sexta-feira, 30 de abril de 2010

Os dentes do Coelho - Fábula lafontainiana

Era uma vez um coelho branco, peludo, jovem, atraente. Todas as coelhas o consideravam distinto entre os demais. Um dia esse coelho, apesar de não violento quis mais protagonismo e propôs umas eleições para governar a comunidade de coelhos local. Era um direito e, por encantar tantas coelhinhas, o coelho ganhou as eleições. Coelho passou a escrever o seu nome com maiúscula: Coelho.

Não parava de receber elogios pelas suas belas palavras e todas as coelhinhas sorriam e trocavam olhares matreiros ao agora Coelho. Mas perante a ameaça de que uma família de raposas se aproximava do seu território, foi pedido ao Coelho que tomasse medidas para resolver essa crise no seio da comunidade de coelhinhos fofos... Coelho sentia-se um chefe, discursava, encantava as doces coelhinhas inocentes, mas não convencia o Coelhão, seu antecessor no poder. Ele observava-o como um pai observa o filho. O Coelhão era antes o n.º 1 do poder e dominava melhor o território que o agora recente nomeado Coelho. Vendo que Coelho não resolvia a crise das raposas convenientemente, Coelhão resolveu então retirar o poder a Coelho. E como o faria?

Simplesmente não faria nada, pois sabia que a vaidade de Coelho e a sua inexperiência o levariam a perder aquilo que tanto ambicionara: o poder...!!!

No dia seguinte Coelho reuniu-se com outro Coelho, da colónia de coelhos mais próxima, conhecido como o Coelho Pinóquio, pelo seu grande nariz que tudo cheirava. Sentaram-se durante uma manhã inteira em conversações e, depois de muitas cenouras comidas e trocas de palavras e elogios, sairam da toca e anunciaram para as suas comunidades de coelhos:

- Caros amiguinhos peludos,

A solução para esta crise das perigosas raposas passa apenas por isto: todos os coelhos mais velhos, feridos ou sem tarefas específicas na nossa comunidade deixarão de se poder sentar à nossa mesa de refeições para comer conosco. Assim, serão obrigados a procurar comida na floresta e servirão de alimento às raposas, que desta forma, deixarão os elementos mais fortes e saudáveis da nossa comunidade em paz.

A comunidade de coelhinhos brancos estava já com as longas orelhas em pé, mas mesmo assim não queriam acreditar nas palavras que estavam a ouvir. Coelho, adorado na comunidade, tinha desiludido profundamente os seus semelhantes. Ninguém imaginara estar perante um Coelho-chefe tão insensível e cruel. Uma coelhinha fofa, candidata a sua esposa não aguentou e discursou do meio da multidão:

- Senhor Coelho - disse - tinha-lhe o maior respeito, mas agora que revelou a sua verdadeira natureza quero dizer-lhe que, por muito que me custe, abandonarei hoje mesmo esta comunidade por não lhe reconhecer mais o mérito de ser chefe da comunidade. E quem estiver de acordo comigo, que somos uma comunidade inseparável, acompanhe-me e fundaremos uma comunidade mais justa e pacífica.

Coelho, confiante respondeu:

- Amiga coelhinha, és muito bonita mas de política nada percebes. Podes ir-te embora, mas arriscas-te a ser comida pela raposa.

A coelhinha respondeu:

- Antes ser comida por uma raposa com pele de raposa, que enganada por uma raposa com pele de coelho...!!!

E dizendo isto a coelhinha abandonou a comunidade, e a ela se juntaram TODOS os outros. Coelho, sozinho e abandonado, foi assim uma presa fácil para as raposas, que se banquetearam com a sua carne suculenta de político bem alimentado...

MORAL DA HISTÓRIA: Vida de Coelho é curta.

posto por Pedro Duarte

16 comentários:

Mrzepovinho disse...

La Fontaine não faria melhor!!

Qualquer dia (quando o meu patrão falir) vou para a frente da A.R. com um cartaz a dizer "NÃO TRABALHO MAIS! NÃO CONTRIBUO MAIS!" e passo todos os dias da semana lá à frente.. à espera... só à espera!

