quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Como eles se acoitam

"Fortes indícios" de corrupção na implementação da TDT
O investigador da Universidade do Minho Sergio Denicoli afirmou, esta terça-feira, que há "fortes indícios" de corrupção na implementação da Televisão Digital Terrestre em Portugal e sublinhou que o processo foi conduzido de forma a "não funcionar".

"Houve uma Televisão Digital Terrestre (TDT) planeada muito diferente da que foi implementada. Foram prometidos, por exemplo, muitos canais, mas ficou-se apenas pelos quatro que já existiam no analógico. Isso ocorreu por interferências políticas e económicas, o que nos leva a crer que pode ter havido a captura do regulador pela Portugal Telecom [PT], ou seja, a Anacom teria trabalhado em favor da PT", disse à Lusa o investigador. Sérgio Denicoli defendeu hoje, na Universidade do Minho, a sua tese de Doutoramento em Ciências da Comunicação, especialidade de Sociologia da Comunicação e da Informação, intitulada "A implementação da televisão digital terrestre em Portugal". O investigador sublinhou à Lusa que a PT foi, "de longe, a principal beneficiada" com a TDT, tendo conseguido 715 mil novos clientes para a MEO. "Naturalmente, não interessava à PT que a TDT tivesse muitos canais e a entidade reguladora [Anacom] permitiu isso, beneficiando grupos económicos em detrimento do interesse público", referiu.
E acrescentou que, segundo a organização não-governamental Transparência Internacional, esta atuação configura "uma espécie de corrupção, pois utiliza algo público de forma a garantir lucros privados". "Não posso afirmar categoricamente que houve corrupção, pois cabe à Justiça tal constatação, mas posso dizer que há fortes indícios e que é importante que as autoridades competentes façam uma averiguação", acrescentou.
O investigador disse que as questões técnicas não foram devidamente explicadas à população, numa estratégia "deliberada ou não" que serviu para "legitimar decisões contrárias ao interesse público", beneficiando sobretudo grupos económicos, cujos laços com o poder político são evidentes". "No caso da Portugal Telecom, que receberia o direito de utilização de frequências da TDT, a ligação era mesmo simbiótica, oficializada por meio de 'golden shares' do Estado na empresa e também através de ações da PT detidas pelo banco público Caixa Geral de Depósitos", afirmou.
Segundo Sergio Denicoli, a TDT que existe hoje em Portugal "foi feita para não funcionar, para apresentar falhas, para oferecer poucos canais e serviços interativos limitados, de forma a incentivar a migração da população para serviços de TV por subscrição". O investigador referiu que, somente no período de implementação da TDT (2009 a 2012), a TV paga em Portugal cresceu mais de 32,3%. "E estamos a falar de um período de crise económica. Isso, certamente, deve-se à fraca oferta da TDT. Hoje, o que verificamos é que o sinal da TDT apresenta falhas constantes, devido a erros técnicos que poderiam ser evitados", apontou.
Para o investigador, em Portugal, ao contrário do que acontece noutros países da União Europeia, "as autoridades públicas legislaram respondendo primordialmente aos interesses empresariais" e não se preocuparam sistematicamente com a população ou com a inclusão digital. O país "não aproveitou a tecnologia disponível para proporcionar às pessoas uma televisão em sinal aberto de qualidade equiparável aos serviços de TV por subscrição, mesmo havendo plenas condições para tal", considerou. "Os lóbis económicos, que, no caso português, parecem ser intrínsecos aos lóbis políticos, conseguiram fazer com que fosse estabelecido um modelo de TDT de qualidade muito inferior ao apresentado pela maioria dos países da União Europeia e muito aquém do que os operadores de TV paga ofereciam aos seus clientes", criticou.

E nós continuamos à espera.

