quinta-feira, 1 de abril de 2010

Corrupção portuguesa chega à Europa

A corrupção política portuguesa é tanta que já é discutida no Parlamento Europeu.

Esta semana Astrid Lulling, eurodeputada democrata-cristã luxemburguesa, questionou Constâncio sobre os casos BCP, BPP e BPN. Disse-lhe mesmo: "não admira que os portugueses estejam contentes que saia". Afirmou ainda que, entregar a supervisão do BCE a Constâncio "é como dar dinamite a um pirómano". Nós, portugueses, sabemos que é mais como "dar dinamite a uma criança", pois os comentários de Constâncio nas televisões estiveram sempre ao nível técnico, de uma qualquer criança entre os 8 e os 13 anos.

No Reino Unido, o caso Freeport teve novas provas do envolvimento de Sócrates: foi descoberto um manuscrito onde estavam escritos os montantes entregues em dinheiro ao então Ministro do Ambiente, José Sócrates.

Agora o caso dos dois submarinos alemães comprados pelo Estado português em 2004 e que envolveram um suborno de 1,6 milhões de euros pagos pela Man Ferrostaal ao cônsul português naquele país. Teve destaque na primeira página no diário Der Spiegel online esta semana.

Mas por cá, os assuntos nos corredores do nosso parlamento passam por saber se Inês de Medeiros vê as suas viagens a Paris (onde vive) de 1.200€ / semana, pagas ao abrigo das despesas de deslocação para deputados e ajudas de custo. No final do mandato de 4 anos, contas feitas, terá gasto ao Estado português cerca de 216.000 €. É o preço das "bandeiras" eleitorais de Sócrates.

Cravinho, no hemiciclo, ataca o seu Partido ao falar contra o grave problema de corrupção política vivido em Portugal.

Os portugueses, esses têm de se contentar com estes tristes filmes de uma sinarquia que nunca mais cai de vez. Todos esperam que Portugal melhore, mas o barco já vai a pique em direcção ao fundo. Serão precisos muitos milhões para que este barco volte algum dia à superfície, e, se isso acontecer no futuro, será com um custo muito superior ao do valor do barco em si, pedaço de ferrugem em que entretanto se tornou...

Quando pensamos que na Suíça o Presidente da República tem um mandato de um ano e que o seu cargo se intitula "Ratsvorsitzende" o que na nossa língua equivale a "Presidente do Conselho", que os ministros e secretários pertencem a todos os partidos e que os postos são distribuídos de modo proporcional de acordo com a percentagem que obtiveram nas eleições para o "Concelho", percebemos o luxo que é, nos dias de hoje, viver num país realmente "europeu", humanista e civilizado. Mas claro, para se viver assim, tem de se branquear muito dinheiro sujo que circula por aí...

posto por Pedro Duarte

1 comentário:

JotaB disse...

Curioso verificar que jornais como o DN e o JN se apressem a noticiar a corrupção que envolve a compra dos submarinos, quando os mesmos jornais sempre procuraram esconder casos como o do Freeport, da TVI e outros.
Corruptos Bons vs Corruptos Maus!
Curioso que este caso tenha permanecido “adormecido” numa qualquer gaveta do gabinete do senhor de Porto de Ovelha ou da impagável cândida.

http://tsf.sapo.pt/PaginaInicial/Portugal/Interior.aspx?content_id=1533788