quinta-feira, 10 de maio de 2012

Tempo de pousio

A inércia das elites "contestatárias" do sistema politico instalado está a causar-nos "nervos" e alguma frustração.
Muitos utilizam a net para fazer passar mensagens sobre a iniquidade das politicas seguidas, isto, caso se entenda que podemos chamar "politicas" a tantas decisões contrárias ao interesse público.
Já o afirmámos por diversas vezes que estamos a assistir ao total descalabro para que se encaminha o nosso País. É verdade que agora não nos move um sentimento tão forte de revolta como o que se verificava nos tempos da camarilha sócrates e dos seus adjuntos.
Certo que até entendemos que tendo o País sido levado ao extremo do endividamento, que são precisas medidas de contenção que implicam restrições e afetam a generalidade da população.
Entendemos tudo isso.  
No entanto, a nossa inércia durante os anos de total irresponsabilidade da escumalha socialista no governo e de que se aproveitaram muitos outros atores políticos de diversas bancadas, distribui e responsabiliza todo o sistema politico desde o presidente da republica a um qualquer vereador ou presidente de uma qualquer junta perdida no interior do País.
Podemos no entanto retroceder um pouco mais e encontrar responsáveis pela situação a que chegámos em quase todos os outros partidos.
Os coveiros deste País têm nomes e rostos e ainda continuam à solta. Todos sabemos quem são, o que fizeram e o que permitiram que fosse feito. 
No entanto, todos os que sabemos isso, continuamos a nada fazer de concreto, de eficaz, de assertivo.
A politica continua a ter uma grosseira margem de irresponsabilidade para a qual já não existe justificação para não ser contestada, mesmo que de forma violenta. 
A recente reportagem da TVI sobre os projetos de construção de novas barragens é verdadeiramente aterrador sobre os mais diversos aspetos ambientais e económicos e revelador da continuação de uma politica de favorecimento de determinados grupos ligados ao chamado setor do betão.
Este País precisava de mais jornalistas do calibre de Carlos Enes. As reportagens que ao longo do tempo tem vindo a produzir e apresentar, são de verdadeiro interesse público. Para ele vai o nosso aplauso e o nosso agradecimento.
É que este tipo de projetos já não são admissíveis de serem sustentados pelo actual governo.
Se no entanto avançar, será a demonstração final do conluio existente entre a classe politica instalada e mais uma demonstração de irresponsabilidade que irá recair sobre todos nós. 
Para alguma coisa se modificar, seria urgente e necessário que se passá-se das palavras aos atos.
É no entanto aqui que reside o imbróglio de indefinições que há demasiado tempo se fazem sentir.
Pela nossa parte confessamos a impotência que sentimos em poder avançar para diferentes níveis de contestação à classe politica instalada.
Aquilo de que vamos tendo conhecimento é bem ilustrativo do certificado de impotentes e "anjinhos" que desde há muito nos está atribuido.
Poderiamos mesmo acrescentar que tudo aquilo de que fomos tendo conhecimento é suficientemente grave e justificava já termos "perdido a cabeça" com esta gente. Mas não.
Falta-nos atitude e coragem. Falta-nos sangue nas veias. Temos sido capachos de gente ignóbil e nem o pó somos capazes de sacudir.
Continuaremos no entanto por aqui, a escrever cada vez menos e a aguardar pelo despertar deste povo.
A direção

5 comentários:

Diogo disse...

Noto uma atitude derrotista neste post.

«Falta-nos atitude e coragem. Falta-nos sangue nas veias. Temos sido capachos de gente ignóbil e nem o pó somos capazes de sacudir.»


Comparo este país (e os outros) a um bairro de uma grande cidade americana dominado por uma máfia. Essa máfia tem os políticos no bolso, tem a polícia no bolso, tem os juízes no bolso, tem os Media no bolso e extorsiona os moradores e os lojistas graças à ameaça, à violência e à chantagem.

Também neste rectângulo, existe uma máfia financeira que tem os políticos, os legisladores, os juízes nos lugares chave e os Media no bolso, e graças a este aparelho «blindado» rouba um país inteiro, atirando com milhões para a miséria, a fome e a morte. Estes banqueiros, políticos, legisladores, juízes e comentadores são homicidas no verdadeiro sentido da palavra.

