quarta-feira, 21 de julho de 2010

Economia de Merceeiro

Não há volta a dar a este desgoverno socrático, a estes políticos incompetentes...!

Portugal em apenas 5 anos ficou transformado num país verdadeiramente periférico, mais longe do centro da Europa que alguns países recém-chegados do Leste europeu. Construímos boas infra-estruturas, empresas modernas e criámos mais e melhor emprego, com a adesão à União Europeia.

Depois aderimos à moeda única, embalados por opinion-makers do tipo Marcelo Rebelo de Sousa. Um ano depois os produtos estavam mais caros. Quatro anos decorridos já muitos produtos tinham aumentado para o dobro. Agora com este governo, os salários baixam, contrariando as mais elementares regras económicas da inflação. Os despedimentos são encobertos pela inação do governo, que em alguns casos até os promove. A lei do trabalho vai permitir brevemente despedir com a simples palavra: crise...

Nos anos 70 tínhamos um Portugal Rural. Programas a preto e branco como o famoso TV Rural, ajudavam os pobres agricultores a produzirem mais e melhor. Éramos um país pobre, quase miserável. Mas sobrevivíamos com honra e dignidade. Agora o Governo retira às pessoas aquilo que lhes pertence. Empobrece-as, penhora-as, multa-as, retira-lhes regalias sociais, dispõe delas como células da sua lucrativa máquina de cobranças estatal.

Deixámos de ser pessoas, portugueses, seres humanos. Para estes políticos somos números, milhões de euros em impostos, milhões de euros em coimas, milhões de estúpidos a sermos violados e violentados por um punhado de homens engravatados, pagos a peso de ouro por cada um de nós, e que decidem os nossos cada vez mais tristes destinos.

E tudo porque Teixeira dos Santos é cego, Sócrates surdo, e o povo mudo. Primeiros-ministros ditatoriais, ministros da economia e das finanças lacaios dos seus partidos e lobbies, e um povo de gente simples que nada percebe, é um bom resumo da história política recente de Portugal...

Esta economia de merceeiro é a morte do tecido empresarial que é a base de qualquer economia. Mas depois de 5 anos a dar tiros aos portugueses, este governo está mais desgovernado que nunca. Os erros de Sócrates e Teixeira dos Santos fazem aumentar os votos do PSD e os erros e imbecilidades de Passos Coelho fazem os portugueses começarem a ver a verdade: que 100 anos depois de sermos "desgovernados" por políticos, o roubo instituído, a corrupção organizada, as máfias, o lobbismo, os interesses com os privados, o ataque aos bens duradouros das famílias, tornaram este país num campo de batalha diário onde a sobrevivência é o pão nosso de cada dia.

Venha Deus, se ainda se lembra desta terra, e limpe de vez estes porcos e labregos, estes ladrões e incompetentes, estes mentirosos e corruptos, estes grandessíssimos mafiosos que só sabem tirar o pouco que aqueles que já nada têm ainda tentam conseguir...

posto por Pedro Duarte

5 comentários:

Diogo disse...

«E tudo porque Teixeira dos Santos é cego e Sócrates surdo».

Não! Eles são apenas funcionários bancários. Todas as suas acções são dirigidas no sentido de entregar à Banca toda a riqueza do país.

Quanto ao povo, pode continuar mudo desde que aja determinadamente e sem contemplações contra os grandes ladrões.

JotaB disse...

Portugal malbaratou os dinheiros comunitários que deveriam ter servido para criar as infra-estruturas necessárias ao desenvolvimento.
Apenas uma vertente foi levada à prática, até de uma maneira excessiva, a das vias de comunicação.
A educação e formação foram e são descuradas, sendo incentivado o facilitismo e mesmo o Chico-espertirmo.
A actividade produtiva (agricultura, pescas e indústria) foi desprezada, nalguns casos, criminosamente destruída.
O grande comércio que nada produz, proliferou, destruindo o pequeno comércio e lançando no desemprego milhares de portugueses.
Os sucessivos governos foram criando um bando de subsídio-dependentes e de homens de mão, dispostos a tudo para conservarem os seus lugares na manjedoura do orçamento.
Temos assistido a tudo isto sem uma manifestação firme de revolta, expressando, aqui e ali um leve esgar ou, tão só, um encolher de ombros.
Somos assim e os políticos sem escrúpulos sabem-no. Sabem que “cão que ladra não morde”.
É pena não termos aprendido a morder…

JotaB disse...

