quinta-feira, 23 de abril de 2009

O 25 de Abril

Colóquio sobre os valores do 25 Abril
A convite do MMS - Movimento Mérito e Sociedade, participámos num colóquio onde se debateram os resultados da acção revolucionária que alterou o Regime e deu ínicio ao Sistema Democrático que vem conduzindo o País até aos nossos dias e á situação em que nos encontramos actualmente.
O titulo acabou por se revelar equìvoco.
Ou seja, parece que por muito boas que fossem as intenções, os valores e os objectivos que presidiram áquele evento, os resultados acabaram por não corresponder ao que o País esperava e exigia. Sem entrarmos em análises sectorais resultantes do Movimento dos Capitães e dando como positivo o facto de se ter evoluido para um Sistema que aparentava um maior grau de liberdade de pensamento e acção, parece que já muita gente se interroga se os Novos Actores politicos que foram emergindo ao longo do tempo os foram integrando na sua acção politica ou se simplesmente os esqueceram.
Pensamos que por grande maioria, senão por total unanimidade dos assistentes, fez-se ouvir um manifesto de incomodidade e uma expressão de desagrado, relativamente á perda desses valores que estariam subjacentes ao movimento revolucionário. No rescaldo, perdeu-se o essencial.
De facto e como resultado mais palpável e nitidamente comprovado por muitos dos novos intervientes no espaço politico, aquilo que foi crescendo e espelhando a face deste novo Estado dito democrático, é que se tornou corrupto, alimentou e alimenta clientelas que nada produzem e tudo consomem, perdeu a noção de Serviço Publico e colocaram Portugal mais uma vez no lugar mais baixo do grupo de Nações integrantes da U.E. Sem duvidas, 35 anos depois perderam-se os valores.
E se não tivesse havido 25 de Abril ?
Hoje muita gente questiona-se se o Regime anterior tivesse evoluido de outra forma que tipo de Sistema Politico teriamos hoje em vigor. Democracia certamente, pois as sociedades não são estáticas e a mudança aconteceria, como aconteceu em quase toda a Europa. Ter-se-iam tambem perdido os valores que sempre parecem estar subjacentes ás evoluções dos Regimes Politicos ? Não sabemos.
O que sabemos agora é que valores basilares como a Ética, a Dignidade, o Respeito, a Solidariedade, o País, são de novo factores emergentes e impulsionadores de um novo movimento que acabará por ser revolucionário e que irá fazer despertar a Pátria para a 4ª Republica.
Por enquanto ainda existe apenas uma consciência diluída desta aspiração que prespassa já massas consideráveis da população, que se manifesta nitidamente na Blogosfera, que origina a criação de novos movimentos e partidos, que faz crescer o descontentamento popular e que irá fatalmente eclodir num determinado dia que prospectivamente se avista a prazo de um ano. Não mais. Esperamos nós.

3 comentários:

a_mafia_portuguesa@hotmail.com disse...

O problema político que se criou em Portugal advém essencialmente de alguns factores determinísticos em si mesmos:
1. temos a mania de que a solução dos nossos problemas sociais e políticos está dentro das linhas do nosso território, quando isso é totalmente falso - Portugal precisa de negociar directamente com outras nações do mundo, nações com as quais nunca antes mantivémos relações, criar ligações e laços comerciais diversos e múltiplos; fugir dos caminhos já trilhados à decadas que não nos levaram a lado nenhum senão a permitir que a máfia se instalasse confortavelmente e tudo dominasse;
2. um muito baixo nível cultural; as pessoas que vivem nas aldeias são sãs mas ingénuas, acreditam em tudo o que se lhes diz, até ao dia em que lhes tiram o pão da boca; os das cidades e dos meios urbanos refugiaram-se durante os últimos 20 anos num certo conforto conseguido ou "consentido" pelas máfias económicas que deram na esperança de irem buscar muito mais (e aqui incluo a maquiavélica estratégia da indução ao consumo, política primordial veiculada pela maioria dos partidos políticos a partir dos anos 90);
3. a situação miserável da nossa economia pobre vai-se rapidamente agudizar com a crise que, no caso português, não vai melhorar nas próximas duas décadas; infelizmente Portugal estará no grupo dos países pequenos e periféricos que sofrerão os ataques das máfias internacionais e deixaremos de vez de estar na rota de qualquer tipo de comércio próspero; os empresários portugueses, enquanto apoiados pela corrupção e pelos financiamentos bancários e europeus (muitos obtidos por favoritismos políticos)fecham agora as suas empresas, despedem em massa protegidos com o pretexto da crise; fogem com o dinheiro, apoiados pelos próprio estado;
4. sem motivação o mais provável é as pessoas se submeterem a regimes políticos totalitários (que favorecerão as máfias ainda mais) ou entrarem em colapso e partirem para uma revolução desconrolada (o mais provável) o que apenas favorecerá as máfias tribais das ruas, os assaltantes, os assassinos;