JotaB disse...

Excelente análise, de fino recorte.
Só temo que o fim do coelho não seja imediato.

pedro coelho e josé de sousa são dois cretinos sem escrúpulos que se puseram de acordo, para manterem intocáveis os privilégios daqueles que os comandam e que se sentam à volta da manjedoura do orçamento.

JotaB disse...

Como já vem sendo hábito, deixo aqui o artigo de opinião de Henrique Neto, publicado no Jornal de Leiria desta semana:


Crónicas sobre o futuro

O Estado de Negação

Simon Johnson do MIT
e ex-economista chefe
do Fundo Monetário
Internacional,
comentou a semana
passada:” Temo que o Governo
português esteja em estado de
negação”. O ilustre professor provavelmente
não sabe que Portugal
já está em estado de negação
há pelos menos dez anos, isto é,
desde que muitos portugueses e
vários governos começaram a fugir
da realidade. Ora é essa realidade
que, como seria previsível, começa
agora a cair-nos em cima com
a força de uma enorme matraca.
Numa única semana, surgiram os
mais variados especialistas e instituições
a chamar-nos a atenção
para a proximidade potencial da
bancarrota e o custo do seguro
dos novos empréstimos e dos juros
da dívida subiram para níveis insustentáveis.
Ao mesmo tempo, as
empresas continuam a fechar, o
desemprego a crescer e duas instituições
internacionais cortaram
para menos de metade as previsões
do Governo para o crescimento
económico em 2010. O
Governo, por sua vez, passou a
semana a insultar os mensageiros
das más novas, chamando-os de
ignorantes, que não é nada que
os pessimistas e miserabilistas portugueses,
como eu próprio, que
andam há dez anos a denunciar
os erros da politica económica,
não conheçam bem.
Mas o “estado de negação” não
terminou com o agravamento da
percepção internacional acerca da
economia portuguesa. José Sócrates
foi à Madeira, para doar mais
de mil milhões de euros para a
chamada reconstrução, que é um
eufemismo para mais obras feitas
à pressa e sem concurso público.
Foi ainda anunciado que as autarquias
locais gastaram 30% acima
da sua capacidade de pagar as
dívidas. Sem qualquer nota de desconforto,
o Governo conviveu com
a notícia de que o sector da saúde
terá gasto em 2009 mais 1300
milhões de euros do que o previsto.
Foram accionadas novas
parecerias público/privadas para
pagar as auto estradas e parte do
TGV, quando já toda a gente percebeu
que este tipo de parcerias é
ruinoso para o País. Ou seja, Portugal
já não se limita a viver em
estado de negação, passou a viver
em estado de irresponsabilidade.
(continua...)

JotaB disse...

As comemorações do 25 de
Abril revelaram de forma patética
o estado comatoso da Nação.
A parte das comemorações mais
respeitável foi representada pelos
sectores saudosistas da revolução
dos cravos, sectores que têm a legitimidade
da luta contra o regime
anterior, mas cujo poder na actualidade
política portuguesa é praticamente
nulo. O poder, representado
nas comemorações oficiais
pelo Presidente da República
e pelos partidos da governação,
PS, PSD e CDS, fez avisos e
disse coisas mais ou menos previsíveis,
mas ninguém assumiu a
rotura necessária com o passado
de desgoverno, ou anunciou novas
politicas credíveis de seriedade e
de rigor. Aliás, para avaliar a falta
de seriedade de muitos políticos,
bem como de muitos gestores
das grandes empresas do regime,
basta assistir aos debates da
Comissão de Inquérito da Assembleia
da República sobre o chamado
caso PT/ TVI. Naquela Comissão,
a mentira e a hipocrisia são
a moeda corrente, em que o papel
dos deputados do PS ali presentes
raia a indignidade, celebrada
nas intervenções e no currículo do
deputado Ricardo Rodrigues. Confesso
o pecado da minha total intolerância
com semelhante figura,
que, de alguma forma, é representativa
da qualidade da bancada
do PS, que sinceramente espero
possa vir a envergonhar um
Partido Socialista renovado, a que
ainda tenho a esperança de poder
assistir.
Claro que a data de 25 de
Abril tem a sua dignidade própria,
cuja origem reside nos Capitães
de Abril e nos milhares de
portugueses que se opuseram ao
regime de Salazar e de Caetano.
Por isso, ao ver desfilar na Avenida
da Liberdade alguns milhares
desses portugueses, pensei
que afinal são os mesmos que
subiram ao Castelo de Lisboa em
1383 e lutaram em muitas outras
ocasiões para manter a Pátria
honrada e digna ao longo da sua
história. Da mesma forma, ao
ouvir na televisão os discursos
proferidos na Assembleia da
República e ao reconhecer em
muitas das caras ali expostas os
erros e as desgraças recentes da
Nação, não pude deixar de lembrar
as gerações de famílias que
expulsaram os judeus, que criaram
a inquisição e que sempre
se governaram bem, durante e
à custa das diferentes fases da
decadência nacional.

