O embuste do PS
Com especial relevância, a partir do século XVIII, os valores subjacentes ás grandes ideologias serviram de impulso ás principais mutações históricas que levaram á estruturação de Blocos Políticos que vieram até aos nossos dias. Todo o século XX e com especial incidência a partir dos anos 60 as grandes referências ideológicas deram suporte aos modelos Comunista, Capitalista e grosso modo ás Sociais-Democracias. As gerações que vêm dessa época habituaram-se aos rótulos Esquerda / Direita que de forma simplificada pretendia dizer ás pessoas que uns seriam mais pelos direitos humanos , liberdades, economia social e os outros representavam a exploração, liberdades restringidas e direitos humanos comprometidos. Entre estes dois rótulos a grande maioria das populações não teria grandes dúvidas em optar.
A única coisa que dificultava por vezes o fluir da mensagem, eram as referências práticas que com esse rótulo estavam instaladas na então União Soviética, na China, na Coreia, no Vietname, Cambodja depois Cuba e que demonstravam que entre a teoria e a prática havia uma diferença abismal. Por outro lado e com referência á outra ideologia, o que nos chegava da América parecia corresponder mais á etiqueta trocada.
Porque as coisas nem sempre funcionam de acordo com as ideologias, o Bloco de Leste ruiu e o Capitalismo ganhou novos espaços. Isso porque parecia ter respostas mais próximas das aspirações individuais e da necessidade de desenvolvimento a que todas as Nações aspiram.
Rapidamente se acertaram os rótulos e agora no da Esquerda passaram a caber de forma mais explicita os conceitos básicos da economia de mercado, onde a designação social democracia, traçava a fronteira para a esquerda mais resistente.
Em termos práticos, isto significava que a partir dos anos 80, com a queda do Muro de Berlim e o colapso da União Soviética, parte considerável do Globo por onde passa mais de 90% do comercio mundial, estava organizado e a funcionar de acordo com as regras básicas do Sistema Capitalista e a operar num Mercado Global, de acordo com uma Organização - OMC - que engloba as principais Economias e com 27 Países agrupados na União Europeia.
Estamos assim há pelo menos duas décadas com rótulos que não correspondem ás realidades históricas, nem á aplicação prática que deles se fez, nem fazem já qualquer sentido.
Como tudo na vida, as ideologias desenquadraram-se dos objectivos e do estado das Nações e têm servido ultimamente, apenas para prolongar equívocos.
Pior do que isso.
Hoje são muitas vezes utilizadas, para de forma enganosa permitirem que políticos sem escrúpulos as utilizem para manipular os sentimentos mais profundos das populações, sabendo que na prática nada resultará de diferente caso o rótulo adversário possa vir a ser escolhido como opção política.
Tudo isto vem a propósito de um homem que traiu a esperança a troco de um rótulo.
É que esse mesmo rótulo, para lá de não ter qualquer valor, sustenta o maior descalabro Politico e Económico que se verificou no nosso País em tempos de democracia.
Ser do PS, não significa nada de diferente ou honroso, enquanto se mantiverem alguns dos seus principais mentores.
Ser do PS, significa pôr acima dos interesses Nacionais a ganância descontrolada de muitos que aí se acoitaram.
Ser do PS, não abona em defesa de direitos sociais e de justiça, quando o País atinge o ponto máximo de degradação.
Ser do PS, é de forma encapotada entrelaçar o País na teia conjugada com o PSD, que lhes permite irem repartindo os escassos recursos e desenhando a sociedade mais atrasada, mais miserável, mais inculta e mais retrógrada de toda a União Europeia.
Ser do PS, é ostentar na lapela a defesa do obscurantismo político assente na mentira e na ausência total dos valores que fundamentavam a sua ideologia.
É aí que o poeta irá continuar. É daí que nunca deveria ter saído.
Desse modo não teria traído a esperança daqueles que se Movimentaram por ele e que REJEITAM LIMINARMENTE as políticas e os responsáveis que lá continuam.
Ou será que o que se escreve no MIC é apenas o fogo-fátuo de um poeta já sem alma?
Lamento, mas o 25 de Novembro não foi uma revolução de direita
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Existe um lado cómico, na data que hoje se assinala, corporizado por um
sem-número de almas equivocadas, que acredita piamente ter sido a direita a
planear...
Há 1 dia
9 comentários:
Tantos são os erros de acentuação e ortografia, que, antes de comentar o conteúdo, gostaria de sugerir que o texto fosse corrigido por alguém que conheça a língua portuguesa minimamente, antes de o mesmo sair para o domínio público...
Não está em causa a intenção e os princípios defendidos; a questão é que não nos conseguimos concentrar no texto!
José Rosário
Caro josé Rosário
Obrigado pelos reparos apresentados. Penso que deve ter razão pois quando temoa possibilidade de submeter os textos ao corrector ortográfico aparecem-nos sempre uma quantidade apreciável de traços vermelhos.
