quinta-feira, 26 de julho de 2012

Ecco l'uomo

Esta frase tem atravessado os tempos e encerra em si um forte conteúdo emocional pois anda ligada a acontecimentos marcantes da humanidade, tem um peso específico muito próprio e normalmente anuncia uma chegada que gera grandes expectativas.
Eis o homem ! 

Uma frase simples, mas que pode adquirir uma dimensão extravasante, tanto mais sentida quanto maior for a falência dos valores e a impunidade instalada.
É sempre o grande anuncio que se espera ouvir nas situações mais complexas que as sociedades enfrentam.
Os povos precisam de saber que dispõem de reservas humanas capazes de cumprirem as expectativas e responderem aos anseios das populações.
Quando for maior o declínio e a perda de credibilidade das Instituições, maior será o apelo e a espera por esse anuncio.
A interrogação é constante e espera-se sempre que o Homem venha a aparecer.
A sorte das Nações sempre dependeu da qualidade de quem as dirige.
Infelizmente o nosso País não teve sorte.
Parece que se juntou aqui a escumalha politica adormecida ao longo do tempo.
Perante o descalabro a que se chegou, espera-se que algo de novo, diferente e impactante venha a surgir.
Temos de ser capazes de vislumbrar soluções e encontrar gente capaz de assumir responsabilidades.

A transcêndencia de alguns torna-os mais visíveis sempre que a ética e os valores vão soçobrando perante a ganância  e a impunidade instalada e eles são capazes de se sobrepor e demonstrar a falácia do sistema e a indignidade dos seus principais mentores.
Com efeito, gente indigna e sem escrúpulos foi desenhando um sistema politico que serviu no essencial para arranjarem fortunas colossais e garantirem uma estrutura de estado e de empresas publicas á medida das necessidades familiares e politicas. 
Como corolário das suas façanhas instituíram a corrupção a todos os níveis, ao mesmo tempo que garantiram a impunidade judicial perante os crimes que foram cometendo.

Contra este estado de coisas alguns se foram levantando.
Medina Carreira falou alto e com bom som, sobre as indignidades cometidas por alguns políticos, assim como foi alertando para a criminosa gestão da coisa publica.
Tinha toda a razão. Foi pena não se ter candidatado à presidência da republica. Hoje temos lá um mono.
Mas o País provou que continua a gerar grandes homens.
Paulo Morais pelo que já fez, pelo que já disse e pelo que já escreveu, ganhou credibilidade, confiança e a estatura necessária para poder vir a responder aos anseios desta velha Nação.
Esperemos que brevemente alguém possa dizer;
ECCO L'UOMO !

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Branco, apenas de seu nome

Aos poucos, foi-se perdendo a expectativa e esperança que depositámos nalguns membros deste governo.
Não nos podemos esquecer que na altura  era essencial correr com a escumalha socialista liderada pelo gfp socrates e respetiva camarilha. 
Embora conscientes que tanto ps como psd não passam de simulações alternativas, a verdade é que estávamos e estamos condicionados nesta escolha.
Infelizmente e para escolhermos aquele que nos parece o mal menor, acabamos sempre por cair nesta armadilha preparada pelo actual sistema, a que ardilosamente chamam democrático.
Quem como nós se opõe e denuncia a perversidade do mesmo e clama pela urgência da sua substituição, vai sendo sistematicamente desacreditado pelos "homens" do sistema que depressa nos colocam os rótulos que acharem mais convenientes. 
Têm mesmo alguns intelectuais de serviço enquadrados em blogues quase insuspeitos. 
Acontece no entanto que somos sérios, ideologicamente descomprometidos, com um forte sentido de justiça social e fortemente determinados a contribuir para o derrube deste regime iníquo e vergonhoso, montado por esta escumalha política para seu benefício e em prejuízo do resto do País.
Tivemos contudo alguma esperança. 
Integravam o novo governo alguns nomes que se tinham destacado pela crítica contundente e esclarecida que ao longo do tempo foram fazendo à anterior desgovernação.
Com isso ganharam o nosso apoio e expectativa quanto à capacidade em tomarem medidas corretivas da situação económica em que nos encontrávamos, assim como avançarem para um novo patamar de responsabilização de quem assume compromissos com a gestão do País e o conduz criminosamente até à bancarrota.
O sentimento de revolta perante o descalabro socialista exigia outras respostas. No entanto nada de relevante aconteceu.
O País continua descontrolado e a ver que cada vez mais se desagregam as suas estruturas funcionais.
O governo de passos coelho falhou e desiludiu-nos.
O País está a perder o animo para se recompor.
Os exemplos de indignidades e desrespeito pelo erário público vão-se acumulando.
Um governo que protege um bandalho como relvas perde a credibilidade.
Um governo que contrata correlegionários e amigos e lhes estabelece condições que contrariam o normativo que estabeleceu para a função pública, desacredita-se.
Um governo que tem um ministro que não gostou de ouvir um bispo desbocado chamar-lhe corrupto, terá pelo menos de aceitar o qualificativo de indigno.
Aguiar Branco tem uma avença mensal de 12.100 Euros da Metro do Porto.
Vemos assim e mais uma vez comprovada a interligação entre a classe politica, os escritórios dos advogados do sistema e as empresas que vergonhosamente lhes estabelecem pagamentos e avenças que nada mais são que roubos ao erário público. 
Não é com ministros destes que Portugal irá recuperar a dignidade.