Artigo semanal de Henrique Neto, publicado no semanário Jornal de Leiria:

Crónicas sobre o futuro
O Estado da Nação

Os portugueses sabem
que o Estado da Nação
é deplorável. Todavia,
a semana passada José
Sócrates pintou na
Assembleia da República, com
alguma mestria reconheça-se, um
auto retrato cor-de-rosa da governação
e do Pais. Não há nada a
fazer, o homem é incorrigível, ainda
que nas actuais circunstâncias
não fosse pedir demais que ele
fizesse uma análise mais rigorosa
da realidade e, principalmente,
demonstrasse possuir uma estratégia
clara quanto ao futuro. Infelizmente,
José Sócrates acredita
estar a governar bem e, assim sendo,
defende o erro e não a solução.
Também na semana passada
falei dos erros cometidos no caso
da Vivo. Esta semana, depois das
reuniões entre a PT e a Telefónica,
os erros que apontei tornaram-
-se bastante mais visíveis e fáceis
de compreender. Entretanto, o
ministro Pedro Silva Pereira informou
que o Governo mantinha a
sua oposição ao negócio, mas
acrescentou: “se a Telefónica não
alterar a sua oferta”. Em que ficamos,
é uma questão estratégica,
logo inegociável por definição, ou
é uma questão de condições? Por
outro lado, a administração da
empresa parece pretender a colaboração
da Telefónica para manter
uma posição no mercado brasileiro
no caso da venda da Vivo,
o que é obviamente um desejo lírico,
que poderá conduzir a uma
posição minoritária e aumentar a
dependência da empresa relativamente
a terceiros, o que seria a
pior solução. Também, ao pedir o
adiamento das negociações, o que
foi recusado pela Telefónica, a PT
piorou a sua posição negocial e
tornou-se mais vulnerável, em
particular se pensarmos na possibilidade
de uma OPA, já referida
duas vezes por Ricardo Salgado.
Parece, assim, ser cada vez
mais claro, conforme escrevi, que
só há duas posições correctas neste
imbróglio: comprar e ficar com
o controlo da Vivo, com ou sem
sócios, ou vender sem comprometer
a independência da PT como
centro de decisão nacional. Como
a administração da empresa andou
a dormir todos estes anos, vender
será a posição mais correcta para
manter a independência e o crescimento
autónomo da empresa.
Falando ainda de erros, parece
já certo que o novo líder do
PSD, Passos Coelho, não acrescentará
grande coisa à difícil situação
da economia e da politica nacionais.

(continua...)

JotaB disse...

(conclusão...)

A ideia de lançar uma nova
revisão constitucional, com a possibilidade
do Presidente da República
poder demitir o governo sem
a intervenção do Parlamento, não
lembra ao Diabo, nomeadamente
quando o Pais mais precisa de soluções
úteis e praticáveis. E não cumprindo
a proposta do PSD nenhuma
destas duas condições, nada
justifica a opção feita, até por ser
elementar reconhecer que a ideia
da demissão do Governo não terá,
felizmente, qualquer possibilidade
de ser aprovada. Perda de tempo,
ou apenas a evidência de que Passos
Coelho é mais um acto falhado
da politica nacional ?
No debate sobre o Estado da
Nação na Assembleia da República,
a única intervenção com alguma
coerência foi a de Paulo Portas,
em particular por ter recordado
aos deputados o beco sem saída
em que viverá a politica portuguesa
até quase ao final do ano
que vem, sem poder mudar de
governo. Com a nota inteligente,
ainda que notoriamente inútil, de
indicar poder o PS escolher um
novo líder para encabeçar uma coligação
destinada a atacar, com algum
sentido estratégico, os graves problemas
do Pais. Sugestão inútil disse,
porque inúteis são os deputados
que o PS elegeu e que deixarão
arruinar a economia e a sociedade
portuguesas antes de fazer
seja o que for. Contentes como sempre,
por definição e por vocação.
Finalmente, continuaram durante
a semana do debate do Estado da
Nação as trapalhadas governamentais.
O desgovernado ministro
das Obras Públicas defendeu as portagens
nas Scuts, com a mesma convicção
com que antes as condenara
e justificou a razão porque todas
as Scuts pagariam portagem, para
logo a seguir dizer que afinal não
seriam todas. São inequívocos os
sinais de que, com a nova ministra,
o facilitismo continua no Ministério
da Educação. O ministro da
Economia continua a dizer coisas
sem nexo. Alguns deputados dizem
apenas coisas. Está aberto o caminho
para que daqui a um ano entremos
em campanha eleitoral e se isso
acontecer o debate entre os dois
maiores partidos portugueses deverá
rondar à volta de uma frase de
grande efeito : o meu candidato a
primeiro ministro é menos mau do
que o teu. Assim vai Portugal. _

HENRIQUE NETO
empresário
netohenrique8@gmail.com

JotaB disse...

É de mais

http://jn.sapo.pt/Opiniao/default.aspx?content_id=1622852&opiniao=Paulo%20Morais