terça-feira, 3 de agosto de 2010

FREEPORT

Em Março de 2009 a Associação Força Emergente constituiu-se assistente no chamado processo Freeport.
Pensávamos na altura estar a dar cumprimento ao sentir profundo de muitos Portugueses que iam assistindo a mais um vergonhoso caso de encobrimento de políticos corruptos.
A nossa contribuição era e é acima de tudo a demonstração de que ainda há no País quem não se acobarde nem se esconda atrás de conceitos ou posições hipócritas e que não tem medo de expor aquilo que sente e pensa.
A isso nos obrigava o rasto de impunidades que na altura já era bastante visível.
A postura e arrogância dos agentes políticos era manifesta e incomodativa para todos os que vêem um pouco mais longe e não gostam de fazer figura de parvos perante o quotidiano em que temos estado obrigados a viver.
O freeport é apenas um símbolo ou uma referência daquilo que é a podridão do Estado e da maioria dos agentes que nele vivem ou sobrevivem.
A petulância de Pinto Monteiro, a argucia socialista de Cândida, o enquadramento de Alberto, o trabalho de Mota, serviram de cobertura perfeita a Sócrates e ao seu mandarete Silva.
As pessoas que se arrogam ao direito de possuírem um mínimo de inteligência, têm que estar profundamente ofendidas com o funcionamento da Justiça.
Quando se diz que Portugal é um Estado de Direito, está-se apenas a lançar mais um velho slogan que nada contem e nada representa.
Acontece que Portugal não é um Estado de Justiça. Isto é o mais grave que pode acontecer a uma Nação. Quando o poder politico faz as leis e controla os agentes que as executam, termina a democracia e vive-se em plena ditadura dos politicos.
Não era isto que as pessoas esperavam destes novos arautos das liberdades.
Fomos enganados nas esperanças e nos sentimentos.
Este País não é hoje mais que um antro de oportunistas e corruptos que se escondem atrás da palavra Democracia e que ostentam na mão uma bandeira que tem escrita a palavra socialismo.
Aquilo que esta gente sem vergonha e sem princípios conseguiu até hoje fazer, foi empurrar toda a nossa estrutura de empreendadorismo para o limiar da sobrevivência.
Este País navega ao sabor dos empréstimos que continuam a entrar e que vão fazendo crescer a nossa divida externa.
Hoje temos que concluir que todos os partidos instalados são solidariamente responsáveis pelo descalabro a que estamos a chegar.
Esta Democracia não serve.
Este Sistema de Justiça está adulterado.
Este País exige que os "homens bons" se levantem e enfrentem esta escumalha que detém e usa de forma irresponsável o poder.
Nós iremos cumprir a nossa obrigação.
Enquanto Assistentes no processo Freeport, vamos dentro das nossas possibilidades obrigar a que os caminhos da justiça sejam percorridos e atalhar o passo àqueles que pensavam que a porta de saída já estava aberta.
Só é pena que sejamos apenas "meia dúzia" a ter de remar contra esta lixeira politica que fatalmente irá deixar na história o cheiro nauseabundo a que tresandam algumas das chamadas figuras de estado.

posto por Carlos Luis

6 comentários:

Diogo disse...

Vocês são assistentes no processo Freeport?

miguel disse...

Há um par de anos,deu-se um grande reboliço,com os jornais do regime a reflectiram fatalmente as posições de todos os partidos do hemiciclo corrupto.
O assunto versava as escutas e os novos meios tecnológicos que estavam ao dispôr dos detectives privados.
Foram feitas rusgas aos escritórios dos ditos e apreendido material.
Todas as vozes audíveis nos meios de desinformação social foram unânimes na condenação de crime tão horrível,o de haver detectives privados com tão sofisticados meios para investigar.

A maior aflição veio das bancadas dos pseudo-socialistas e pseudo-comunistas,mais o seu apêndice BE.
Nem eu,nem quase ninguém,segundo creio,conseguiu perceber a origem ou causa real para tanta agitação das hostes mafiosas e intervenção tão fulgurante das autoridades,sempre tão parcimoniosas noutros casos.
Hoje não tenho a menor dúvida de que havia uma razão concreta e objectiva,que permaneceu oculta aos olhos do povo português e assim continuará,a fazer fé em toda a podridão que rodeia esta oligarquia,esta casta parasitária.

Caro Carlos Luís,é muito reconfortante ler os seus posts,onde,acredito,todos nós,homens de honra,nos revemos.

Todavia,acredito que as coisas nunca mudarão considerávelmente sem a acção de movimentos políticos,substancialmente diferentes dos que conhecemos.
É urgente que surja algo novo.Que reclame justiça e condenação das hordas que saqueiam o país.

Os pequenos partidos que surgiram não assumiram essa rotura fundamental,nem acredito que o façam,mergulharam na leviandade.

É imperioso,pois,que se abra uma frente política.Isso também daria respaldo aos poucos sectores limpos na Justiça,que não ousam arriscar por conhecerem demasiado bem como funciona o sistema.
Se a luta se reduzir a uns fogachos de meia-dúzia de homens audazes,nuca surtirá efeito.

