segunda-feira, 29 de junho de 2009

Tratado de Lucidez

Muitos poderão tentar completá-lo, mas só um o poderá escrever.
Henrique Medina Carreira.
O nosso apreço por esta personalidade, é reforçado, cada vez que temos a oportunidade de escutar as suas observações e os diagnósticos correctos que faz sobre a realidade Portuguesa. Para o País, seria fundamental aproveitar a disponibilidade do Dr. Medina Carreira, para com outros intervenientes, poderem debater de forma séria, as causas e os motivos que debilitaram a nossa Economia e o nosso Sistema Político. Igualmente importante, seria analisarem as possíveis soluções de saída da crise com base no desenvolvimento de actividades económicas que no mínimo equilibrem a balança de transacções correntes. O País não pode continuar a importar muito mais do que aquilo que exporta.
É dado assente, que a situação a que chegámos é da total responsabilidade da classe política, que de forma irresponsável e muitas vezes criminosa, conduziu o País ao buraco onde se encontra. De facto seja qual for o Sistema Político, com esta gente não se vai a lado nenhum, e pior do que isso, é continuarmos a ver agravarem-se as possibilidades de se inverter esta situação.
Esta gente montou um autêntico Sistema de Encobrimento de Políticos Corruptos, delapidou parte considerável do património do Estado, endividou o País e possibilitou a um numero significativo dos seus apaniguados arrecadarem fortunas consideráveis de forma fraudulenta, com a conivência de muitos dos actores de 1º plano e que ainda hoje se mantêm como referências políticas do País. O próprio Alves dos Reis não passaria de um menino de coro ao pé desta gente.
A nossa repulsa por tudo isto está bem expressa nos últimos posts que escrevemos.
A nossa convicção é que só haverá uma solução pacífica, se for possível estabelecer um Programa de Reconversão Política em que se definam novas regras para o funcionamento do Sistema Eleitoral. Nessa reforma, deverão participar movimentos representativos da sociedade civil e grupos de cidadãos que para esse fim se constituam.
Se os partidos instalados não quiserem evoluir nesse sentido, estaremos a médio prazo na via da insurreição como corolário da revolta que já se faz sentir.
Há demasiada gente a dizer BASTA. A capacidade de resistência do Povo está próxima do esgotamento. As mensagens políticas não colhem e as decisões são apenas reactivas. Hoje vota-se em Manuela Ferreira Leite porque muita gente já não suporta sequer ouvir um tal socrates, ou um pereira, ou um costa ou um lino ou um silva e tantos outros que de forma leviana foram afundando o País. De forma sobranceira, irresponsável e incompetente

Diz muito bem Medina Carreira, que só haverá recuperação e desenvolvimento se houver um sistema económico adequado ás necessidades, características e potencialidades do nosso País. E terá de nascer de uma regeneração do tecido empresarial de base, de forma a poder disponibilizar á procura interna e externa, bens e mercadorias que sejam competitivos. Que entrem noutros mercados. Que possibilitem a entrada de divisas. Que gerem equilíbrios e desenvolvimento. Que possibilitem a recuperação. Que garantam empregos.
Ao Estado cabe definir novas regras, um sistema de impostos adequado e incentivos á criatividade.
As grandes obras poderão vir a ser feitas, se necessárias, quando o País tiver capacidade de pagamento. Até lá, é quase criminoso insistir nesta opção. Acreditamos que hajam 51 pessoas apostadas nessa via. Mas será certamente por incapacidade em analisarem a situação real em que o País se encontra, ou talvez mesmo por deformação intelectual devido a má interpretação da teoria de Keynes. Não nos esqueçamos que as consequências que estamos a sofrer, são derivadas das incapacidades de tantos destes pseudo especialistas. A maior parte desta gente nunca desenvolveu um projecto, nunca negociou um empréstimo bancário, nunca respondeu pela gestão de uma empresa, não sabe o que é um licenciamento industrial, não conhece a carga fiscal que incide sobre a economia, nunca fez um estudo de mercado ou uma análise financeira para montagem de um negócio e provavelmente muitos deles desconhecem, tal como nós, a situação concreta das responsabilidades que actualmente recaem sobre o Estado Português. O pouco que sabemos, é bem esclarecedor do desvario e irresponsabilidade dos actuais políticos a exercerem funções governativas.
Não acham que é sintomático que nenhum destes "cérebros" se disponha a debater estes assuntos com o dr.Medina Carreira? É estranho, não é ?

domingo, 28 de junho de 2009

O politicamente correcto

São demasiadas evidências e poucos processos judiciais a demonstrarem-nos que vivemos num País de regras viciadas e costumes pouco recomendáveis mas muito bem inseridos nas Estruturas Orgânicas da sociedade.
Tudo foi sendo construído num circulo restrito de inteligentes ou iluminados, que ditaram o "Modus" e fizeram as Leis.
A princípio eram rapazinhos, muitos deles vindos das chamadas "berças", vulgo Interior, que assim que chegados á cidade se foram juntando aos já mais evoluídos, que com alguma "rateirice" lhes apontaram os caminhos e as melhores formas de poderem usufruir e controlar um País de atrasados e subdesenvolvidos.
Foi como chegar um fosforo à gasolina.
Os rapazes, agora munidos das tais informações e percebendo que o futuro estava nos partidos, rapidamente se inscreveram e avançaram velozes para o primeiro desiderato.