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Mesmo longe, sente-se-lhes o cheiro

Assis e "burrinho" - há quem no gozo lhe chame zurrinho por analogia com o som dos asnos -, são duas das figuras emblemáticas desta democracia. Não nos merecem qualquer respeito ou consideração. O seu nível é apenas um degrau acima de relvas. Nada mais do que isso.
O nosso amigo Carlos Falcão Afonso, a propósito destas personagens, escreveu esta peça notável no Correio dos Açores:
Até quando?
As recentes e repugnantes declarações do inexpressivo gestor Zorrinho e do inefável filósofo Assis, sobre a compra dos novos carros para o grupo parlamentar do PS, deixaram-me atónito, revoltado e enojadíssimo.
As explicações bolçadas pelo ilustre professor de gestão, fazem-nos temer que alguma vez tenha de gerir alguma coisa. Que gere bem a sua vida, não ponho em dúvida, mas tratando-se do dinheiro alheio, julgo que ninguém lhe confiaria a gestão duma mercearia…
Quanto ao Dr. Francisco de Assis, tal como seu longínquo homónimo, acolheu-se numa ordem igualmente mendicante, sem contudo fazer voto de pobreza, dedicando-se à pregação, à evangelização, diz ele que ao serviço dos pobres e desfavorecidos. Mas, ao que parece, fartou-se da roupeta e alpergatas, aprecia carros de luxo e exige que sejam os pobres a servi-lo. E tem toda a razão! Não tem, o refinado mendicante, qualquer responsabilidade no descalabro a que nos vem conduzindo a classe política…
Há muito que se sabia que esta gente, sem princípios e sem valores, está unicamente apostada em sacar ao Estado e a todos nós, tudo o que é possível sacar para manter as escandalosas regalias que se atribuem, exibidas de forma vergonhosa e ostensiva - como convém à mentalidade do novo-rico - numa altura em que se exige ao país contenção e sacrifícios.
Sendo, todos nós, “accionistas” obrigatórios de todos os partidos políticos, pelos exorbitantes subsídios que o Estado lhes atribui com os nossos impostos, qualquer cidadão deveria ter o direito de conhecer em pormenor as suas actividades, as suas contas, assistir e participar nas suas reuniões e, claro está, participar nas votações para eleição dos seus órgãos dirigentes, nas escolhas da sua lista de deputados, etc.
Se quem paga mandasse alguma coisa, teria de ser assim!
Como isso não é possível, nem sequer desejável, não deveríamos ser obrigados a subsidiar os partidos políticos, hoje transformados em grupelhos inúteis, incompetentes e gananciosos, responsáveis pela ruína do país e pelo descrédito total da política, dos políticos e deste regime dito democrático. Que o façam os seus dirigentes, militantes e deputados!
Acusam-se mutuamente de insensibilidade social, mas não ouvimos, nem mesmo os que se apregoam defensores dos interesses da povo e dos trabalhadores, propor reduzir o número de deputados e escandalizam-se se lhes propõe acabar com as suas regalias. Justificam-se com a Constituição, com as suas superlativas necessidades (!!!), com o seu enorme prestígio (???), com o populismo, etc. Uma enorme desfaçatez e uma completa ausência de escrúpulos.
Se a Constituição não permite a redução para metade do número de deputados, então mantenha-se o número, reduzam-se os ordenados em 50% e acabem-se com todas as regalias que deveriam ser iguais às de qualquer outro trabalhador. Seria o mínimo que se poderia exigir para que num regime dito democrático houvesse, pelo menos, alguma equidade. Pouparíamos aqui mais de 100 milhões de euros por ano! Sem contar com os Parlamentos Regionais…
Não sendo exigido aos políticos e deputados qualquer tipo de preparação para o exercício dos cargos que ocupam, não se pode acusar de populismo quem os critica pelas excessivas regalias que usufruem, ao exercerem, de forma voluntária, interesseira e incompetente, as funções que lhes são exigidas.
Nem sequer existe a preocupação de escolher, entre os militantes partidários, os mais capazes, os mais competentes e os com melhor curriculum.
Importa só que saibam falar, para melhor enganarem, que usem gravata, para fingirem que são senhores e que sejam arrogantes, para simularem que têm alguns conhecimentos. O que se tornou verdadeiramente importante é a empatia com o chefe, o sectarismo exacerbado e o servilismo repulsivo. E, claro, uma enorme e insaciável ganância…
Haverá quem entenda qual a diferença entre o presidente, o vice-presidente ou o deputado, dum qualquer grupo parlamentar, de um juiz, de um advogado, de um médico, de um economista ou de outro qualquer funcionário público que se deslocam para os seus empregos (públicos!) nos seus carros, com a gasolina e seguros pagos do seu bolso?
A diferença é contudo abissal. Uns não precisaram de estudar, de trabalhar ou sequer de ter profissão. Dizem-se eleitos e representantes do povo, mais uma das muitas falsidades do regime, dado que só se elegem partidos e não pessoas. Mas isso abre-lhes as portas a todas as regalias. Ordenados chorudos, subvenções vitalícias, subsídios de reintegração, de deslocação, de residência, despesas de representação, viagens, refeições, carros, etc.
Aos outros que investiram muito dinheiro e anos da sua vida, estudando e preparando-se para o exercício das suas profissões, obtidas na maioria dos casos por concurso público, reserva-se-lhes um futuro sombrio quando não a emigração para um país decente, não destruído pelos abusos, corrupção e incompetência.
Faz-nos muito mais falta ter uma Justiça a funcionar e Hospitais bem apetrechados do que alimentar uns centos de rapazolas impertinentes, inúteis e improdutivos que não se preocupam com o país mas sim com os seus partidos, com as suas regalias e com os seus negócios.
Pode pôr-se em risco a sobrevivência do país, despedir funcionários, reduzir salários e pensões a toda a gente. É constitucional. O que não se pode é tocar nos privilégios dessa turbamulta sem princípios, voraz e motorizada! Porque a Constituição não permite!
“É dinheiro dos contribuintes? Claro que é. Mas quem quer uma democracia sem custos, o que verdadeiramente deseja é uma não democracia”, afirma o gestor Zorrinho do alto da sua cátedra.
Por uma vez concordo com S.Exª.
Acredito mesmo que a maioria da população deste país não quer esta “democracia”, nem estes “democratas”, que deveriam deslocar-se, se possível para muito longe, pelos seus próprios meios - a pé, de bicicleta ou de patins – e ser responsabilizados por todas as falcatruas, má gestão e abusos a que nos submetem.
O que precisamos, verdadeiramente, é de gente sensata, honesta e responsável que defenda e proteja os interesses do país e da população, sem arrogância ou egoísmo.
Se tivéssemos adivinhado o que nos custaria esta espécie de “democracia” e de que raça eram esta espécie de “democratas”…