domingo, 22 de julho de 2012

Um funeral demasiado pequeno para um homem suficientemente grande

A dimensão de José Hermano Saraiva justificava outra "despedida".
Não contam sequer as suas qualificações politicas ou como historiador.
Olhamos apenas para o homem na sua vertente de COMUNICADOR e temos em conta o numero de anos em que se fez sentir a sua presença na televisão e nos mais diversos fóruns.
O seu jeito, a sua fluência  e a sua arte, impunham-se nos ecrans.
Sentia e fazia-nos sentir o País através de factos e histórias que muitas vezes nos surpreendiam.
Isso, acabou por gerar sentimentos que certamente para a grande maioria representaram motivos de satisfação e orgulho por verem enaltecidos factos e situações que muitos desconheciam da história dos seus locais  de origem.
O sentimento de pertença a uma comunidade foi fortemente influenciado pelas várias intervenções que foi fazendo ao longo do País.
Foi triste vermos tão pouca gente a acompanhar a sua última intervenção entre nós.
 
Na história da televisão houve até hoje três "vultos" que se impuseram e atravessam os tempos.
Vitorino Nemésio, que no seu estilo lheca-lheca primeiro nos fez rir e depois obrigou-nos a escutar, João Vilaret, que muitas vezes excedeu os limites da declamação com especial destaque para a Toada de Portalegre de José Régio e José Hermano Saraiva, com o domínio total da palavra, da imagem e da expressão.
Este homem fez programas para o POVO.
Mais uma vez o povo falhou.
Pobre País que nem sabe reconhecer quem lhe aconchega a alma.

quinta-feira, 19 de julho de 2012

A morrer devagar

Actividade económica em queda
O desemprego a subir
O consumo a diminuir
Empresas a encerrarem
Dividas à banca a subirem
Receitas de impostos a diminuírem
Famílias endividadas
Penhoras a crescerem
Estado social em risco
Sistema de saúde mais restritivo
Sistema de justiça inexistente
Incapacidade total de decisões políticas adequadas á situação e ao País
Busca desenfreada por multas, taxas, coimas, etc
Ausência total de ideias e medidas capazes de mobilizarem a sociedade
Classe politica comodamente instalada e convencida que o País não irá acordar
Degradação total da qualidade de vida
Um País a morrer devagar.

No entanto as exportações cresceram !!!
Que alegria meu deus,
nesta estranha terra de mentira,
como se um novo PIB nos nascera
ou a Troika daqui fugira.

Tudo o que se passa é quase surreal, anedótico, insuportável.
Muitas vezes temos a sensação que de facto a maioria deste povo ainda não percebeu que tem estado a ser "governado" por gente incapaz, sem formação nem experiência para as funções que vai desempenhar e a quem lhes é concedido o direito de poderem afundar um País e comprometer a vida a milhões de pessoas sem terem de assumir qualquer responsabilidade.
Este sistema que lhes permite isto tem que ser rapidamente desmantelado.