Aprenderam rapidamente alguns conceitos ideológicos, com os quais fizeram profissão de fé adequada aos partidos para onde entraram.
Já inseridos, começaram a "Botar faladura", forte e sentida, de forma a convencer as estruturas partidárias que eles eram os homens certos para a governação do País.
Como a massa militante saiu da mesma fornalha, de tão atrasados e subdesenvolvidos nem perceberam quem eram e de onde vinham aqueles rapazes.
Assim, os nossos agora já homens, de repente estavam sentados na Assembleia da Republica. A fazer Leis. A terem tempo para pensar bastante. A sentirem que podiam chegar muito mais alem.

Porque não delinear o País de forma a que aqueles 90 e tal por cento de "massa bruta" pudesse ser contida sempre que os instintos cavalares lhe pudessem surgir?

Havia que construir um Ordenamento Jurídico que acautela-se as suas actividades e assim salvaguardavam-se as nobres funções que teriam de desempenhar. Que diabo, não podiam estar a desempenhar um serviço de tanta valia para o País e estarem sujeitos á selvajaria do Povo, algumas vezes incentivada por uma comunicação social irresponsável e sem sentido de Estado.
Com o tempo, conseguiram mesmo convencer quase todos os partidos que era essencial adoptarem o conceito do Politicamente correcto. Isto implicava, que mesmo nas situações mais sórdidas, nos casos de nítida corrupção, nos desvios de dinheiros, nas adjudicações favorecidas, nas derrapagens dos custos, nas falsificações das contas do Estado e das Estatísticas, nos diversos incumprimentos e acima de tudo no autentico desvario que tem sido a gestão das Coisas Públicas, aquilo que se exige e espera, é que tudo seja dito e feito com Dignidade e Elevação.
Quando muito, é permitido por-se em causa a eficácia das decisões, mas nunca a honorabilidade das personagens.
Conseguiram assim criar um País de ladrões e corruptos da máxima respeitabilidade.

Confessamos que pertencemos aos 90% de massa bruta. Assim como não percebemos bem aquilo que muitas vezes dizem, rimo-nos de forma boçal quando o senhor socrates disse que não sabia nada do negócio da TVI. Nem tinha nada a ver com isso. E até naquele seu jeito apalhaçado, verberou os intuitos de outros deputados.
É que é engraçado, pois quase todos nós sabíamos que tinha. Até os outros políticos, de forma correcta claro, disseram que ele sabia e que era um mentiroso. Hoje mesmo, vem um semanário explicar que isso já vinha muito de trás.
Mas esta coisa de faltarem á verdade, só é muito grave por comprometer o País e a nossa vida futura. É que não se trata de uma simples mentira.
É quase todo um Regime imerso em escândalos e desvarios, que vão da Banca, ao Estado, ás empresas Publicas, ás Fundações, á Gestão Autárquica. Esta gente apodreceu o País e contaminou os alicerces da nossa sustentabilidade.

A revolta sentida por tantos Portugueses, é o sinal visível que irá servir para derrubar este Regime e exigir responsabilidades a quem colocou o País neste estado.
A qualquer momento as emoções podem extravasar. Nós mesmo, sentimos já dificuldades em explicar a algumas das pessoas que nos dão atenção, que será aconselhável irmos preparando novas ideias e conceitos sobre o que poderá ser o nosso futuro, antes de se dar inicio a uma contestação mais forte.
Quando isso acontecer, que ninguém duvide que estaremos na 1ª linha.
Portugal merece e precisa de outra gente.
Talvez e até Politicamente incorrecta.

sexta-feira, 26 de junho de 2009

O recuo de Socrates

O regresso do Blogue
Um dia bastou para desmascarar josé socrates.
É quase patético ver as tristes figuras que o responsável pela governação de um País faz, quando sente que as suas habilidades já não têm espaço de manobra.
Mais valia que estivesse calado. Evitava, mais uma vez, estar a incomodar-nos com a sua verborreia espaçada, mais comedida, mas mesmo assim insuportável.
Este foi talvez o ultimo arremedo de arrogância, agora dissimulada, que seremos obrigados a suportar até á derrota final deste Governo e deste seu responsável.

Cabe entretanto registar um outro facto:
Pela primeira vez, o Presidente da República assumiu de forma clara e directa aquilo que são as suas responsabilidades e obrigações.
Para nós foi demasiado tarde.
Os resultados da incompetência e desvarios da governação, exigiam desde há muito que o responsável máximo pelo País tivesse tomado outras atitudes, inclusive a demissão deste governo.
A curto prazo irão ser visíveis e sentidas as consequências desta inépcia presidencial.
Não nos move qualquer intenção persecutória em relação ao Dr.Cavaco Silva. Mas, muito sinceramente, cada vez mais nos parece uma personagem doutros tempos e doutra história.
Este País, por ser tão velho, precisava de gente moderna e com dinâmicas de acção adequadas ao tempo presente e ás necessidades postas pela urgência do desenvolvimento. Cavaco Silva acaba por ser uma personagem parada no tempo e que apenas garantiu alguma dignidade Institucional.
Para nós contudo, aquilo que menos apreciamos é essa postura e tudo aquilo que normalmente a acompanha. Estabilidade, Conformismo, Inacção, Confiança nas Instituições e nos Governantes, ou seja, assistir passivamente ao afundar do País ao ritmo de palavras sem sentido.
Nenhum presidente pode levar mais de ano e meio a compreender aquilo que o Povo à muito sentia.
No rescaldo desta crise, permitam-me uma palavra final para um dos garantes da sobrevivência da dignidade Nacional. Chama-se José Maria Martins. Um dia o País talvez venha a conhecer os verdadeiros resultados da acção deste homem.

