sexta-feira, 11 de junho de 2010

Pereiras e tomates

Será que apenas existe um homem de visão na comissão parlamentar de investigação do caso TVI?

Pacheco Pereira, um homem com tomates, que enfrenta o próprio Mota Amaral - também do PSD, um político carreirista que ronda a senilidade de tantos outros que se arrastam na política só porque algum dia tiveram um cargo de relevo, mas que actualmente não fazem qualquer sentido no contexto social actual já que estão completamente desactualizados e servem apenas os interesses da corrupção instalada nas máfias de colarinho branco dos partidos que governam o nosso país.

Mota Amaral entregou as escutas de Sócrates sob o título confidencial aos deputados. Ou seja, a Assembleia da República fica a par da corrupção "oficial" do 1.º Ministro, mas à porta fechada. Os portugueses não podem tomar conhecimento oficial, apesar das escutas já terem sido publicadas no jornal Sol. Afinal de contas que merda de país é este? Andam todos a brincar com a cara do povo, na cara do povo? Mas que pouca vergonha é esta? Só Pacheco Pereira é que defende os interesses da justiça social popular? Afinal de contas os deputados são todos maçons ou da Opus Dei? São, por acaso uma sociedade secreta que exerce um poder de sinarquia, para alguns, contra os mais elementares princípios da República Portuguesa e da Democracia?

O sistema está podre. É preciso fechar as portas da Assembleia da República e começar um sistema novo, sem políticos corruptos, sem máfias interpartidárias, sem alianças centrais PS-PSD, sem Jaimes Gamas, sem Motas Amarais e, mais importante, sem Cavacos, Sócrates e Teixeiras dos Santos. E até sem Manuéis Alegres, que dizem hoje e desdizem amanhã, com a maior cara de pau...!!! Eles não se vão embora. É preciso ensinar-lhes que não podem rir-se da Constituição Portuguesa, enxovalhá-la e escarnecer assim dos direitos dos mais pobres. Todos os cidadãos têm direito a excluir a corrupção política.

Vamos exercer o nosso direito soberano...!!!

posto por Pedro Duarte

8 comentários:

JotaB disse...

Chegou a hora de arrogarmos os princípios consagrados no Artigo 13.º da Constituição:

Artigo 13.º
Princípio da igualdade
1. Todos os cidadãos têm a mesma dignidade social e são iguais perante a lei.
2. Ninguém pode ser privilegiado, beneficiado, prejudicado, privado de qualquer direito ou isento de qualquer dever em razão de ascendência, sexo, raça, língua, território de origem, religião, convicções políticas ou ideológicas, instrução, situação económica, condição social ou orientação sexual.


E de exercermos o direito que nos assiste e se encontra consagrado no seu Artigo 21.º:

Artigo 21.º
Direito de resistência
Todos têm o direito de resistir a qualquer ordem que ofenda os seus direitos, liberdades e garantias e de repelir pela força qualquer agressão, quando não seja possível recorrer à autoridade pública.


Tendo em conta o consagrado no seu Artigo 1.º:

Artigo 1.º
República Portuguesa
Portugal é uma República soberana, baseada na dignidade da pessoa humana e na vontade popular e empenhada na construção de uma sociedade livre, justa e solidária.

JotaB disse...

Crónica de HENRIQUE NETO, publicada no último JORNAL DE LEIRIA:


