Somos um País á deriva de ilusões e com referências muito pouco nítidas e limitadas.
A alma que tínhamos e que fez de nós um povo com história e orgulho, vai ficando diluída nos campos de futebol, ou nos mediatismos saloios de alguma imprensa arregimentada em favor da desgraça cultural que enforma a vastidão deste povo manso.
E inculto.
E estranhamente alheado de si e das suas necessidades.
Come pouco, mas come com fé.
Tem esperança nos homens, mas acredita sobretudo em Deus.
Nada têm. Grande parte nada tem.
Mas acreditam na hora que irá chegar e fazer deles outra gente.
Gente de bem. Importantes. Vistosamente vestidos, mesmo que o risco do cabelo fique irregular. Ou mal traçado.
Ou que os sons continuem estridentes, típicos, característicos, próprios dos bairros onde nasceram e que querem deixar.
Não compreendem ainda bem o novo mundo de que lhes falam.
Mas ensinaram-lhes a ler. Pensar nem tanto.
Esta massa humana, homogénea, contínua e sustentada, estende-se pela rua, pela estrada, pelo campo.
Fala alto, porque já se sente importante. E parte.
Para a cidade.
Olha de cima a baixo e aponta a escadaria. Sobe.
Está na morada certa.
Para lá da graciosidade da vestimenta, transporta um cabaz na mão.
Abotoa o casaco e põe a rosa na lapela.
Bate á porta. Sente que tem que agradecer.
As oportunidades que teve e o bem que lhe fizeram, deram-lhe uma nova identidade.
Hoje é um cidadão nacional. Electronicamente apetrechado.
Domina as novas tecnologias.
Tem dificuldade em ler, mas escreve bem algumas palavras.
Contas? Não precisa de saber.
Abriu o cabaz e tirou o Magalhães.
Olhou em frente e aceitou o diploma. Que guardou. De forma descuidada e misturado com o farnel.
Partiu de casaco aberto e sorriso rasgado.
Já tinha uma nova referência, que iria mostrar, não fosse o caldo de azeitonas que entretanto se entornou.
O diploma ficou a secar ao sol.
Na parte da frente da casa para todo o Bairro ver.
Um Povo é mais que uma oportunidade, por muito nova que seja.
Lamento, mas o 25 de Novembro não foi uma revolução de direita
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Existe um lado cómico, na data que hoje se assinala, corporizado por um
sem-número de almas equivocadas, que acredita piamente ter sido a direita a
planear...
Há 1 dia
5 comentários:
BALANÇO DA VIDA DE UM PORTUGUÊS MÉDIO
Como vivem os portugueses em Portugal? A resposta já é conhecida: mal, muito mal mesmo.
Para um cidadão de classe média, média baixa ou pobre, a taxa de esforço para manter a dignidade é enorme. O português é bombardeado com impostos, segurança social, taxas estatais para todos os serviços, taxas de hospitais, elevadas contas de electricidade, telefones, gás, gás natural, água, imposto automóvel, imposto sobre imóveis, inspecção do veículo ao nível dos países mais ricos da UE, mas o seu ordenado é sempre, quase sem excepção, o de um país de Leste...!!!
Assim, os portugueses andam cabisbaixos, carrancudos, tristes, como afirmam os nossos "irmãos" espanhóis. Não têm dinheiro para se vestirem adequadamente e as mulheres não dispõe de orçamento para irem ao cabeleireiro e à manicure semanalmente como em Espanha. Em vez de ginásios, frequentam os cafés, bebem cerveza, engordam e tentam afogar as suas mágoas financeiras no futebol televisivo; em vez de cirurgias plásticas e de clínicas de estética, as mulheres portuguesas preferem os supermercados, não porque realmente o prefiram, mas porque é necessário tempo para escolher produtos brancos ou mais baratos, quase sempre colocados em posições menos evidentes nas intermináveis prateleiras dos expositores.
No final, pagas todas estas despesas, mais a escola dos miúdos, os medicamentos, livros escolares, passes sociais, gasolinas, férias, funerais e casamentos, ainda tem de haver dinheiro para comprar uma roupita nos saldos para poder comprar produtos de baixa qualidade mas com etiquetas de conhecidas lojas de roupa. Em vez das universidades, os jovens inscrevem-se agora para caixas de supermercados, para call-centers, para vendas porta-a-porta ou optam por uma vida "menos" penosa: a prostituição.