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Cuidado....senhor Socrates

Quando se está a pisar o risco
Há uma linha limite para a passividade de um Povo.
Mesmo quando aparentemente tudo parece calmo e controlado, podem suceder reacções inesperadas perante factos que demonstram a total irresponsabilidade dos detentores do poder, ao assumirem que podem, "sempre que lhes apetece" ou quando lhes "dá jeito", utilizarem Empresas e Capitais do Estado para uso exclusivo de interesses partidários ou pessoais e que nada têm a ver com o interesse do País.

O senhor Sócrates pode ter assinado a declaração final de guerra á inteligência nacional.
Guerra essa que terá sequência imediata, se prosseguir a tentativa de alargamento do controlo da Comunicação Social.
Referimo-nos ao caso TVI.
Dada a gravidade da situação, iremos manter este Blogue suspenso até se esclarecerem totalmente os contornos desta tentativa.

Portugal é uma Nação soberana com quase mil anos de história. Aqui não há lugar para oportunistas e aldrabões. BASTA.
José Sócrates deve ser de imediato demitido e levado a julgamento.
O País deverá em breve levantar-se.

terça-feira, 23 de junho de 2009

Na mercearia do senhor Manuel Silva

Senhores, quem sois vós?
Eu sou Aníbal Cavaco Silva. Foi com o teu voto que estou aqui.
Concerteza senhor. Foi para presidente, não foi?
Sim.
Peço perdão, mas enganei-me. Já não posso corrigir pois não ?
Não.
E vós quem sois?
Eu sou o Engenheiro José Sócrates. Consegui ser 1º ministro depois de ter enganado o País . E, apesar disso, ainda sou engenheiro e 1º ministro.
Mas não devia já ter sido demitido ? É que nós nem sequer votamos em si.
Não faz mal. Aquilo que vocês gostam não me interessa. Fui eleito por maioria de votos e vou até ao fim. Estou dentro da legalidade.
Mas senhor, o país atingiu a maior crise da nossa história e fomos enganados com as promessas eleitorais que fez! Não está preocupado com o agravamento das contas do Estado ? As receitas diminuíram cerca de 20%, as despesas quase duplicaram, os desempregados ultrapassam os 500.000.
Para onde vai o País ?
Bom, o Vital Moreira a Elisa e mais 5 ou 6 vão para Bruxelas. Os outros continuam no governo, nas autarquias, nas empresas do Estado, na Assembleia etc. Ainda não vejo ninguém desempregado nem com baixos vencimentos!

E vós, senhor Aníbal Cavaco Silva, o que acha deste cenário e destes números? O senhor é economista, não é verdade ?
Sim. Temos de olhar para estes dados como uma situação conjuntural. Temos que ver que ainda há Países em pior situação que nós. É preciso não perdermos a confiança!
Em quem senhor presidente?
Bem, eu vou falar com a minha mulher. Deixem-me pensar um pouco melhor.
Mas....senhor presidente, o País há muito que reclama uma intervenção sua! Foi para isso que o elegemos, porra!
Temos que nos afundar ainda mais?

Será que isto é verdade ou ficção ?
Isto são os nossos governantes ?
Não estaremos a exagerar nas observações ?

Bom, começa a chegar a altura de irmos convidar o senhor Manuel Silva para assegurar a gestão do País.
Há 60 anos que gere uma mercearia no Bairro Alto. Tem 3 empregados com mais de 35 anos de casa. Não tem dividas à Banca nem ao Fisco. Todos os fornecedores recebem a 30 dias, só tem a 4ªclasse mas é uma pessoa séria. Como referência de peso, atesta o facto de ter vendido fruta, durante alguns anos, para a Universidade frequentada pelo Obama. Este simples facto, mereceu já os melhores encómios por parte do nosso ministro Pinho aquando da tomada de posse do seu amigo Sebastião no cargo de Regulador de ....... bom, já não sabemos de quê, mas também não interessa. O que conta é que o senhor esteja bem e que o modesto vencimento de 20.000 Euros lhe continue a ser pago a tempo e horas, tendo em conta a tremenda relevância do serviço que produz.
Dada a idade já um pouco avançada do senhor Manuel Silva, 82 anos, diz que não pode aceitar funções de estado, mas pode ministrar um curso de gestão aos futuros candidatos a funções governativas. Serão as "velhas oportunidades". Em ar de graça, costumava dizer que era bom que aquela gente que foi passando pelo governo tivesse feito pelo menos um estágio de 3 semanas na sua mercearia para tomarem conhecimento do Deve e do Haver.
Agora diz que já é um pouco tarde, pois já só têm o Deve. O Haver já se foi!
Que pena Aníbal Cavaco Silva e José Sócrates não conhecerem a mercearia do senhor Manuel Silva.
É triste chegarmos á conclusão que até um simples merceeiro, chegado há 74 anos das Beiras, podia ter feito mais e melhor que muitos destes presunçosos políticos, que não têm qualquer noção da responsabilidade que é gerir o País.
A propósito. Já sabe que a sua conta corrente de pagamentos ao Estado é actualmente de cerca de 12.500 Euros?
Aquilo que já nos está a aborrecer é que eles continuam por cá e o valor da dívida vai aumentar.
Até quando?

