terça-feira, 12 de janeiro de 2010

O cheque em branco

É verdade.
Aquilo que estamos a fazer há demasiados anos é entregar a uns "senhores" que pretensamente gerem o País, uma autorização assinada em branco para fazerem o que lhes apetece com o património e os recursos do Estado.
Gastam o que querem e com quem querem.
Pagam-se como entendem e da forma que escolhem.
Seleccionam os amigos e dão-lhes as colocações adequadas.
Endividam o País com realizações duvidosas.
Utilizam os Fundos Europeus sem controlo nem justificação.
Fazem desaparecer esses fundos sem preocupação ou responsabilidades.
Abrem e fecham contas bancárias como entendem e querem.
Geram-nos responsabilidades sem sabermos a origem nem os montantes.
Em suma.
Diariamente somos roubados e nem sequer gritamos, "agarra que é ladrão"!
Nem sequer esboçamos um movimento de revolta.
Nem sequer vimos para a rua contestar abertamente este estado de coisas.
Nem sequer percebemos que é o nosso património que tem estado a ser delapidado.
Nem sequer damos conta que aquilo que se vai fazendo e inaugurando não é obra destes senhores. É dos nossos filhos e netos que depois as terão de pagar.
Nem sequer pensamos que muitas das realizações em curso como por exemplo as chamadas "novas oportunidades", mais não são que folclore político sem qualquer utilidade prática para as novas gerações.
Como já não o foram os milhões de contos vindos da UE destinados á formação profissional e enquadrados nos anteriores Q.C.
Como também não é o Sistema de ensino em vigor.
Aquilo que os nossos certificados em branco produziram foi o País mais atrasado da Europa, o Povo mais inculto e excluído, a sociedade mais desequilibrada e retrógrada.
Ainda e para nossa vergonha, fomos nós que passámos as certidões que lhes permitiram forjar este ardiloso sistema político que seguramente apresentará em breve uns bons 5 milhões de pobres com a etiqueta de produzidos em Portugal.
E os cheques em branco?
Não é necessário pois as contas já nem sequer são nossas.
Agora temos de nos começar a preocupar é com as facturas que vão começar a chegar.
Essas é que já vão ser pagas com os nossos cheques!
Isto é muito aborrecido, não é?

15 comentários:

Mrzepovinho disse...

Esta entrada de blog faz-me logo pensar naquelas 14 instituições PUBLICAS que atribuíram a eles próprios a distinção de excelente só para receberem prémios! É realmente fantástico o nosso país!!

Ainda ontem estava eu no clube onde o meu filho faz natação.. e andava um nojentinho a cuspir nos cacifos.. a rir-se.. e ninguém dizia nada!! Ora é este tipo de atitude muito portuguesa que temos vindo a ter para com estes sucessivos governos.. eles brincam com o nosso dinheiro e ninguém faz sequer um comentário!

Pois querem saber? Fartei-me... E PASSEI-ME! Chamei-lhe nojento e porco, à frente de toda a gente! Se ele achava que andar a cuspir naquilo que não é dele era uma coisa bem feita! Que fosse para casa cuspir na cara do PAI! No final, toda a gente concordou comigo, e quanto a este anormalzinho, espero que tenha aprendido alguma coisa... que no futuro, se chegar a um cargo de liderança, pense duas vezes antes de ESTRAGAR O QUE É DE TODOS!

É desta atitude que o nosso país está a precisar... o povo da ISLÂNDIA está-se a RECUSAR A PAGAR o dinheiro exigido pelos bancos ingleses!!! Os próximos vamos ser nós... e mais uma vez vamos baixar a cabeça e acenar como gado!?! Estou pra ver!

Força Emergente disse...

