar o sentir de alguns que ousam dizer algo sobre o estado geral do País, mas não extravasam mais que o espaço do Blogue ou da crítica no jornal.
Outros, na dimensão dos pequenos partidos ou movimentos, enclausuraram e não se sente ou sabe o que querem ou podem fazer.
Somos cada vez mais um grupo de forças paradas, sem ritmo, comando ou sentido de luta, quando pelo menos o essencial é comum a todos.
Não se entende porque é que é tão difícil estabelecer uma plataforma de entendimento quando todos pretendem e esperam que essa barca possa chegar a bom porto.
Sabemos que a maré está baixa, mas bastam 6 horas para se poder fazer a atracagem, assim apareçam mais remadores.
Esperamos em breve escrever um post com o titulo, Imaginemos
Vamos aguardar.

posto por Carlos Luis

domingo, 8 de agosto de 2010

Seria surpresa?

Quando o estado do País nos tortura os sentidos, somos obrigados a accionar através da escrita o escape de emoções que nos vai gerindo os impulsos.
Esta será tanto mais violenta e expressiva, quanto menos respostas obtemos aos nossos anseios e dúvidas e menos vemos no horizonte quaisquer lampejos de inconformismo ou vontade de reacção.
Começamos mesmo a ter dúvidas nas análises e interpretações que fazemos, pois perante tal descalabro se calhar somos nós que não temos a visão acertada dos factos e deveríamos ser obrigados a aceitar que a realidade existente não é aquela contra a qual nos batemos.
Hoje deparei-me com este terrível estado de espírito!
Será que este País está perfeitamente inserido no Espaço Europeu em que se integra?
Será que se corrigiram as assimetrias Regionais que nos caracterizavam?
Será que o Desenvolvimento Económico equilibrou as Balanças de Transações?
Será que a Taxa de crescimento já se equivale à dos restantes Países?
E a divida externa diminuiu?
E a justiça é efectiva e um modelo de referência?
E a acção politica é garantia de seriedade?
E os desiquilibrios sociais estão resolvidos?
E o emprego está já em forte crescimento?
E este Povo é Feliz?

Aqui tive que parar e fui até à janela espairecer. Por momentos estava a passar-me pela cabeça qualquer coisa estranha. Uma espécie de arrepio. Volto á escrita e vem-me novamente a pergunta.
Será que este Povo é feliz?
Os momentos de tensão e duvida perante esta possibilidade, aconselham a não aprofundarmos muito este aspecto, pois temo que a resposta possa ser aquela que não deveria ser.
Somos um Povo com uma identidade muito difusa e demasiado dispersa por diversos campos, o que tem facilitado a vida àqueles que têm estado nas cúpulas do dirigismo.
Ainda continuamos a ouvir frases tais como, felizes dos pobres de espírito, pois será deles o reino dos céus!
Ou quando apostolados parecidos com este são aplicados à acção politica, podem perfeitamente acomodar as pessoas ao sofrimento e á resignação, pois quando questionadas sobre a acção politica ouve-se muitas vezes, se eles não fazem mais é porque não podem!
Esta e outras grandes fatias deste povo não sabem sequer o que são a Cova da Beira, a Face Oculta ou o Freeport, ou o funcionamento da justiça, etc.

Outra parte importante, é aquela que conhece bem os caminhos para os Centros de Desemprego ou da Segurança Social, onde vão garantir aqueles mínimos para irem sobrevivendo. E para estes, esta gente que contestamos até serve muito bem, pois, vale mais pouco e garantido, do que estar á espera que outros façam melhor!
Se juntarmos a estas fatias, grande parte do funcionalismo publico e privado que receia sempre os ventos de mudança e prefere ignorar ou não se imiscuir nas resultantes da acção politica, acabamos por ter a quase totalidade de um País nas mãos.
Aqui chegados, a única coisa que deveremos ter sempre presente é que há perguntas que será melhor não as fazer, pois embora a resposta pudesse não ser sincera, seria sempre tida como verdadeira.
Isto, permite-nos pelo menos perguntar se poderemos estar perante uma aberração de País e de gentes?
É que se assim fosse nós não gostariamos, não é verdade ?