Esperávamos outro comportamento e outra capacidade de ação do actual governo após o descalabro produzido pela escumalha socialista a mando do gfp socrates.
Enganámo-nos, ou antes, fomos enganados.
Perante o legado que receberam continuamos sem ver ninguém indiciado para julgamento. 
Não é conhecido qualquer processo crime a ser instaurado contra esta gente.
Por parte do poder judicial sabemos que isso não era expectável com pinto monteiro ou cândida almeida ainda nos lugares que estratégicamente lhes foram oferecidos pela escumalha socialista.
No entanto não vemos nem ouvimos ninguém da classe politica instalada a pugnar para a responsabilização criminal daquela gente. E hoje sabe-se e conhecem-se situações de autêntica "Lesa pátria".
José Gomes Ferreira foi claro e preciso na análise que fez à forma insidiosa como foram escalonados os contratos das PPP assinados durante os criminosos governos socialistas.
Acedam a esta reportagem e avaliem bem o que nos é transmitido;
http://videos.sapo.pt/rQlncGNtGLZQzizuMgu1

Depois de ouvir isto não lhe apetece "limpar" esta merda toda !
Temos estado a ser enxovalhados na nossa dignidade intelectual, pois certamente quem por aqui passa percebe e entende até que ponto chegaram estes execráveis agentes da politica nefasta que apenas serviu para lhes encher os bolsos,  enquanto ignoraram o resto do País.
Enquanto membros de uma sociedade dominada por gente sem escrúpulos e que não merece qualquer contemplação da nossa parte, apenas nos apetece dizer;
REVOLTEM-SE, PORRA !!!

Adenda - Algo de preocupante se vai passando na NET. O envio deste artigo para a nossa lista de contatos, foi bloqueado com a indicação de INJÚRIA !!
Já não estranhamos que o site da associação Transparência e Integridade, do Paulo Morais, tenha estado bloqueado e com aviso de perigo de destruição de conteúdos.
É tempo de acordarmos.

terça-feira, 17 de julho de 2012

Estado a que chegou a Nação

Excelente artigo de Jacques Amaury, sociólogo e filósofo francês, acerca de Portugal e que merece ser revisto.
Poderiamos sublinhar e por em letra grande, muito do que está aqui escrito.

"Portugal atravessa um dos momentos mais difíceis da sua história que terá que resolver com urgência, sob o perigo de deflagrar crescentes tensões e consequentes convulsões sociais.
Importa em primeiro lugar averiguar as causas.
Devem-se sobretudo à má aplicação dos dinheiros emprestados pela CE para o esforço de adesão e adaptação às exigências da união.
Foi o país onde mais a CE investiu "per capita" e o que menos proveito retirou.
Não se actualizou, não melhorou as classes laborais, regrediu na qualidade da educação, vendeu ou privatizou mesmo actividades primordiais e património que poderiam hoje ser um sustentáculo.

Os dinheiros foram encaminhados para auto-estradas, estádios de futebol, constituição de centenas de instituições público-privadas, fundações e institutos, de duvidosa utilidade, auxílios financeiros a empresas que os reverteram em seu exclusivo benefício, pagamento a agricultores para deixarem os campos e aos pescadores para venderem as embarcações, apoios estrategicamente endereçados a elementos ou a próximos deles, nos principais partidos, elevados vencimentos nas classes superiores da administração pública, o tácito desinteresse da Justiça, frente à corrupção galopante e um desinteresse quase total das Finanças no que respeita à cobrança na riqueza, na Banca, na especulação, nos grandes negócios, desenvolvendo, em contrário, uma atenção especialmente persecutória junto dos pequenos comerciantes e população mais pobre.

A política lusa é um campo escorregadio onde os mais hábeis e corajosos penetram, já que os partidos cada vez mais desacreditados, funcionam essencialmente como agências de emprego que admitem os mais corruptos e incapazes, permitindo que com as alterações governativas permaneçam, transformando-se num enorme peso bruto e parasitário. Assim, a monstruosa Função Publica, ao lado da classe dos professores, assessoradas por sindicatos aguerridos, de umas Forças Armadas dispendiosas e caducas, tornaram-se não uma solução, mas um factor de peso nos problemas do país.