Mrzepovinho
Caro amigo
Tal como diz, terá que haver um momento em que no minimo "nos passamos" e teremos de fazer sentir a esta gente inqualificável que a nossa paciência chegou ao fim.
Se conseguirmos 100 pessoas determinadas a tomarem uma atitude pressionante sobre qualquer um dos orgãos de soberania, se calhar rapidamente se começava a dar a volta a isto.
Se consultar o nosso site ou tiver tido conhecimento pelas noticias então saídas no Jornal Publico ou na TVI, nós próprios á falta de mais gente na altura, fomos a S.Bento entregar uma carta a solicitar a demissão do 1º ministro. Em Outubro, então já com um grupo de 4 pessoas fomos á Presidência da Republica entregar uma carta a solicitar que demitisse o 1º ministro.
Agora com mais alguns voltaremos a sair.
Só é preciso sabermos onde é que estão. Como é evidente vamos contar com este Zé povinho.
Se pretender envie-nos o seu contacto para o nosso mail. forcemergente@gmail.com
Entretanto consulte o nosso site e veja as iniciativas que já tomámos.
Carlos Luis

JotaB disse...

Hora de almoço, em casa.
Assisto às notícias na TV e vejo as imagens de devastação no Haiti e de sofrimento das suas populações.
Pobre gente que, a par da miséria extrema, tem vivido períodos de ferozes ditaduras. Quem não se recorda de "Papa Doc", do seu filho "Baby Doc" e dos seus "Tontons Macouts"?
No século XVIII, sob ocupação francesa, era a mais próspera colónia do continente americano. Hoje é dos paises mais pobres do mundo, ao nível do Afeganistão.
Mais de 45% da população é analfabeta e vive com menos de 2€ diários.
Pobre país este, pobre gente esta que já suportava um enorme sofrimento diário.
Temos aqui um exemplo, triste exemplo,de um país gerido por ditadores e corruptos.

Não permitamos que Portugal se transforme num Haiti da Europa, num país minado pela corrupção e pela miséria e que já se encontra em adiantado estado de ruina económica e de degradação de valores.
Unamo-nos em defesa dos legítimos interesses comuns.
Não passemos mais cheques em branco aos políticos, sejam eles quem forem.
CHEQUES EM BRANCO...NUNCA MAIS!

http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Nacional/Interior.aspx?content_id=1468349

http://www.jornaldenegocios.pt/index.php?template=SHOWNEWS&id=404517

JotaB disse...

Vamos ter um novo orçamento de estado, independentemente de ser "A" ou "B" a governar-nos.
Não temos os políticos e as políticas que interessam aos portugueses mas, enquanto não conseguirmos desalojar essa gentalha do poder, serão estas "as linhas com que nos cosemos".
É com essa premissa que passo às ...

Sugestões, ou meras notas para colocar no cesto dos papéis.
Reconheço que todos devemos pagar impostos. Reclamo que o façamos em função dos rendimentos de cada um. O mesmo se aplica às empresas.
Sugiro que se reveja a existência de "ilhas", quer no sector público, quer no sector privado. Esses organismos têm servido para não pagar impostos, para a fuga dos mesmos e/ou para gastar esses mesmos impostos sem qualquer controlo.
Como simples cidadão, atrevo-me a alertar para a fiscalização e responsabilização de áreas importantes da nossa economia.
No sector público recordo os institutos, as fundações, as empresas públicas, as empresas municipais, etc.
No sector privado, refiro as fundações, as cooperativas, as igrejas, etc.
Na esfera do privado, direi que, bem perto de mim, funciona uma fundação que tem procedido a expropriações de terrenos, segundo parece contra a vontade das pessoas.
Tenho um vizinho que é pastor numa igreja, em que os fiéis pagam 10% dos seus rendimentos para a mesma. Vejo-o e a todos os seus familiares a deslocarem-se de e para o local de culto com uma pasta na mão. Será que essas pastas são um mero elemento decorativo? Talvez sejam, mas dá para ver um enriquecimento inexplicável.
Quanto às cooperativas, dá para perceber que têm servido para o desaparecimento de somas fabulosas e para o enriquecimento ilícito de uma gentinha sem escrúpulos.

