sábado, 9 de janeiro de 2021

A máscara de Costa

Há males que chegam por bem. A pandemia que tanto nos preocupa acabou por aconselhar a cobertura parcial da cara. Evita-se o mal, cobrem-se vergonhas e pode-se passar despercebido.
A coisa no entanto não funciona assim para alguns políticos, pois será necessário cobrirem o corpo todo.
Costa não precisou da pandemia para usar máscara pois já anda camuflado há muitos anos.
O percurso que trilhou até agora demonstra um homem frio, cínico, calculista, dissimulado  e letal. 
Continua a ser o maior estratega do engano. O seu "mamar doce" foi-lhe permitindo a sobrevivência politica. Aproveitou da melhor forma as fragilidades de um presidente prisioneiro das fidelidades aos seus amigos do BES e com isso garantiu dois ciclos de governação, a liberdade do seu grande amigo socrates, o controlo total da justiça, do Território, da Administração publica e... e.... e a quase convicção de que irá sair "limpo" da desastrosa displicência como tratou o caso Guerra / U.E. permitindo que de novo nos recordássemos daquilo que há muito tempo são nódoas no seu curriculum.
Mas Costa não está só. Como vê muito melhor que parte considerável dos seus apaniguados, num gesto simples juntou-se a Marcelo, trocou os pés à sua amiga Ana, tentando assim garantir mais 4 anos que de outra forma não seriam possíveis.
Isto só acontece num País com elevadas taxas de gente amorfo/instalada. 
O agitar das águas poderá no entanto levantar fervura a breve prazo.
A batalha já em curso pretende chegar a uma opção politica que vá de encontro ás necessidades reais da população, num modelo que respeite a vontade expressa pelo voto e executado por gente credível e capaz de alavancar o País para a modernidade há muito desejada. 
Manter o atual sistema é continuarmos numa situação de amorfismo social e económico que nunca nos permitirá chegar perto dos países mais desenvolvidos do espaço europeu onde nos integramos.
A classe politica instalada tudo fará para não perder os privilégios obscenos que desde há muito vem beneficiando. O problema deles não é o País. Se fosse, quase 50 anos depois não continuaríamos na cauda da Europa. O que nos vão deixar é uma DITADURA dos partidos instalados. 
Ao longo do tempo, homens como Sá Carneiro, Ramalho Eanes, Henrique Neto, Paulo Morais, Medina Carreira, entre outros, foram tomando posições claras sobre a falta de credibilidade de muitos dos políticos que por cá continuam. Talvez possamos mesmo acrescentar João Cravinho, pois se não nos enganamos travou uma séria batalha contra a chamada "inversão do ónus da prova" e que o tempo veio a comprovar ser o principal sustentáculo da corrupção neste desgraçado País.
Homens como Duarte Lima, Dias Loureiro, Relvas, socrates e tantos outros, não estariam hoje com muitos milhões em  contas bancárias sem terem justificação para tal. Mas o sistema até nos obriga a considerá-los presumíveis inocentes e a deixá-los desfrutar dos roubos que fizeram.
Manter este regime é validar esta vergonha, assumirmos a mediocridade reinante e a nossa total passividade.
Qual é o risco que corre se votar André Ventura ?

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