Não existe partido de centro já que as diferenças são apenas de retórica, entre o PS (Partido Socialista) e o PSD (Partido Social Democrata), de direita, agora mais conservador ainda, com a inclusão de um novo líder, que tem um suporte estratégico no PR e no tecido empresarial abastado. Mais à direita, o CDS (Partido Popular), com uma actividade assinalável, mas com telhados de vidro e linguagem publica, diametralmente oposta ao que os seus princípios recomendam e praticarão na primeira oportunidade. À esquerda, o BE (Bloco de Esquerda), com tantos adeptos como o anterior, mas igualmente com uma linguagem difícil de se encaixar nas recomendações ao Governo, que manifesta um horror atávico à esquerda, tal como a população em geral, laboriosamente formatada para o mesmo receio. Mais à esquerda, o PC (Partido comunista) menosprezado pela comunicação social, que o coloca sempre como um perigo latente e uma extensão inspirada na União Soviética, oportunamente extinta, e portanto longe das realidades actuais.

Assim, não se encontrando forças capazes de alterar o status, parece que a democracia pré-fabricada não encontra novos instrumentos.
Contudo, na génese deste beco sem aparente saída, está a impreparação, ou melhor, a ignorância de uma população deixada ao abandono, nesse fulcral e determinante aspecto. Mal preparada nos bancos das escolas, no secundário e nas faculdades, não tem capacidade de decisão, a não ser a que lhe é oferecida pelos órgãos de Comunicação. Ora e aqui está o grande problema deste pequeno país; as TVs as Rádios e os Jornais, são na sua totalidade, pertença de privados ligados à alta finança, à industria e comercio, à banca e com infiltrações accionistas de vários países.
Ora, é bem de ver que com este caldo, não se pode cozinhar uma alimentação saudável, mas apenas os pratos que o "chefe" recomenda. Daí a estagnação que tem sido cómoda para a crescente distância entre ricos e pobres.

A RTP, a estação que agora engloba a Rádio e TV oficiais, está dominada por elementos dos dois partidos principais, com notório assento dos sociais-democratas, especialistas em silenciar posições esclarecedoras e calar quem levanta o mínimo problema ou dúvida. A selecção dos gestores, dos directores e dos principais jornalistas é feita exclusivamente por via partidária. Os jovens jornalistas, são condicionados pelos problemas já descritos e ainda pelos contratos a prazo determinantes para o posto de trabalho enquanto, o afastamento dos jornalistas seniores, a quem é mais difícil formatar o processo a pôr em prática, está a chegar ao fim. A deserção destes, foi notória.
Não há um único meio ao alcance das pessoas mais esclarecidas e por isso, "non gratas" pelo establishment, onde possam dar luz a novas ideias e à realidade do seu país, envolto no conveniente manto diáfano que apenas deixa ver os vendedores de ideias já feitas e as cenas recomendáveis para a manutenção da sensação de liberdade e da prática da apregoada democracia.
Só uma comunicação não vendida e alienante, pode ajudar a população, a fugir da banca, o cancro endémico de que padece, a exigir uma justiça mais célere e justa, umas finanças atentas e cumpridoras, enfim, a ganhar consciência e lucidez sobre os seus desígnios".

Depois de ler isto, sente que aumentou a sua determinação em combater esta escumalha que assaltou o País ?  Não se esqueça que os únicos "salvadores da pátria" teremos de ser nós.

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Lamentável. O povo não comparece.