HENRIQUE NETO
empresário
netohenrique8@gmail.com

JotaB disse...

Ouvi há cerca de uma hora que o governo espanhol, levando a sério as dificuldades que atravessam, decidiu, entre outras medidas:
- Vender algumas empresas públicas
- Reduzir o número de ministérios
- Acabar com as fundações públicas
- Reduzir drasticamente o número de administradores das empresas públicas
- Etc., etc., etc.

Em Portugal decidiu-se, entre outras medidas:
- Avançar com o TGV
- Construir mais uma ponte sobre o Tejo
- Construir um novo aeroporto para Lisboa
- Construir mais auto-estradas
- Perseguir os desempregados, pois são eles e mais ninguém, os responsáveis pela crise
- E outros etc’s semelhantes

Estas são algumas diferenças que distinguem os políticos sérios dos outros…

JotaB disse...

Vejamos o que se passa a nível das autarquias deste país.

Elas são bem o exemplo do que há de pior ao nível da actuação dos nossos políticos da treta.

NOTA: São dois artigos publicados no semanário JORNAL DE LEIRIA:


Mais de metade das empresas municipais tem resultados negativos

De acordo com o anuário financeiro dos municípios portugueses de
2008, publicado esta semana, mais de metade das 219 empresas municipais
e 30 serviços municipalizados apresenta resultados operacionais
negativos, representando a divida destes organismos cerca de 20% da
dívida total das câmaras.
Segundo João Carvalho, um dos responsáveis pelo anuário, citado
pelo Público, “no global, as empresas municipais estão a agravar as contas
dos municípios”, questionando-se sobre a necessidade da maioria
dessas empresas.
Nos últimos anos, a criação de empresas municipais tornou-
-se uma prática comum, com estas a assumirem responsabilidades
em áreas de actuação que anteriormente estavam directamente
nas autarquias, tendo sido recrutados vários milhares de funcionários
e nomeados centenas de administradores para o seu funcionamento.
Em muitos casos, há quem veja nessas instituições
mais uma forma de colocar militantes dos partidos do que verdadeiro
interesse para os contribuintes cidadãos.


