domingo, 20 de junho de 2010

Estado desgraça

A tourada continua em Portugal, mas ainda nao há touros no chão. O inquérito parlamentar sobre a influência do Governo no caso TVI provou que este mentiu na Assembleia da República. Pacheco Pereira disse-o a alto e bom som. Todos ouviram. Um único deputado que defende a Constituição Portuguesa. Sócrates mentiu e continuará a mentir. É compulsivo, obcessionado e como todos, está viciado no poder. Descobriu que, se quiser, NADA o pode atingir. Tem isenção diplomática e já controla, dizem, quase todas as áreas da Polícia Judiciária. Uma vergonha. O país assiste a isto e muitos políticos estão coniventes. PS e PSD já conhecem estes métodos e parecem indiferentes. Uns sorriem, outros criticam baixinho, mas deixam passar. Sabem que deste amor Passos Coelho-Sócrates nascerá o maior Governo ditatorial de sempre, contra os mais pobres. Os resultados já estão à vista: os desempregados encurralados entre ficarem sem subsídios de desemprego e sem emprego são até convidados a emigrar por incentivos televisivos:

PORTUGUESES EMIGREM...!!!

É esta a política deste Governo que não cai graças a um político com ar de padre que pretende recriar o estilo de Salazar, mesmo sem estar ainda oficialmente no governo: PEDRO PASSOS COELHO é a causa da DESGRAÇA final deste país que assim cai em total ESTADO DESGRAÇA...

posto por Pedro Duarte

7 comentários:

JotaB disse...

Artigo semanal de Henrique Neto, publicado no semanário Jornal de Leiria:

Crónicas sobre o futuro

Ainda e sempre o ensino

Custa-me voltar à
questão do ensino
pré-escolar, porque
já disse tudo o
que saberia dizer
sobre o assunto,
mas quando leio que existe uma
“quebra abrupta de chumbos no
3º ciclo e no secundário” que se
deve”sobretudo ao número crescente
de alunos que desde 2004
têm sido desviados do ensino
regular para as vias profissionalizantes”,
não posso ficar calado.
A razão é que estou profundamente
convencido de que
o insucesso escolar em Portugal
tem a sua causa principal no
ciclo vicioso da pobreza e da
ignorância que atinge cerca de
um terço das famílias portuguesas
e que faz com que muitas
crianças oriundas dessas famílias
não frequentem com assiduidade
o pré-escolar e cheguem
ao início do ensino básico definitivamente
marginalizadas relativamente
aos seus colegas das
outras classes sociais. E o que
me revolta é que o Ministério
da Educação em vez de investigar
a origem social e o passado
escolar das crianças e jovens
que abandonam a escola antes
de terminar o ensino obrigatório,
descubra mais uma manobra
estatística com o ensino profissional.
Isto é, aqueles que têm
a responsabilidade de usar e
divulgar o conhecimento, são
os que contribuem para o obscurantismo,
neste caso sobra as
causas do insucesso escolar.
Por outro lado, há muitos anos
sou adepto e reclamo mais ensino
profissional e faço-o com
conhecimento de causa, porque
eu próprio sou um produto desse
ensino, já que fiz os cursos
industrial e comercial das antigas
escolas de antes do 25 de
Abril. Todavia, essas eram escolas
de elevada qualidade, com
exames frequentes e, principalmente,
com mestres profissionais
competentíssimos, alguns
dos quais recordo com saudade.

(continua...)

JotaB disse...

Mestres que hoje não existem,
o que, infelizmente, não
tira o sono ao Ministério da
Educação que passou a utilizar
os mesmos professores do ensino
geral, porventura inspirado
no milagre das rosas. Porque
para ensinar profissionais portugueses
a serem serralheiros,
canalizadores, electricistas, operadores
de máquinas CNC, etc, é
preciso bastante mais do que saber
física ou química, além naturalmente
de haver boas oficinas,
hoje largamente inexistentes. O
que também aparenta não ser um
problema para este Ministério da
Educação, verdadeiro centro reprodutor
de ignorância, se a realidade
estatística permitir esconder
o criminoso insucesso escolar
existente em Portugal.
Esta é uma razão pela qual
quando ouço o actual primeiro
ministro arengar com o sucesso
do ensino profissional e quando
tomo conhecimento das manobras
estatísticas do Ministério da
Educação, faço o possível para
debater com os portugueses o crime
cívico que isso representa.
Felizmente não estou sozinho e
ainda hoje li uma entrevista do
Professor Nuno Crato onde ele
comenta a outra recente descoberta
do Ministério da Educação,
de fazer chegar, estatisticamente,
mais alunos ao décimo ano.
Diz ele: “ À partida a medida não
me parece positiva. Dirige-se aos
alunos que reprovaram, portanto
têm dificuldades em seguir as
matérias habituais. E agora vão
ser capazes de fazer um exame
às disciplinas todas, de repente,
para passar? Não faz muito sentido,
a não ser que se esteja a
pensar que os exames vão ser
muito fáceis. Habitualmente não
se legisla sobre assuntos utópicos,
ninguém legisla sobre os
horários em Marte porque ninguém
vive em Marte. Ou é uma
medida absurda, porque não incide
sobre quase ninguém, ou então
está a pressupor que os exames
vão ser muito fáceis.”
O raciocínio de Nuno Crato
é, como diria o célebre detective,
elementar, mas não para as
cabeças do Ministério da Educação.
Nem para o Governo, nem
para o Partido que com ele coabita,
nem para os deputados que
tudo aprovam, com tudo coexistem
e para quem a visão do
futuro de Portugal se limita ao
seu emprego certo e às mordomias
de cada final de mês.
Nenhum País pode ter futuro
com tal gente.

