O estado de incómodo perante a falta de medidas que possam corrigir e moralizar o ordenamento jurídico e funcional do País, leva a que muita gente vá fazendo sugestões sobre aspetos que reflectem o despudor e a falta de ética na gestão da coisa pública. É o caso do texto que inserimos abaixo.
Gostamos de ler e apoiamos todos os que expressam sentimentos e fazem análises sobre o estado de degradação a que chegámos. Seria bom que quem assim escreve fizesse também um esforço de agregação com outras gentes e entidades de forma a podermos criar "um corpo de intervenção" com alguma eficácia. Esse tem sido o nosso esforço desde há 3 anos sem qualquer resultado.
A Plataforma de Intervenção Cívica foi um sonho perdido.
Analise este conjunto de sugestões que há algum tempo vão circulando.
Nenhum governante fala em:
1. Reduzir as mordomias (gabinetes, secretárias, adjuntos, assessores, suportes burocráticos respectivos, carros, motoristas, etc.) dos três ex-Presidentes da República.
2. Redução do número de deputados da Assembleia da República para 80, profissionalizando-os como nos países a sério. Reforma das mordomias na Assembleia da República, como almoços opíparos, com digestivos e outras libações, tudo à custa do pagode.
3. Acabar com centenas de Institutos Públicos e Fundações Públicas que não servem para nada e, têm funcionários e administradores com 2º e 3º emprego.
4. Acabar com as empresas Municipais, com Administradores a auferir milhares de euro/mês e que não servem para nada, antes, acumulam funções nos municípios, para aumentarem o bolo salarial respectivo.
5. Por exemplo as empresas de estacionamento não são verificadas porquê? E os aparelhos não são verificados porquê? É como um táxi, se uns têm de cumprir porque não cumprem os outros? e se não são verificados como podem ser auditados?
6. Redução drástica das Câmaras Municipais e Assembleias Municipais, numa reconversão mais feroz que a da Reforma do Mouzinho da Silveira, em 1821.
7. Redução drástica das Juntas de Freguesia. Acabar com o pagamento de 200 euros por presença de cada pessoa nas reuniões das Câmaras e 75 euros nas Juntas de Freguesia.
8. Acabar com o Financiamento aos partidos, que devem viver da quotização dos seus associados e da imaginação que aos outros exigem, para conseguirem verbas para as suas actividades.
9. Acabar com a distribuição de carros a Presidentes, Assessores, etc, das Câmaras, Juntas, etc., que se deslocam em digressões particulares pelo País.
10. Acabar com os motoristas particulares 20 h/dia, com o agravamento das horas extraordinárias... para servir suas excelências, filhos e famílias e até, os filhos das amantes...
11. Acabar com a renovação sistemática de frotas de carros do Estado e entes públicos menores, mas maiores nos dispêndios públicos.
12. Colocar chapas de identificação em todos os carros do Estado. Não permitir de modo algum que carros oficiais façam serviço particular tal como levar e trazer familiares e filhos, às escolas, ir ao mercado a compras, etc.
13. Acabar com o vaivém semanal dos deputados dos Açores e Madeira e respectivas estadias em Lisboa em hotéis de cinco estrelas pagos pelos contribuintes que vivem em tugúrios inabitáveis.
14. Controlar o pessoal da Função Pública (todos os funcionários pagos por nós) que nunca está no local de trabalho. Então em Lisboa é o regabofe total. HÁ QUADROS (directores gerais e outros) QUE, EM VEZ DE ESTAREM NO SERVIÇO PÚBLICO, PASSAM O TEMPO NOS SEUS ESCRITÓRIOS DE ADVOGADOS A CUIDAR DOS SEUS INTERESSES, QUE NÃO NOS DÁ COISA PÚBLICA.
15. Acabar com as administrações numerosíssimas de hospitais públicos que servem para garantir tachos aos apaniguados do poder - há hospitais de província com mais administradores que pessoal administrativo. Só o de PENAFIEL TEM SETE ADMINISTRADORES PRINCIPESCAMENTE PAGOS... pertencentes ás oligarquias locais do partido no poder.
16. Acabar com os milhares de pareceres jurídicos, caríssimos, pagos sempre aos mesmos escritórios que têm canais de comunicação fáceis com o Governo, no âmbito de um tráfico de influências que há que criminalizar, autuar, julgar e condenar.
