sexta-feira, 3 de julho de 2009

O Psicopata

Afinal, o homem parece que é doente.

Observe-se esta descrição:
Os indivíduos com traços psicopáticos são pessoas que agem somente em benefício próprio, não importando os meios utilizados para alcançar o seu objectivo. Além disso, são desprovidos do sentimento de culpa e dificilmente estabelecem laços afectivos com alguma pessoa — quando o fazem, é simplesmente por puro interesse.

Os psicopatas geralmente falam muito, expressam-se com encanto, têm respostas espertas e contam histórias — muito improváveis, mas convincentes — que lhes deixam em uma boa situação perante as pessoas. Não obstante, o observador atento vê que eles são muito superficiais e nada sinceros, como se estivessem lendo mecânicamente um texto.

Falam de coisas atractivas para as quais não têm preparação, como poesia, literatura, sociologia ou filosofia. Não lhes importa ficar evidente que suas histórias são falsas, algo que nem sempre é fácil acontecer, considerando o desembaraço e a imaginação com que empreendem os seus relatos.

O psicopata tem uma auto-estima muito elevada, um grande narcisismo, um egocentrismo fora do comum e uma sensação omnipresente de que tudo lhe é permitido. Ou seja, sente-se o ‘centro do universo’ e se crê um ser superior regido por suas próprias normas. É compreensível que, com tal percepção de si mesmo, pareça diante do observador como altamente arrogante, dominante e muito seguro de tudo o que diz. Fica evidente que ele procura controlar os outros e parece incapaz de compreender que haja pessoas com opinião.

Mentir, enganar e manipular são talentos naturais para o psicopata. Quando é demonstrado o seu embuste, não se embaraça; simplesmente muda a sua história ou distorce os factos para que se encaixem de novo.

Na realidade, os psicopatas usam metáforas, já que, em seu comportamento enganoso e manipulador, a linguagem florida e figurativa joga uma parte importante.

É inquestionável a habilidade que têm os psicopatas de se rodear de pessoas sem escrúpulos, que lhes facilitam realizar suas ambições.
A característica do psicopata é não demonstrar remorso algum, nem vergonha, quando elabora uma situação que ao resto dos mortais causaria espanto.
Trechos de “O psicopata — Um camaleão na sociedade actual” (ed. Paulinas, 2005), do espanhol Vicente Garrido, tradução de Juliana Teixeira.

Depois de ler, vem-lhe á cabeça o nome de alguém ?
Vá-lá, faça um esforço. Lembra-se de uma obra muito divulgada e que tinha por titulo, Estes doentes que nos governam ?
Vê como é fácil.
Difícil é sermos nós a ter de pagar a medicação e os estragos causados pela "doença".

6 comentários:

a_mafia_portuguesa@hotmail.com disse...

Este tipo de psicopatas são do tipo "comilão-vaidosão", que tiveram uma oportunidade na vida de se enganarem a si próprios e quando se olham ao espelho (e aqui ressalta a vaidade), num complexo travestido de bruxinha-halloween: "espelho meu, espelho meu, existe alguém mais poderoso do que eu...?"

Além disso julgam que ao abrir a boca (e aí ressalta o comilão) qualquer grunhido proferido pela sua garganta funda é transformado pelos dentes e pela língua em algo de belo aos ouvidos atentos dos outros.

Mas enganam-se, este perfil já foi inventado há muitos séculos por um filósofo que, apesar de ter um cargo importante no senado, corrompeu toda uma geração de crentes embasbacados na sua filosofia política patológica de tão egocêntrica: "CONHECE-TE A TI PRÓPRIO"...

Força Emergente disse...

Cara Máfia Portuguesa

Até parece que nos estamos a referir a josé sócrates! ( desta vez acedemos a por acento ) dada a possibilidade do homem ser doente.

JotaB disse...

É evidente que o sujeito, que tão bem se enquadra nesta descrição, não olha a meios para atingir os seus fins. É totalmente desprovido do sentimentode culpa e de respeito pelos outros.
Mas se, um dia, quisermos responsalizá-lo criminalmente, irá,certamente, ser considerado inimputável.

Força Emergente disse...

Caro JotaB
Tem razão. O "homem" ainda se vai "safar" (inspiração em Manuel Pinho a safar empregos em Aljustrel).
Eles são "doentes" mas não são parvos. Para lá de inimputável, acresce ainda que tudo o que tem feito é no estrito cumprimento da "legalidade". E quando a legalidade é totalmente questionável eles passam a andar de braço dado com as procuradoras de processos que já os deviam ter metido na prisão.
Viu a foto do CM de quarta feira em que a procuradora Cândida vai enlevada com esse ser dificilmente qualificável a quem (não foi por acaso) deram a pasta da "justiça" ?

Anónimo disse...

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