HENRIQUE NETO
empresário
netohenrique8@gmail.com

Diogo disse...

Cabe aos portugueses pegarem nas caçadeiras, nas enxadas e nos archotes e ir procurar estes políticos nas suas casas ou onde quer que estejam, e que façam a justiça que não se encontra nos tribunais.

JotaB disse...

Quase todas as semanas o director do Jornal de Leiria publica as suas “CRÓNICAS SEM TÍTULO”, no referido semanário:


CRÓNICAS SEM TÍTULO

As reformas em duplicado,
quando não chegam mesmo a
ser mais, resultantes da acumulação
de funções públicas,
quase sempre de matriz política,
são uma das vergonhas
do país e de quem o dirigiu, nos últimos 25 a 30
anos. São uma vergonha da democracia. O que
fez parte dos eleitos, foi criar privilégios que os
beneficiassem directamente não se esquecendo
de os alargar de forma por vezes obscena para
mais tarde, sabendo que um dia abandonariam
os lugares para os quais tinham sido nomeados.
É claro que há excepções e bons exemplos de correcção
e competência, mas temos de reconhecer,
lamentavelmente, que boa parte dessa gente não
devia ter ganho o que ganhou e muito menos ter
criado privilégios e vantagens, assumidas depois
como direitos adquiridos. Retirar-lhes essas vantagens
só pecará por ser já tarde demais. Não
venham cá com a história do Direito ou da Constituição
que poderá ser rasgada se servir para dar
cobertura a este tipo de situações.
O governo devia ter a coragem de publicar
uma lista de todos os que conseguiram esse tipo
de privilégios desde o 25 de Abril. Estou em crer
que se essa informação circulasse, em suplementos
de jornais, provocaria uma indignação social
capaz de obrigar a que se corrigissem essas claras
e violentas injustiças sociais. O salário mínimo
nacional é ainda inferior a 500 euros, havendo
muitos portugueses que trabalharam a vida
inteira, a favor do desenvolvimento do país, para
terem hoje uma reforma que mal lhes dá para
sobreviver. E nesta matéria, não venha este ou
aquele, governo ou partido, dizer que nada tem
a ver com isso. Foram privilégios criados pela
ávida gente do poder que mentiu aos portugueses,
quando disse que se candidatava para defender
interesses gerais. Basta olhar para perto de
nós para se perceberem os critérios que estão na
base da escolha dos candidatos a deputados e a
autarcas e a forma como são escolhidos os nomeados
para tantos lugares que por aí há. Os valores,
os princípios e a identidade ideológica pouco
contam.
É por isto perfeitamente pertinente a denúncia
do candidato à Presidência da República, Fernando
Nobre, sobre a questão das reformas em
duplicado. É óbvio que ele o faz em campanha
eleitoral, sabendo que alguns dos seus principais
opositores na corrida a Belém gozam dessa acumulação,
conseguida nalguns casos de forma bem
escandalosa. O que o primeiro governo de Sócrates
fez foi pouco quando afrontou privilégios e
cooperações. Seria oportuno voltar agora ao assunto.
Se o fizesse não seria demagogia, mas sim
sinal de clarividência e coragem e de cumprimento
das expectativas que criou. Por outro lado,
dava um sinal objectivo de que quererá corrigir
a crise em que vive o país, usando outras ferramentas
que tem à mão e que vão para além da
subida da carga fiscal. A maioria dos portugueses
ficar-lhe-ia grata e reconhecida, se o fizesse.
E eu também.

José Ribeiro Vieira

Lusitano disse...