Adenda - Sobre o mesmo tema, leia-se o depoiamento  de Pedro Dias.

MEUS QUERIDOS AMIGOS SOCIALISTAS.
Depois de ouvir o vosso líder parlamentar, numa extraordinária quão breve dissertação sobre os Renault Clio, venho pedir-vos que não gozem comigo, por ter comprado um, às prestações de 290 € por mês e usado.

Não ando de Mercedes, BMW ou Audi, porque, como professor Catedrático do 4º escalão da Universidade de Coimbra, ( e Membro das Academias Nacionais da História, das Belas Artes, da Marinha, da Real Academia de Bellas Artes de San Ferando de Espanha e de mais meia dúzia delas, decano da área de Património das Universidades Portuguesas, Comendador da Ordem do Infante D. Henrique, Medalha de Mérito-Classe Ouro de Belas Artes, Medalha de Ouro da Cidade de Coimbra, e com cerca de 200 livros e artigos publicados, 12 com prémios, como o Prémio Gulbenkian ), não tenho dinheiro para mais. Percebi, ontem, que é vergonhoso andar de Clio, em Portugal, que isso nos apouca.

Só que isso nos diminui aos olhos de quem, na vida, nunca fez nada e nunca trabalhou no duro, e passou a juventude na intriga e a comer, beber e viajar à conta dos partidos políticos, a esperar pacientemente nas Jotas, para chegar a adulto e, de preferência, como o Zorrinho, para entrar para uma loja maçónica e na Assembleia ou num gabinete ministerial. Eu cá, loja, só a mercearia do meu Avô, na Rua do Corvo.

domingo, 21 de outubro de 2012

A espuma de Amaral

Se existe personagem que nos exacerba os sentimentos esse é sem dúvida o imparável Mira.
Tempos houve em que nos incomodava a espuma branca provocada por alguma saliva mais rebelde que lhe ia saindo pelas extremidades bocais.
Depois o hábito foi-se acomodando e acabámos apenas por ir ficando perplexos perante o discurso e a "lata" do sujeito.
As explicações que nos foi dando para os elevados, ou diremos mesmo, extravagantes vencimentos ou reformas que vai auferindo, sempre foram rídiculas e de alguma forma atentatória dos conceitos de justiça social mínima.
Mas num País de gente sem vergonha era e sempre foi apenas mais um.
Ausente da ribalta durante alguns anos, surgiu novamente à luz do dia quando voltou a ser colocado à frente de um banco.