Estava agendada para hoje uma manifestação frente á Assembleia da Republica.
Os promotores tinham, segundo informaram, a confirmação da presença de pelo menos 3.000 pessoas.
Há hora marcada estavam cerca de 100 a que se juntaram posteriormente mais algumas centenas.
O motivo não era apenas o caso relvas, mas sim toda a falta de ética e rigor que se instalou neste País e que as situações protagonizadas por ele tão bem espelham.
O que está em causa é este tipo de sociedade em que uma classe de previligeados pensa que pode continuar a dispor das estruturas do País sem respeitar as mínimas exigências de responsabilidade e transparência exigível a quem assume funções de estado.
Os promotores desta iniciativa sentiram certamente o mesmo que nós também já experimentamos noutras ocasiões.
A pergunta é sempre a mesma. Valerá a pena ?
O sistema, agora com o contributo de Mário Crespo, não perdeu tempo a explorar a situação.
Foi penoso ter que ouvir na SIC noticias os comentários de um estropicio politico que no caso dá pelo nome de arnaut. Toda esta gente apenas merece que se escreva o nome em letra pequena.
Esta corja pensa que está a falar para deficientes mentais.
Relvas não tem defesa. Não é só o curso. É toda a sua vida, pois vive arrastado em vigarices que vêm do tempo em que tinha várias residências para obter subsídios enquanto deputado.
É um homenzinho sem vergonha, que mente descaradamente e que sempre viveu de expedientes e habilidades que o sistema lhe foi permitindo.
Nunca deveria ter sido nomeado para um cargo de responsabilidade.
Ao mantê-lo no cargo, passos coelho comprometeu a réstia final de credibilidade que teimosamente ainda queríamos atribuir-lhe.
Hoje o País está mais próximo de relvas e vai-se afastando daqueles que teimosamente lutam na defesa de princípios e valores.

Adenda
Reflexo de falta de vergonha e sinal de ostentação típica de gente sub-desenvolvida, foi a chegada a Beja da comitiva de passos coelho em Mercedes e BMWs reluzentes e de último modelo.
Na estrada o povo manso mas desesperado e faminto lá estava a chamar-lhe gatuno.
Este é o País desequilibrado que esta classe politica "construiu" ao longo de 40 anos.
Agora a herança é pesada e ofensiva da dignidade humana. Enquanto nos deixarmos embalar pelas falsas promessas que vão sendo feitas, os relvas deste País vão continuar a dormir descansados.

terça-feira, 10 de julho de 2012

Onde estão os políticos sérios ?

Perante o descalabro geral a que fomos chegando e na ausência de decisões políticas que possam configurar um projeto de alteração e correção do sistema instalado, somos postos perante uma realidade que nos leva a pressupor que de facto não existem políticos sérios nesta geração.
Não é muito difícil chegar a esta conclusão, pois mesmo que haja alguns um pouco mais sérios que os outros, são certamente cobardes, incapazes, ou acomodados.
Não há meio termo nem são precisas meias-palavras.
Se de facto houvesse gente séria na área do poder, há muito que o sistema de justiça e o ordenamento jurídico teriam sido corrigidos, a acção politica estaria a ser responsabilizada, o ensino não permitiria aberrações doutorais configuradas num relvas,  num vara, ou num socrates, as Universidades não teriam á sua frente homens com a pequenez de um manuel damásio e as prisões albergariam certamente uma boa parte desta gente.
Mas não, não vemos ninguém a assumir a rutura necessária e imprescindivel para se caminhar para um novo modelo de País do qual nos pudéssemos orgulhar e no qual sentíssemos prazer em viver.
Esta tal gente séria não se sabe onde é que está ou quem é que são. Dos que passaram por esta republica lembramo-nos apenas de Ramalho Eanes. Esse fez e assumiu a diferença.
Quando por vezes ouvimos dizer que muita da gente que está na politica é séria, gostaríamos bastante de os poder identificar, saber o que é que pensam fazer para ajudar a alterar o sistema ou quando é que tomam uma posição publica frontal e disponível para combater este imbróglio de trapaceiros que estão instalados nas estruturas do poder. 
Não nos esqueçamos que tão criminoso é o que rouba como aquele que fica à porta a ver.
O que mais nos espanta nisto tudo é que vemos e ouvimos cada vez mais criticas ao sistema instalado e aos seus principais responsáveis, criticas essas na maioria dos casos bem documentadas e bem elucidativas de factos gravosos e que nos atingem a todos, mas parece que ninguém se sente ou incomoda.
Será que estamos à espera que os tais políticos sérios se revelem?
Gostávamos de saber o que é os cidadãos deste País pensam do facto de na maioria dos Países com os quais nos relacionamos, de vez em quando, surgirem noticias de ministros, presidentes, autarcas a serem julgados e muitas vezes condenados por corrupção, abuso de poder, gestão danosa, etc.
Aqui, com o País na Bancarrota, graves desfalques na Banca, gestão ruinosa de dinheiros públicos, impunidade criminal dos governantes, iniquidade social alarmante, aquilo que vemos são alguns dos principais responsáveis pela situação a que chegámos estarem a viver confortavelmente ou até principescamente em Paris, no Dubai ou em Cabo Verde.
Alguns destes bandalhos são autênticos criminosos que nos arrastaram para uma vida de dificuldades e comprometeram fortemente o futuro das novas gerações.
Será que não seremos capazes de vir a fazer justiça ?
Nem que seja pelas próprias mãos.

