quarta-feira, 16 de junho de 2010

A força que ainda não temos

De regresso à "civilização", sinto de novo a impotência que desde há muito me tolhe os sentidos, mas não os movimentos.
Não percebo que raio de gente é que somos.
Bom, para ser sincero até já percebo. Mas devo confessar que ainda levei algum tempo.
Quase um ano.
Foi o tempo passado em contactos ou tentativas disso, com quase todos os principais dirigentes dos chamados pequenos partidos, algumas Associações, Movimentos associativos e personalidades de referência na sociedade Portuguesa.
Sempre fizemos questão em frisar que da nossa parte não procurávamos protagonismo ou quaisquer objectivos pessoais de natureza politica.
Aquilo que entendíamos e entendemos, é que para enfrentar esta camarilha instalada com possibilidade de sucesso, é preciso termos força, o que só conseguiremos quando for possível agruparmo-nos numa qualquer plataforma de entendimento que possa servir para nos apresentarmos perante o poder instalado com capacidade reivindicativa ou mesmo de afrontamento.
Foi para isso que antes das eleições de Setembro de 2009, constituímos a Plataforma de Intervenção Cívica que deveria ser dirigida por uma personalidade independente, para o que na altura foi indigitada a professora Manuela Magno.
Nada do proposto tinha conteúdos ideológicos ou programáticos.
Partimos sempre da mesma base.
O Sistema politico não serve, porque a maioria das gentes que o integram não prestam, são corruptas, incompetentes, irresponsáveis e incapazes de conduzir uma acção política séria e com visão estratégica que permita o desenvolvimento do País.
Para isso seria necessária uma revisão das Leis Eleitorais de forma a garantir-se o tão propalado mas inexistente Regime Democrático.
Ao povo cabe o direito de escolher ou rejeitar aqueles que ao exercerem cargos públicos não cumpram as premissas eleitorais apresentadas.

Aceitarmos que gente que rouba, mente e nos compromete o futuro, continue a "governar" sem nada fazermos, é irmos passando atestados de estupidez a nós próprios.
É isso que vimos fazendo até hoje.
O curioso é que continuamos a não ver ninguém a tomar iniciativas que de forma clara e e directa exija responsabilidades por tudo o que se vem passando.
Sentimos um Povo a arrastar-se ao som das "vuvuzelas" e parece que está tudo a dormir.
Caros amigos.
Esta gente que vai afundando o País, não presta. É cobarde. Fugirá ao primeiro toque de corneta, se conseguirmos um razoável grupo de "tambores".
É isso que até hoje nunca conseguimos. Por isso ainda não temos força.
Mas, estamos disponíveis para tocar em qualquer orquestra.
Que apareça o maestro.
Estamos mesmo convencidos que com a degradação continua a que continuamos a assistir, dentro de algum tempo teremos de nos preparar para um "palco de batalha". Não sabemos quais poderão ser os instrumentos, mas esta associação nunca será um porto de abrigo.
Aqui estará certamente um posto de combate pela reposição da dignidade e pela exigência de responsabilização criminal dos principais mentores e responsáveis pelo esbulho nacional que há tantos anos vem sendo praticado.

posto por Carlos Luis

1 comentário:

JotaB disse...

O ps e o psd têm-se alternado no poder. São estes os principais responsáveis pelo estado em que o país se encontra. Não consigo distinguir qual deles foi mais nocivo e qual deles tem um maior número de criminosos nas suas hostes.
Mas os outros partidos com assento parlamentar, são igualmente culpados, pois têm sido coniventes.

Puseram-nos na miséria, a passar fome, sem esperança no futuro, ao mesmo tempo que as suas contas bancárias engordavam. Apoderaram-se daquilo que era público, produziram leis obscenas para se protegerem, riram-se e riem-se na nossa cara.

Portugal só terá futuro quando tivermos a coragem de sentar os responsáveis no banco dos réus, para que sejam julgados pelos crimes cometidos.

Adianto duas sugestões para acabar com este estado de coisas:
1- Derrubar esta corja à força, pois as leis que eles fizeram não permitem outra opção.
2- Recusa do pagarmos impostos, até ao surgimento de um Governo que trabalhe para Portugal e para os Portugueses.

Haverá outras, tão ou mais válidas do que estas. A surgirem, terão o meu apoio incondicional.