sábado, 20 de junho de 2009

A nossa Visão

Depois da Morte Anunciada no post de 4 de Junho e felizmente concretizada no dia 7, embora com o cadáver adiado por 4 meses, o País entrou num período de alguma acalmia e contenção, estando neste momento a pairar no vazio e sem horizontes á vista.
Somos um País suspenso, em plano fortemente inclinado e a derrapar vertiginosamente.
Embora a descida se esteja a fazer em ritmo acelerado, tudo indica que a velocidade irá aumentar de forma significativa, a prazo de 8 a 10 meses. Chegaremos à zona de turbolencia. O País irá entrar em queda livre.
Estaremos então a assistir ao combate final pela sobrevivência do Regime, do Sistema Político e do País.
A batalha irá desenrolar-se, não no campo ideológico, mas na procura por homens ou soluções que se mostrem capazes de responder ao descontentamento de largas franjas da população que lutam pela sobrevivência.
O governo do PSD / PP por um lado, o PS acicatado pela derrota e os partidos mais á esquerda por outro, nada mais estarão a fazer que a esgrimir ideias que não produzem resultados. Tal como sistematicamente temos vindo a afirmar, não há solução no actual enquadramento Político.
Será bom que desde já tenhamos em atenção que o ritmo de endividamento a que vai deslizando o País nos está a levar rapidamente ao limiar da insolvência.
O próprio Sistema de apoios Sociais em que se incluem as Reformas e os Subsídios de Desemprego terão na altura atingido pontos críticos de rotura.
Até agora e à excepção do Dr.Medina Carreira e do Dr.Silva Lopes, ainda não vimos qualquer outro economista ou responsável político assumir ou demonstrar que estão conscientes destas possibilidades e pior do que isso é sentirmos que os dados oficiais que vão sendo conhecidos nem sequer permitem obter-se informações fidedignas sobre o verdadeiro estado da Nação. Ou seja, o buraco até pode ser bem mais fundo e muito sinceramente pensamos que é isso que se virá a demonstrar.
Nós não confiamos neste 1º ministro. Vejam-se por exemplo as declarações do dr.Guilherme de Oliveira Martins sobre o apuramento do deficit relativo a 2007.
Este homem é verdadeiramente o coveiro do País, tal é o montante de indignidades e incompetências que foi cometendo ao longo do tempo.
A nossa Visão é que a médio prazo teremos de estar preparados para responder ás exigências que nos forem postas por um Sistema Politico e um País moribundo. Porque não gostamos de violência, vamos ver se de forma pacífica será possível estabelecer os diálogos necessários a conseguirem-se um conjunto mínimo de consensos que abram a porta a novas soluções e ideias que possam minorar a catástrofe que nos foi preparada por este senhor que dá pelo nome de josé socrates e por todos aqueles que rastejaram na sua órbita. São todos responsáveis e irão ser responsabilizados.
O País acordou no dia 7 e não vai voltar a adormecer. Vamos fazer os possíveis para que não expluda em raiva, tal foi o desaforo destes senhores.
Temos cada vez mais uma certeza. A nossa Força vai crescendo e é feita de homens e mulheres que prezam acima de tudo a dignidade e o respeito pelos valores básicos em que deve assentar a governabilidade do País.
Para os que nos veem como um pequeno grupo sem grande representatividade e incapazes de os enfrentar, talvez tenhamos guardada a desagradável surpresa que um dia lhes iremos fazer.
É que a nossa visão do País e da Vida não se conforma com situações de total indignidade e despudor, que nos ofendem enquanto cidadãos e nos obrigam a responder a quem durante tanto tempo nos considerou como diminuídos mentais. Irão ter a nossa resposta.
Temos já um grupo de trabalho em funções e a breve prazo estaremos em acção. Como é evidente, contamos consigo.

quinta-feira, 18 de junho de 2009

O EMBUSTE

É assim.
Continuarmos a viver num País que consideramos nosso, onde sentimos a história e os afectos, onde vibramos com os êxitos e sentimos os fracassos, onde pensamos no futuro e temos que viver o presente sem um futuro á vista, é sentirmos a permanente angústia que nos cerca por vermos que uma minoria conseguiu moldar o País ao jeito dos seus interesses, deixando a restante população á mercê do marketing político e da publicidade enganosa que nos é imposta para justificarem o tremendo embuste que ao longo dos anos foram construindo.
Esta situação tem de terminar e vai terminar.
Sabemos as dificuldades que temos pela frente. Sabemos que os partidos instalados não vão querer alterar o quadro de sobrevivência em que se encontram instalados. Sabemos que a opinião pública é fortemente condicionada pelos comentadores de serviço e os meios de comunicação institucionalizados. Sabemos que os incompetentes, os medíocres, os sabujos, os lacaios e todos aqueles que se encostam ás forças instaladas não têm capacidade nem querem evoluir e aceitar as mudanças exigidas. Em suma, sabemos o País que temos.

Acontece que os Povos não têm que viver eternamente situações com as quais não se identificam. E isto está por demais demonstrado, quando 60% da população não Vota, Nem Responde a estes políticos.
Assim e independentemente daquilo que os politólogos, os comentadores, os partidos, ou o ordenamento jurídico preveja, temos uma LEGITIMIDADE adquirida e comprovada, que nos permite avançar com as formas de luta que considerarmos adequadas a repor os fundamentos essenciais dos chamados regimes Democráticos. Ou seja a legitimidade do Poder assentar na vontade expressa pela maioria da população.
O Sistema instalado, para lá de pouco representativo da vontade dos cidadãos, cerca de 25%, assume o poder, aí se mantém pelo tempo que o jogo politico lhe permite, e o Povo, caso se sinta ludibriado, como acontece com este governo, não tem qualquer possibilidade de corrigir a sua vontade ou punir quem o enganou.
Este Sistema é atentatório dos direitos básicos a que temos direito e é uma ofensa a todos os que de boa fé aceitaram a implantação do Regime em que nos encontramos e que manifestamente não serve os interesses do País e fere de morte os conceitos de Democracia.
Este Regime sobrevive há 35 anos sem nunca ter conseguido a legitimidade mínima para governar. O resultado está à vista. Um País mais pobre e uma classe política sempre em forte ascenção. Este Regime serviu os Políticos e empobreceu o País.