EDITORIAL
Empresas municipais

Se há coisas que as últimas
duas décadas trouxeram que o
nosso País teria dispensado bem,
uma é, sem dúvida, a proliferação
de empresas municipais. Criadas
inicialmente para assumirem
áreas específicas da gestão autárquica,
que a sua complexidade e
dimensão poderia justificar, com
o correr dos anos assistiu-se a um
exagero evidente na utilização
deste tipo de mecanismo administrativo,
que mais não fez do
que agravar a situação financeira
da maioria das câmaras e do
País.
Nem o facto de já há muito se
ter chegado à conclusão de que
era urgente reduzir o peso do Estado
nas contas públicas inibiu os
autarcas portugueses, com a conivência
dos diversos governos, de
desbaratarem recursos humanos
e financeiros na criação e manutenção
destas supostas empresas
que, na maioria dos casos, mais
não são do que organismos que
permitem aos executivos camarários
bastante criatividade contabilística,
bem como a colocação
de mais alguns militantes do
partido que os ajudou a eleger.
Segundo o Anuário Financeiro
dos Municípios Portugueses de
2008, só nas suas administrações,
as 249 empresas municipais existentes
têm duas mil pessoas, todas
elas, naturalmente, nomeadas por
confiança política. A juntar aos
administradores, há que considerar
os muitos milhares de funcionários
que estas empresas empregam,
não se tendo notado, no
entanto, reduções significativas
nos quadros de pessoal das câmaras
municipais. Ou seja, em vez
de se rentabilizarem os muitos
recursos existentes, ajustando as
suas funções e competências às
novas necessidades, contratou-
-se e burocratizaram-se, ainda
mais, os serviços. Não será de
estranhar, portanto, que a dívida
das empresas municipais já represente
20% da dívida total das
autarquias e que a sua criação,
segundo João Carvalho, um dos
autores do anuário, tenha contribuído
objectivamente para o agravamento
da situação financeira
das autarquias. Para agravar este
cenário, só mesmo o facto de a
maioria das câmaras do País continuar
a oferecer serviços sem qualidade
que, em muitos casos, só
atrapalham, atrasam e complicam
os processos que obrigatoriamente
têm que por lá passar. _ JN

Força Emergente disse...

Caro Jota B,


As suas análises e contributos são, como sempre muito certeiros nos temas tratados. Obrigado pela sua excelente e brilhante participação assídua neste blogue.


um grande abraço,
pedro duarte

Lusitano disse...

Caros
Amigos

É melhor começarmos a olhar para a Grécia para vermos o que nos vai calhar na rifa, já foi anunciada a suspensão dos subsídios de Férias e de Natal para os funcionários públicos, possivelmente, ainda lhes vão aos ordenados, parece que a mesma receita vai ser aplicada aos privados, pensões acima de 600 Euros (uma fortuna, como se vê), vão ficar sem 13º mês, muitos cortes em subsídios e outros apoios sociais, enfim, uma reviravolta que vai dar trolha pela certa.
Não pensem que estamos muito longe disso, quem o afirmar quer fazer de nós parvos ou então é pura propaganda, como se viu há dias, basta um pequeno ataque de especuladores na Bolsa e cagamo-nos todos, agora vejam como vai ser, os juros cada vez aumentam mais, se já agora temos de pedir para pagar os juros dos juros, se o que pedimos, para além de ser para além de pagar esses juros é só para comprar comida, já não para equipamentos ou matérias primas, como vai ser daqui para a frente???
De certeza,que o nosso IVA, tal como a Grécia que o aumentou para 23%, vai ter de ser aumentado, os outros impostos irão seguir o mesmo caminho, apesar de jurarem a pés juntos que o não vão fazer, mas olhem para os exemplos anteriores e vejam se se pode confiar nessa gentinha, por outro lado, já não são os Teixeiras dos Santos cá da terra que mandam alguma coisa, é Bruxelas e os seus patrões juntamente com aqueles que cá meteram o seu dinheiro, por isso, o que os pseudo-governantes dizem é apenas um empata, porque a nossa sorte já foi decidida, o resto é conversa da treta.
Não se esqueçam, que os principais financiadores da dívida grega e que agora vão entrar com mais uns milhares de milhões de Euros, são principalmente os alemães e os franceses, e os seus povos já estão a exigir que se ponham os PIGS fora do Euro senão mesmo, fora da UE, e os respectivos governos, que são sensíveis a esses apelos, pois, caso não os oiçam também colocam os seus tachos em risco, certamente não os vão desiludir, por isso, quando dentro de umas semanas nós já não tivermos crédito ou ele se tornar tão caro que já não nos é possível pedir mais, contem com medidas parecidas cá para os bovinos que habitam este rectângulo.
A boa vida acabou-se, comecem a pensar em dizer adeus a muita coisa, que daqui para a frente até vão plantar couves nas varandas se quiserem comer um caldo verde, olhem, que quem vos avisa vosso amigo é, e eu já venho avisando há 24 anos, já estou cansado e farto de falar para o deserto.
Não se esqueçam também, que temos uma Economia de merda baseada em comércio e serviços, e menos subsídios, menos ordenados, mais impostos, juros mais altos nos empréstimos das casas e doutros bens representa menos dinheiro disponível, menos dinheiro representa menos compras, menos compras representam menos vendas, menos vendas representam menos emprego, é difícil perceber o que nos espera ou querem um desenho???
Cumprimentos.

