terça-feira, 6 de abril de 2010

Sinais preocupantes

A Comissão de Inquérito da Assembleia da República apenas conseguiu que o Procurador-Geral da República enviasse o despacho sem as escutas de José Sócrates e Armando Vara. Pinto Monteiro deseja vê-las destruídas a todo o custo, talvez para se livrar do mesmo destino de todos os que já enfrentaram os poderes "executivos" do Primeiro-ministro.

A mentira, os jogos de interesse, as influências, as pressões, os encobrimentos, alinham-se e sucedem-se. Os portugueses observam, em silêncio. Lá fora, o frio ainda dá fortes sinais de crise. A fórmula repete-se: em 2009 as eleições legislativas marcadas para o final do ano mantiveram a "plebe" ocupada com o folclore jornalístico das eleições; em 2010 as eleições presidenciais prometem o mesmo folclore, o mesmo "pão e circo", a mesma falta de medidas do executivo para salvar Portugal da pobreza extrema em que estamos a entrar.

Um ano passou.

Não foram tomadas medidas anti-crise. O desemprego aumenta exponencialmente. Os centros de emprego não dão soluções. O Governo mandou retirar ontem os subsídios a fundo perdido para criação do próprio emprego. A Segurança Social penhora 7.000 contas bancárias de pessoas falidas, em pleno fim de semana da Páscoa.

Maquiavelismo? Não...!!!

O Governo poupou com estas medidas milhões e assim responde fielmente aos deputados-barões europeus que puxam os cordelinhos e que obrigam o PS a cumprir o seu PEC, o mesmo que foi aprovado também pelo "responsável" voto do PSD.

Estes sinais estão à vista de todos.

Mas também do Brasil nos chegam testemunhos gravados, de que esta corrupção, não é senão estratégia política global, da mesma origem: dos defensores da Nova Ordem Mundial. Ora vejam este video da deputada brasileira Cidinha Campos: http://www.youtube.com/watch?v=G-SHAak_stc&feature=email .

Apesar de já serem muitos a diagnosticar a origem da corrupção, poucos ou nenhuns se propõem lutar para verem o seu futuro salvaguardado. É que, meus amigos, o futuro está a desaparecer-nos por entre os dedos, todos os dias...

posto por Pedro Duarte

3 comentários:

JotaB disse...

Mais uma vez, trago aqui os "escritos" de Henrique Neto.
Realço a sua afirmação de abertura, a todos aqueles que procuram a mudança e a sua disponibilidade para o encontrar das melhores soluções para o país:


CRÓNICAS SOBRE O FUTURO

Existe hoje uma enorme
confusão económica,
politica e ideológica
em Portugal e
na Europa, em que
parece evidente que as ideias e as
receitas do passado já não respondem
às realidades do presente.
Apesar disso, os políticos e a
sociedade continuam a pensar e
a agir como se nada, ou muito
pouco, tivesse mudado. O resultado
é naturalmente uma sensação
geral de perturbação e de incapacidade
para encontrar soluções
adequadas de responder aos desafios
da realidade, nomeadamente
no plano económico. Acresce que
no meio da perturbação e da frustração
geradas pelos bloqueios
crescentes e pela ausência de respostas
justas aos mais variados
problemas da sociedade, as soluções
encontradas pelos pensadores
e pelos estudiosos do nosso
tempo são poucas, e, quando existem,
são quase sempre minadas
por pensamentos dominantes e
por ideologias herdadas.
Consciente desta realidade, aproveitarei
este espaço para nas próximas
semanas tentar responder
aos dilemas com que nos confrontamos.
Na continuidade de
um Posfácio que escrevi recentemente
para um livro, Ideias para
as grandes decisões, publicado pela
Revista de Opinião Socialista, ligada
a Manuel Alegre, que escreveu
o Prefácio. Seria bom que aqueles
leitores que se derem ao trabalho
de questionar os pontos de
vista aqui expressos, ou que tenham
a consciência das encruzilhadas
com que nos confrontamos, enviassem
para o meu email, os seus
pontos de vista. Com a nota de
que parto de uma perspectiva política
de esquerda, mas com a disponibilidade
de aceitar outras perspectivas
que possam contribuir de
forma criativa e fundamentada
para inovar, política e socialmente.
Ou seja, estou disponível para
abandonar todas as cartilhas existentes,
que sabemos por experiência
não estão a responder bem
aos problemas do nosso tempo.
Por exemplo, correndo o risco de
afrontar algumas dessas cartilhas,
fundamentarei o principio de que
acabar com a pobreza e a ignorância
em Portugal, objectivo central
de qualquer política séria, é
também do interesse dos portugueses
ricos. A seu tempo retomaremos
o tema.

(continua...)

JotaB disse...

(...continuação)

No início do texto já referido,
intitulado Refundar o Pensamento
Politico da Esquerda e referindo-
me aos bloqueios existentes,
escrevi: “Razão suficiente para justificar
a necessidade e a oportunidade
de uma reinvenção do pensamento
político da esquerda, que
de uma forma simplificada direi
estar prisioneiro dos restos da queda
do Muro de Berlim e das concessões
do socialismo democrático
a práticas liberais de uma certa
versão da economia de mercado,
que defende principalmente
os grandes interesses e coexiste
com a especulação e com a promiscuidade
entre o Estado e os
grandes grupos económicos”.
Presentemente, a grande questão
que está no centro dos problemas
da Europa, reside na dificuldade
de conciliar o modelo
social europeu com a liberdade de
comércio e o livre movimento de
pessoas e de capitais. Sem que haja
uma resposta convincente para
esta questão nada fica resolvido,
num quadro em que os herdeiros
do muro de Berlim continuam a
preconizar o regresso a um passado
que se esgotou e os herdeiros
do liberalismo económico, verdadeiro
ou escondido, respondem
com mais desemprego e com a
redução dos ganhos obtidos pelos
pobres e pelas classes médias. É
esta, essencialmente, a causa do
bloqueio ao progresso que hoje
existe e dos perigos com que a
Europa se confronta, nomeadamente
o desemprego generalizado.
Sabendo-se também que o
retorno ao proteccionismo europeu,
preconizado por uns e abominado
por outros, impediria o
progresso e o desenvolvimento de
muitos milhares de milhões de pessoas
em todo o mundo, bem como
aumentaria os preços de quase
todos os bens de que necessitamos
e, por essa via, reduziria o
nível de vida de muita gente.
Neste contexto, o que aqui
defenderei não é a bissectriz da
terceira via, a qual se dirige apenas
a um dos lados da equação,
mas porventura uma nova utopia,
que acredito realizável: recomeçar
de novo, aproveitando as
coisas boas que existem em todos
os sistemas, para reinventar novas
formas de olhar os problemas do
nosso tempo, sem os constrangimentos
herdados do passado. _
HENRIQUE NETO
empresário
netohenrique8@gmail.com

(PUBLICADO NO JORNAL DE LEIRIA)

Diogo disse...

Bom blog! As pessoas precisam necessariamente de acordar.