terça-feira, 28 de setembro de 2010

É necessário usarmos as nossas armas

Compete a todos aqueles que pautam a vida por princípios e valores, assumirem que é sua obrigação tornarem-se activos nesta luta pela dignidade da acção governativa e por uma nova estrutura politica.
Nesta batalha, gostaria de recomendar a visita, quase obrigatória, às seguintes fontes de informação. José Maria Martins, Palavrossaurus Rex, Classe Politica, António Maria. Depois de lerem alguns dos post publicados, entender-se-á a razão deste aconselhamento.
Neste País que permite e aceita que a classe politica use a mentira, falsifique informações, delapide o património e gira a coisa publica sem a mínima noção de responsabilidade, continua a haver quem lute através das ideias e da escrita no pressuposto que algo terá que acontecer.

Este esforço continuado a que nos obriga a nossa consciência e a nossa forma de estar na vida, exige que o mais rapidamente possível sejamos capazes de uma qualquer aglutinação em torno de um objectivo comum que nos possibilite uma intervenção mais profunda e eficaz sobre a situação existente.
Esse objectivo poderá ser um projecto de intervenção com uma metodologia de luta definida, com vista a provocar o interesse dos Media.

Julgamos serem consensuais os seguintes aspectos:
1º A classe politica perdeu as referências deontológicas e doutrinais que sustentam as principais ideologias, embora estas continuem a servir de pano de fundo e embuste da acção governativa.

2º O Sistema instalado não permite qualquer possibilidade de responsabilização dos agentes políticos, sejam quais forem os actos gravosos cometidos. Façam o que fizerem acabam sempre por usufruir de total impunidade.

3º A ineficácia da governação, reside na ganância, incompetência generalizada e total ausência de princípios éticos da maioria dos governantes.

4º A representatividade existente é "artificiosamente legal" face ás leis que eles mesmo criaram.
É no entanto ilegítima pois não representa a vontade da maioria da população, tal como o governo em exercício, que apenas representa 15% do total de Portugueses.

5º A sociedade em pretensa "construção" desde há 35 anos, após sair de um golpe de estado que se justificou por trazer ao Povo a liberdade de escolha e uma sociedade mais justa e equitativa, soçobrou.
A que agora existe é uma outra mais desigual e incapacitante dos direitos que nos deveriam assistir e que de forma ardilosa nos foram sendo cerceados.

6º O País está agora nas mãos de meia dúzia de mafiosos politico-financeiros. O Sistema ardilosamente montado e assente em benesses distribuídas, controla e alimenta as principais forças vivas ligadas ao aparelho de Estado e conta com a ausência dos incapazes por incapacidade, assim como dos capazes, que ao pouco fazerem para tentar alterar este estado de coisas, também acabam por se revelar incapazes.

7º O País não tem solução com este quadro politico instalado e as medidas anunciadas e previstas nada mais farão que empurrar a crise para a frente e provocar um acentuado declínio na qualidade de vida de muitos extractos populacionais.

Então o que fazemos ? Deixamo-nos ir e continuamos á espera que apareça alguém ?
Nós, você, os seus amigos e todos aqueles que aos poucos vamos conhecendo não somos capazes de fazer alguma coisa ?

Caros amigos.
Temos toda a legitimidade para nos revoltarmos.
A gestão danosa destes "governantes" e o comprometimento das futuras gerações, impõe-nos uma atitude.
Não temos que recear o poder desta gente, porque temos a razão do nosso lado.
Compete-nos a nós colaborar na abertura de um caminho para uma sociedade mais justa e com um Sistema Politico que respeite a vontade da maioria dos cidadãos. Trata-se tão só de gerar equilíbrios através de medidas e politicas vocacionadas ás caracteristicas e necessidades do País e ao contexto global em que estamos inseridos. O Povo exige e precisa de perceber o alcance, a justiça e a adequação das decisões que urge tomar. Se assim for aceitará os ajustes necessários ao sentir que as soluções são correctas e equitativas.
Será assim possível chegarmos a uma sociedade em que as ideias possam fluir, a justiça funcione de forma rápida e eficaz, e a acção politica se exerça por escolha maioritária dos cidadãos e se responsabilize perante eles. Para isso o voto que serve para ELEGER também terá de servir para DEMITIR. Não é preciso mais nada. Em poucos anos o País será outro.
Por agora e tal como as coisas estão, temos que sentir que não é admissível vivermos num País que permite a permanência no cargo de 1º ministro de alguém que não tem palavra, não cumpre as promessas ou programas que apresenta e que diariamente nos vai aumentando as responsabilidades perante terceiros sem que o possamos impedir ou julgar. Isto não deveremos tolerar por mais tempo.

