Adoro campanhas eleitorais!
No entanto, desconhecendo a razão, a imagem que me vem à cabeça é a de um corso carnavalesco realizado ali para os lados da “porcalhota”.
Eles são grupinhos, por todo o país, de gentinha com uma máscara veneziana de alegre hipocrisia colada no rosto, mão estendida, tentando comprar vontades com palavras ocas que nem o vento se incomoda em levar...
Eles são bandeiras e bandeirinhas, bombos à frente, por vezes até gigantones, sempre palhaços no meio, cantor “pimba” atrás... eles são sacos de plástico, isqueiros e esferográficas profusamente coloridos pelas cores da heráldica por quem se tentam vender...
Eles são beijinhos repenicados nas criancinhas por mais ranhosas que sejam, abraços apertados ao Zé mesmo que não se lave há meses, o passo de dança com a Maria que o goza, a pose do braço dado com a velhinha desdentada que fica sempre bem nas televisões, até festa em cão sarnoso que se aproxime...
Não digam que tanta alegria e fraternidade não são bonitas, que não alegram o país.
Infelizmente, depois, vêm sempre as quartas-feiras... o carro reluzente que transporta no conforto dos estofos de pele e ar condicionado uma qualquer excelência que, ao passar pela vida dos Zés e Marias que bajulou, nem se incomoda a olhá-los.
Zé Muacho
Lamento, mas o 25 de Novembro não foi uma revolução de direita
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Existe um lado cómico, na data que hoje se assinala, corporizado por um
sem-número de almas equivocadas, que acredita piamente ter sido a direita a
planear...
Há 1 dia
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