Pois é, tudo se conjuga para que sejam os mesmos, sempre os mesmos, a pagar os impostos. Estes são cada vez mais para quem os paga e parecem ser cada vez menos para quem os gasta.
A par da substituição dos políticos que nos (des)governam e da boa aplicação dos dinheiros públicos, deveremos exigir que se vá procurar o dinheiro onde realmente se deve ir buscar.
Não me parece admissível que, a pretexto de não se ferirem susptibilidades, se deixe fugir muito dinheiro, sabe-se lá para onde e para quem.

JotaB disse...

Recebi, por mail, a "cópia" de uma carta que terá sido enviada ao banco BES.
Descomheço o seu autor, mas faço a sua divulgação porque me parece acertiva e porque o mail recebido recomenda a sua divulgação.

Carta de um cliente ao BES


*(Esta carta foi direccionada ao banco BES. Porém, deveria ser direccionada a todas as instituições financeiras.)*

Exmos. Senhores Administradores do BES

Gostaria de saber se os senhores aceitariam pagar uma taxa, uma pequena taxa mensal, pela existência da padaria na esquina da v/ Rua, ou pela existência do posto de gasolina ou da farmácia ou da tabacaria, ou de qualquer outro desses serviços indispensáveis ao
nosso dia-a-dia.
Funcionaria desta forma: os senhores e todos os usuários pagariam uma pequena taxa para a manutenção dos serviços (padaria, farmácia, mecânico, tabacaria, frutaria, etc.). Uma taxa que não garantiria nenhum direito extraordinário ao utilizador. Serviria apenas para enriquecer os proprietários sob a alegação de que serviria para manter um serviço de alta qualidade ou para amortizar investimentos. Por qualquer outro produto adquirido (um pão, um remédio, uns litro de combustível, etc.) o usuário pagaria os preços de mercado ou, dependendo do produto, até ligeiramente acima do preço de mercado.
Que tal?
Pois, ontem saí do BES com a certeza que os senhores concordariam com tais taxas. Por uma questão de equidade e honestidade. A minha certeza deriva de um raciocínio simples.
Vamos imaginar a seguinte situação: eu vou à padaria para comprar um pão. O padeiro atende-me muito gentilmente, vende o pão e cobra o serviço de embrulhar ou ensacar o pão, assim como todo e qualquer outro serviço. Além disso impõe-me uma taxa de acesso ao pão, outra taxa por guardar pão quente e ainda uma taxa de abertura da padaria. Tudo com muita cordialidade e muito profissionalismo, claro.

(continua...)

JotaB disse...

carta ao BES
(continuação...)

Fazendo uma comparação, com que talvez os padeiros não concordem, foi o que ocorreu comigo no meu Banco.
Financiei um carro, ou seja, comprei um produto do negócio bancário. Os senhores cobram-me preços de mercado, assim como o padeiro cobra-me o preço de mercado pelo pão. Entretanto, de forma diferente do padeiro, os senhores não se satisfazem cobrando-me apenas pelo produto que adquiri.
Para ter acesso ao produto do v/ negócio, os senhores cobram-me uma taxa de abertura de crédito -equivalente àquela hipotética taxa de acesso ao pão, que os senhores certamente achariam um absurdo e se negariam a pagar.
Não satisfeitos, para ter acesso ao pão, digo, ao financiamento, fui obrigado a abrir uma conta corrente no v/ Banco. Para que isso fosse possível, os senhores cobram-me uma taxa de abertura de conta.
Como só é possível fazer negócios com os senhores depois de abrir uma conta, essa taxa de abertura de conta se assemelharia a uma taxa de abertura de padaria, pois só é possível fazer negócios com o padeiro, depois de abrir a padaria.
Antigamente os empréstimos bancários eram popularmente conhecidos como “Papagaios”. Para gerir o “papagaio”, alguns gerentes sem escrúpulos cobravam “por fora”, o que era devido. Fiquei com a impressão que o Banco resolveu antecipar-se aos gerentes sem escrúpulos. Agora, ao contrário de “por fora” temos muitos “por dentro”.
Pedi um extracto da minha conta - um único extracto no mês – os senhores cobram-me uma taxa de 1 EUR. Olhando o extracto, descobri uma outra taxa de 5 EUR para manutenção da conta - semelhante àquela taxa de existência da padaria na esquina da rua.
A surpresa não acabou. Descobri outra taxa de 25 EUR a cada trimestre - uma taxa para manter um limite especial que não me dá nenhum direito. Se eu utilizar o limite especial vou pagar os juros mais altos do mundo.
Semelhante àquela taxa por guardar o pão quente.
(continua...)