Assim, temos tido oportunidade de voltar a poder apreciar o borbulhar espumoso que já tanto nos havia incomodado.
No entanto a personagem surpreendeu-nos de novo.
Desta vez resolveu baixar de classe.
Antigamente justificava-se dizendo possuir conhecimentos e formação que lhe permitiam usufruir vencimentos só ao alcance de poucos previligeados. Se era um homem rico e bem pago era apenas porque os conhecimentos especiais que possuía, obrigavam a pagamentos também bastante superiores.
E nós ouvíamos este exemplar de "homospuma" e ficávamos com vontade de lhe chamar uns nomes feios tal era a falta de lucidez nas explicações apresentadas.

Entretanto o tempo passou e agora o "nosso homem" acumula aos anteriores rendimentos mais um como administrador de um banco.
E pasme-se !  Resolveu agora apresentar-se como um dos integrantes da classe média.
Como tal e já nessa qualidade, vimo-lo na televisão a mostrar-se sofrido e revoltado com os aumentos de impostos. 
Instintivamente procurámos a espuma salivar. Essa seria para nós a garantia de que o sujeito era de facto o Mira.
E era.
A ofensa à classe média ficou gravada e o despudor demonstrado atesta bem o nível e a insensatez desta escumalha humana e politica com que por enquanto vamos tendo que conviver.
Esperemos que dentro de pouco tempo se possa fazer a vontade a este "cavalheiro".
Vamos ver se depois ficará na classe média ou se passará para o lixo da história.

sábado, 13 de outubro de 2012

Do que é que se está à espera ?

É verdade.
De vez em quando vai-se aflorando esta história mas nunca houve um interesse genuíno em se tirarem ilações daquilo que se passou.
A verdade é que a Islândia triplicará seu crescimento em 2012 após a prisão de políticos e banqueiros.
Não percebemos do que é que se está à espera para se fazer aqui a mesma coisa.
Não existe outra forma de sairmos do buraco que cada vez se afunda mais.
Vejamos;
A Islândia conseguiu acabar com um governo corrupto e parasita, prendeu os responsáveis pela crise financeira e mandou-os para a prisão.
Redigiram uma nova constituição e hoje, graças à mobilização geral, é um dos países mais prósperos de um ocidente submetido a uma tenaz crise de dívida.
Foi a cidadania islandesa que se impôs.
A revolta de 2008 foi silenciada na Europa por temor a que muitos percebessem que é extremamente fácil substituir governos corruptos e incapazes de responderem aos anseios e necessidades das populações. 
Mas conseguiram graças à força de toda uma nação e o que começou por ser uma crise rapidamente se transformou numa oportunidade.
Uma oportunidade que os movimentos altermundistas observaram com atenção e a colocaram como modelo realista a seguir.
Consideramos que a história da Islândia é uma das melhores noticias dos tempos actuais. Sobretudo depois de saber que segundo as previsões da Comissão Europeia, este país do norte atlântico, fechou 2011 com um crescimento de 2,1% e que em 2012, este crescimento será de 1,5%, uma cifra que supera o triplo dos países da zona euro.
A tendência ao crescimento aumentará inclusive em 2013, quando está previsto que alcance 2,7%. 
Alguns analistas asseveram que a economia islandesa apresenta alguns sintomas de desequilíbrio e que a incerteza ainda está presente nos mercados.
Porém, voltou a gerar emprego e a dívida pública foi diminuindo de forma palpável.
Este pequeno país do periférico árctico recusou resgatar os bancos. Deixou-os cair e aplicou a justiça sobre aqueles que tinham provocado os problemas financeiros.
Os matizes da história islandesa dos últimos anos são múltiplos. Apesar de transcender parte dos resultados que todo o movimento social conseguiu, pouco foi falado do esforço que este povo realizou, do limite que alcançaram com a crise e das múltiplas batalhas que ainda estão por se resolver.
Porém, o que é digno de menção é a história que fala de um povo capaz de começar a escrever o seu próprio futuro sem ficar a mercê do que se decida  em despachos distantes da realidade local.
A revolta islandesa não causou outras vítimas para lá dos políticos e dos homens de finanças implicados no descalabro a que tinha chegado o País.
Não derramou nenhuma gota de sangue.
Não houve a tão famosa "Primavera Árabe".
Nem sequer teve, nem tem tido rastro mediático, pois exemplos destes não interessam nada ao "satus quo" vigente.
Mesmo assim conseguiram os seus objectivos de forma limpa e exemplar.