DEMOCRACIA-CRÓNICA ANEDÓTICA DUM REGIME

Houve em tempos, um realizador português, Leitão de Barros, que nos fins dos anos 20 e ínicio dos anos 30, fez um documentário sobre os usos e costumes de Lisboa, a que chamou; "Lisboa-Crónica Anedótica", pois bem, vem a propósito o podermos aplicar esse título a esta democracia de cordel que pretende governar a Europa.
Vem isto no seguimento à "genial" ideia do Sr. Sapateiro, aqui nosso vizinho, de querer que os Orçamentos de cada país tenham de ser previamente aprovados por Bruxelas, ora pergunto eu: mas isso faz sentido?
Isso não é retirar o pouco de liberdade que ainda resta aos parlamentos de cada país?
Isso não é acabar de vez, com a ténue soberania que ainda resta nesta almálgama de países e nações a que resolveram chamar União Europeia???
Não existem comissões, ditas de "acompanhamento", que não acompanham nada - tanto assim é, que, pelos vistos, a Grécia (e não só) aldrabou os orçamentos e parece que ninguém deu por nada - tendo a Economia desse país atingido o estado calamitoso a que chegou, acabando por arrastar todos os outros países para esta crise sem fim à vista.
Que raio de democracia é esta???
Das duas uma; ou esta "solução sapateirista" é uma passagem de certificado de menoridade aos parlamentos nacionais, ou é uma forma mais ou menos encapotada de dizer, que afinal a UE não é um agrupamento livre de países mas sim uma federação de Estados, só assim se compreende esta ideia, ou em alternativa, o Sr. Sapateiro pode ter chegado à conclusão que é tão incompetente, que, para se livrar de chatices, quer, que antes de apresentar os seus Orçamentos ao seu país, Bruxelas dê o seu aval, ficando assim com as costas protegidas, mas, passando um atestado de estupidez aos deputados espanhóis, que desta maneira, se vêem reduzidos a marionetas ou ao papel de patetas.
Claro, que tudo isto tem antecedentes, a entrada de muitos países, senão mesmo da maioria, na UE, fez-se de forma arbitrária, os governos decidiram e decidiram também não passar cavaco a ninguém, numa prova fabulosa e inegável das virtudes da "democracia", podem dizer o que quiserem desde que façam o que eu quero, os ditadores "fascistas" não fariam melhor, mas a coisa não fica por aqui, claro, que a "simples" adesão a essa cacofonia política e cultural tinha de ser seguradada sob pena da "harmonia" europeia descambar em desarmonia, para isso, houve que arranjar um "código" que mantivesse debaixo de ordem os bovinos europeus, inventou-se então uma "Constituição Europeia", assim, à moda da normalização do Código da Estrada, mas, como ainda não se tinha operado a completa bovinação, foram a votos para aprovação da mesma convencidos que a coisa ia passar, o resultado foi tudo ter ficado em águas de bacalhau, com a lição aprendida e com ameaças sobre quem não aprovasse a submissão total, lá inventaram um sucedâneo e desta vez foi para valer, aí temos em pleno o celebérrimo "Tratado de Lisboa" que, duvido que 99% da população europeia saiba o que lá vem escrito e determinado, mas, claro, tudo em boa harmonia e paz "democrática".
(continua)

Lusitano disse...

(Conclusão)
Nos entretantos, ainda houve a célebre invenção (estes europeus sairam-me cá uns "inventores"...), do Euro, a moeda mágica que tudo resolvia!!!???
Claro, mais uma vez, houve muitos países que demonstraram a sua "plena democracia" entrando nesse clube, novamente sem passar cavaco a ninguém, tratando os seus concidadãos (ou serão escravos???), como uma cambada de mentecaptos (que na realidade são, senão, não aceitariam a canga em cima do lombo que esta gente lhe impõe), dignos da piolheira mais rasca, incapazes de tomarem participação no seu futuro, agora, parece que o Euro anda aí pelas ruas da amargura, qualquer dia nem para papel higiénico serve, estando eu convencido, que muitos cidadãos de alguns países desejaríam volta à sua antiga moeda, mas enfim, foi obra duma resolução democrática, por isso, siga a festa...
E é assim, que a democracia europeia se vai transformando cada vez mais numa "crónica anedótica", o problema, é que, quem se lixa e paga as favas no fim somos nós.
Parece-me, que está na altura de começarmos a despertar deste sono letárgico e começar a abanar as orelhas em sinal de descontentamento, os blogues muito podem fazer por isso, são ainda a última tribuna mais ou menos livre que nos resta, a continuar assim, qualquer dia, temos de se pedir primeiro autorização a Bruxelas para se poderem publicar as opiniões de cada um.
Cumprimentos.

LUSITANO

Anónimo disse...

Caro amigo Lusitano,


também o PPC à moda do Sapateiro propôs que os orçamentos autárquicos sejam fiscalizados pelo Governo previamente, o que faz sentido. Mas no nosso país, faça o que se fizer já nada adianta. A corrupção política já só vai lá com agitação nas ruas, e da feia...