Crónicas sobre o futuro

O negócio da Vivo

É cada vez mais visível a influência, para não
dizer o mando, que algumas grandes empresas
e grupos económicos exercem sobre o
poder politico em Portugal. Há dias o Presidente
da Telefónica veio a Portugal para
defender a bondade da sua oferta de comprar a participação
que a PT detém na empresa brasileira Vivo e
não o fez junto do primeiro ministro, do Presidente da
República, da Caixa Geral de Depósitos, ou dos muitos
accionistas, nacionais e estrangeiros, da PT, para se
avistar apenas com o Presidente do BES. Ele lá saberá
as razões porque o fez, mas resulta certamente da conhecida
influência política que este grupo empresarial há
muito detém nos mais diversos níveis da nossa vida
económica, nomeadamente em matérias que dependem
dos governos. Recordo, por exemplo, a rejeição da Opa
da Sonae sobre a mesma PT, ou os obstáculos colocados
à compra da Galp pelo BPI, ambos os casos envolvendo
operações contrariadas pelo BES.
Situação semelhante se passa com a Mota Engil, por
exemplo no caso do Terminal de Contentores de Alcântara,
em que o PS votou contra a decisão aprovada
na Assembleia da República pelos partidos da oposição,
no sentido de impedir a renovação do contracto
da Liscont sem concurso público e com condições altamente
penalizadoras do interesse nacional, conforme
julgado pelo Tribunal de Contas, o que justificou um
texto meu publicado no jornal Expresso. Ou o caso, no
mínimo escandaloso, da candidatura portuguesa à realização
de um famoso torneio de golf em território nacional,
na zona da Comporta, onde não existe ainda nenhum
campo de golf, sabendo-se que alguns dos melhores
destinos do mundo para esta actividade desportiva estão
no Algarve. Ou a plêiade de PIN,s- Projectos de Interesse
Nacional, aprovados pelo actual governo, que são
uma descriminação a favor de alguns grupos económicos,
com o prejuízo da maioria das empresas portuguesas
que têm de cumprir as leis e as regras ambientais e
burocráticas de que estes privilegiados ficaram isentos.
Não espanta portanto que muita gente se queixe de
que na actual conjuntura económica e financeira de crise
os sacrifícios exigidos aos portugueses sejam muito
mal distribuídos. Na medida em que o Governo protege
das formas mais variadas as chamadas empresas do regime,
bem como os seus gestores, sem que se saiba quais
os critérios utilizados em cada caso. Um favorecimento
exemplar é o do computador Magalhães, em que a Comissão
de Inquérito da Assembleia da República, bem como
a Comissão Europeia, não descortinaram a razão por que
foi o negócio, superior a mil milhões de euros, dado à
empresa JP Sá Couto e não a outra, ou outras, na medida
em que não existiu qualquer concurso ou tão só qualquer
concorrência.
Voltando à Vivo, o primeiro ministro afirmou recentemente
que a golden share que o Estado tem na PT é
para ser usada quando necessário. Trata-se de José
Sócrates no seu melhor, dizendo uma coisa e pensando
fazer a outra, porventura a oposta. Por isso, não vale
a pena perder tempo com alguns arroubos patrióticos
que se tem verificado, porque, ou muito me engano, ou
o primeiro ministro e o Governo não vão mexer uma
palha para contrariar a venda da Vivo, logo que o BES
e companhia se decidam pela venda, como é provável.
Aliás, acerca desta operação é espantoso que até ao
momento ninguém se tenha preocupado em saber o
valor total do investimento feito pela PT na Vivo, no
sentido de determinar o resultado final, para se deliciarem
apenas com o potencial encaixe de 6,5 mil milhões
de euros. Quando isso acontece alguma coisa estará a
ser escondida.

HENRIQUE NETO
Empresário
netohenrique8@gmail.com

Lusitano disse...

Isto vão vai lá, senão com um terramoto igual ao de 1755.
O clientelismo está de tal modo instalado, que é minha plena convicção, de que não há lugar importante ou que tenha influência sobre qualquer coisa desta Nação (perdão, aqui do acampamento, a Nação há muito que se foi, Nação não é "honra" pois não? Então pode-se vender!!!), que não seja ocupado por alguém portador de um cartão, seja ele rosa, amarelo, vermelho, ou qualquer outra cor, é preciso é ter cartão.
Não sei como se pode denominar aqui o sistema, se cleptocracia, autocracia, plutocracia, despotismo ou raio que o parta, o que sei é que os "heróis" de Abril, andaram a convencer-nos que tinham feito a revolução para acabar com o "fascismo" e em troca arranjaram-nos um regime que ainda é pior (o Salazar ao pé destes fulanos era um santo, para além, de que, sob a sua égide a Pátria não era negociável nem se vendia), não sou só eu que o digo, muita gente o diz e muitos mais pensam o mesmo.
O que todos vimos é que os mais ricos (muitos deles, antigamente, pés descalços), cada vez são mais ricos e os mais pobres cada vez mais pobres são, se a isto chamam "democracia" vou ali já venho.
O que mais me confrange, é a total ausência de opinião expressa por parte desses "heróis" que aindam andam por cá, só posso chegar à conclusão, que afinal era isto o que queriam, ou então não tem um pingo de vergonha na cara, pois se fossem assim tão "heróis" e tão defensores da verdadeira democracia, já há muito tinham opinado sobre esta completa destruição do que resta aqui do quintal, fora da sujeição a um regime de pré-escravatura aque estão a submeter aqui o Zé Pagode (se calhar, foi por isso, que o ex-ministro dos "corninhos", foi à China tentar vender mão-de- obra nacional, lembram-se?), como quem não fala consente, que cada um tire as suas conclusões sobre esses "artistas", eu já tirei as minhas há muito!!!
Duma coisa podem estar descansados, isto já não tem cura.
Um abraço

LUSITANO

Diogo disse...