LUSITANO

Lusitano disse...

Caros Amigos,
Como tem ouvido ultimamente, Sócrates e o Papa da Madeira Alberto João, fumaram o cachimbo da paz e agora já são amigos, o A. J. até já disse, que vê com bons olhos a construção do TGV - não sei como é que chegou e em que baseia essas conclusões, se calhar, também fez algum curso de "inginheiro" no último fim-de-semana, quem sabe?), o Aeroporto é que não, ora isso, parece ter sido resultado de Sócrates lhe ter levado um pacote de muitos milhões de Euros.
Então porque é que Sócrates quis ser forreta???
Leve-lhe mais uns milhões e Alberto João, não só aprova o novo Aeroporto comoaté aprova o TGV para a Lua.
E a mim, quanto é que me querem dar, para eu deixar de dizer que o TGV é uma obra que apenas serve a Espanha, algumas empresas e bancos e nos vai endividar até ao tutano???
Eu faço a coisa mais baratinha, dêem-me umas dezenas de milhares de Euros, que eu até aprovo o TGV para a Madeira.
Falo a sério, carago!!!
Cumprimentos.

LUSITANO

Força Emergente disse...

Caro amigo Lusitano,


Gostaríamos de entrar em contacto consigo, para lhe endereçarmos um convite. Agradecíamos que nos contactasse para o mail: forcemergente@gmail.com


cumprimentos,
pedro duarte

Lusitano disse...

..."La boîte de Pandore est ouverte : après la Grèce, quid du Portugal, de l’Espagne, de l’Italie, prochains pays en défaut de paiement ? Combien de fois serons-nous appelés à mettre la main à la poche ? Très rapidement, cette situation deviendra ingérable. Au lieu d’arroser les Français de ses boniments pour mieux leur faire les poches, Nicolas Sarkozy devrait leur révéler le vrai problème : l’euro.
L’euro : le boulet que personne n’ose remettre en cause"...

Caros Amigos,
Isto diz Marine LE PEN no comunicado da FN de 28 de Abril p.p., eu chamo a vossa atenção de que os partidos nacionalistas europeus, e em particular o Front National Francês de Jean-Marie Le Pen, tem vindo a ganhar bastante terreno, principalmente nas eleições regionais, por conseguinte, isso reflecte o descontentamento do povo francês em relação às políticas de Sakorzy, isso pode ter influência no próximo país a ir para o altar do Holocausto capitalista, esse país somos nós, e com esta má vontade igualmente muito demonstrada pelos alemães e até pelos holandeses, fartos de andar a financiar países falhados como o nosso, preparem-se pois já não iremos ter a mesma sorte que a Grécia, pois não é possível ajudar e investir milhares de milhões de Euros em países que são completamente irresponsáveis e incompetentes como tem sido o nosso caso.
A paciência dos cidadãos desses países tem limites e não estão para andar a sustentar gente que não quer fazer nada direito, de forma, que não sei quem nos vai ajudar a sair do buraco, antes, prevejo que vamos ter de vender os anéis e os dedos, pois produção não temos nem para pagar os juros e o resultado está à vista, andam desesperados a emitir títulos de dívida pública não sei é se alguém os vai comprar, a não ser, claro, se forem a juros elevados.
Não sei mesmo quem é que vai pagar esta dívida brutal, a maioria de nós não viverá o tempo suficiente para isso, basta dizer e comparar com o que se passou em 1928, quando Salazar tomou conta das Finanças e depois do Governo deste pais, a divida externa era então de cerca de 44%, demorou 12 anos até 1940 para a reduzir a 5%, agora qual é a nossa dívida actual, será que alguém sabe ao certo???
Com tanta mentira, tenho dúvidas que alguém saiba, mas, é certamente várias vezes o valor de 1928 e nessa altura não estávamos no Euro, nem tínhamos o espartilho da UE, como também não tínhamos as portas abertas, ainda detínhamos a soberania da Nação, o que já não acontece hoje, por outro lado, possuíamos as ex-províncias ultramarinas o que já não é o caso, agora, é só fazer as contas, não se esqueçam que Salazar governou em Ditadura e com a "ajuda" de uma polícia política "meiga" para utilizada "acalmar" os mais nervosos, será que a História se irá repetir???
Normalmente, os remédios eficazes costumam ser os mesmos para as mesmas doenças.
Pensem bem nisto.
Cumprimentos.