Só um tribunal especial e uma equipa de investigadores independente,pode mudar o paradigma(nos EUA também era complicado enfrentar a Máfia e os seus sicários,desde políticos a magistrados,todos nas listas de pagamentos.No entanto,fizeram-no.).
Caso contrário,a continuarem impunes,isto vai afundar-se mais.

Cumprimentos.

Força Emergente disse...

Caro Diogo
Exacto. Tal como dissemos, em Março de 2009 constituimo-nos assistentes e já fomos inclusive inquiridos.
Devido a esse estatuto, podemos agora analisar o que conseguiremos fazer em conjunto com os outros 4 assistentes.
Não sei se sabe, mas solicitámos também o afastamento da procuradora Cândida.
Tinhamos tambem já anteriormente solicitado ao primeiro ministro que se demiti-se.
Como sabe tudo isto acaba por não ter grande efeito prático. E isso nós sabiamos.
No entanto o nosso esforço pretende apenas demonstrar a quem se identifica com as nossas posições, que existem ainda neste País alguns homens que não se vergam nem se assustam com estes bandalhos que ocuparam o País e que andam a fazer passar-nos por parvos, como se não percebessemos aquilo que andam a fazer e os crimes que têm cometido e que continuam impunes.
O comentário assinado por Miguel faz algumas considerações que complementam bem muito do que se tem passado.
Um abraço para si.

Força Emergente disse...

Caro Miguel
As suas considerações estão correctas.
O nosso esforço durante alguns meses no ano passado foi exactamente no sentido de se encontrar uma Plataforma que pudesse sustentar as nossas posições face ao poder instalado.
Posso dizer-lhe que fizemos um esforço considerável e não conseguimos esse objectivo. Chegámos mesmo á conclusão que muitos dos representantes dos chamados pequenos partidos e movimentos, acabam por ter uma visão demasiado sectária que os impede de ver o grande problema que temos implantado na sociedade.
A chamada classe politica.
Esta é um cancro sem possibilidade de tratamento. Tem que ser enfrentada, nem que seja de forma violenta. Esta violência pode ser entendida como DETERMINAÇÃO.
Aquilo que por enquanto conseguimos, são de facto apenas fogachos que não os incomodam nem os afectam. Só que por vezes de um fogacho pode gerar-se um FOGO. Por agora essa é a nossa expectativa.
O que é lamentável é apenas vermos um Homem com estatuto público, como o professor Medina Carreira, assumir e afirmar de forma frontal e directa aquilo que é a essência deste Regime e desta gente que o ocupa. Pudemos comprovar nalgumas conversas que mantivemos com ele, que seria a personalidade ideal para motivar muitos dos descontentes e garantir a credibilidade necessária a qualquer movimento mais vasto que se pudesse constituir. No entanto o professor Medina Carreira na fase actual da sua vida entende que a sua contribuição, que é notável e tem sido essencial, se deve processar no plano pedagógico e comunicacional.
Nós por aqui continuaremos a lutar para se encontar a forma de chegarmos a essa frente alargada.
Estou certo que um dia o Miguel poderá ser um dos elementos a agregar-se a esse inevitável e necessário CORPO.
Obrigado pelas suas palavras e pelos seus comentários.

JotaB disse...

Em tempos, terei lido que o "partido dos descontentes" se aproxima dos 60%, o que daria para ganhar eleições com maioria absoluta.
Mas, curiosamente, o "partido da indiferença" parece também recolher a preferência de 60% dos portugueses eleitores.
Percebe-se, portanto, como foi possível que Portugal tenha chegado aonde chegou!

AS COISAS NÃO MUDAM, A NÃO SER QUE ALGUÉM AS MUDE!
E eu sei que os Homens que constituem a Força Emergente pugnam e lutam pela mudança que terá que ocorrer na sociedade portuguesa, especialmente nos panoramas político e da justiça.

http://www.youtube.com/watch?v=IjGBQt7QgJg

Força Emergente disse...

Caro amigo João
É assim de facto. Alguèm terá de ter iniciativas, confrontar o Sistema, pugnar pela consciencialização daqueles que ainda não entenderam a realidade do País e acima de tudo aceitarem assumir os riscos inerentes ás acções e atitudes que tomam. O João que tem estado connosco quase desde a 1ª hora, sabe que nunca faltámos aos vários desafios e oportunidades que se apresentaram de podermos contestar este Regime e esta gente. Tambem sofreu connosco o desgosto e o desgaste de vermos tão pouca gente comparecer ás várias convocatórias e iniciativas já realizadas. Também conhece as etiquetas que de vez em quando nos colocam alguns dos "intelectuais do regime" e mesmo os outros que aparentemente deveriam estar do nosso lado.
A nossa luta vai continuar e tem a grande vantagem de não ser por cargos ou posições politicas. Esperemos que a prazo se possa vir a ganhar o "corpo" que ainda nos falta.
Um grande abraço João.