É assim por razões nobres e de interesse nacional que iremos desenvolver todos os esforços necessários para se alterar as bases de funcionamento do Sistema.
Para isso, assumimos que temos total legitimidade. Só é necessário agregarmos todos os que quiserem colaborar nesta causa, de que apenas nos poderemos orgulhar se alguma coisa fizermos em prol do País.
Já somos bastantes, mas ainda somos poucos. Aumente as suas possibilidades de podermos caminhar para um futuro melhor, juntando-se a gente séria e disposta a tudo fazer para se corrigir a presente situação.

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Reflexões sobre o Sistema Político

A quem serve o voto ?
Esta é a estranha ironia do chamado contentamento descontente de quem votou e sentiu a alegria de ver um José Sócrates receber a repulsa de quase 90% da população, mas ao mesmo tempo sentir que no horizonte se perfilam os mesmos actores que alternadamente e á 35 anos pouco ou nada têm feito pelo País. A seguir a esta emoção transitória, começaram de novo a nascer dúvidas sobre o futuro político do País e a capacidade que terão estas personagens do PS e do PSD, que há tantos anos tomam as opções fundamentais sobre a gestão das coisas públicas e que agora nos entregaram um País desintegrado, sem um sistema de justiça eficaz, com um endividamento externo galopante, um Serviço de Saúde medíocre, uma Economia destroçada por um Sistema Fiscal irresponsável, uma taxa de desemprego nunca antes atingida e acima de tudo a certeza que temos da incapacidade desta Gente e deste Sistema Político poderem responder com soluções adequadas, inovadoras e necessárias para relançar o País na recuperação que se exige e que só ela permitirá trazer o capital de esperança num futuro melhor.
Este é o estado de alma de grande parte da Nação Portuguesa.
Sentimos que uma afronta maior foi sufocada, mas o ar continua poluído.
Só conseguiremos alcançar as metas do desenvolvimento e do progresso com novas Gentes e um Novo Sistema Político.
É sobre isto e para isto que esta Associação foi constituída.
A Bem ou a Mal, temos de encontrar soluções. Vamos ser activos e interventivos. Vamos contestar por todos os meios aquilo que entendermos que colide com os interesses superiores do País.
Vamos continuar a dizer que este Sistema Politico é um atentado aos direitos mais elementares do Povo Português. Se havia dúvidas, o exemplo Sócrates, veio confirmar a impunidade dos políticos que mentem e depois continuam em funções. Mesmo depois de derrotados e amesquinhados na Praça Pública ainda se arrogam de um estafado direito a que chamam Legalidade, pois a Legitimidade há muito que a perderam.
Mas.... nós, vitimas destes políticos sem escrúpulos, somos obrigados a suportá-los pelo menos 4 anos !!!!!! Porquê ?
Porque dizem que nós o "POVO" os elegemos?!
E então porque é que o POVO não os pode demitir?
Se o POVO se sente enganado, porque é que não pode manifestar essa situação?
É evidente que o VOTO que nos pedem, não passa de um atestado em branco que apenas serve para justificar a continuação no poder desta gente que até hoje pouco deu ao País e muito de cá tirou. Colocaram-nos na cauda e somos a vergonha da Europa. O fausto, a riqueza, a ostentação foram as grandes conquistas que a partir de 74 estes políticos conseguiram granjear á custa de uma gestão de interesses privados e esquecendo-se que o VOTO era para governarem o País e não para se governarem a si próprios.
É contra isto que nos revoltamos.
Gente ilustre é aquela que luta diariamente de forma séria e honesta para honrar compromissos, manter a família e dignificar o País.
Estamos fartos de gente medalhada, enaltecida, reverenciada e tantas vezes noticiada.
Por favor retirem esta gente! Precisamos de ar puro.
É por isso e para tentarmos contribuir para um País melhor e mais desenvolvido, que esta associação, com o particular contributo do Dr.José Simões Coelho, irá começar a trazer a debate público, novas formas de Organização e Intervenção na área Política, Económica e Judicial.
Do debate em torno das ideias que irão sendo apresentadas, poderão sair posteriormente as linhas essenciais e relativas á forma como vemos a solução Política e as linhas fundamentais em que poderá assentar o futuro desenvolvimento do País, tendo em conta aspectos relevantes que têm sido descurados e que se referem a compromissos de Solidariedade e Justiça baseados num Sistema Económico com novas regras e que permita ultrapassar esta tacanhez e mediania dos Políticos que há 35 anos vêm contando com a nossa complacência.
Começamos a ter dificuldade em entender e escutar muitos dos comentadores e analistas políticos. Estamos fartos de ouvir os mesmos comentários e as mesmas previsões. Por favor retirem-nos os Marcelos, os Vitorinos, os Costas, os Pereira, os Soares, os Santos e ....todos os outros que nos sobrecarregam a existência e condicionam os raciocínios.
Por favor, não deixem que José Sócrates volte a falar Espanhol, ou Inglês ou mesmo Português.
Este País será muito melhor sem esta gente.
Têm duvidas?