LUSITANO

Lusitano disse...

Caros Amigos,

Tal como eu previa, os juros da dívida portuguesa voltaram a aumentar, "coisa pouca", dizem eles, e qual é a "coisa pouca" da nossa dívida total (dívida pública, dívida das empresas públicas e dívida privada), ao estrangeiro, já alcançou os 400 mil milhões de Euros ou também já falta "coisa pouca" para isso???
Já volto.
Até já.

LUSITANO

Lusitano disse...

..."Um país, mesmo que seja uma região num espaço monetário unificado, não pode endividar-se sem limites. No médio ou longo prazo, um défice continuado das contas externas acaba por manifestar-se sob a forma de aumento do prémio de risco, racionamento do crédito ou transferência de activos das mãos nacionais para as mãos de estrangeiros. O ajustamento torna-se inevitável, i.e., a despesa das famílias, das empresas e do Estado tem de ser contida."...

Isto disse Cavaco Silva há 7 anos num debate com Victor Constâncio, e que agora, veio "recordar-nos" desse confronto.
Ora batatas, isso que disse Cavaco Silva e ao que diz agora acerca dos grandes investimentos digo eu, que não sou economista nem político, há 24 anos, nomeadamente no antigo programa de onda aberta de Joaquim Letria, que então passava na RDP1, chamado "Cobras e Lagartos".
Vou falar para aqueles que tem pelo menos mais de 40 anos.
Como se devem lembrar, entre 1975 e 1985 Portugal teve por várias vezes à beira da bancarrota, até o FMI veio para cá tomar conta do quintal, pois bem, se fizerem um pequeno esforço de memória, lembram-se que foi o tempo em que o contabando voltou a ser forma de vida, os carros e as casas andavam a cair de podres, o desemprego grasava, quem não se lembra dos "charutos" que deixavam atrás de si nuvens de fumo e rangiam por todos os lados, isto, para não dizer, que uma boa parte do parque automóvel andava preso por arames, amachucado e com as pinturas todas lixadas, os portugueses vestiam ainda pior do que antes de Abril de 74 e voltaram a ver-se as cotoveleiras e as joalheiras, lembram-se disso não lembram???
Pois bem, quando entramos na CE/UE (ou melhor, quando esse clube cá entrou), em 1986 juntamente com a Espanha, isso valeu-nos um dote de muitos milhares de de milhões de contos (não estou a falar de Euros, estou mesmo a falar em contos), com isso, começaram a cair diariamente nos nossos depauperados cofres, dizia-se, cerca de 10 milhões de contos (50 milhões de Euros) por dia, ora, ao invés de pouparmos ou investirmos em bens reprodutivos, foi um "fartar vilanagem", não foram só as célebres auto-estradas, foi a ponte Vasco da Gama, foi o Centro Cultural de Belém, também conhecido pelo "Centro Comercial de Belém" e mais umas tantas obras de fachada do então 1º Ministro, que por "acaso" já me esqueci quem era, sabem vocês???
(Continua)

Lusitano disse...

