Ensaio para um combate
O primeiro grande teste á situação politica em que se encontra o País, está próximo.
Será também um teste á verdadeira essência deste Povo, que sem se aperceber foi mergulhando paulatinamente na crise mais profunda e de difícil resolução que teremos de vir a enfrentar.
Se contra todas as expectativas e mais que justificadas razões, o PS continuar com uma maioria de votos, será talvez altura para reflectirmos sobre quem somos e o que merecemos. É que o resultado das votações, determina a forma como iremos viver, assim como a disponibilidade que poderemos ter para colaborar com politicas restritivas e de grande contenção, pois estão fortemente comprometidas as bases de funcionamento do Sistema Económico e só será possível algum acerto político se a população assumir uma postura de solidariedade, que nunca se irá verificar se o PS continuar no poder.
Pela incúria, incapacidade, falta de discernimento e informação, poderá prolongar-se este Sistema Politico, já agonizante e sem qualquer capacidade de resposta para os problemas que aí virão.
Não podemos considerar sequer esta possibilidade, tal é o sentimento de revolta que se faz sentir em quase toda a população. Os primeiros indícios comprovam isso mesmo. Depois de vaiado numa escola, ontem socrates teve o desgosto de ver um pavilhão com muito pouca gente, isto, depois de terem gasto alguns milhões em publicidade e de tudo terem feito para levar mais pessoas até lá. Foi um grande fiasco. Aliás, parece haver alguma desorientação na Campanha, com uma nítida desconsideração para com Vital Moreira, que está a ser permanentemente ultrapassado e desautorizado por josé socrates e isso é visível na forma "complicada como não se está a ajustar ao sítio". Será que isto já é táctica avançada pelos consultores Obama ?
Não. É apenas um erro de escolha. Sócrates só sobrevive rodeado pela mediocridade. Veja-se a incompetência total de alguns ministros como Lino, Pinho, Pereira, ..... e até nos esquecemos de quase todos os outros. Também há um Santos Silva, que serve no essencial para aliviar um pouco Socrates do trabalho de malhação.
Entre toda esta gente com poucas ou nenhumas ideias próprias, sem capacidade para imporem politicas, e que apenas servem para aquilo que vulgarmente chamamos de "verbos de encher", Socrates está sempre á vontade pois nenhum deles é capaz de sobreviver sem um Tutor ou um Guia tal é a vulgaridade da sua acção governativa.
Acontece que Vital Moreira, quer se goste ou não, tem um perfil e uma personalidade que não se encaixa no servilismo a que socrates estava habituado. Assim os desencontros sucedem-se e resolveu ser ele o "chefe de orquestra" das Europeias. Mas isso talvez seja benéfico, pois nada de positivo irá acrescentar á campanha. Ontem em Coimbra, foi talvez o primeiro reflexo dessa situação. Vamos ver a quem é que aproveita esta perda de credibilidade do PS.
Entretanto fomos convidados por um dos novos partidos, o MMS, para apreciarmos o teor das mensagens que têm programadas para os tempos de antena. Como já tivemos oportunidade de transmitir, temos uma grande consideração por muitos dos responsáveis por estas forças politicas que vão emergindo e que são obrigadas a um esforço titânico para de alguma forma conseguirem ganhar visibilidade face á desproporção de meios que os partidos instalados dispõem. É uma luta desigual e injusta face á grande valia de muita da gente que se envolve nesse esforço e que consubstanciam muitas vezes o que de melhor existe na nossa sociedade. Já conhecemos alguns deles. Essa mesma qualidade reflecte-se no teor da mensagem que irá sustentar a campanha. De facto é Impactante, Reflecte a Realidade e Apela aos Sentimentos. A Força Emergente só pode desejar-vos as maiores felicidades.
Lamento, mas o 25 de Novembro não foi uma revolução de direita
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Existe um lado cómico, na data que hoje se assinala, corporizado por um
sem-número de almas equivocadas, que acredita piamente ter sido a direita a
planear...
Há 1 dia
7 comentários:
O encontro deste fim-de-semana dos maçons em Portugal é outro sinal decadente de fraqueza do PS, que anda a reunir todas as "espingardas" para tentar salvar Sócrates. Por outro lado, reunem-se para preparar os favores e "trabalhos" que facilitarão a infiltração directa dos Bilderberg na política portuguesa.
TUDO COMEÇA A SER CLARO: estalou o verniz nas hostes maçónicas...
A CONSTITUIÇÃO DO ESTADO NOVO - 1933
A 19 de Março de 1933 é aprovada em plebiscito a nova Constituição, com 59,29% de votos favoráveis, menos de 0,5% de votos contra e 40,15% de abstenções (o governo determina que estes sejam contados como votos favoráveis).
A Constituição apadrinhada por Salazar contém alguns «hibridismos». Se a sua base é a fundação de um Estado corporativo, inspirado no de Mussolini, o texto mantém referências que reflectem ter havido necessidade de encontrar compromissos com os militares liberais-conservadores; exemplo maior, a existência, ao lado da Câmara Corporativa, de um parlamento, a Assembleia Nacional, com funções legislativas – embora cada legislatura esteja limitada a três meses e não intervenha nem para formar o governo nem para demiti-lo.
A 11 de Abril é publicada e entra em vigor. No mesmo dia, Salazar é empossado como presidente do Conselho de Ministros do novo governo constitucional. Nos jornais surgem com cada vez maior frequência anúncios a aparelhos de rádio, ainda acessíveis a poucos.