Cabe-nos a nós aplicar aqui a mesma receita.

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

A INSUSTENTABILIDADE DA SEGURANÇA SOCIAL

Nunca fizemos das ideologias o cavalo de batalha da nossa contestação. Por principio e princípios até comungamos dos verdadeiros ideais "socialistas", talvez com um toque de conceitos da social democracia.
Mas caros amigos; aquilo que temos e tivemos por cá é toda uma escumalha humana que com essas bandeiras na mão destruíram o País e criaram a abominável classe politica que por aí prolifera.
São quase 40 anos de desmandos que terão forçosamente que terminar com uma revolta que englobe as gentes de bem que ainda existem neste País.
Tudo está comprometido.
A incompetência e a incapacidade são notórias.
O regime esconde as contas e as responsabilidades que vão sendo assumidas.
Nada é transparente e sentimos dia a dia o afundamento do País.
Socrates na sua ânsia de controlar o sistema de justiça através dos amigos que lhe iam arquivando os processos, foi endividando o país até nos ter levado à bancarrota. Um bandalho que devia estar encerrado numa prisão, anda alegremente a gozar connosco e com o dinheiro que roubou ao País.
E que dizer do novo governo que integra homens como relvas e porque não dizê-lo, passos coelho.
Será esta gente que tem andado anos e anos a viver do sistema que terá capacidade ou competência para gerir uma situação dramática como aquela a que chegámos ?
Não. Ninguém proveniente da escumalha politica que nos rodeia terá capacidade para tal.

Isto porque a situação é muito mais grave do que aquilo que tentam impingir-nos. O que andam a fazer é apenas a tentar limitar os estragos e empurrar para a frente as responsabilidades assumidas de forma a irem garantindo a própria sobrevivência, assim como dos interesses que estão instalados.
Eles sabem que se pode destruir uma Nação se a morte for lenta, assistida e anestesiada, mas que ninguém aceitará morrer se sentir a faca no pescoço. Isso é o que se está a passar.
Para que tomemos um pouco mais de consciência da gravidade daquilo que se tem feito e da situação a que chegámos, leiam se fazem favor:

A Segurança Social nasceu da Fusão (Nacionalização) de praticamente todas as Caixas de Previdência existentes, feita pelos Governos Comunistas e Socialistas, depois do 25 de Abril de 1974.
As Contribuições que entravam nessas Caixas eram das Empresas Privadas (23,75%) e dos seus Empregados (11%).
O Estado nunca lá pôs 1 centavo.
Nacionalizando aquilo que aos Privados pertencia, o Estado apropriou-se do que não era seu.
Com o muito, mas muito dinheiro que lá existia, o Estado passou a ser "mãos largas"!
Começou por atribuir Pensões a todos os Não Contributivos (Domésticas, Agrícolas e Pescadores).
Ao longo do tempo foi distribuindo Subsídios para tudo e para todos.
Como se tal não bastasse, o 1º Governo de Guterres(1995/99) criou ainda outro subsídio (Rendimento Mínimo Garantido), em 1997, hoje chamado RSI.
E tudo isto, apenas e só, à custa dos Fundos existentes nas ex-Caixas de Previdência dos Privados.
Os Governos não criaram Rubricas específicas nos Orçamentos de Estado, para contemplar estas necessidades.
Optaram isso sim, pelo "assalto" àqueles Fundos.
Cabe aqui recordar que os Governos do Prof. Salazar, também a esses Fundos várias vezes recorreram.
Só que de outra forma: pedia emprestado e sempre pagou. É a diferença entre o ditador e os democratas…
Em 1996/97 o 1º Governo Guterres nomeou uma Comissão, com vários especialistas, entre os quais os Profs. Correia de Campos e Boaventura de Sousa Santos, que em 1998, publicam o "Livro Branco da Segurança Social".
Uma das conclusões, que para este efeito importa salientar, diz respeito ao Montante que o Estado já devia à Segurança Social, ex-Caixas de Previdência, dos Privados, pelos "saques" que foi fazendo desde 1975.
Pois, esse montante apurado até 31 de Dezembro de 1996 era já de 7.300 Milhões de Contos, na moeda de hoje, cerca de 36.500 Milhões €.
De 1996 até hoje, os Governos continuaram a "sacar" e a dar benesses, a quem nunca para lá tinha contribuído, e tudo à custa dos Privados.
Faltará criar agora outra Comissão para elaborar o "Livro NEGRO da Segurança Social", para, de entre outras rubricas, se apurar também o montante actualizado, depois dos "saques" que continuaram de 1997 até hoje.
Mais, desde 2005 o próprio Estado admite Funcionários que descontam 11% para a Segurança Social e não para a CGA e ADSE.
Então e o Estado desconta, como qualquer Empresa Privada 23,75% para a SS?
Claro que não!...
Outra questão se pode colocar ainda.
Se desde 2005, os Funcionários que o Estado admite, descontam para a Segurança Social, como e até quando irá sobreviver a CGA e a ADSE?
Há poucos meses, um conhecido Economista, estimou que tal valor, incluindo juros nunca pagos pelo Estado, rondaria os 70.000 Milhões €!...
Ou seja, pouco menos, do que o Empréstimo da Troika!...
Ainda há dias falando com um Advogado amigo, em Lisboa, ele me dizia que isto vai parar ao Tribunal Europeu dos Direitos do Homem.
Há já um grupo de Juristas a movimentar-se nesse sentido.
A síntese que fiz, é para que os mais Jovens, que estão já a ser os mais penalizados com o desemprego, fiquem a saber o que se fez e faz também dos seus descontos e o quanto irão ser também prejudicados, quando chegar a altura de se reformarem!...
Falta falar da CGA dos funcionários públicos, assaltada por políticos sem escrúpulos que dela mamam reformas chorudas sem terem descontado e sem que o estado tenha reposto os fundos do saque dos últimos 20 anos.
Quem pretender fazer um estudo mais técnico e completo, poderá recorrer ao Google e ao INE.
Maria Emília Homem da Costa