Não basta fechar as portas da Assembleia. É obrigatório que não reabram. A Internet já permite a Democracia Directa. Porquê tantos chulos de permeio?

JotaB disse...

Medina Carreira esteve na Marinha Grande, durante as jornadas comemorativas
do 47º aniversário do Jornal da Marinha Grande e a convite do referido jornal.
Aqui fica o artigo, publicado no Jornal de Leiria, que nos dá conta da intervenção de Medina Carreira:

Medina Carreira crítico em conferência na Marinha Grande

“O País está a fazer o percurso da loucura”
Medina Carreira, é peremptório: “o
futuro de Portugal não está nas
nanotecnologias, biotecnologias
ou em qualquer outras tecnologias.
Temos de nos voltar para a terra
se quisermos sobreviver a este mundo
globalizado e à crise.”
Dizendo que “o País está a fazer
o percurso da loucura”, uma vez
que “há 12 anos que importamos,
dia-a-dia, 50 milhões de euros de
dívida”, Medina Carreira pediu uma
reforma radical dos procedimentos
e do Estado.
O antigo membro do I Governo
Constitucional (entre 1976 e
1978), responsável pelas negociações
de um empréstimo no valor
de 750 milhões de dólares ao FMI,
nos primeiros anos da democracia,
fez uma análise à situação das
finanças e economia portuguesas
durante as jornadas comemorativas
do 47º aniversário do Jornal
da Marinha Grande, intituladas
Marinha Grande, que futuro?, que
decorreram no sábado e que contaram
ainda com a presença do
empresário e antigo deputado do
PS, Henrique Neto, Paulo Bártolo,
responsável pelo Centro para o
Desenvolvimento Rápido e Sustentado
de Produto do Instituto
Politécnico de Leiria, Manuel Queiró,
do Forum Centro Portugal, e
Alfredo Marques, presidente de
CCDRC.
Sem papas na língua, Henrique
Medina Carreira meteu o dedo na
ferida e nomeou, um por um, os
males que levaram a República ao
estado actual: o fim das fronteiras
e dos direitos aduaneiros, o euro,
a concorrência de Leste e a globalização.
“O ensino não presta e não vão
ser as ciências que vão dar trabalho
aos portugueses. Só se fala em
inovação e empreendedorismo mas
não sei o que isso quer dizer. Só
conheço a palavra ‘trabalho’. Não
vale a pena estar a criar novas tecnologias
porque, logo de seguida,
vêm os chineses que as copiam e
vendem por um quarto do preço e
com a mesma qualidade”, disse,
referindo ainda que o sector tecnológico
apenas pode dar trabalho
a uma franja pequena da população.
“Umas 500 pessoas”, calculou
com ironia.

Jacinto Silva Duro
(continua...)

JotaB disse...

DISCURSO DIRECTO

Não temos uma democracia,
mas uma brincadeira, pelo
menos, enquanto os deputados
forem escolhidos pelos partidos,
entre os que “não fazem barulho”.
- A Assembleia da República é
uma espécie de delegação do
Instituto do Emprego e Formação
Profissional. E alguns de
vocês, que estão aqui presentes,
sabem-no porque já usufruíram
dele.
- Há 12 anos que importamos,
dia-a-dia, 50 milhões de euros
de dívida.
- Os chineses copiam tudo, das
bandeiras de Portugal à Senhora
de Fátima.
- Só se fala em inovação e
empreendedorismo mas não sei
o que isso quer dizer. Só conheço
a palavra ‘trabalho’

Como sair da crise?
Medina Carreira aponta várias
linhas de actuação: “preparar
bem os alunos na escola sem
lhes oferecer os diplomas; diminuir
os custos de produção, do
trabalho e a massa salarial;
aumentar a poupança bancária;
diminuir o endividamento do
Estado; reduzir o pessoal e as
prestações sociais de que beneficiam
seis milhões de portugueses;
reduzir o peso do sector dos
serviços e aumentar o da pesca,
agricultura e indústria.”

Lusitano disse...