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Ingénuos ou estúpidos

Uma reflexão no dia da "Raça".
Nos últimos anos, mais de 30, algumas vezes fomos postos perante o dilema de termos que optar por uma destas situações. Normalmente ninguém se considera estúpido. Quando muito admitimos alguma ingenuidade ou indiferença.
Isto parecia evidenciar que éramos de boa raça.
Mas....face à situação a que chegou o País, e não nos referimos à crise, houve demasiadas evidências e factos concretos que parecem apontar noutro sentido.
De facto como é possível, que à frente dos nossos olhos e durante tantos anos se fosse construindo um País totalmente diferente daquele que nós esperávamos e que nos tinha sido prometido numa madrugada de Abril.
São 35 anos de evidências.
É verdade que ao povo sempre foram oferecidos cintos.
Foi raro o ano que não nos tivessem feito recordar que era preciso apertá-los.
Aos outros, os salvadores da Pátria, os novos agentes da mudança, a classe política em ascensão, os novos detentores do capital, os gestores de pacotilha e etiqueta, em suma a teia florescente dos novos interesses, vinha-se espalhando e fazendo gala das suas impunidades e faustosas aquisições.
Construíram ordenamentos legislativos e judiciais feitos à medida dos seus interesses e acautelando a sua eficácia, criaram bancos e empresas com fundos do Estado e enganos à população, distribuíram patrimónios e alienaram parte considerável da riqueza nacional, tornaram a gestão autárquica num suplemento vitalício para os políticos de 2ª e de 1ª, adulteraram as funções de Governo com consequências trágicas na actual situação em que se encontra o País, ocuparam a Assembleia da Republica sem se perceber bem o que é que lá estão a fazer e porque é que têm que ter reformas ao fim de 12 anos. Há pouco tempo perderam a vergonha e tornaram-se mesmo arrogantes.
Passaram 35 anos. O Produto Interno decresceu, a divida aumenta, o desemprego atinge situações dramáticas, o País empobrece e não haverá solução enquanto se mantiver esta classe política e este Sistema Político.
Temos que assumir. Fomos estúpidos e continuamos demasiado impávidos perante o galopar da crise.
É necessário optar. Ingénuos ou estúpidos ?
Seja qual for a opinião que cada um possa ter, teremos de assumir frontalmente que nos cabe a nós, enquanto pessoas esclarecidas, alguma coisa fazermos pelo País.
Alguém ainda se revê nas mesmas caras que há 35 anos nos assombram a existência?
Afinal, que raio de raça é esta ?

terça-feira, 9 de junho de 2009

JUVENTUDE EMERGENTE

Um MOVIMENTO de JUVENTUDE

No dia certo, hoje, foi apresentado o Blogue JUVENTUDE EMERGENTE, especialmente pensado para poder interessar ás camadas mais jovens da população.
http://juventude-emergente.blogspot.com/
Foi no dia certo, porque ontem se enterrou uma parte considerável da arrogância e da pouca vergonha que imperou no País até ás 20h de Domingo, 7 de Junho de 2009.
Foi no dia certo, porque ontem se aumentaram as condições para mais rapidamente se proceder ao desmantelamento deste Sistema Politico, que não serve o Povo e empobrece o País.
Foi no dia certo, porque ontem o ar ficou mais limpo e a poluição sonora melhorou consideravelmente. Durante algum tempo não teremos de ouvir falar "Castelhano" para depois se ter de explicar que o nosso 1º ministro só é de facto prolífico e engraçado quando tem que falar em Inglês.
Foi no dia certo, porque os mais jovens têm de começar a ser esclarecidos sobre as verdadeiras finalidades e consequências de um ensino responsável e que não pode ser confundido com "novas oportunidades".
É preciso esclarecer a Juventude que a Formação, o Ensino, a Solidez do Conhecimento não se obtém através de faxes ou por assinaturas de amigos, eles próprios também com pouca formação e sem nenhuma idoneidade. As consequências, depois são visíveis e comprovadas. Referimo-nos a essa triste figura feita pelo nosso primeiro ministro numa cimeira de Chefes de Estado em que com o seu Inglês técnico, caiu no rídiculo e demonstrou a verdadeira essência do ensino que decidiu implantar no País.
Foi no dia certo, porque se irá falar de futuro, e isso é uma coisa que os mais novos não veem. Não sentem. Não confiam.
A Juventude Emergente, com base nas ideias e valores que aqui se defendem, irá ser um espaço aberto a todos os que quiserem colaborar no grande esforço nacional que terá de ser feito para alterar o rumo do País e fazer emergir uma nova sociedade, com gente mais esclarecida e capaz de enfrentar os desígnios desta classe política que ocupou a Europa e domina o País.
A Juventude precisa de perceber o que está em causa e o que poderá fazer para um futuro melhor, que rapidamente é hoje.
Foi no dia certo, porque se dá início a um espaço de diálogo que não é condicionado por partidos ou ideologias e era urgente demonstrar que há vida para lá do condicionamento intelectual em que a nossa sociedade se encontra mergulhada.
Por vezes é preciso estrebuchar e isso os mais jovens fazem-no melhor do que nós.

domingo, 7 de junho de 2009

Vitória Esmagadora da FORÇA EMERGENTE

O País venceu
Derrotar Sócrates era uma exigência Nacional.
O País cumpriu e Sócrates é já um cadáver político. Há agora que o julgar pelos crimes de "lesa Pátria" cometidos.