JotaB disse...

Carta ao BES
(continuação...)

Mas os senhores são insaciáveis.
A prestável funcionária que me atendeu, entregou-me um desdobrável onde sou informado que me cobrarão taxas por todo e qualquer movimento que eu fizer.
Cordialmente, retribuindo tanta gentileza, gostaria de alertar que os senhores se devem ter esquecido de cobrar o ar que respirei enquanto estive nas instalações de v/ Banco.
Por favor, esclareçam-me uma dúvida: até agora não sei se comprei um financiamento ou se vendi a alma?!
Depois de eu pagar as taxas correspondentes talvez os senhores me respondam informando, muito cordial e profissionalmente, que um serviço bancário é muito diferente de uma padaria. Que a v/ responsabilidade é muito grande, que existem inúmeras exigências
legais, que os riscos do negócio são muito elevados, etc., etc., etc. e que, apesar de lamentarem muito e de nada poderem fazer, tudo o que estão a cobrar está devidamente coberto pela lei, regulamentado e autorizado pelo Banco de Portugal. Sei disso, como sei também que existem seguros e garantias legais que protegem o v/ negócio de todo e qualquer risco. Presumo que os riscos de uma padaria, que não conta com o poder de influência dos senhores, talvez sejam muito mais elevados.
Sei que são legais, mas também sei que são imorais. Por mais que estejam protegidos pelas leis, tais taxas são uma imoralidade. O cartel algum dia vai acabar e cá estaremos depois para cobrar da mesma forma.

Cliente

JotaB disse...

Já agora, deixo aqui um pequeno "mimo", ainda que atrasado, para aqueles que ainda não conhecem:

http://www.youtube.com/watch?v=UIImgB4l4m4

JotaB disse...

Nunca será demais "ouvirmos" aqueles que se insurgem contra todas as formas de ditadura...

http://jn.sapo.pt/Opiniao/default.aspx?opiniao=M%E1rio Crespo

JotaB disse...

A justiça (os seus actores) merece este prémio de produtividade.
Recomendo aos portugueses, a todos os portugueses, a leitura do livro de JORGE AMADO -"O País do Carnaval"

http://www.correiomanha.pt/noticia.aspx?contentid=385E1A77-057B-4D2A-9807-D99B29042EC3&channelid=00000181-0000-0000-0000-000000000181

Mrzepovinho disse...

O PROCESSO chamado 'Face Oculta'

Por: José António Saraiva

O PROCESSO chamado 'Face Oculta' tem as suas raízes longínquas num fenómeno que podemos designar por 'deslumbramento'.

Muitos dos envolvidos no caso, a começar por Armando Vara, são pessoas nascidas na Província que vieram para Lisboa, ascenderam a cargos políticos de relevo e se deslumbraram.

Deslumbraram-se, para começar, com o poder em si próprio. Com o facto de mandarem, com os cargos que podiam distribuir pelos amigos, com a subserviência de muitos subordinados, com as mordomias, com os carros pretos de luxo, com os chauffeurs, com os salões, com os novos conhecimentos.

Deslumbraram-se, depois, com a cidade. Com a dimensão da cidade, com o luxo da cidade, com as luzes da cidade, com os divertimentos da cidade, com as mulheres da cidade.

ORA, para homens que até aí tinham vivido sempre na Província, que até aí tinham uma existência obscura, limitada, ligados às estruturas partidárias locais, este salto simultâneo para o poder político e para a cidade representou um cocktail explosivo.

As suas vidas mudaram por completo.

Para eles, tudo era novo - tudo era deslumbrante.

Era verdadeiramente um conto de fadas - só que aqui o príncipe encantado não era um jovem vestido de cetim mas o poder e aquilo que ele proporcionava.