Depois há os contrastes: ministros e administradores do Estado a receberem salários principescos para assinarem uns quantos papéis, favorecerem uma certa corrupção e sairem das suas funções com reformas dignas de países ricos, pelos "favores" prestados em nome dos Governos. As empresas privadas alimentam-se destes lobbies políticos, crescem e com eles criou-se uma elite de empresários que se auto-protegem e que garantem, juntamente com a classe política, que as classes mais desfavorecidas assim permanecerão por muitos e muitos anos, de preferência com cada vez menos regalias.
Depois a estratégia é simples: dois meses antes das eleições, concedem-se alguns favores sociais, anuncia-se um rol de medidas políticas que "salvarão o povo da sua miséria" e lá se conseguem os votos das maiorias que permitem dar mais na cabeça do mesmo povo que as alimenta.
O Estado, implacável cobrador de dívidas, gere os seus recursos a seu bel-prazer, protege os lobbies dos ricos e dos corruptos, afoga o Zé Povinho em cada vez mais taxas, impostos e pagamento de serviços para que este saiba quem realmente manda e para que não se esqueça do seu verdadeiro papel nesta "evoluída" sociedade portuguesa, plena de "cidadania, justiça e regalias sociais" : o de ser um escravo do sistema, das famílias de novos-ricos, os mesmos que exploram os países do terceiro mundo e que são implacáveis para os mais desfavorecidos, de quem escarnecem na cara, com todos os dentes dos seus sorrisos sarcásticos, cínicos ou cruéis.
Portugal desaba, e é pela mão dos governantes insensíveis, incompetentes e corruptos, que delapidam o património económico e cultural, o único que temos, e que poderia permitir que este país, pelo menos, pudesse simplesmente, EXISTIR, no mapa europeu...!!!
Boa tarde.
Antes de mais os meus mais sinceros parabéns pelo excelente trabalho que têm vindo a desenvolver. É, sem dúvida alguma, de uma Força como esta que o país precisa. A credibilidade dos agentes da política que nos governam decai a passadas largas há já vários anos, sendo que os últimos 4 serão porventura os piores da "democracia" portuguesa.
Tenho vindo a acompanhar com bastante interesse as ideias, a determinação e verticalidade com que se têm empenhado neste projecto e podem contar com mais uma voz activa nesta luta contra o actual sistema.
Um forte abraço.
VAMOS RETOMAR PORTUGAL!
Caro Philos
Obrigado pelas suas palavras. A nossa Força vai aumentando porque podemos contar com o melhor que existe na sociedade Portuguesa. Aí estão cada vez mais pessoas como o Philos. É tambem consigo que IREMOS RETOMAR PORTUGAL. Permita-me que lhe peça para ir dando atenção aos desenvolvimentos que estamos a preparar. Estratégicamente não o devemos divulgar de forma aberta. Mas...a curto prazo vamos ser todos precisos.
Permita-me também e aqui neste espaço de resposta, chamar a atenção para a clarividência e acerto, do trabalho que o Pedro Duarte tem vindo a desenvolver em prol da Juventude Emergente. É por isto que somos cada vez mais fortes. Repito. O melhor da sociedade Portuguesa vai-se agrupando na Força Emergente.
No espaço de um mês já somos mais de 10.000.
Alguèm duvida que vamos retomar Portugal ?
Um forte abraço, Philos.
Carlos Luis
Com uma dedicatória muito especial para o josé de sousa ...
http://www.youtube.com/watch?v=HY9Epn5Z_HY&eurl=http%3A%2F%2Fleiriaemcuecas%2Eblogspot%2Ecom%2F&feature=player_embedded
Para todos aqueles que querem e acreditam na mudança :
http://www.youtube.com/watch?v=8OIly6RxlJE
http://www.youtube.com/watch?v=tTTdJ5FM1mY&feature=PlayList&p=58EE437E1A5FE9EA&playnext=1&playnext_from=PL&index=16
http://www.youtube.com/watch?v=3ZyAuCcjDOk
Só agora reparei nas imagens que acompanham a música "mudam-se os tempos, mudam-se as vontades", de José Mário Branco. As minhas desculpas aqueles que, como eu, não querem um regresso a um passado monárquico.
Mais uma vez, as minhas desculpas.
Aqui fica uma nova versão, ainda que reduzida, mas que contém o essencial da mensagem:
http://www.youtube.com/watch?v=uHhgXGjOdOM
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