O País obteve no entanto uma segunda vitória. Parte significativa do Povo Português anulou o seu voto, demonstrando assim todo o repúdio que sente por esta política e os seus principais responsáveis.
Esta Associação e todos os que nos apoiam e acompanham, devem sentir um enorme orgulho na contribuição que pudemos dar para a próxima ruptura deste sistema e o advento de novas politicas com gente mais séria nos órgãos governativos do País.
Estão assim confirmadas parte das nossas dúvidas e suspeitas sobre a situação em que se encontra o País e amplamente demonstrada a falta de idoneidade e competência de quem enganou os Portugueses e que ainda os continua a conduzir para o maior fosso de indignidades a que alguma vez esta Nação foi submetida.
Hoje ficou bem comprovada a razão de ser do nosso pedido feito em Fevereiro, para que o senhor José Sócrates se demitisse. A situação em que já se encontrava o País deveria ter obrigado o senhor Presidente da Republica e os partidos com presença no Parlamento a tomarem uma atitude idêntica.
Mas não. A única Entidade que foi a S.Bento exigir a demissão do "coveiro do País" foi uma Associação chamada FORÇA EMERGENTE.
Esperamos, não termos ainda de ser nós, a transportar o "cadáver adiado" que se encontra em S.Bento.
Para não continuarmos a sobrecarregar o Dr.José Maria Martins, apelamos a um advogado que esteja disponível e que faça a mesma leitura que nós da situação em que se encontra o País, para de imediato se avançar com um processo crime contra J.Sócrates. É evidente que não lhe poderemos chamar "gestão danosa", pois embora o sendo a política o cobre.
Mas, os crimes cometidos, têm concerteza formulação jurídica adequada a quem merece a total repulsa do Povo Português.

sábado, 6 de junho de 2009

Não votar em branco

É uma vergonha
Há cerca de duas semanas, de repente, começámos a ser invadidos por mails a apelar ao voto em branco. Era uma situação estranha, pela dimensão e acutilância da mesma. Tirando partido de alguma falta de informação, justificavam ser a melhor forma para contestar o governo e a situação a que chegou o País.
Confirmando as intenções ocultas, por quem certamente pensava poder tirar partido dessa possibilidade, levaram a que a CNE fizesse um comunicado sobre a inutilidade dessa opção.
O voto em branco só poderá servir a quem controle as Assembleias de voto. E isso está confirmado que interessava a alguém. A comunicação social já vem relatando o que se passa relativamente a esse aspecto.
Será que alguém tem dúvidas sobre os autores desta tramóia?
Enquanto Associação, continuamos a defender o Voto de repúdio por este governo e esta política. Esse voto deverá ser expresso com uma cruz de alto a baixo no boletim. Será um voto nulo. Mas vai-nos permitir escrever no boletim o que sentimos em relação a quem de forma ignóbil ocupou o País e destruiu as nossas melhores esperanças.
Que ninguém tenha dúvidas. Em breve iremos ser capazes de construir um novo País em que gente séria e politicas adequadas possam responder ás aspirações profundas do Povo Português.

quinta-feira, 4 de junho de 2009

A morte anunciada

O despertar de um pesadelo
Dia 7 marca o inicio do fim do mais nefasto ciclo politico da história do País.
Para não recuarmos muito, decidimos centrar a nossa análise no tempo passado e presente nas nossas memórias. 50 anos de vivências.
15 anos de Estado Novo e 35 de Estado Democrático. Três ideologias distintas.
8,4 rostos. Salazar, Marcelo Caetano, Mário Soares, Sá Carneiro, Ramalho Eanes, Cavaco Silva, Guterres, Diversos, Sócrates.
Se voltarmos 50 anos atrás, Portugal geria um Império colonial.
O País era dos mais atrasados da Europa. Éramos contestados a nível Internacional. Vivíamos mediocremente felizes e numa aparente apatia politica. Dois rostos marcaram este tempo. Salazar e Marcelo Caetano. Dois homens a quem se imputavam as mais diversas responsabilidades pela situação de atraso em que se encontrava o País. Situação essa que levou á queda do Regime em 1974. Foi então apresentado ao Povo Português um novo ideário, uma promessa de melhores dias, novos rostos de mudança, uma perspectiva de crescimento e modernidade, em suma, iríamos finalmente integrar o lote de Países mais ricos e desenvolvidos da Europa.
Trinta e cinco anos depois Portugal é a Nação mais atrasada da Europa.
60% da população vive em condições precárias. 20% vive em condições miseráveis.
Despontou no entanto uma nova casta social. A classe politica.
Subvertendo os valores subjacentes ás ideologias, ignorando os objectivos da acção politica, esquecendo o conceito de serviço publico e manipulando os Órgãos de Estado para a defesa de interesses partidários, arrastaram o País para uma situação degradante, tanto a nível Interno como Externo. Pela primeira vez na nossa história um primeiro ministro é indiciado como suspeito num caso de corrupção por um País estrangeiro. A sua continuidade em funções, depois de ter perdido toda a credibilidade exigida para o cargo que ocupa, é uma afronta e representa a total negação da respeitabilidade exigida para a continuidade no exercício de funções.
Quatro anos depois, parece que finalmente o País acordou.
No dia 7 irão começar as cerimónias funebres de um cadaver politico chamado josé socrates.
No dia 8 deveremos dar ínicio ao processo de responsabilização criminal por aquilo que estes políticos fizeram ao País.

terça-feira, 2 de junho de 2009

A engorda dos tubarões

Quem paga é o mexilhão

Como prejuízos privados de 3.200 mil milhões se transformam em prejuízos públicos ou como os mexilhões pagam a engorda dos tubarões
Dias Loureiro é Conselheiro de Estado.
Sócrates também.
Dias Loureiro é apontado como alguém que pode ter praticado actos ilícitos na gestão de coisa privada.
Sócrates é apontado como alguém que pode ter praticado actos ilícitos na gestão de coisa pública.
Dias Loureiro, segundo as autoridades deste país, não é suspeito nem arguido em nenhum processo.
Sócrates também não; no entanto, para as autoridades inglesas, é suspeito.
Dias Loureiro foi sujeito a muitas e fortes pressões, inclusive por parte do PS, para que se demitisse.
Sócrates nem tanto.
Dias Loureiro apresentou a sua demissão.
Sócrates não.
Sócrates, o “Menino d’Ouro” tão elogiado por Dias Loureiro, não se sabendo porquê (?), transformou as responsabilidades privadas causadas pelos presumíveis actos ilícitos praticados por Dias Loureiro & Cº em responsabilidades públicas.
Não está aqui a faltar alguma coisa?

