É assim.
Continuarmos a viver num País que consideramos nosso, onde sentimos a história e os afectos, onde vibramos com os êxitos e sentimos os fracassos, onde pensamos no futuro e temos que viver o presente sem um futuro á vista, é sentirmos a permanente angústia que nos cerca por vermos que uma minoria conseguiu moldar o País ao jeito dos seus interesses, deixando a restante população á mercê do marketing político e da publicidade enganosa que nos é imposta para justificarem o tremendo embuste que ao longo dos anos foram construindo.
Esta situação tem de terminar e vai terminar.
Sabemos as dificuldades que temos pela frente. Sabemos que os partidos instalados não vão querer alterar o quadro de sobrevivência em que se encontram instalados. Sabemos que a opinião pública é fortemente condicionada pelos comentadores de serviço e os meios de comunicação institucionalizados. Sabemos que os incompetentes, os medíocres, os sabujos, os lacaios e todos aqueles que se encostam ás forças instaladas não têm capacidade nem querem evoluir e aceitar as mudanças exigidas. Em suma, sabemos o País que temos.
Acontece que os Povos não têm que viver eternamente situações com as quais não se identificam. E isto está por demais demonstrado, quando 60% da população não Vota, Nem Responde a estes políticos.
Assim e independentemente daquilo que os politólogos, os comentadores, os partidos, ou o ordenamento jurídico preveja, temos uma LEGITIMIDADE adquirida e comprovada, que nos permite avançar com as formas de luta que considerarmos adequadas a repor os fundamentos essenciais dos chamados regimes Democráticos. Ou seja a legitimidade do Poder assentar na vontade expressa pela maioria da população.
O Sistema instalado, para lá de pouco representativo da vontade dos cidadãos, cerca de 25%, assume o poder, aí se mantém pelo tempo que o jogo politico lhe permite, e o Povo, caso se sinta ludibriado, como acontece com este governo, não tem qualquer possibilidade de corrigir a sua vontade ou punir quem o enganou.
Este Sistema é atentatório dos direitos básicos a que temos direito e é uma ofensa a todos os que de boa fé aceitaram a implantação do Regime em que nos encontramos e que manifestamente não serve os interesses do País e fere de morte os conceitos de Democracia.
Este Regime sobrevive há 35 anos sem nunca ter conseguido a legitimidade mínima para governar. O resultado está à vista. Um País mais pobre e uma classe política sempre em forte ascenção. Este Regime serviu os Políticos e empobreceu o País.
É assim por razões nobres e de interesse nacional que iremos desenvolver todos os esforços necessários para se alterar as bases de funcionamento do Sistema.
Para isso, assumimos que temos total legitimidade. Só é necessário agregarmos todos os que quiserem colaborar nesta causa, de que apenas nos poderemos orgulhar se alguma coisa fizermos em prol do País.
Já somos bastantes, mas ainda somos poucos. Aumente as suas possibilidades de podermos caminhar para um futuro melhor, juntando-se a gente séria e disposta a tudo fazer para se corrigir a presente situação.
Lamento, mas o 25 de Novembro não foi uma revolução de direita
-
Existe um lado cómico, na data que hoje se assinala, corporizado por um
sem-número de almas equivocadas, que acredita piamente ter sido a direita a
planear...
Há 1 dia
7 comentários:
O barco está à deriva, sem homem no leme...
Concordo com tudo o que nos é transmitido nesta mensagem. De facto, a elevada taxa de abstenção verificada nestas europeias é um reflexo da incapacidade que a classe política demonstra para fazer valer a sua "credibilidade". O povo está descontente, de ombros caídos, com o olhar posto num futuro incerto.
Por outro lado, a forte abstenção leva-nos para um Portugal conformado, para um Portugal em cujo povo não é capaz de manifestar de forma convicta a extrema necessidade que sente de mudança.
O problema não estás só nos líderes, meus senhores, o problema, e esse sim bem mais grave, mais sério e de mais complicada resolução, está no conformismo e na inércia do povo português.
É pois precisa uma mudança nas mentalidades, uma reforma cultural que deveria ter como principais impulsionadores aqueles que nos cegam e nos fazem esbarrar na "demóniocracia" que conduzem!
"...corrupt, you corrupt, and bring corruption to all that you touch..."
A todos aqueles, que se identificam com aquilo que vem sendo expressado neste espaço, quero deixar apenas umas sábias frases que alguém proferiu e eu aqui recordo :
- "Neste mundo as coisas não mudam, a não ser que alguém as mude". (Garfield)
- "Um homem, quando quer, encontra meios; quando não os acha, cria-os" (Desconhecido)
- "Não malhe apenas em ferro quente, torne-o quente malhando-o" (Desconhecido)
- "Para males desesperados curas desesperadas" (Desconhecido).