posto por Carlos Luis

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

A massa de que são feitos

Perante os factos e situações que vão ocorrendo, talvez se justifique uma pequena pausa, ou antes, uma postura analítica focalizada nos responsáveis pela construção social, económica e politica que configura o actual estado da Nação.
Por outras palavras.
Quem é esta gente ? De onde é que veio ? Que formação têm? Qual o estatuto familiar ou histórico que transportam ? O que é que realizaram na vida ? Em que experiências é que participaram ? Qual o curricullum de vida que apresentam ?.......
Tudo isto para colocarmos a grande questão.
Como é que foi possível estarmos a ser enganados durante tantos anos por gente sem qualificação nem créditos adquiridos e só agora começarem a despontar alguns focos de contestação ?
Se olharmos para os actores que durante 35 anos têm "mexido" nas coordenadas politicas do País sentiremos um vazio quase total na maioria dessa gente !
Teríamos mesmo muitas duvidas em dar-lhes algum lugar de responsabilidade em qualquer das empresas que tivemos.
Alguns roçam mesmo a boçalidade e não estamos só a referir-nos aos tais Linos, Pinhos ou Pereiras, podíamos mesmo continuar com muitos outros. Às vezes parecem ter sido apanhados de surpresa e colocados num qualquer Ministério, mesmo sem terem conhecimentos ou vocação para tal.
Numa análise fria, temos mesmo que concluir que o que se tem passado nada mais tem sido que a gestão selectiva de incompetências de forma a nunca porem em causa as estratégias das cúpulas dirigentes dos principais partidos surgidos após 74.
Nesta sucessão histórica alguns destes personagens são marcantes, pois souberam aproveitar a onda que permitiu mantê-los ao sabor da corrente e da história.
Souberam sobre tudo usar a estratégia do OMO e do TIDE, ao criarem dois produtos iguais apenas com rótulos diferentes.
Embora o marketing se tenha esforçado por explicar as vantagens de cada um, o certo é que a roupa acabou sempre por ficar com as nódoas fosse qual fosse o produto utilizado.
Pensamos que a história talvez não tivesse sido a mesma com Francisco Sá Carneiro.
E isto porque nos parece que muito para lá dos pressupostos ideológicos, a principal riqueza das Nações advêm do carácter e da postura das gentes que a integram.
Um Sócrates, um Silva Pereira, um Mesquita e outros que tais, nunca passariam de carregadores de malas se por acaso vivessem na Suécia, ou na Dinamarca, ou na França, ou na Inglaterra, ou....em qualquer outro País da Europa.
Aqui, pasme-se, um é primeiro ministro, o outro ministro da presidência, o outro já foi ministro da justiça e o rol continuaria se necessário fosse.
E isto é possível porquê ?
Porque, por infelicidade nossa, somos o povo menos evoluído e educado da Europa.
Isso se deve em grande parte á Igreja e aos poderes políticos que ao longo do tempo por aqui têm encontrado campo fértil para as suas práticas.
Quando "os novos tempos" permitiram outras aberturas, as classes emergentes nada mais precisaram que "instalar a tenda" e fazer a sementeira politica e ideológica que ia ao encontro da vaga geral e que lhes permitiu sobre o mesmo povo manso ir desenhando as estruturas da sua implantação na sociedade, distribuindo tarefas, avenças, colocações, contratos, cargos, criando e duplicando organismos, etc, etc e deslumbrando-se com os milhões que entravam e entram da Europa e as fortunas que iam e vão fazendo e os empregos que se vão estendendo aos filhos, ás mulheres, aos sobrinhos, aos amigos, ás gentes do partido.....etc.
Com tantos interesses a gerir tinham que se assegurar da impunidade necessária para muitos dos actos "menos lisos" que iam praticando.
E foi fácil. Quase por mutuo acordo ou grande maioria, puseram em prática essa ofensa maior á nossa inteligência e que é o chamado Sistema Judicial moldado á protecção de políticos corruptos. E não falha. Veja-se o caso Freeport, apenas um exemplo.
E quem são os obreiros maiores deste embuste ? São exactamente aqueles que vemos de novo na praça publica a tentarem justificar e defender os actuais agentes que lhes garantem as benesses já adquiridas.
Isto como se vivêssemos num País a dois níveis. O deles e o dos restantes 98% da população.
Entendem agora que o Estado não deve fazer gastos sociais quando os destinatários podem estar a encobrir rendimentos. E até têm alguma razão, pois vendo bem este é o povo que os gerou e eles sabem bem a massa de que foram feitos. Trata-se apenas de um problema de escala.
Como têm quase a certeza que os mais pequenos são vigaristas ( lá está a tal massa ), mas não dispõem de nenhum sistema de encobrimento, vão exigir acesso ás contas bancárias.
Tudo bem. Á que respeitar o Erário Publico!
Bom, e os grandes vigaristas e corruptos ? Como é que este mesmo Estado quer resolver o problema ?
Vamos ter acesso ás contas dos políticos sob suspeita ?
É que o verdadeiro ROUBO não são alguns apoios miseravelmente concedidos.
Os roubos que continuam impunes são aqueles que estão a levar este País á bancarrota e em que estão envolvidas muitas das principais personagens politicas originadas no Abril de 74. Estes são os grandes responsáveis pela situação de miséria que vamos deixar ás próximas gerações..
Está na altura do POVO exigir a comprovação da proveniência dos rendimentos desta escumalha politica que não tem vergonha e por enquanto ainda nem tem medo.
A ilusão no entanto pode ser passageira.
Isso, se nós quisermos.