É fundada a Emissora Nacional, que, no entanto, só funcionará regularmente daí a dois anos. Outro objecto de desejo muito publicitado é o automóvel – esse ainda mais distante da bolsa da maioria. N’ A Canção de Lisboa, que estreia em Novembro no S.Luiz, Beatriz Costa populariza a figura das costureiras e uma cantiga: «Ai chega, chega, chega, chega a minha agulha...»
A ASCENSÃO DE SALAZAR: 1926-1932
No dia 27 de Abril de 1928, véspera do seu 39.° Aniversário, António de Oliveira Salazar toma posse como ministro das Finanças. Remata o discurso de posse com uma tirada muito publicitada: «Sei muito bem o que quero e para onde vou.»
Nas Finanças, Salazar terá êxito numa tarefa que ao longo dos tempos assombrou os governos: o crónico défice orçamental, pai de uma dívida pública que minimiza a capacidade de investimento do Estado. O prestígio alcançado irá usá-lo para congregar em torno de si e do seu projecto nacionalista e autoritário todas as direitas, cativando ou liquidando os opositores.
A 5 de Julho de 1932, o Presidente da República, Óscar Fragoso Carmona, entrega, pela primeira vez desde o golpe militar de 28 de Maio de 1926,a chefia do Governo a um civil: Salazar.
Entretanto, desde 14 de Abril de 1931,a Espanha era republicana. Na Alemanha, nas eleições legislativas de Julho de 1932,o partido «nazi» de Adolf Hitler torna-se o mais votado, com 37,3% dos votos. Nos EUA, o democrata Franklin D. Roosevelt vence as presidenciais e prepara um programa de combate à Grande Depressão: o New Deal.
E enquanto alguns se banham na praia, Nicolau e Trindade disputam até à última gota de suor a vitória na Volta a Portugal em bicicleta. E o F.C.Porto vence o campeonato de futebol, batendo o Belenenses numa finalíssima, em Coimbra, por 2-1.
O FRACASSO DA GREVE GERAL DE 18 DE JANEIRO DE 1934: 1934-1935
Em Janeiro de 1934 entrava em vigor a interdição dos sindicatos livres, que o regime pretende substituir pelos «sindicatos nacionais» dele dependentes. Para lutar contra essa interdição, a 18 de Janeiro é lançada uma greve insurreccional maioritariamente dirigida pelos anarquistas, que tem o seu ponto mais alto na Marinha Grande.
Salazar instala-se em Caçadores 5,onde se lhe juntam alguns ministros e chefes militares. Durante a madrugada são feitas prisões.
A 19 convoca o Conselho de Ministros. Numa nota à imprensa, declara que «não só aqueles dirigentes [da greve], mas também os que a ela aderiram, terão de ser sujeitos aos tribunais especiais». O Governo decide criar «um campo para instalação dos responsáveis revolucionários» no Sul de Angola, junto à foz do Cunene.
As empresas onde se registaram greves ou tentativas de greve são proibidas de readmitir os grevistas.
No Porto, decorre em 1934 a I Exposição Colonial Portuguesa, a primeira grande realização da «política do espírito» de António Ferro.
«Fernando Pessoa, o poeta extraordinário da ‘Mensagem’, poema de exaltação nacionalista, dos mais belos que se têm escrito, foi ontem a enterrar», escreve o Diário de Notícias de 3 de Dezembro de 1935.
Enterrada, ou pelo menos esmagada, sai a selecção nacional de futebol do confronto com a congénere espanhola, em Março de 1934:9-0!
SALAZAR, RETAGUARDA DE FRANCO: 1936-1939
Os anos entre 1936 e 1939 são marcados pela guerra civil espanhola.
Contra a Espanha revolucionária e republicana, unem-se todas as forças conservadoras do Velho Continente. Salazar sabe que o combate que se trava aqui ao lado ultrapassa em muito a dimensão peninsular.
E escolhe o seu lado: os aviões Junkers 52 fornecidos pela Alemanha nazi para garantir o transporte das tropas de Franco de Marrocos para Espanha fazem o trajecto da Alemanha a Marrocos reabastecendo na Herdade da Comenda, perto de Gavião, no Alto Alentejo. O general Mola recebe armamento e abastecimentos por via férrea a partir do território português.
E até o Rádio Clube Português, dirigido por Jorge Botelho Moniz, organizador dos Viriatos, se torna porta-voz dos franquistas. Portugal estende o braço, à moda «romana»: nascem a Mocidade Portuguesa, a Legião, o Tarrafal… A Espanha revolucionária fora um obstáculo à vaga fascista. A sua derrota abriu caminho a Hitler e à sua Wehrmacht.
Na escola aprende-se a «ler, escrever e contar». «Lá lá ri lá lá», crocita O Livro da Primeira Classe. «Lusitos! Lusitas! Viva Salazar! Viva Salazar!»
Nos jornais O Diabo e Sol Nascente, o movimento neorealista ganha consistência. Aí surgem Alves Redol, Mário Dionísio, Joaquim Namorado, António Ramos de Almeida, Piteira Santos. Os tempos não estão para abstencionismos políticos ou ideológicos, nem mesmo na arte.
in:
http://www.planetadeagostini.pt/colecionavel/os-anos-de-salazar.html
Caro Pedro
Obrigado pelas contribuições.
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