Então o que é que poderemos fazer ?
Sobre isso temos ideias e já fizemos alguns esforços mas não nos parece adequado estar aqui a expor.
Pensamos que deverá ser resultante de um debate alargado entre todos aqueles que seja possível reunir numa data e local a determinar.
Para isso será necessário sabermos se existem pessoas dispostas a colaborarem para esse objectivo.
Se houver, contam de imediato connosco.

posto por Carlos Luis

11 comentários:

JotaB disse...

Não consigo descortinar como, pela via legalista, poderemos ver-nos livres de todos estes políticos/bandidos que se encontram alojados em partidos/quadrilhas de baixo nível e de total ausência de escrúpulos.
Isso implicaria a mudança da Constituição, retirando aos partidos a exclusividade de serem eleitos para o parlamento.
Implicaria a existência, em exclusivo, de círculos uninominais, podendo concorrer todos os cidadãos livres.
Implicaria a existência de mecanismos de destituição desses eleitos pelos seus eleitores, tornando-os responsáveis perante os mesmos.
Implicaria acabar com os compadrios, retirando da administração dos bens públicos, os corruptos, os ladrões, os incompetentes e os prepotentes.
Mas isto só será possível à força, com a revolta de todos aqueles que têm sido roubados por estes canalhas.

Chegou a hora de ACABAR COM OS LADRÕES, ANTES QUE ELES ACABEM CONNOSCO!
EU DIGO PRESENTE!

Força Emergente disse...

Caro amigo João

O meu amigo está sempre presente.
Só é pena, sermos por enquanto tão poucos.
Se conseguirmos juntar mais alguns, talvez se aproxime a hora para fazer implodir este miserável sistema politico.
E isso pode ser possibilitado pela dimensão da crise, caso apareçam os homens de bem que ainda existem neste País.

Fenix disse...

O Partido Humanista Português defende estes princípios desde há muito!
Fui militante do Movimento Humanista desde 89 a 92 (antes de se tornar um Partido) e depois infelizmente fui "engolida pelo sistema"! Mas os princípios estão no meu coração desde sempre, por isso me identifiquei com o Movimento.
Agora, mais que nunca é tempo de ACÇÃO!
PRESENTE!

CIDADANIA PRÓ-ACTIVA disse...

Parabéns por este blog e pelo inconformismo cívico.
Se de algum alento serve, é bom saber que não estamos sós.
Convido-o a mandar-me um e-mail para que possa receber o rombo de 3 mil milhões de euros aos Orçamentos de Estado que justicam estas novas medidas de austeridade.
O caso português deixa de ser político para ser um assunto de direitos humanos.
Melhores cumprimentos,
Pedro Sousa

JotaB disse...

Crónica semanal de Henrique Neto, publicada no semanário Jornal de Leiria:

Crónicas sobre o futuro
Abandonar o Barco

Previ aqui a semana
passada a possibilidade
de José Sócrates
abandonar o Governo
no futuro próximo,
fugindo às suas responsabilidades
de primeiro ministro. Não
tive de esperar muito para que o
próprio desse esse sinal, ao ameaçar
com a sua demissão para o
caso do Orçamento do Estado de
2011 não ser aprovado na Assembleia
da República. Porque se trata
de uma matéria de grande importância
e que irá certamente gastar
muita tinta nas próximas semanas
e meses, vejamos de uma forma
racional e responsável porque
é que essa posição é incorrecta e
perigosa para a democracia portuguesa.
Porque apesar de não
sabermos ainda se essa ameaça de
demissão comporta apenas uma
fuga ao estilo de António Guterres,
ou uma opção por novas eleições,
o certo é que implica a ideia
de que os partidos da oposição
teriam a obrigação de viabilizar o
orçamento, o que é uma subversão
das regras normais nos regimes
democráticos e da ética da
responsabilidade.
Em primeiro lugar, se o orçamento
não for aprovado o Governo
pode e, a meu ver, deve, governar
por duodécimos como previsto
na Constituição. Claro que
nessas circunstâncias o Governo
não poderá gastar mais dinheiro
do que em 2010, mas isso só pode
ser benéfico para a actual situação
financeira do País em que nada
justifica continuar a aumentar a
despesa. Aliás, se isso se tivesse
passado este ano, não estaríamos
confrontados com uma despesa
primária até final de Junho superior
ao previsto em cerca de 450
milhões de euros. Por outro lado,
o Governo foi a eleições sabendo
que as poderia ganhar com maioria
relativa e não tinha, como não
poderia ter, qualquer garantia de
aprovação dos orçamentos. Ou
seja, o primeiro ministro é naturalmente
livre de pedir a sua demissão,
mas o partido que apoia o
Governo deve assegurar a governação
para que se candidatou e
para que assumiu a responsabilidade
perante o povo português.

(continua...)

JotaB disse...