Não é difícil perceber que quem viveu esse sonho se tenha deixado perturbar.

CURIOSAMENTE, várias pessoas ligadas a este processo 'Face Oculta' (e também ao 'caso Freeport') entraram na política pela mão de António Guterres, integrando os seus Governos.

Armando Vara começou por ser secretário de Estado da Administração Interna, José Sócrates foi secretário de Estado do Ambiente, José Penedos foi secretário de Estado da Defesa e da Energia, Rui Gonçalves foi secretário de Estado do Ambiente.

(continua)

Mrzepovinho disse...

Todos eles tiveram um percurso idêntico.

E alguns, como Vara e Sócrates, pareciam irmãos siameses: Naturais de Trás-os-Montes, vieram para o poder em Lisboa, inscreveram-se na universidade, licenciaram-se, frequentaram mestrados.

Sentindo-se talvez estranhos na capital, procuraram o reconhecimento da instituição universitária como uma forma de afirmação pessoal e de legitimação do estatuto.

A QUESTÃO que agora se põe é a seguinte: por que razão estas pessoas apareceram todas na política ao mais alto nível pela mão de António Guterres?

A explicação pode estar na mudança de agulha que Guterres levou a cabo no Partido Socialista.

Guterres queria um PS menos ideológico, um PS mais pragmático, mais terra-a-terra.

Ora estes homens tinham essas qualidades: eram despachados, pragmáticos, activos, desenrascados.

E isso proporcionou-lhes uma ascensão constante nos meandros do poder.

Só que, a par dessas inegáveis qualidades, tinham também defeitos.

Alguns eram atrevidos em excesso.

E esse atrevimento foi potenciado pelo tal deslumbramento da cidade e pela ascensão meteórica.

QUANDO o PS perdeu o poder, estes homens ficaram momentaneamente desocupados.

Mas, quando o recuperaram, quiseram ocupá-lo a sério.

Montaram uma rede para tomar o Estado.

José Sócrates ficou no topo, como primeiro-ministro, Armando Vara tornou-se o homem forte do banco do Estado - a CGD -, com ligação directa ao primeiro-ministro, José Penedos tornou-se presidente da Rede Eléctrica Nacional, etc.

Ou seja, alguns secretários de Estado do tempo de Guterres, aqueles homens vindos da Província e deslumbrados com Lisboa, eram agora senhores do país.

MAS, para isso ser efectivo, perceberam que havia uma questão decisiva: o controlo da comunicação social.

Obstinaram-se, assim, nessa cruzada.

A RTP não constituía preocupação, pois sendo dependente do Governo nunca se portaria muito mal.

Os privados acabaram por ser as primeiras vítimas.

O Diário Económico, que estava fora de controlo e era consumido pelas elites, mudou de mãos e foi domesticado.

O SOL foi objecto de chantagem e de uma tentativa de estrangulamento através do BCP (liderado em boa parte por Armando Vara).

A TVI, depois de uma tentativa falhada de compra por parte da PT, foi objecto de uma 'OPA', que determinou a saída de José Eduardo Moniz e o afastamento dos ecrãs de Manuela Moura Guedes.

O director do Público foi atacado em público por Sócrates - e, apesar da tão propalada independência do patrão Belmiro de Azevedo, acabou por ser substituído.

A Controlinvest, de Joaquim Oliveira (que detém o JN, o DN, o 24 Horas, a TSF) está financeiramente dependente do BCP, que por sua vez depende do Governo.

SUCEDE que, na sua ascensão política, social e económica, no seu deslumbramento, algumas destas pessoas de quem temos vindo a falar foram deixando rabos de palha.

(continua)

Mrzepovinho disse...

É quase inevitável que assim aconteça.

O caso da Universidade Independente, o Freeport, agora o 'Face Oculta', são exemplos disso - e exemplos importantes da rede de interesses que foi sendo montada para preservar o poder, obter financiamentos partidários e promover a ascensão social e o enriquecimento de alguns dos seus membros.

