Temos consciência que os problemas do País não se resolvem enquanto não se responsabilizar a classe política pela situação a que se chegou.
Não nos preocupa que ainda não esteja previsto no nosso ordenamento jurídico essa possibilidade de responsabilização criminal. No entanto tudo se pode alterar se houver determinação para se caminhar nesse sentido.
Não podemos é continuar impávidos e serenos perante o conhecimento que existe das enormidades que foram cometidas e continuarmos a ver os responsáveis por isso passarem ao lado das exigências que estão a ser postas á generalidade da população.
A austeridade irá sufocar a capacidade empreendedora que é vital para se tentar recuperar o sistema económico. Tudo o que se está a fazer será pura perda de tempo e de oportunidades, pois o sistema está corrompido e não tem possibilidades de ser recuperado. Com o consumo a diminuir e o desemprego a aumentar, as exportações por muito que possam crescer nunca farão face ao endividamento crescente.
O País está armadilhado pois as suas estruturas funcionais foram concebidas para favorecer a corrupção e o alinhamento da classe politica com os grupos de interesses que se foram instalando.
O País não "mexe" porque tem estado a ser gerido tanto a nível central como nos órgãos intermédios por gente sem experiência de vida e que apenas conhece as estruturas politico partidárias que lhe permitiram chegar até aos cargos que ocupam. O bloqueio mental que muitas vezes verificámos é assustador.
As leis que enquadram as suas funções sempre foram desenhadas para que o País fosse totalmente controlado por políticos irresponsáveis e corruptos.
O acordo com a troica, as exigências do FMI, os planos de austeridade, as previsões macro económicas, etc, tudo nos encaminha para uma única saída. Garantir o actual "status-quo", ou seja exigir que os estados se mantenham interligados ao sistema bancário e financeiro global. Acena-se com a bancarrota, como se ela não existisse já. Dizem-nos que caso não se sigam os planos de recuperação que nos são sugeridos, o cenário traçado para lá da saída do Euro, é a desgraça generalizada. Tudo nos é transmitido como se não haja mais saídas possiveis..
Mas não é verdade.
O país pode recuperar da situação em que se encontra se o actual governo quiser tomar as medidas que se exigem, ou seja cortar naquilo que é inadmíssivel e vergonhoso que se mantenha tal como está montado. Falamos das PPP, o maior embuste financeiro alguma vez posto em prática e que causa uma autêntica sangria nas finanças públicas em favor de muitas das famílias politicas que se foram instalando.
Sobre isto leia-se o texto que nos foi enviado.
Bodo aos ricos
O Estado português chegou à bancarrota porque sucessivos governos andaram a beneficiar amigos, esbanjaram o dinheiro dos nossos impostos e transformaram a política numa megacentral de negócios. O exemplo mais vergonhoso da promiscuidade entre os grupos económicos e o poder político é constituído pelas tristemente célebres parcerias público-privadas (PPP). São disso exemplos alguns hospitais, redes de águas e saneamento, auto-estradas sem custo para o utilizador (Scut), a renovação de escolas através da empresa Parque Escolar ou até o Campus de Justiça, em Lisboa. Neste modelo de negócio (ou melhor, negociata), os riscos correm sempre por conta do Estado, mas os lucros são garantidos aos privados através de rendas pagas ao longo de décadas. As PPP constituíram um verdadeiro ‘bodo aos... ricos’ e hipotecaram de forma criminosa os impostos de várias gerações.
Não por acaso, muitos dos políticos dos diversos partidos, que promoveram as negociações em nome do Estado, integram agora os órgãos sociais dos concessionários reiteradamente beneficiados. Urge pois promover uma renegociação global destas parcerias. Até porque este é um compromisso previsto no memorando de entendimento assinado com a troika que alguns tentam agora fazer esquecer ou até boicotam. Para cada caso, deve comparar-se o valor consolidado de todas as rendas vencidas e vincendas com essoutro que resulte duma avaliação independente do real valor das infra-estruturas. A conclusão desta confrontação obrigará a que as rendas pagas aos concessionários sejam reduzidas para menos de metade. Não é admissível que se mantenham as garantias de rentabilidade dos valores escandalosos actualmente praticados, em regra superiores a 14%. Com uma atitude determinada, o governo poderá mesmo obter uma poupança estimada em mais de dois mil milhões de euros por ano. É este o tipo de cortes na despesa do Estado que se impõe, que afectem, de forma drástica, os beneficiários dessa verdadeira extorsão ao povo que são as PPP. Não é admissível que, na hora de poupar, sejam sacrificados os mais humildes, enquanto os grupos económicos que mais têm vivido da manjedoura do Estado parecem ficar impunes.
Paulo Morais
É exactamente isto.
Afinal até pode ser simples darmos inicio á recuperação das finanças públicas. Só é necessária a nossa determinação para obrigar a classe politica a assumir as suas responsabilidades.
E se não for a bem, terá que ser a mal.
Onde é que estão os homens deste País ?
Afinal, Portugal é mesmo racista!
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O ano está a acabar e sempre me convenço mais de que todos os anos são
iguais. Começa com o primeiro bebé do ano e reportagens muito giras, há dia
dos namo...
Há 22 horas
3 comentários:
Os responsáveis pelos maus resultados da economia terão que ser responsabilizados criminal e pecuniariamente, para além do julgamento político.
Passos Coelho, então líder da oposição, defendeu, em Novembro de 2010, a responsabilização civil e criminal dos responsáveis pelos maus resultados da economia do país:
-"Se nós temos um Orçamento e não o cumprimos, se dissemos que a despesa devia ser de 100 e ela foi de 300, aqueles que são responsáveis pelo resvalar da despesa também têm de ser civil e criminalmente responsáveis pelos seus actos e pelas suas acções".
A responsabilização criminal deverá ser aplicada sempre que haja crime e os maus gestores públicos deverão, ainda, ser sancionados pecuniariamente e obrigados a repor, nos cofres do Estado, quando haja culpa ou negligência.
Os portugueses têm o direito de conhecer o real valor da dívida pública, o que engloba a dívida das administrações central, regional e local e os encargos com as parcerias público privadas.
Olha mais um a dar um empurrãozinho...
-> A superclasse (alta finança internacional - capital global, e suas corporações) não só pretende conduzir os países à IMPLOSÃO da sua Identidade (dividir/dissolver identidades para reinar)... como também... pretende conduzir os países à IMPLOSÃO económica/financeira.
-> Só não vê quem não quer: está na forja um caos organizado por alguns - a superclasse: uma nova ordem a seguir ao caos... a superclasse ambiciona um neo-feudalismo.
-> Para além da SUBSTITUIÇÃO POPULACIONAL [nota: não-nativos já naturalizados estão com uma demografia imparável em relação aos nativos]... também tivemos um que dizia «Há vida para além do deficit» [nota: pois há - a perda de soberania nacional]... etc... e também temos mais um a dar um empurrãozinho - JORNAL DE NEGÓCIOS, 15 Setembro 2011, George Soros: «é preciso um Ministério das Finanças europeu, com poder para decretar impostos e para emitir dívida»
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