Mais uma vez, é curiosa esta coincidência entre aquilo que uma figura pública diz e aquilo que eu defendo, a diferença é que faço essa defesa há mais anos do que Medina Carreira, para ser mais preciso, desde 1985, ou seja, desde a altura em que a CEE/UE entrou em Portugal (não, não foi Portugal que entrou paraa CEE/UE, foi o contrário).
Acerca do retorno há terra, ainda há poucos dias tinha escrito um comentário sobre isso mesmo, aliás, é uma defesa que faço desde sempre, talvez por descender de famílias de agricultores, no caso da parte materna, posso dizer que na aldeia de minha mãe, aqui na zona Oeste, os vinicultores amanhavam nos anos 60/70 cerca de 1.000 pipas ou qualquer coisa como 500.000 litros de vinho por ano, hoje em dia se amanharem meia dúzia de pipas é já muito e é principalmente para consumo próprio.
Como o vinho o mesmo aconteceu com o trigo, o milho e outros produtos, agora, os poucos resistentes que ainda lá vivem, são na sua maioria demasiado velhos ou trabalham noutros sectores, da terra é que já pouca gente ganha o seu pão, como esta aldeia, milhares de outras por esse país fora encontram-se na mesma situação.
Então se formos para o interior mais profundo, a maioria das terras estão desabitadas ou vivem lá apenas os velhos, como querem então que haja produção agrícola nacional???
Um dos grandes coveiros da agricultura e do Interior foi o Senhor nascido em Boliqueime quando exerceu o seu consulado de 1º Ministro,
Graças à sua incapacidadede ver o país real, ordenou o fecho de centenas de quilómetros de vias férreas, as quais serviam centenas de terras que dum um dia para o outro ficaram sem um meio de transporte, muitas vezes único, que as ligava aos pólos maiores, assim, ou essas pessoas tem carro próprio (quando tem estradas), ou vão a pé, essa foi uma das causas principais da desertificação do Interior.
Agora, até com o pretexto de obras de melhoramento e electrificação fecharam o que restava de boa parte de linhas no Alentejo, mas quando electrificaram quer a linha do Sul, quer o troço do Barreiro para Pinhal Novo não foi necessário encerrar linhas nenhumas, e aliás, assim tem sido desde sempre, ainda por cima o troço entre Casa Branca e Évora tinha recentemente sido renovado, qual o motivo então para o encerramento???
Será para justificar o TGV???
(continua)

Lusitano disse...

(conclusão)
Ao contrário desta gente, o grande estadista que foi Salazar desenvolveu a rede ferroviária dentro dos possíveis (naquela altura não havia dinheirinho da UE, era tudo feito com a prata da casa), tudo fazendo para manter as pessoas nas suas terras, cultivando e alimentando o povo português que chegou a uma autonomia alimentar de quase 100%, estes cavalheiros ditos "democratas", pelo contrário, tudo tem feito para correr com as populações desse Interior esquecido e desprezado, dessa forma, depois já tem argumentos para fechar escolas, maternidades, centros de saúde, hospitais e outros apoios sociais "Não há população suficiente que justifique esses equipamentos", dizem esses cretinos que se intitulam "governantes", mas "governantes" de quê e para quê? Para arruinarem este velho Portugal???
Um dia quando esta ralé for toda corrida e eu tenho esperanças disso, talvez se venha a conhecer todos os danos que provocaram a esta Nação e a este povo, até lá andamos embrulhados nestas "telenovelas" propagandísticas querendo-nos convencer que vivemos no mehor dos Mundos e que a causa desta situação lastimável a que chegámos é culpa dos "especuladores internacionais" e da conjuntura internacional.
O Tanas! É mas é devido à absoluta incompetência destas criaturas que escalaram o Poder, o resto é conversa para entreter totós, será que outros países como a Suissa por exemplo também não pedem dinheiro a esses especuladores ou cai-lhes do céu???
A Força Emergente bem poderia, se quiserem, dar uma ajuda para um melhor esclarecimento a este povo que anda de saco enfiado pela cabeça abaixo, como associação cívica que é, pode e deve usar outros meios que não apenas este blogue, que tem umas tantas pessoas mais ou menos fiéis que o seguem, mas são muito poucas para poderem ter qualquer influência nesta situação miserável em que nos encontramos.
Espero, que não seja mais uma Associação com muito boa vontade mas que se fica por aí.
Se for para andar para a frente, certamente haverá quem esteja interessado, eu posso incluir-me nesse grupo.
Um abraço.

LUSITANO