Acresce que o argumento de
que a difícil situação financeira
do País implica da parte dos partidos
da oposição a obrigação de
viabilizar o orçamento não colhe.
Porque por maioria de razão tem
o PS e o Governo a obrigação de
não fugir às suas responsabilidades,
assumidas em eleições livres,
na medida em que as dificuldades
actuais são em grande parte
resultantes das politicas seguidas
ao longo dos últimos quinze anos.
Pelo que a demissão do Governo,
para mais nas actuais circunstâncias,
só pode ser entendida como
a vontade de dar lugar a um novo
governo de outro partido, o que
é a confissão pura e dura do Primeiro
Ministro de não conseguir
enfrentar as dificuldades existentes.
Dito isto, há que reconhecer
que as dificuldades que o País
enfrenta são enormes e nada fáceis
de superar. Mas é também por isso
que José Sócrates e o PS não
podem fugir às suas responsabilidades
perante os portugueses, a
quem sempre prometeram facilidades
e sucessos, facilidades essas
que são em grande parte responsáveis
pela calamitosa situação
financeira do Pais. Mesmo agora,
os inefáveis dirigentes do PS
continuam a justificar o crescimento
da despesa, limitando-se
a argumentar de que esta cresce
menos do que no passado recente.
Por exemplo, no caso dos automóveis
da empresa Águas de Portugal,
o Ministério das Finanças
considerou, imagine-se, poder
haver aquisições de urgência, em
vez de proibir todas as aquisições
de automóveis em todos os departamentos
e empresas do Estado,
por um mínimo de dois anos. Também
esta semana, um anterior
dirigente do Prace disse em entrevista
que tinha proposto a eliminação
de alguns institutos do Estado,
mas que o Governo decidiu
transformar esses institutos em
empresas de capital público, com
o resultado dos administradores,
que até á data ganhavam quatro
mil euros por mês, passaram a
ganhar cerca de sete mil.
Ainda esta semana, as obrigações
de nova dívida da República,
emitidas a dez anos, atingiram
o juro de 6,4%, o que só
por si condena a economia portuguesa,
no mínimo, à estagnação
por uma década, na medida
que isso implica a subida dos
juros para os bancos e destes
para as empresas e para as famílias.
Será provavelmente por isso
que José Sócrates vê com bons
olhos abandonar o barco que ele
próprio conduziu para os rochedos,
sendo que o Orçamento do
Estado é uma boa desculpa. A
menos que o PSD o obrigue a
continuar, fazendo-lhe a maldade
de deixar passar o orçamento.


HENRIQUE NETO
empresário
netohenrique8@gmail.com

Força Emergente disse...

Olá Fenix
Também nós nos identificamos com o projecto e as ideias do Partido Humanista. Tivemos inclusivè algumas reuniões com o presidente e a Manuela Magno que chegámos mesmo a propor para liderar uma Plataforma de Intervenção Cívica onde se pudessem integrar os representantes dos pequenos partidos e movimentos, de forma a ganharmos "peso" e capacidade de intervenção.
Como muitas coisas neste País, as pequenas vaidades destroiem alguns bons projectos. A calsse politica instalada sabe disso e continua a ignorar uma realidade que já tem dimensão mas que não tem expressão.
Acredite que passámos quase 5 meses em reuniões, sugestões, propostas, marcações de eventos e tudo acabou por falhar ou não ter expressão.
Agora temos que esperar que a crise faça despertar um pouco mais aqueles que ainda não perceberam a realidade actual deste País.
Obrigado pela sua disponibilidade. Todos por enquanto ainda somos poucos. Mas....nestas coisas, quando algo acontece o crescimento irá certamente ser exponencial.

Força Emergente disse...

Cidadania Pró-Activa
Caro Pedro de Sousa
Obrigado pelo seu comentário. Antes mais quero felicitá-lo pela excelência dos conteúdos informativos do seu Blogue. Somos de facto bastantes com as mesmas preocupações e o mesmo sentido crítico e analítico, referente áquilo que se passa no País. Penso que a muito curto prazo nos teremos de encontrar. Por agora fico por esta sugestão. O nosso mail é
forcemergente@gmail.com
Um abraço e até breve.

Força Emergente disse...

Fénix
Cidadania Pró-Activa

Inserimos os vossos excelentes blogues na nossa lista. Obrigado por aquilo que escrevem e pelo esforço em prol de um sistema mais justo e equilibrado.

JotaB disse...

O susto terá sido grande, muito grande, para a pandilha vir anunciar cortes na despesa.
Mas não duvido que estarão a pensar em tirar aos do costume, para que, no essencial, tudo fique na mesma para o outro grupo dos mesmos do costume, ou seja, eles e os amigos.
Por isso não podemos permitir que continuem a enganar-nos e a espoliar-nos.
Temos que acabar com os ladrões, antes que eles acabem connosco…

Anónimo disse...

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