sábado, 7 de julho de 2012

Quase nada se aproveita

40 anos depois, podemos legitimamente interrogar-nos sobre a essência do regime político construído por esta gentalha que ao longo do tempo se foi agrupando em organizações criminosas vulgarmente conhecidas por partidos políticos.
Não se confunda DEMOCRACIA, com aquilo que se passa em Portugal.
Não se iludam como o socialismo que por aqui é apregoado.
Não acreditem que existe um Estado de Justiça.
Aquilo que existe é de facto um "estado de direito", feito à medida da escumalha que se auto proclama de democrática.
Acreditem que algumas Universidades e os seus pseudo reitores ou professores, são a continuação e a sobrevivência do Estado Incompetente e sucessivamente alimentado pelos relvas, sócrates, varas, loureiros. seguros, coelhos e tantos outros.
Somos o esgoto politico da Europa.
Somos incapazes de definir politicas que conduzam á recuperação do País.
Tudo é avulso e experimental.
Tenta-se a austeridade, ignorando-se as consequências que levam a que se falhem as metas e os objetivos.
Tudo é conluio e tudo é suspeito.
Quando o governo chegou a uma encruzilhada da qual já não saíria sem recurso a mais austeridade para poder cumprir o deficit, eis que uma decisão "oportuna" do Tribunal constitucional lhe abre as portas para poder anunciar novas medidas que a curto e médio prazo nada mais farão que agravar as já difíceis condições de funcionamento da nossa economia.
Estranha interpretação dos direitos constitucionais. 
Como é que é possível que as mesmas medidas não sejam válidas em 2013 mas sejam aceites em 2012 ?
Então este ano não há problema que haja desigualdades ?
Está previsto na constituição alguma coisa que refira esses direitos para anos pares ou ímpares ?
Ou será que se o orçamento de estado o entender estes direitos cessam ?
Isto é brincar com os direitos constitucionais. Vale mais dizerem que aquilo não é para ser levado a sério!
Não foi por acaso que os juízes que assim decidiram, tenham sido propostos pela escumalha politica que há quase 40 anos vem usufruindo do regime que foram desenhando de acordo com os interesses dos grupos a que estão interligados.
Isto não é nenhuma Democracia.
Estamos de facto num lugar mal frequentado em que bandos sucessivos de gente incompetente e manhosa se tem vindo a aproveitar da placidez de um povo amorfo, inculto, subsidiado e órfão de políticos sérios .
A culpa deste estado de coisas é nossa, pois de há muito que nos devíamos de ter levantado e corrido com esta miserável gente que nos conduziu até ás portas da bancarrota e se mostra incapaz de tomar as decisões necessárias para permitir a recuperação do País.
Tal como já dissemos algumas vezes não colocamos no mesmo prato da balança os governos de sócrates e de passos coelho.
Têm contudo e de facto uma caracteristica comum. A incompetência.
No entanto a qualidade humana, e alguma seriedade visível distinguem claramente alguns destes intervenientes.
A bandalhos como sócrates, vara, pereira, santos, os actuais  contrapuseram o relvas. É certo que este vale bem por dois do outro.
O insidioso disto é que o primeiro ministro revelou até agora uma imperdoável incapacidade em ter resolvido este grave problema que afeta claramente a sua credidibilidade.
É urgente encontrar outras soluções.

quarta-feira, 4 de julho de 2012

É urgente divulgar

O inexplicável é sermos surpreendidos por exemplos como este que aqui divulgamos.
Não é por acaso que a nossa comunicação social os ignora.
Este homem poderá certamente ser considerado um socialista ou um humanista e é de certeza um homem de bem.
Comparem depois com os nossos "socialistas" mário, ou almeida, ou vara, ou campos, ou socrates, ou qualquer outro dessa mesma escumalha politica.

