A notícia caiu como uma bomba. A população incrédula correu para junto da Câmara Municipal. Perdão, Junta de Freguesia.
Nada fazia prever este desfecho.
O governo, ao que parece forçado pela crise que agora surgiu, tinha anulado o concurso para mais um troço do TGV.
Os comentários que ao acaso se podiam ouvir nas ruas, eram de uma total incredibilidade perante esta infeliz decisão.
Os representantes das forças vivas locais, começaram de imediato a encaminhar-se para o Auditório Municipal onde desde logo surgiram as primeiras ameaças de boicote.
João Penteado em representação da Lagoa do Calvo, Caló de Foros do Trapo e Maria Angelina de Lagameças não conseguiam conter a revolta.
O espaço, uma adega desactivada embora ainda com algum produto disponível, foi-se enchendo e o burburinho aumentando.
João Celestino, presidente da Junta em exercício, muito a custo conseguiu tomar a palavra.
O ambiente há muito que já fervia. Agora bastava chegar-lhe um pouco mais de chama e o João não perdeu tempo.
Apresentou 3 propostas;
Ameaçar josé socrates que lhe iriam chamar aldrabão.
A populaça presente assobiou e disse que isso não adiantava, pois há muito que já se sabia.
Avançou então com a hipótese de cortarem os acessos locais e suspenderem a saída de produtos da região.
No meio dos nervos, houve risota geral e até algumas inconveniências, pois perguntaram-lhe se seria ele que ainda teria alguma garrafa de vinho para vender!
Então, num rasgo de grande visão politica, avançou com a última sugestão.
Propor a ida a S.Bento de uma comitiva local chefiada por Anacleto Caló.
Nada melhor que um cigano para lidar com aldrabões e vigaristas. A populaça ao rubro, aplaudiu.
Finalmente iriam conseguir ter alguém para dialogar ao mesmo nível.
Não irá tardar muito para a linha ser reposta. Eles sempre se entenderam.
posto por Carlos Luis
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Há 21 horas
3 comentários:
TGV
O troço de alta velocidade ferroviária Poceirão-Caia, arrancará no primeiro trimestre de 2011 e até Outubro avança o processo de expropriações (???)
O concurso público para a construção do troço Lisboa-Poceirão, foi anulado.
…E IREMOS TER UM COMBOIO QUE LIGARÁ NENHURES A COISA NENHUMA…, MAS QUE IRÁ CUSTAR AOS CONTRIBUINTES UMA PIPA DE MASSA…
Provavelmente irá acontecer o mesmo que eu vi acontecer a diversos equipamentos que morreram encaixotados, na obra megalómana do Empreendimento Agro-industrial do Cachão, já lá vão algumas dezenas de anos.
Crónica semanal de Henrique Neto, publicada no semanário Jornal de Leiria:
Crónicas sobre o futuro
Prever o futuro, aprender com o passado
Estas crónicas semanais
têm como motivação
principal fazer
a pedagogia de estudar
e prever o futuro
junto dos leitores, como expliquei
no início da sua publicação. Porque,
sem o interesse, ou a capacidade,
de prever as tendências
futuras, as decisões dos governantes,
dos dirigentes das empresas
e até das famílias, raramente
serão as adequadas e dificilmente
resistirão ao efeito erosivo do
tempo. Foi, aliás, essa incapacidade
de prever o futuro da economia
mundial e nacional, da parte
dos últimos governos, que conduziu
a nossa economia e as finanças
públicas para o atoleiro em
que agora nos encontramos. Quando
tudo o que aconteceu era, há
dez anos, facilmente previsível e
teria sido relativamente fácil orientar
a economia e as finanças portuguesas
num outro sentido.
Para que os leitores possam
compreender isso mesmo, de que
teria sido possível evitar o actual
descalabro da economia portuguesa,
apontarei nesta e nas próximas
crónicas um pouco do que
foi publicado nas duas moções
que Carlos André, Pereira da Silva
e eu próprio apresentámos ao
XII e XXIII congressos do Partido
Socialista em 2001 e 2003. Por
exemplo, no Capítulo 8 sob o título
Uma Economia Competitiva,
escrevemos: “Conforme previmos
na moção Portugal Primeiro a
situação económica do Pais não
é boa, apesar de todas as teses em
contrário que foram sustentadas
ao longo dos anos dos governos
de António Guterres, em que se
criou a ilusão de uma economia
de sucesso, quando o estudo prospectivo
da economia portuguesa
no contexto da evolução da economia
mundial e a própria realidade
vivida nas empresas, indicavam
de forma clara que não era
assim. Mesmo agora, quando se
tornaram mais evidentes as dificuldades
orçamentais e se tornou
mais óbvio que a situação negativa
da economia tem causas estruturais,
ainda não se está a enfrentar,
com a objectividade suficiente,
a questão determinante e que
é a fraca competitividade da economia
portuguesa e, menos ainda,
se desenvolve qualquer estratégia
nacional capaz de superar
esta fragilidade. Mais grave, neste
contexto, e lamentável é que se
continue a procurar resolver, uma
vez mais, os problemas orçamentais
através do recurso, quase único,
da contenção salarial, quando
a verdade é que a estratégia
económica baseada em baixos
salários é a responsável principal
pela incapacidade competitiva da
nossa economia, como tentaremos
demonstrar nesta moção.”
(continua...)
O texto então apresentado
continuava no mesmo registo:
“ o Governo do PS e agora o do
PSD, insistem na manutenção
das mesmas receitas económicas
que conduziram Portugal à
difícil situação em que se encontra
e a uma penosa marginalidade
no contexto europeu e mundial.
Por exemplo, o que foi a
abertura do Pais à imigração,
senão uma forma de facilitar a
vida das empresas mais retrógradas
e mais incapazes de reformar
o seu modelo competitivo,
senão perpetuar uma economia
baseada no baixo custo da mão
de obra? “Continuámos a seguir”:
“Devemos, portanto, compreender
que não existirá verdadeiro desenvolvimento
económico em Portugal
com o modelo económico
que tem sido prosseguido,
essencialmente porque não contribui
para resolver a mais óbvia
dificuldade da nossa economia:
uma relação de troca com o exterior,
que nos é altamente desfavorável,
na medida em que necessitamos
de equipamentos e de
produtos que temos de adquirir
no mercado internacional e cujo
valor é muito superior ao valor
da capacidade produtiva nacional
exportável (indústria, agricultura,
pescas e turismo) mesmo
em situação de pleno emprego.
De facto, alterar essa situação
de troca é uma condição de
sobrevivência, o que implica um
novo modelo económico, em que
a adesão de Portugal à União
Europeia e à moeda única, apesar
da sua grande importância,
não constituem mais do que
elementos construtores de uma
nova visão do papel de Portugal
no mundo, a que faltam os restantes
elementos, nunca expressos
ou assumidos, no contexto
de uma estratégia nacional.”
No próximo número deste
jornal voltarei a este tema para
explicitar as propostas concretas
que então fizemos, que
se aplicadas nos teriam conduzido
na direcção do progresso
e do desenvolvimento económico.
HENRIQUE NETO
empresário
netohenrique8@gmail.com
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