17. Acabar com as várias reformas por pessoa, de entre o pessoal do Estado e entidades privadas, que passaram fugazmente pelo Estado.
18. Pedir o pagamento dos milhões dos empréstimos dos contribuintes ao BPN e BPP.
19. Perseguir os milhões desviados por Rendeiros, Loureiros e Quejandos, onde quer que estejam e por aí fora.
20. Acabar com os salários milionários da RTP e os milhões que a mesma recebe todos os anos.
21. Acabar com os lugares de amigos e de partidos na RTP que custam milhões ao erário público.
22. Acabar com os ordenados de milionários, com milhares de funcionários e empresas fantasmas que cobram milhares e que pertencem a quadros do Partido Único (PS + PSD).
23. Assim e desta forma, Sr. Ministro das Finanças, recuperaremos depressa a nossa posição e sobretudo, a credibilidade tão abalada pela corrupção que grassa e pelo desvario dos dinheiros do Estado.
24. Acabar com o regabofe da pantomina das PPP (Parcerias Público Privado), que mais não são do que formas habilidosas de uns poucos patifes se locupletarem com fortunas à custa dos papalvos dos contribuintes, fugindo ao controle seja de que organismo independente for e fazendo a "obra" pelo preço que "entendem".
25. Criminalizar, imediatamente, o enriquecimento ilícito, perseguindo, confiscando e punindo os biltres que fizeram fortunas e adquiriram patrimónios de forma indevida e à custa do País, manipulando e aumentando preços de empreitadas públicas, desviando dinheiros segundo esquemas pretensamente "legais", sem controlo, e vivendo à tripa forra à custa dos dinheiros que deveriam servir para o progresso do país e para a assistência aos que efectivamente dela precisam;
26. Controlar rigorosamente toda a actividade bancária por forma a que, daqui a mais uns anitos, não tenhamos que estar, novamente, a pagar "outra crise".
27. Não deixar um único malfeitor de colarinho branco impune, fazendo com que paguem efectivamente pelos seus crimes, adaptando o nosso sistema de justiça a padrões civilizados, onde as escutas VALEM e os crimes não prescrevem com leis à pressa, feitas à medida.
28. Impedir os que foram ministros de virem a ser gestores de empresas que tenham beneficiado de fundos públicos ou de adjudicações decididas pelos ditos.
28. Impedir os que foram ministros de virem a ser gestores de empresas que tenham beneficiado de fundos públicos ou de adjudicações decididas pelos ditos.
29. Fazer um levantamento geral e minucioso de todos os que ocuparam cargos políticos, central e local, de forma a saber qual o seu património antes e depois.
30. Pôr os Bancos a pagar impostos.
31. Limitar a reforma a 5.000 euros e nestes casos não devem receber sub de natal nem de férias.
32. Um reformado com mais de 3.000€ não pode em circunstância alguma continuar a trabalhar para o Estado e se o fizer para um privado deve descontar 70%. desta forma acabava-se com muitos tachos e dava-se oportunidade aos mais novos.
5 comentários:
Apoiado!
Completamente!
Mas ainda nem retiraram o subsídio de presença em reuniões de assembleias municipais e de freguesia,quanto mais as outras medidas...
Temos que perceber que esta gente está na política pelas razões erradas.A maioria não tem nem nunca teve espírito de serviço à comunidade.
Dinmheiro fresco! É isto que eles querem e por isso partem em caravanas hasteando bandeiras e deitando foguetório quando vencem as eleições.
"Chegámos à mesa do orçamento!" Eis como pensam.
O gamanço começa nas autarquias e vai por aí acima.
Por isso nunca poderemos contar com o apoio dessa comandita partidária.
Eles estão nas estruturas partidárias para arranjar futuro para si e para os seus familiares e amigos.
Faça-se uma pesquisa e veja-se quantos autarcas e políticos de topo colocaram familiares seus em empresas do Estado ou participadas ou na função pública.São milhares.Fora os homens-de-mão para poderem controlar.
O Estado português tornou-se num feudo,uma quinta destas hordas de amigos do alheio.
Quantas obras desnecessárias e com claros fins de lelitoralismo ainda se vão fazendo de norte a sul,apesar de estarem a cortar nos salários e pensões? Quantos carros de luxo são comprados com recurso a sacos azuis e empresas tuteladas?