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Ultima hora - Passos coelho vai-se entregar à justiça

Parece que pode ser verdade e tem total fundamento esta noticia.
Não temos duvidas que o nosso primeiro ministro é certamente um homem de palavra, embora alguns percalços não abonem muito nesse sentido, o facto é que teremos que obrigá-lo a cumprir aquela que é a sua posição de honra na vida política.
Este era o homem em quem pensávamos que podíamos confiar:
PASSOS COELHO CONFESSA-SE CRIMINOSO
Ao deixar derrapar a execução orçamental, ao afundar a economia nacional e ao não cumprir os objetivos que se propôs, designadamente não atingindo a meta do défice (4,5%) com que se comprometeu, o Governo incorreu em responsabilidade criminal.
Foi o próprio Passos Coelho que o disse, num discurso de que o "Correio da Manhã" de 6-11-2010 publicou os seguintes excertos:

"Se nós temos um Orçamento e não o cumprimos, se dissemos que a despesa devia ser de 100 e ela foi de 300, aqueles que são responsáveis pelo resvalar da despesa também têm de ser civil e criminalmente responsáveis pelos seus actos e pelas suas acções"

"Não podemos permitir que todos aqueles que estão nas empresas privadas ou que estão no Estado fixem objetivos e não os cumpram. Sempre que se falham os objectivos, sempre que a execução do Orçamento derrapa, sempre que arranjamos buracos financeiros onde devíamos estar a criar excedentes de poupança, aquilo que se passa é que há mais pessoas que vão para o desemprego e a economia afunda-se"

"Não se pode permitir que os responsáveis pelos maus resultados andem sempre de espinha direita, como se não fosse nada com eles". "Quem impõe tantos sacrifícios às pessoas e não cumpre, merece ou não merece ser responsabilizado civil e criminalmente pelos seus actos?"