posto por Carlos Luís

terça-feira, 3 de agosto de 2010

FREEPORT

Em Março de 2009 a Associação Força Emergente constituiu-se assistente no chamado processo Freeport.
Pensávamos na altura estar a dar cumprimento ao sentir profundo de muitos Portugueses que iam assistindo a mais um vergonhoso caso de encobrimento de políticos corruptos.
A nossa contribuição era e é acima de tudo a demonstração de que ainda há no País quem não se acobarde nem se esconda atrás de conceitos ou posições hipócritas e que não tem medo de expor aquilo que sente e pensa.
A isso nos obrigava o rasto de impunidades que na altura já era bastante visível.
A postura e arrogância dos agentes políticos era manifesta e incomodativa para todos os que vêem um pouco mais longe e não gostam de fazer figura de parvos perante o quotidiano em que temos estado obrigados a viver.
O freeport é apenas um símbolo ou uma referência daquilo que é a podridão do Estado e da maioria dos agentes que nele vivem ou sobrevivem.
A petulância de Pinto Monteiro, a argucia socialista de Cândida, o enquadramento de Alberto, o trabalho de Mota, serviram de cobertura perfeita a Sócrates e ao seu mandarete Silva.
As pessoas que se arrogam ao direito de possuírem um mínimo de inteligência, têm que estar profundamente ofendidas com o funcionamento da Justiça.
Quando se diz que Portugal é um Estado de Direito, está-se apenas a lançar mais um velho slogan que nada contem e nada representa.
Acontece que Portugal não é um Estado de Justiça. Isto é o mais grave que pode acontecer a uma Nação. Quando o poder politico faz as leis e controla os agentes que as executam, termina a democracia e vive-se em plena ditadura dos politicos.
Não era isto que as pessoas esperavam destes novos arautos das liberdades.
Fomos enganados nas esperanças e nos sentimentos.
Este País não é hoje mais que um antro de oportunistas e corruptos que se escondem atrás da palavra Democracia e que ostentam na mão uma bandeira que tem escrita a palavra socialismo.
Aquilo que esta gente sem vergonha e sem princípios conseguiu até hoje fazer, foi empurrar toda a nossa estrutura de empreendadorismo para o limiar da sobrevivência.
Este País navega ao sabor dos empréstimos que continuam a entrar e que vão fazendo crescer a nossa divida externa.
Hoje temos que concluir que todos os partidos instalados são solidariamente responsáveis pelo descalabro a que estamos a chegar.
Esta Democracia não serve.
Este Sistema de Justiça está adulterado.
Este País exige que os "homens bons" se levantem e enfrentem esta escumalha que detém e usa de forma irresponsável o poder.
Nós iremos cumprir a nossa obrigação.
Enquanto Assistentes no processo Freeport, vamos dentro das nossas possibilidades obrigar a que os caminhos da justiça sejam percorridos e atalhar o passo àqueles que pensavam que a porta de saída já estava aberta.
Só é pena que sejamos apenas "meia dúzia" a ter de remar contra esta lixeira politica que fatalmente irá deixar na história o cheiro nauseabundo a que tresandam algumas das chamadas figuras de estado.

posto por Carlos Luis