Agora, segundo os meios de comunicação social, o Presidente da República e alguns dos seus familiares aparecem também ligados a algumas transacções menos claras com a SLN proprietária do BPN.
O Presidente da República foi quem nomeou Dias Loureiro para o Conselho de Estado a que ele preside.
Dias Loureiro e Oliveira e Costa (este constituído arguido) fizeram parte dos governos presididos por Cavaco Silva; eram homens da sua confiança e fundamentais na angariação de fundos para o financiamento do PSD.
... no meio disto tudo desapareceram 2.000 milhões de euros que o Zé vai ter de pagar...

Entretanto, ao lado, havia um banco “privadíssimo” que se dedicava quase exclusivamente à gestão de fortunas privadas; com grande sucesso, dizia-se; o seu presidente até se preparava para publicar um livro onde, para além de se auto-elogiar, iria explicar as razões do mesmo.
De repente, com a “crise”, PUMBA!, foi ao ar e parece que não caiu nada bem.
Do alto da sua cátedra, o “Solha”, mais conhecido como “o pior ministro das finanças da UE”, logo declarou que o mesmo devia ser atirado aos bichos.
Só que há bichos e BICHOS... e parece que entre os accionistas e depositantes haviam bichos bem graúdos, empresários e políticos, que tinham engordado bastante à custa da “fabulosa” gestão de um tal Rendeiro & Cª.
Todos nós temos dias assim... provavelmente por o vento ter mudado ou por um qualquer conselho dado pela Maya devido à mudança na conjugação dos astros, o Teixeira mudou de opinião; o polegar que estava apontado para baixo passou a apontar para cima e, qual Nero, decretou: “Salve-se o Banco!”
E o banco foi salvo... apesar de se ter entretanto ficado a saber que era uma espécie de D. Branca, pirâmide dos ricos.
Mas não pensem que foi por causa do cardume de tubarões liderados pelo Rendeiro, Balsemão & Cª que tal aconteceu.
Como todos sabem os tubarões são insaciáveis e às tantas a comida começou a escassear; sorte deles que a repercussão do festim tivesse levado chernes e garoupas a aproximarem-se; primeiro timidamente e cautelosos, ao longe, só observando; depois, atendendo aos acenos que lhes começaram a ser feitos, foram-se acercando, mais perto, mais perto; e quanto mais perto estavam, olhando os tubarões e tubarõezinhos gordos e lustrosos, mais gulosos ficavam; mas não sendo deles aquelas águas e temendo perigos escondidos receavam dar o último passo; o que os decidiu foi o canto da sereia que lhes afirmou que “a engorda era assegurada mas, caso improvável e muito remoto, tal não acontecesse, não sairiam mais magros”.
E foram os chernes e as garoupas, depois pescadas e peixes-espada, douradas e cavalas e por fim até fanecas com as sardinhas também a aproximarem-se... e, uns mais outros menos, lá iam inchando todos!
Mas... como não há Sol que sempre dure, um dia, dizem eles que por causa da “crise”, os pequenos mais os pequeninos, acordaram com a barriga quase encostada às costelas.
E, palavra de “Solha”, foi a salvação do peixe miúdo que o levou a mudar a decisão.
A nós, petingas, se qualquer coisa de mal acontecer com o nosso banco, só nos garantem um reembolso máximo de 25.000 euros.
A nós, petingas, a reposição no lugar dessas panças vai custar-nos, para já, 1.200 milhões de euros, que divididos pelos 2.200 pequenos (?) depositantes darão qualquer coisa como 546.000 euros a cada; vão imaginando quanto nos vai custar quando chegar aos grandes.
O BPP, como qualquer banco, tem uma estrutura hierárquica que começa em quem atende e acaba no conselho de administração; havendo 2.200 pessoas a reclamar terem sido vigarizadas deveria haver naquela estrutura pelo menos um “vigarista”... não foi encontrado nenhum!
Desde o Rendeiro até ao Chico do balcão, é tudo gente séria e honrada!
Mas não encontrar culpados neste país é coisa normal; lembram-se do “caso do fax de Macau”? Houve um corruptor sem corrompido e, ainda há dias, provou-se que a mãe da Joana foi agredida sem que houvessem agressores!
Lembram-se, nos anos 90, das falências fraudulentas das Caixas Funchalense e Faialense em que milhares de emigrantes perderam o pecúlio acumulado de uma vida, ficando na miséria? Aqui, apesar de enganados, roubados, tiveram que acarretar com o prejuízo; ninguém foi preso porque os processos, no qual estavam acusados algumas figuras gradas e até ex-governantes se foram arrastando até à prescrição.
Lembram-se das falcatruas do BCP que causaram importantes prejuízos aos pequenos investidores? Culpados, houve?
Enquanto tudo isto se passou e vai passando, há um “Vitinho”, o terceiro mais bem pago do mundo na sua função, sentado no seu milionário vencimento, olho na reforma dourada que o espera, assobiando para o lado...
E o Zé-povinho vai pagando isto tudo... paga os ordenados e benesses das Suas Excelências bem assim como as roubalheiras com que pactuam!
Zé Muacho