segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Austeridade, Investimento, Recuperação Económica

Em suma, estado da Nação.
Austeridade a mais, desenvolvimento a menos, divida a subir, desemprego a crescer, economia em desagregação. A isto chama a classe politica no poder, ajustamento. À miséria, certamente.
A realidade social em desenvolvimento irá demonstrar a curto prazo a verdadeira situação em que se encontra o País.
Tudo o que se tem feito e dito apenas representa a visão ou estratégia de um grupo de patetas políticos a quem nunca se exigiu que fizessem algo de concreto ou palpável ao longo da vida.
Para se fazer pão tem que se saber mexer na massa.
Estes "cavalheiros" no entanto propõe-se fazer um novo País sem nunca terem sabido o que custa governar uma casa.
Estamos a viver com base em promessas e expetativas sem fundamento ou sustentação na realidade atual do País.
O que se passa é muito simples;
1º Para haver recuperação económica era necessário que houvesse um tecido empresarial minimamente ativo e empreendedor. Isso não acontece e cada dia se agrava mais em resultado das medidas cegas e sem nexo que têm sido adotadas.
2º A propensão para o investimento é praticamente nula e apenas projetos com garantia de mercado poderão ter alguma viabilidade de desenvolvimento.
3º Não existem condições mobilizadoras para incentivar um povo totalmente descrente dos políticos que nos têm "governado".
4º A degradação das condições de vida continuará a evoluir de forma progressiva e dentro de algum tempo terá de surgir um Movimento, um Projeto, um Homem, que possam responder aos anseios e necessidades de um povo exaurido e sem crença na classe politica que ao longo de quase 40 anos lhes foi traindo as aspirações a uma vida melhor.
A vinda da senhora Merkle trouxe consigo a promessa de um Banco de Fomento.
Até pareceria bem se por acaso não soubéssemos quais poderão vir a ser os beneficiários do mesmo. Parte deles estavam hoje sentados no CCB a mostrar a nova tendência da moda no que se refere ás gravatas rosa "choque".  
Muitos dos outros que já não têm dinheiro para gravatas, não irão utilizar bancos de fomento ou quaisquer outros, pois já perderam a dinâmica do investimento e a confiança no País.

Adenda - 19h. Arménio Carlos, perfeitamente integrado nas elites deste País.
Em vez de o vermos de "fato macaco" a organizar os piquetes da greve, ei-lo que surge ostentando um belo "terno" a condizer com a sua gravata rosa "choque envergonhado".  Os trabalhadores podem confiar plenamente nesta gente. Cada um no seu poleiro a conduzir o rebanho à sua maneira. Os tempos de miséria já passaram. O dr. arménio não precisa de sujar a camisa.
Longe vão os tempos em que as lutas pela defesa dos interesses dos trabalhadores eram genuínas.

9 comentários:

JotaB disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
JotaB disse...

Editorial, no “Jornal de Angola”.
Como o “Poder”, em Angola, olha para nós:

Jogos perigosos
http://jornaldeangola.sapo.ao/19/42/jogos_perigosos

JotaB disse...

O Inverno está a chegar...
Este ano, não teremos Natal, como não tivemos férias, pois este governo roubou-nos os subsídios.
Mais uma vez, são os trabalhadores que estão a pagar o desvario destes políticos medíocres.
Como isso não lhes chega, passaram também a roubar os reformados.
Aumentaram brutalmente os impostos.
O consumo desce para valores impensáveis e a economia esboroa-se, levando ao encerramento de inúmeras empresas.
A fome atinge milhares de pessoas. Os desempregados aumentam diariamente.
Mas os responsáveis pela situação em que nos encontramos (bancos, políticos, grandes grupos económicos) são poupados e premiados!

Só nos resta um caminho...a REVOLTA!
Temos que ter a coragem de dizer BASTA!

Diogo disse...

«Tudo o que se tem feito e dito apenas representa a visão ou estratégia de um grupo de patetas políticos»


Não. Não há aqui patetice nenhuma. Os «patetas» são na verdade competentes funcionários bancários.

Fernando Madrinha - Jornal Expresso de 1/9/2007:

[...] "Não obstante, os bancos continuarão a engordar escandalosamente porque, afinal, todo o país, pessoas e empresas, trabalham para eles. [...] os poderes do Estado cedem cada vez mais espaço a poderes ocultos ou, em qualquer caso, não sujeitos ao escrutínio eleitoral. E dizem-nos que o poder do dinheiro concentrado nas mãos de uns poucos é cada vez mais absoluto e opressor. A ponto de os próprios partidos políticos e os governos que deles emergem se tornarem suspeitos de agir, não em obediência ao interesse comum, mas a soldo de quem lhes paga as campanhas eleitorais." [...]

Anónimo disse...


Mas porquê ...?
Sou um jovem de 18 anos, acabar o ensino... O gover deve-me dinheiro dos fundos do POPH para ajudar os Cursos Profissionais, e
nunca vi a policia a confiscar o carro do Governo... Porquê?
Quero manifestar a minha indignação nas ruas, mas nao vou com receio de sofrer consequencias... Porquê?
O pessoal da Anonoymus,Tuga Leaks, Rise Up, etc. só querem o bem do nosso país, e são censurados... Porquê?
Toda a gente se queixa deste governo de merda, e não aderem à greve geral... Porquê?