Caro amigo JotaB:
Escrever em blogues verdades sobre a corrupção política e financeira já é muita coisa, sobretudo se os blogues forem difundidos massivamente... Não se esqueça que lutar nas ruas hoje em dia, só se for como aconteceu na Islândia: com toda a gente na rua ao frio, durante dias, e o governo demitiu-se...!!!
Os movimentos de cidadãos que participaram nas passadas eleições europeias e outros movimentos que os apoiaram, atacando igualmente os grandes partidos, fizeram tremer as estruturas partidárias obsoletas e "estabilizadas" socialmente. Por isso o PSD vem agora dizer que quer 2 eleições no mesmo dia; porque isso retiraria poder a estes movimentos de fazerem mais campanhas e de crescerem rapidamente... Somos uma ameaça, o que é o melhor sinal de que estamos no caminho certo. Estes partidos das maiorias agarram-se ao poder com unhas e dentes, não para defesa dos interesses dos cidadãos portugueses, mas para poderem manter as suas negociatas políticas e defender os jobs for the boys, dentro das suas estruturas do partido, já desgastadas e corroídas de caciquismo.
Mais um contributo:
Hoje, entramos na dinâmica do pensamento único, na ideia de que este modelo de sociedade neoliberal é o ideal. Como disse Fukuyama, guru do neoliberalismo, "a história acabou". Crer nisso é acreditar que não há futuro. O que há de grave, neste nosso momento histórico, é que não há uma proposta que se contraponha a esse modelo neoliberal de sociedade. (Frei Betto)
De facto, não parece ter surgido ainda uma doutrina, um novo projecto ideológico capaz de se contrapor à hegemonia do neoliberalismo. Quer os comunistas, defendendo a colectivização, a nacionalização dos bens de produção, não compreenderam ainda a caducidade histórica das suas propostas, quer as restantes forças partidárias da chamada “extrema-esquerda” que não nos apresentam um projecto ideológico fundamentado e mobilizador, funcionando apenas na lógica do contra poder, não se mostram como alternativas com construções ideológicas novas e mobilizadoras.
Mas os tempos reclamam uma nova doutrina, uma nova ideologia que dê corpo a uma nova forma de organização social, superior, “que contextualiza o dilema entre estatização versus privatização em novos patamares, de forma que a produção possa ser privada ou estatal, desde que submetida ao controle social. O mercado é uma força que deve ser usada, porém, desde que submetido a controles que minimizem seus excessos. A estatização total dos meios de produção se mostrou fonte de autoritarismo e estagnação cultural e tecnológica”.
Nos Posts deste Blog, que me perdoem a imodéstia, penso ter dado algum contributo nesta tarefa quando escrevi “Socialismo ou Social-Democracia? (11.12.07); Será Utopia? (12.12.07); Democracia Social (17.05.08); Partido da Democracia Social (02.06.08); A Derrota do Neoliberalismo (03.10.08); A Insustentabilidade do Capitalismo Neoliberal (07.10.08); Democracia Social I, II, III em 26 e 30 de Março e 25 Abril de 2009.
Caros amigos
O nosso agradecimento pelos valiosos comentários que aqui se expressam.
A possibilidade de alterarmos "as coisas" será tanto mais real quanto mais pessoas conseguirmos agregar em torno de ideias e principios que possam corresponder a um leque alargado de preocupações e desejos de mudança que nos parecem ser comuns. Respondendo ao nosso amigo Ruy e tal como já vimos transmitindo, iremos fazer a publicação de um conjunto de ideias relativas ao Sistema Político, Económico e Judicial, que poderão ser uma resposta á evolução que se tornou exigivel, face ao desgaste e inoperância dos actuais modelos ideológicos que sustentam as políticas em vigor e que já não conseguem responder ás exigências sociais e á necessidade de Desenvolvimentos sustentáveis e socialmente justos. É urgente adequar os sistemas democráticos à capacidade real dos cidadãos poderem sentir que o seu voto não serve apenas para perpetuar os sistemas políticos, mas que tambem serve para os alterar se as condições de exercicio do poder não corresponderem ao sentimento maioritário da Nação. Nesta próxima discussão sobre um novo Modelo de Acção Política, esperamos contar com o contributo de todos os que nos vão manifestando interesse em se encontrar uma via de solução para este País, cada vez mais sem rumo, sem timoneiros e sem ideias inovadoras.
Enviar um comentário