Por isso penitenciamo-nos e pedimos desculpa. Já não estamos assim tanto de acordo sobre o conhecimento da lingua Portuguesa. Como sabe o acordo de revisão com outros Países integrantes deste espaço linguístico vem alterar e introduzir algumas regras que por vezes nos levam a pensar se já estarão ou não em vigor. Acredite que se ler em voz alta o texto, acabará por não perceber se o acento deveria ser grave ou agudo.
Não podemos é aceitar que nos diga que por alguns erros de acentuação ou ortografia se torne dificil a quem nos visita, perceber as ideias e mensagens que vamos inserindo neste blogue. O que para nós é dificil de entender é quando ministros deste governo expressam opiniões que para lá de incorrectas são completamente sem sentido. E não estamos só a falar de Pinho ou de Lino. Quer as expressões tenham ou não assento. Acredite que o nosso objectivo não é sequer substituí-los pelo facto de não terem ideias nem saberem o que é que estão ali a fazer. Aquilo porque estamos a lutar é de facto para substituí-los a todos.
Quer escrevam ou não correctamente. Normalmente o que nos aborrece é aquilo que ouvimos, assim como o resultado prático da acção política daqueles que há tantos anos empurraram o País para a situação em que se encontra.
Caro jósé Rosário
Depois do comentário acima expresso, fizémos uma correcção ortográfica do mesmo e verificamos que escrevemos 4 vezes a palavra política com assento no 2º "i", que nos faltou o "e" final em Vietnam e que faltava um "r" a seguir ao g em retrógada. Assim, de facto o texto tornava-se completamente ilegível. Esta coisa dos correctores ortográficos é de facto fantástica, pois até os analfabetos conseguem escrever em Português quase correcto. Penso que o Magalhães já vem incorporado com esta ferramenta. No entanto como estamos a trabalhar com um computador "linha branca", torna-se mais díficil aproveitar as novas oportunidades.
Boa tarde.
Não me são devidas desculpas nenhumas !
A questão que levanto é a seguinte: se eu errar, como sou um "anónimo", poucos se incomodam com isso; mas quando se entra na ribalta política (penso que é o caso), tudo o que se faz e se diz, além de eventualmente SER credível, tem de o PARECER, para que os adversários respeitem, os intelectuais debatam, os jornalistas veiculem, os simpatizantes apoiem, os indecisos optem e boa parte do "público alvo" vos aceite, ou como seu líder, ou como "um dos seus".
Entre as pessoas que se expõem publicamente, e principalmente na política, o mais pequeno "deslize" pode comprometer esses objectivos, e todos já vimos exemplos.
Pode(m) crer: é decisivo que o que sai para a "rua" esteja limpo de erros e gralhas, senão, a mensagem não passa, ou pior: passa com sinal contrário. Lamento dizê-lo.
E não há corrector ortográfico que valha, porque por exemplo, "à" e "às" (contracção de preposição e artigo), estão no texto (várias vezes) como "á" e "ás". ("á" não se usa e "ás" é por exemplo uma carta de jogar, exº: "ás de espadas"...).
Imagine(m) se os visados viessem tentar rebater o vosso artigo. Seriam demolidores no plano formal do texto, ignorando ou passando para plano secundário os eventuais méritos do conteúdo. E mesmo que as ideias sejam defensáveis, já estariam a perder por um a zero !
Quanto à mensagem, estou quase de acordo com o enquadramento histórico-político-económico-social, e é inegável que uma faixa muito considerável da sociedade portuguesa está descontente com a governação e o "aparelho" do PS, e que a coisa tem de levar uma volta !
E mais não digo.
Caro josé Rosário
Como é evidente tenho de estar de acordo quanto a alguns dos reparos que faz. E garanto-lhe que não é o primeiro. Mas mesmo com ou sem corrector, temos consciência que continuaremos a dar erros de Português e isso será um mal que nos irá acompanhar, principalmente quando ás 2 ou 3 h da manhã estamos a escrever. Para lá dos defeitos próprios, o cansaço por vezes também não ajuda e 30 anos de actividade em contacto com outras linguas e culturas, tambem fazem efeito.
Agora quero esclarecer o seguinte. Só estaremos na ribalta política por força das circunstancias em que se encontra o País e caso aquilo que defendemos possa ser subscrito por um numero considerável de pessoas. Queremos que a nossa passagem seja transitória mas que possa ser efectiva. O nosso grande objectivo é em conjunto com outros movimentos ou partidos, se poderem criar condições para que se implante um Sistema Político que sirva o País e respeita as populações, ao mesmo tempo que novos métodos e formas de ver a Sociedade e o seu Desenvolvimento, nos possam permitir o salto qualitativo e diferencial, que nos leve para um patamar mais próximo da Europa. É para isso que estamos a desenvolver um esforço considerável no sentido de podermos em breve apresentar a nossa visão sobre o futuro deste País. Se pretender e tiver curiosidade peço-lhe que leia alguns dos nossos artigos anteriores onde já aflorámos esses objectivos e com quem os iremos debater. Chamo no entanto a sua atenção para que nenhum desses escritos foi sequer passado no corrector. Isto será provavelmente um defeito persistente. Ao menos que fiquem as ideias.