Proféticas palavras! Pois se assim é, aguarda-se que Passos Coelho seja por uma vez coerente e vá entregar-se no posto da G.N.R. de Massamá.
Vamos ver se o homem tem palavra ou se mais uma vez falha um compromisso.

terça-feira, 9 de outubro de 2012

O ciclo merdoso

A estrumeira politica continua a empestar o ambiente social em que vivemos.
Há já muitos anos que nos cheira mal e por isso somos frontalmente críticos desta classe politica e do regime por ela desenhado.
Pelas informações que de forma sistemática vão chegando ao conhecimento público, permite-nos, com um elevado grau de certeza generalizar esta ideia.
Não vale a pena abrir exceções. Os poucos que se aproveitam até sabemos quem são.
Ao dizermos isto, fazemo-lo também por conhecimento direto de alguns membros desta associação que ao longo da vida foram testemunhando a completa ausência de noção de serviço público e de competência para o exercício de funções que foram sendo atribuídas a estas bestas politicas.
Confessamos que após o descalabro socialista ainda depositámos alguma esperança no atual governo, pois integrava gente que não era propriamente conhecida pela sua militância ao serviço de qualquer partido.
Um vitor gaspar até poderia desempenhar com credibilidade o lugar de ministro das finanças, caso tivesse alguma noção daquilo que é a realidade da estrutura social e económica do País.
Mas não tem nem se preocupou em ter.
Pode não ser corrupto, mas é extremamente incompetente e incapaz.
Um santos pereira acaba por ser um pateta alegre, pois não fez nada daquilo que escreveu no seu blogue nem no seu livro.
Pode não ser corrupto, mas é extremamente incompetente e incapaz.
Assim e com aqueles que seriam os possíveis pilares para a recuperação económica a revelarem tamanha fragilidade, nada de substancial haveria a esperar de um passos coelho que nada mais é que um falhado a todos os níveis, tal como se tem verificado ao longo do tempo. Um homem com ideias e conhecimento do País nunca poderia avalizar e defender o rumo que tem estado a ser seguido. É confrangedor sentirmos a inocuidade destas aventesmas ministeriais.
Pior que tudo isso, a "entourage" de passos trouxe ao de cima o cheiro da estrumeira donde saíram e que empesta diariamente a Nação.
Relvas exala um cheiro nauseabundo que envolve quem está por perto. E aí está sempre passos coelho.
Comungam a mesma pocilga de interesses e devagarinho se vão percebendo as razões pelas quais um excremento politico desta dimensão ainda continua no governo.
O caso agora revelado da atribuição de 80% dos subsídios de um programa financiado pela U.E. é esclarecedor da ligação entre estes dois homens. O processo foi tão transparente que os restantes 12 projetos foram atribuídos a 11 empresas.
Para que isso acontecesse foi necessária a sagacidade e clarividência de relvas, que o levou a não ter duvidas sobre os méritos da empresa do seu amigo passos, tal era a diferença qualitativa e os créditos anteriormente demonstrados pela tecnoporca ou tecorupta ou talvez tecnoforma. Não interessa o nome da empresa o que interessava era o nome dos sócios.
É assim natural que ainda hoje se sintam os resultados desta notável intervenção. Para quem tiver duvidas, consultem os autarcas daquela região do interior e vejam o grau de evolução que eles demonstram.  Passos e relvas mereciam maior reconhecimento por esta sua antiga parceria, tais foram os ganhos que o País obteve. 
Estranho mesmo é que após se saber isto, passos coelho não tenha vindo chamar a atenção para os méritos do seu trabalho.
Não, nada disso.
Até pareceu que queria lançar-nos areia para os olhos com as estafadas explicações que tudo foi claro e transparente !
Mas alguém teve duvidas que de facto assim foi ?
E que dizer de carlos merdas, perdão, moedas.
A pouca vergonha desta gente nunca teve limites. Este rapazinho tinha algumas sociedades, que como é de calcular não serviam para nada, mas como seria previsível teriam de ter como clientes as empresas do regime. Como não poderia deixar de ser, lá estão a REN, a EDP, o IAPMEI, a ANA, etc. 
Nós a "entrarmos" para estas empresas e estes rapazinhos a receberem de lá.
Para demonstrar que não estava diretamente envolvido no negócio passou as quotas para nome da mulher.
Brilhante e esclarecedor da inteligência deste rapaz.
Com gente desta, temos que concluir que ou somos muito estúpidos e temos aquilo que merecemos, ou se assim não for, teremos que acabar com isto.
Este regime chegou ao fim. Só falta tomarmos consciência disso.

sábado, 6 de outubro de 2012

Avé Marias, cheias de revolta, bendito sejam.....