ASÉRIO PESSOAL ESTA MERDA REVOLTA-ME TANTO, VAMOS ADERIR A UMA MANIF GERAL, TUDO NAS RUAS!!!!
FECHEM AS BOMBAS DE GASOLINA,SUPERMECADO,AUTO-ESTRADAS,CAFÉS TUDO E MAIS ALGUMA COISA...

ASSIM O GOVERNO VIA QUEM FAZ FALTA!!!!

ELES É QUE PRECISAM DE NÓS, NÃO NÓS DELES!!!

JotaB disse...

À beira do abismo

Temos um presidente da república desacreditado e um primeiro-ministro impreparado que nos conduzem, inevitavelmente, para o abismo...pelo que não podemos apelidar os ministros e secretários de estado de governantes.

Tal como o pai rejeitava que o filho fosse gay, pois nem a 4.ª classe tinha e, dada a falta de habilitações, era apenas paneleiro, também, pelo mesmo motivo, há que recusar designar tal gente por governantes.

JotaB disse...

Recado de Maria da Conceição Tavares (Economista, professora-titular da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) e professora-emérita da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) – Brasil) para os jovens economistas

O ministro das Finanças, Vítor Gaspar, teria com certeza muito a aprender e os portugueses a lucrar!

http://www.youtube.com/watch?v=FebPPRNtBAU

JotaB disse...

Eles não aprendem nada
Por Vítor Belanciano
"São pessoas crispadas, com as veias do pescoço dilatadas de gritar irados, à beira do desespero" (Miguel Manso)
Não levei com bastonadas, mas ao meu lado, pais com filhos suportaram-nas. Não caí quando corria, em fuga, pelas ruas fora, mas vi quem caísse e fosse agredido violentamente pela polícia.

Sim, minutos antes, também assisti ao arremesso de pedras por parte de manifestantes e repudiei-as, como tantos outros fizeram. E sim, também vi caixotes do lixo incendiados depois pelas ruas.
Não foi a minha primeira vez num contexto daqueles. Sei como é. É como é. A impotência dos manifestantes desemboca em provocação. E do lado da polícia aproveita-se o pretexto para manifestar a força, o poder, indiscriminadamente. Isso não vai mudar nunca. Ambos os lados são o espelho da mesma encenação.
À violência de quem protesta responde o poder com mais violência, numa demonstração de força que serve para se reafirmar. Fomos atacados, dizem, limitámo-nos a responder legitimamente. É a história mais antiga do mundo. O resto são muitas bastonadas.
É uma tentação, a subida de tom dos manifestantes. Só não percebe quem não quer. Como forma de protesto, é discutível a sua eficácia. À violência do poder baseado na força deve responder-se com não-violência vigilante. A história mostra que quando um colectivo supera o medo sem violência, tende a unir-se mais, e a impor a sua vontade. O poder não está nos bastões, nem nas pedras, está na cabeça. Mas isso é a minha cabeça que pensa.
Neste momento de crispação não me parece que existam muitos que pensem da mesma forma. Ontem percebi-o. E hoje compreendi, ao ouvir as reacções, que não se tiraram quaisquer ilações. Ontem custou-me ver amigos com a cara ensanguentada, mas se querem saber o que custa mais é hoje ouvir polícias, sindicatos e políticos repetirem, também eles, as mesmas frases de circunstância, sem nenhuma novidade, nenhuma dedução nova, um enorme vazio, entre a desvalorização a roçar o paternalismo e o repúdio sem nenhum pensamento estruturado por trás. Algo que nos faça pensar, finalmente, para além do folclore habitual.
Será que esta gente não percebe que a próxima vez vai ser pior? E a que virá a seguir a essa, pior será. Porque vai acontecer. É claro que vai acontecer. E das próximas vezes não serão apenas “profissionais do protesto”, como o paternalismo vigente os trata.
Da próxima vez não serão jovens com cartazes de frases “giras”. Da próxima vez não serão “profissionais do protesto”, tratados assim como se fossem a hierarquia da disseminação da violência.
Lamento informar, mas quem pensa assim, está enganado. Não são esses os mais tumultuosos. Os mais violentos, prestes a explodir, são os muitos homens e as mulheres à beira do desespero. Quando essas pessoas pegarem fogo às ruas não o vão fazer com os caixotes do lixo colocados, apesar de tudo, a meio da rua, para as chamas não chegarem aos prédios. Vai tudo a eito. Como faz a polícia.
Alguns deles estavam lá ao lado dos “profissionais do protesto”. Eu vi-os. Não têm a cara tapada, não senhor. São pessoas crispadas, com as veias do pescoço dilatadas de gritar irados, à beira do desespero, gritando como se fosse a primeira vez, e para alguns deles até é capaz de ser verdade. Deixemo-nos de histórias. Os diversos poderes adoram “profissionais do protesto”. Dá-lhes jeito. Mas ontem foi mais do que isso. E da próxima vez será pior.
Da próxima vez, se ninguém tirar ilações, esperemos que não seja tarde de mais.

http://www.publico.pt/Sociedade/eles-nao-aprendem-nada-1572610

Força Emergente disse...

Caro JotaB
Todos os comentários, excelentes, que aqui colocou merecem destaque.
No entanto deixe-nos realçar o do dia 15 ás 21.44.