Pepe Mujica, presidente da republica do Uruguai
Como prometido antes da eleição, José Pepe Mujica ainda mora na sua pequena fazenda em Rincon del Cerro, nos arredores de Montevidéu. A moradia não poderia deixar de ser modesta, já que o dirigente acaba de ser apontado como o presidente mais pobre do mundo.
Pepe recebe 12.500 dólares mensais por seu trabalho à frente do país, mas doa 90% de seu salário, ou seja, vive com 1.250 dólares ou 2.538 reais ou ainda 25.824 pesos uruguaios. O restante do dinheiro é distribuído entre pequenas empresas e ONGs que trabalham com habitação.
"Este dinheiro me basta, e tem que bastar porque há outros uruguaios que vivem com menos", diz o presidente.

Aos 77 anos, Mujica vive de forma simples, usando as mesmas roupas e desfrutando a companhia dos mesmos amigos de antes de chegar ao poder.
Além de sua casa, seu único patrimônio é um velho Volkswagen cor celeste avaliado em pouco mais de mil dólares. Como transporte oficial, usa apenas um Chevrolet Corsa. Sua esposa, a senadora Lucía Topolansky também doa a maior parte de seus rendimentos.
Sem contas bancárias ou dívidas, Mujica disse ao jornal El Mundo, de Espanha, que espera concluir seu mandato para descansar sossegado em Rincon del Cerro.

Mujica disponibilizou a residência oficial para abrigar moradores de rua
O presidente do Uruguai, José Mujica, ofereceu nesta quinta-feira (31 de maio) sua residência oficial para abrigar moradores de rua durante o próximo inverno caso faltem vagas em abrigos oficiais do governo.
Ele pediu que fosse feito um relatório listando os edifícios públicos disponíveis para serem utilizados pelos desabrigados e, após os resultados, avaliará se há a necessidade da concessão da sede da Presidência. De acordo com a revista semanal Búsqueda, Mujica disponibilizou ainda o palácio de Suarez y Reyes, prédio inabitado onde ocorrem apenas reuniões de governo.
No último dia 24 de maio, uma moradora de rua e seu filho foram instalados na residência presidencial por sugestão de Mujica ao Ministério de Desenvolvimento Social. Logo após o convite, contudo, encontraram outro local para se alojar.
O presidente não mora na sua residência oficial, pois escolheu continuar a viver no sitio one já vivia, localizado em uma área de classe média nas redondezas de Montevidéu. Nem mesmo seu antecessor, o ex-presidente Tabaré Vázquez (2005-2010), ocupou o palácio durante seu mandato. Ambos representam os dois primeiros governos marcadamente progressistas da história do Uruguai.
No inverno do ano passado, pelo menos cinco moradores de rua morreram por hipotermia. O fato causou uma crise no governo e acarretou na destituição da ministra de Desenvolvimento Social, Ana Vignoli.

Moradias populares
Em julho de 2011, Mujica assinou a venda da residência presidencial de veraneio, localizada em Punta del Este, principal balneário turístico do país, para o banco estatal República. A operação rendeu ao governo 2,7 milhões dólares e abrirá espaço para escritórios e um espaço cultural.
A venda dessa residência estava nos planos de Mujica desde que assumiu a Presidência em março de 2010. Com os fundos amealhados, será incrementado o orçamento do Plano Juntos de Moradias. Também está previsto o financiamento de uma escola agrária na região, onde jovens com fracos recursos poderão ter acesso a cursos técnicos.

Depois de irmos conhecendo gente deste calibre que quer no Uruguai ou na Islândia vão dando lições de honestidade e respeito pelo interesse publico, o que é que lhe apetece fazer a esta escumalha que por aqui prolifera ?