Quanto dinheiro retirado a gente com poucos recursos para sobreviver vai para o bolso da gesta de novos heróis protegidos por lunáticos que ocupam cargos para os quais não têm a mínima habilitação e que vomitam ideologias comprovadamente falidas?
Até os subsídios às artes são uma distribuição vergonhosa de mordomias que visam o silêncio de uma minoria com acesso fácil à comunicação e com grande poder de provocar ruído social.
Portugal nunca se endireitará nas mãos desta gente.
ASSIM NÃO VAMOS LÁ!
COM GENTE COMO ESTA, NADA FEITO!:
“BdP. Regulador tem quinta com cavalos em Caneças.
Filhos de funcionários podem aprender a montar apoiados pela instituição. Local também acolhe formação e reuniões da administração.”
http://www.ionline.pt/dinheiro/bdp-regulador-tem-quinta-cavalos-canecas
Dificuldade de governar
1
Todos os dias os ministros dizem ao povo
Como é difícil governar. Sem os ministros
O trigo cresceria para baixo em vez de crescer para cima.
Nem um pedaço de carvão sairia das minas
Se o chanceler não fosse tão inteligente. Sem o ministro da Propaganda
Mais nenhuma mulher poderia ficar grávida. Sem o ministro da Guerra
Nunca mais haveria guerra. E atrever-se ia a nascer o sol
Sem a autorização do Führer?
Não é nada provável e se o fosse
Ele nasceria por certo fora do lugar.
2
E também difícil, ao que nos é dito,
Dirigir uma fábrica. Sem o patrão
As paredes cairiam e as máquinas encher-se-iam de ferrugem.
Se algures fizessem um arado
Ele nunca chegaria ao campo sem
As palavras avisadas do industrial aos camponeses: quem,
De outro modo, poderia falar-lhes na existência de arados? E que
Seria da propriedade rural sem o proprietário rural?
Não há dúvida nenhuma que se semearia centeio onde já havia batatas.
3
Se governar fosse fácil
Não havia necessidade de espíritos tão esclarecidos como o do Führer.
Se o operário soubesse usar a sua máquina
E se o camponês soubesse distinguir um campo de uma forma para tortas
Não haveria necessidade de patrões nem de proprietários.
E só porque toda a gente é tão estúpida
Que há necessidade de alguns tão inteligentes.
4
Ou será que
Governar só é assim tão difícil porque a exploração e a mentira
São coisas que custam a aprender?
Bertold Brecht
Milhões e milhões - dos contribuintes - deitados fora
{a regra dos três ordenados mínimos}
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Um exemplo: é escandaloso existir falta de médicos em 'n' serviços públicos de saúde!!!... De facto, oferecendo um salário de TRÊS ordenados mínimos... um serviço de saúde público não deveria ter problemas em contratar um médico.
{Uma nota: Deveria-se recorrer ao know-how cubano... para avaliar qual o número de profissionais de saúde que será necessário formar para cumprir esta «regra dos três dos ordenados mínimos»... leia-se: AVALIAR O NECESSÁRIO AUMENTO DA OFERTA... para a procura existente... }.
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Como é óbvio, a «regra dos 3 ordenados mínimos» deve ser aplicada a outras profissões aonde existe oferta de serviço público.
Mais: a regra dos 3 ordenados mínimos não é um tecto salarial (NOTA IMPORTANTE: os melhores poderão ganhar muito mais que isso)... mas sim... um indicador de que é necessário intensificar-se a formação profissional em determinadas áreas!
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É um escandaloso desbaratar de recursos humanos (e de dinheiro dos contribuintes): falta de profissionais em determinadas áreas... e depois... «Há 64 mil licenciados no desemprego em Portugal».
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Explicando mais uma vez, a «Regra dos 3 ordenados mínimos» não será um tecto salarial... mas sim, um indicador objectivo: se existe procura de profissionais (propondo um salário de 3 ordenados mínimos)... e não existe oferta de profissionais interessados nesses postos de trabalho... ENTÃO: há que aumentar a oferta de profissionais nessa actividade profissional - leia-se, aumentar o número de pessoas com a formação necessária para desempenhar esses trabalhos [escusado será dizer que é um escândalo estar a desviar recursos para 'Cursos de Formação de Desempregados'].
Bom, o diagnóstico está feito. O que é que sugerem como forma de tratamento? É esta a grande questão!
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