Parece que o mais desejável seria uma interrupção volntária dos políticos, ou uma revolução conrolada por homens bons da sociedade; mas quando a maioria da população entrar em pânico quem vai conseguir controlar o que quer que seja...? Já não estamos em 74, agora todas as pessoas têm opinião, demasiadas opiniões até...

Força Emergente disse...

Á Máfia portuguesa
Vale a pena sermos visitados pela Máfia, pois a valia dos comentários são ajudas á compreensão daquilo que nos espera.
O GRANDE PROBLEMA quando tudo começar a entrar em colapso é exactamente o controlo das populações, pois irá haver reacção forte e dura. O único lenitivo possivel será em TEMPO ÚTIL, conseguirmos agregar os tais homens bons, os Movimentos e partidos que começam a aflorar movidos pelos mesmos sentimentos que nos movem,todos aqueles que nos actuais partidos revelam alguma incomodidade com o sistema politico, etc, ou seja criar uma "Task Force", um MOVIMENTO de gente sadia que possa vir a ter um papel fundamental no contolo das emoções e ser uma bandeira de esperança para se evoluir para um Sistema que dê á população garantias de um funcionamento com responsabilização politica, que garanta aos cidadãos a possibilidade de demitirem quem no exercicio das funções não cumpra as promessas que lhes permitiram o acesso ao poder.
O QUE NÃO PODEREMOS MAIS PERMITIR é este desvario e esta vergonha que já são marcas deste Sistema Politico e destes interpretes, que sem qualquer descernimento nos vão empurrando para o momento final da crise, que será crítico e de consequências imprevisiveis. Quando faltar a comida, não haverá possibilidade de controlar as reacções.
É por tudo isto que constituimos a Força Emergente, que não pretende liderar nada, mas antes ser um espaço alargado para quem quizer partir para esse disignio URGENTE e que é a constituição de um MOVIMENTO alargado a todos os que sentem que a actual situação não pode continuar. Não iremos disistir. Sabemos que poderemos contar com esta Máfia.

a_mafia_portuguesa@hotmail.com disse...

Concordo em tudo. Acabei de ver o filme "ensaio sobre a cegueira" e, apesar de não gostar muito do Saramago enquanto escritor, devo dizer que o filme está impressionante. Dá-nos um pouco a noção do que poderá estar prestes a acontecer...

Quanto ao movimento, não sei, tenho as minhas dúvidas...as pessoas estarão no momento crucial do colapso muito pouco receptivas a grupos organizados, opiniões formadas... seria mais fácil se houvesse algum apoio de algumas forças militares, mesmo que através de homens sem uniforme, mas preparados para o combate, que vai ser na rua e bastante duro. Não acredito num 2.º 25 de Abril. As pessoas estão mais violentas e é preciso ver que os jovens, nos dias de hoje, a partir dos 12 anos aderem massivamente a grupos satânicos, de punks (estes estao a crescer exponencialmente) e toda essa violência latente explodirá em poucas semanas, nas ruas.

Se esses militares sem uniforme se juntarem a homens bons, poderão executar operações cirúrgicas que ajudarão a decapitar todos os que se tentarem aproveitar da situação. Trata-se de uma Task Force de Elite, altamente operacional, caso contrário as pessoas dividem-se em pequenos grupos, bairros, aldeias e será um caos...