Falta-nos atitude e coragem para nos revoltarmos? Muitas vezes basta que alguém dê o primeiro passo para fazer despoletar a avalanche.

Que tal se um grupo de cidadãos se quotizasse para convencer um executor a dar esses primeiros passos? Um conhecido comentador (manifestamente venal) que é esfaqueado mortalmente durante um assalto? Um político (declaradamente corrupto) que morre num estranho acidente de viação? Um banqueiro que se suicida sem motivo aparente?

Eles não são assim tantos… E nós somos dez milhões...

JotaB disse...

Baixar os braços está fora de questão, tenho a certeza. Digo-o por conhecer a fibra de que são feitos os HOMENS da Força Emergente.
Compreendo o desânimo. Quem não o sente?!

Há que encontrar o momento certo, as pessoas certas, para pôr fim a este roubo efectuado aos cidadãos e que tem sido perpetrado por uma classe de políticos que em nada se diferenciam de um bando de vulgares gatunos.
Precisamos de alguém conhecido e respeitado pelos Portugueses que se disponibilize a vir para a rua e dizer bem alto BASTA! Os Portugueses, tenho a certeza, surgirão de todo o lado e cerrarão fileiras contra os opressores.

Se esse cidadão não aparecer tão cedo, descubramos um “BUÍÇA”

Anónimo disse...

A passividade e a mansidão,não são "naturais".
Trata-se de um negócio.
Os coronéis de Abril compraram a paz social.
Ao longo destes anos foram distribuídos milhões aos grupos que poderíam pôr em causa a paz social.
Habitação,energia,água,etc,tudo gratuito.Até os transportes para a escola,a alimentação das crianças,etc.
O RSI Guterresco foi outro instrumento de manietação das franjas mais pobres,próximas da marginalidade ou da insatisfação e revolta.O lúmpen que nada teria a perder,massa crítica para qualquer revolta,passou a ter que acautelar a árvore das patacas.
Agora que tudo isso é posto em causa,mas não a 100%,não são tolos,saberemos se o sangue aquece ou não.
Outro dos instrumentos que desmotiva a revolta contra a ladroagem,é o discurso,a narrativa constante na comunicação social.
As pessoas acreditam que não há nada a fazer,uma vez que isto é uma democracia.A via única é encarneirar e votar nos partidos.

O caso vai ser se a economia estourar mesmo.Se falharem os pagamentos a funcionários públicos e pensionistas.
Aí é que podem fugir para bem longe.
Óbviamente que é isto que os comunistas do PC e do BE procuram há muito,ao estimular os disparates e vigarices dos socialistas.
Nesse caldo de descontentamento,podem finalmente encontrar condições para o assalto ao poder.
Nós,como povo somos muito primitivos,assim a dar para os lados do alarve.
Se houver convulsões,será imprevisível o sentido que seguirá esta população irracional e manipulável.

Diogo disse...

O Força Emergente não tem nada a dizer? Deixou de acreditar?

Façamos uma base de dados de todos os indivíduos que estão metidos no Poder Financeiro, Económico, de Governação e de Propaganda.

Os criminosos e assassinos são poucas centenas e nós somos dez milhões.

Mais de 20% está desempregada ou «na merda». Quase 80% estão no limiar da pobreza. Vamos ficar de mãos atadas?

Força Emergente disse...

Caro Diogo
Ainda não desistimos. Só que temos que assumir que ainda não somos suficientes para se alcançar alguma coisa com suficiente impacto.
Nas várias tentativas que fomos fazendo ao longo do tempo e para as quais solicitámos apoios, sempre faltou gente que estivesse disposta a expor-se um pouco mais.
Não é preciso uma multidão. Com 50 pessoas determinadas, poderiamos tentar inverter a marcha suicida que tem sido protagonizada pela classe politica instalada. Acontece que por enquanto ainda não vislumbramos essa gente. Quando isso acontecer ou surja algum movimento ou iniciativa nesse sentido, pode estar certo que estaremos na primeira linha de ação. Isto para não dizermos combate.
Um abraço e obrigado pela sua tenacidade. Por enquanto há muito poucos assim. Penso que em breve nos iremos todos encontrar.