Queria só acrescentar que não pretendemos assumir lideranças. Mas se não aparecer ninguèm que assuma esse papel, garanto-lhe que estaremos disponiveis para tudo o que seja necessário fazer para se tentar inverter esta marcha fatídica em que nos encontramos. Pode haver muita gente que escreva melhor que nós, mas ainda não vimos ninguèm com tanta DETERMINAÇÃO e EMPENHO em fazer algo pelo futuro deste País.
O José Rosário não quer colaborar connosco?
É uma pergunta sincera.
Boa noite !
Penso que foi uma troca de idéias frutuosa.
Quanto ao vosso convite, eu "nunca digo nunca", e agradeço na mesma, mas todo o meu "trajecto" ideológico tem sido à margem dos partidos, e, por outro lado, presentemente tenho outros projectos, inclusivamente na área do voluntariado, que me preenchem todo o tempo, não raro pela noite dentro.
Mas vou analisar, e, a partir da informação, das idéias e das pessoas que aderiram e vão aderindo ao Projecto, pode ser que venha a aceitar...
Votos de sucesso!
J.Rosário
Caro José Rosário
Quem dedica uma parte da sua vida ao voluntariado, pode sem qualquer dúvida sentir-se bem com todos os que colaboram com esta Associação. O sentimento e a disponibilidade para alguma coisa se fazer em prol de alguém ou da sociedade é o mesmo. Aliás, o que fazemos aqui é voluntariado do mais puro, pois estamos a dar tudo o que nos é possível em prol deste País que gostariamos de ver com mais Ética, Solidariedade e Justiça. E fazemos isto sem esperar qualquer recompensa ou cargo político. Estamos mesmo em qualquer momento disponíveis para apoiar ALGUÈM que surja e que possamos considerar capaz de finalmente levar o País ao lugar a que a história nos obriga e esta sociedade exige.
Há noites que valem a pena. Penso que foi o caso. Esta Associação dá sempre um passo em frente, cada vez que vêm até nós pessoas com as qualidades do José Rosário. Esperamos em breve poder encontrá-lo. Obrigado.
Um dos melhores post's da FORÇA EMERGENTE, sem dúvida...!!!
É exactamente este tipo de análise que tem de ser feita, no momento histórico que atravessamos. Há que olhar para a história recente do séx.XX e perceber o que nos deram os políticos e os banqueiros então, e com que objectivos. Quando saímos da Guerra deram-nos reconstrução, esperança e regalias sociais. Era isso que fazia crescer a economia nesses dias...
Depois, nos anos 80 começaram a preparar a sua máquina económica para "recuperarem" esse "empréstimo" ao povo. Criariam uma economia controlada pelos poderosos e com isso subjugariam a população mundial a tal ponto, que os ideais conotados com a extrema-direita, com o capitalismo, com as tradicionalmente "famílias" poderosas, voltariam, desta vez, esmagadoramente, à escala finalmente GLOBAL!!!...
É este perigoso período que atravessamos. Tal como está referido no post, as políticas dialécticas do séc. XX de esquerda e direita não foram senão instrumentos, faces da mesma moeda, da economia, instrumento dos poderosos. Da mesma forma que no pós-guerra o que lhes dava dinheiro era a esperança e a reconstrução, agora ao lançarem a população mundial no CAOS económico, biológico, ambiental e bélico, conseguem desenvolver novas economias baseadas essencialmente na cobrança de dívidas de todos os terminais da sua infernal máquina financeira: tal como no filme MATRIX, cada pessoa é convertida num terminal de uma máquina, uma peça que quando já não tem utilidade para o todo se deita fora. Esta é a nova filosofia, manipulada agora informáticamente pelos políticos, pelos banqueiros, illuminati's, maçons, rotários, bilderberg, membros de clubes privados (lion's club,por exemplo) que unidos por ritos comuns se celebram a si mesmos como os novos deuses, descendentes dos deuses e faraós egípcios, deuses gregos e imperadores romanos. Parece um pesadelo, mas a cada dia que passa mais pessoas conseguem finalmente ver esta "realidade"...
Esperemos que se consiga abrir os olhos ao maior número possível de pessoas, e que estas estejam dispostas a lutar pela sobrevivência dos que acreditam na parte humana da nossa espécia, pois é isso que defendemos e que procuramos divulgar através do nosso blogue.
Á Mafia Portuguesa
Caro Pedro
A qualidade dos comentários aqui expressos, assim como no seu Blogue, demonstram que este País encerra ainda material Humano capaz de inverter a médio prazo a triste situação em que nos encontramos. A DETERMINAÇÃO que nos caracteriza, em conjunto com a lucidez daqueles que connosco se vão cruzando, irá certamente conduzir-nos a um novo País onde os valores que defendemos passem a ser a referência obrigatória daquilo que todos exigimos e que é a 4ª Republica. Em breve nos iremos encontrar. Um abraço
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