E elas lá estavam. Para nossa grande vergonha e mossa no estatuto de masculinidade e força, foram mais uma vez as mulheres a demonstrarem que se pode atacar esta escumalha e fazê-los sentir incomodados para onde quer que vão.
Bastam algumas palavras e deixar extravasar os sentimentos.
À falta de melhor, também será eficaz irmos encurralando estes fantoches até não poderem sair à rua.
Tal como se vai comprovando, não é necessária muita gente para se pôr em causa os fundamentos e a estabilidade do regime.
Estes bandalhos que enterraram o país, são gente sem capacidade nem moral para enfrentarem de forma direta alguns portugueses mais determinados em por fim ao regime decrépito que ainda subsiste.
Mas que não existam equívocos. A escumalha é toda a classe politica e muitos dirigentes sindicais que há mais de 3 décadas se tem aproveitado do regime, para irem fazendo a gestão dos interesses a que estão ligados.
O País foi delapidado por esta gente.
Todos eles se acomodaram e estão bem instalados na vida.
Não vale a pena a antónio costa estar a pôr-se em bicos de pé, quando foi um dos grandes suportes do descalabro produzido por esse canalha de nome socrates.
Então nessa altura não viu o rumo para que estava a ser conduzido o País ?
Se hoje estamos perante este sufoco, a responsabilidade maior cabe ao partido socialista.
Como é que aquela gente quer que alguém acredite que poderá alguma vez sair dali qualquer solução credível ?
Então se já vimos que passos coelho, gaspar ou pereira, não têm a noção daquilo que andam a fazer nem dos danos que as politicas seguidas estão a causar ao País, só nos resta uma solução.
Vestirmos saias e sairmos para a rua a gritar que somos as novas Marias da fonte.
Os homens depois virão atrás.
Nessa altura o regime poderá mesmo cair.

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Sombrio horizonte

Vale a pena transcrever o artigo de Henrique Cardoso.
Provavelmente continuaremos sentados. Mas se calhar iremos sentir algum incómodo.

"A austeridade não é uma invenção ou escolha, é a realidade, é a vidinha que temos pela frente. O debate está apenas na fórmula dessa austeridade. Porque os números que se seguem são isso mesmo: números, factos, e não estados de alma.

(a). Portugal tem cerca de 10,5 milhões de pessoas, mas só tem 4,8 milhões de trabalhadores no activo. E o rácio vai continuar a diminuir, ou seja, os cortes nas reformas são e serão mais ou menos inevitáveis. Só havia um caminho para evitar esses cortes: emissão de dívida para armazenar dinheiro no sistema antigo, libertando os mais novos para um sistema diferente. Os polacos fizeram isto. Mas, agora, Portugal não tem a folga necessária para fazer essa mudança. Eis, talvez, a maior das lições desta crise: a dívida deve ser usada em mudanças de fundo, e não na gestão corrente do Estado.

(b). Em 2004, a dívida pública portuguesa era de 90 mil milhões; em 2011, já estava nos 174 mil milhões. Em seis anos, um primeiro-ministro quase duplicou a dívida soberana do país. 93% de aumento em apenas seis anos. Isto gerou crescimento? Não. Gerou emprego? Não. Gerou a terceira bancarrota do Estado desde 1977. Mas não faz mal: os ministros e restante canalha deste primeiro-ministro continuam na palminha da mão dos média. A culpa é da Merkel, do protestantismo, dos "neoliberais", do Bush e quiçá do degelo.

(c). E as PPP? Devido à gentileza socialista , as famosas PPP representam um encargo de 26 mil milhões entre 2012 e 2050 (mas cheira-me que este sub-buraco será maior). Isto faz disparar a dívida do Estado para 200 mil milhões.

(d) E, agora, temos a parte divertida: relacionar este buraco financeiro com o buraco demográfico. Em 2004, o Estado devia 8,500 euros por cada português; em 2011, devia 19.032 euros. Isto seria sempre mau, mas torna-se pornográfico quando sabemos que esta política económica, perdoem-me o eufemismo, não gerou crescimento.

(e). Se acha que o cenário é péssimo, o meu caro leitor deve esperar mais um pouco. As contas têm de ser feitas não com o número de cidadãos, mas com o número de trabalhadores no activo. Portanto, a nossa vidinha é assim: por cada trabalhador, o Estado devia em 2004 cerca de 18 mil euros; em 2011, devia 41 mil euros.

(f). Em 2012, o país ainda não quer olhar para a dimensão deste buraco, ainda quer pensar que a realidade é só a representação da nossa vontade".