(Conclusão)
Como se lembram, todas essa obras dispararam nos custos, o CCB, então, custou cerca de 3 vezes mais, mas não foi só isso, foram os Fundos Sociais Europeus que "promoveram" milhares de cursos que não serviram para nada, pessoalmente, conheci uma moça que "apenas" tirou 6 cursos desses, recebendo a "modesta" quantia - para a época - de 31 contos mensais, claro, que não foi trabalhar para nenhuma dessa áreas, foram os diversos subsídios a fundo perdido para diversos sectores, bem como ao Comércio, que, ao invés de ajudar a modernizar esse Comércio, serviu, na maior parte dos casos, para comprar casas, quintas, montes, jipes e demais prebendas oferecidas aos "sortudos" que tiveram a sorte ou a arte de os receber, foram as imensas negociatas de todos os géneros e calibres, em resumo, foi uma verdadeira festança com banquete real, tudo "oferecido" pelos nossos "camaradas" franceses, holandeses, alemães, etc., só com um senão, tivemos de abater parte da frota pesqueira, andou-se a distribuir dinheiro para se arrancar vinha, olival e parar outras actividades agrícolas, também, a nível industrial, foram mais as fábricas que pararam ou ficaram na mesma do que as que foram modernizadas, foi o momento, em que, com o pretexto das "grandes" obras públicas se abriu as portas à imigração desregrada, não pensando, ou melhor, não se ralando que amanhã essas obras iriam acabar e ficávamos com centenas de milhares de imigrantes nos braços sem que o país tivesse uma Economia real para poder suportar essas pessoas e o resto das suas famílias que entretanto foram chegando, claro, que convém dizer, que esse aparente "Humanisno" apenas tinha como interesse principal a exploração dessa mão-de-obra ilegal, por conseguinte, frágil e à mercê de todos o tipo de máfias, vigaristas e empresários oportunistas, mas dizer isto, não é "politicamente correcto", foi também o período do aparecimento rápido de fortunas não se "sabe donde" e que também ninguém se deu ao trabalho de investigar a origem, foi a compra de carros e casas de todos os tamanhos e feitios, pelo Zé Pagode à custa de créditos fáceis, foi em suma, uma riqueza "inesperada", que, não nos veio duma tia do Brasil, mas dos trouxas dos trabalhadores dos outros países europeus que andaram a contribuir para sustentar esta cambada de tugas indolentes e mais a sua "admirável" classe política e empresarial, foi a orgia total.
E o que é que se fez para combater todo esse desperdício e corrupção, viram alguma coisa???
Eu, pela minha parte não vi nada!!!
Por isso, entendo que a conversa de Cavaco Silva não passa da mais pura das hipocrisias, ele foi o 1º Ministro de todos os 100 anos desta República, que mais dinheiro recebeu "graciosamente" do estrangeiro, e o que é que fez para avisar os portugueses de que aquela "riqueza" era só momentânea e depois teríamos de a começar a pagar, nomeadamente com a abertura de fronteiras a todo o tipo de mercadorias que para cá quissessem enviar os nossos parceiros europeus, foi também o ínicio dos "negócios da China", nomeadamente com as célebres "lojas dos 300", alguém na altura, para além deste vosso amigo e de mais uma pequeno grupo de patetas, se preocupou em fazer chegar ao público avisos para os perigos desse enriquecimento sem continuação???
Claro que não, nem convinha, por isso é que dizem que o consulado de Cavaco Silva foi o "melhor" de todos desde a revolução abrilina, pudera, com tanto dinheiro a jorrar pela porta adentro, até eu era o melhor 1º Ministro deste país, mas, como sou um simplório, não sou fanático e ainda menos me julgo Deus, talvez não afirmasse que: "Nunca me engano e raramente tenho dúvidas ".
Às vezes, vale mais ficar calado...
Cumprimentos.

LUSITANO

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