É isso que agora a Justiça está a tentar desmontar: essa rede de interesses criada por esse grupo em que se incluem vários "boys" de Guterres.

Consegui-lo-á?

Não deixa de ser triste, entretanto, ver como está a acabar esta história para alguns senhores que um dia se deslumbraram com a grande cidade.

Esta é a forma mais eloquente de definir um parolo provinciano com tiques de malandro ,,, mas sempre de mão estendida, , pior que os arrumadores que uma vez na vida se revelam minimamente úteis independentemente do ar miserável como se apresentam e se comportam quando não se lhes dá a famigerada moedinha .

Que rico texto para ser reencaminhado a Portugal inteiro.

A menos que toque a alguns, que estão a comer do mesmo prato, pago por nós, mas não vai ser por muito mais tempo, não vai não..

Aguardemos !
[/quote]

Aí está um texto clarividente, que mostra como também aqui em Portugal, muitos estão a começar a acordar... já cheira a ventos de mudança! A justiça popular há de sair à rua!

Força Emergente disse...

Mrzepovinho

Os seus comentarios sobre o provincianismo desta gente que nos "governa", foi anteriormente bem retratado por um dos nossos colaboradores.
Relembramos:
EM BUSCA DA IDENTIDADE PERDIDA
Somos um País á deriva de ilusões e com referências muito pouco nítidas e limitadas.
A alma que tínhamos e que fez de nós um povo com história e orgulho, vai ficando diluída nos campos de futebol, ou nos mediatismos saloios de alguma imprensa arregimentada em favor da desgraça cultural que enforma a vastidão deste povo manso. E inculto. E estranhamente alheado de si e das suas necessidades.
Come pouco, mas come com fé.
Tem esperança nos homens, mas acredita sobretudo em Deus.
Nada têm. Grande parte nada tem.
Mas acreditam na hora que irá chegar e fazer deles outra gente. Gente de bem. Importantes. Vistosamente vestidos. Mesmo que o risco do cabelo fique irregular. Ou mal traçado.
Que os sons continuem estridentes, típicos, característicos, próprios dos bairros onde nasceram e que querem deixar.
Não compreendem ainda bem o novo mundo de que lhes falam. Mas ensinaram-lhes a ler. Pensar nem tanto.
A massa humana, homogénea, continua e sustentada, estende-se pela rua, pela estrada, pelo campo. Fala alto, porque já se sente importante. E parte. Para a cidade.
Olha de cima a baixo e aponta a escadaria. Sobe.
Está na morada certa. Para lá da graciosidade da vestimenta, transporta um cabaz na mão.
Abotoa o casaco e põe a rosa na lapela.
Bate á porta. Sente que tem que agradecer. As oportunidades que teve e o bem que fizeram, deram-lhe uma nova identidade. Hoje é um cidadão nacional. Electronicamente apetrechado.
Domina as novas tecnologias. Tem dificuldade em ler, mas escreve bem algumas palavras. Contas? Não precisa de saber.
Abriu o cabaz e tirou o Magalhães. Olhou em frente e aceitou o diploma. Que guardou. De forma descuidada e misturado com o farnel.
Partiu de casaco aberto e sorriso rasgado.
Já tinha uma nova referência que iria mostrar, não fosse o caldo de azeitonas que entretanto se entornou.
O diploma ficou a secar ao sol.
Na parte da frente da casa para todo o Bairro ver.
Mas...Um Povo é mais que uma oportunidade, por muito nova que seja.

Este texto corrobora aquilo que escreve e é uma sátira que de alguma forma reflecte bem a origem destes politicos e a consequente sociedade que deles vai emanando. Hoje só não somos ridicularizados no contexto das Nações mais evoluídas, onde pretensamente queremos estar, por sermos demasiado pequenos, suficientemente desconhecidos e estarmos totalmente "tapados" por um País com outra dinâmica, outras gentes e que se chama Espanha.

Mrzepovinho disse...

é pena que essa "dinâmica" espanhola se retrate num desemprego de 19%!! :D

Eles estão mais perto de rebentar do que nós... mas quando a espanha cair, nós vamos por arrasto!